
Seja qual for a perspectiva, provou-se que os professores não aproveitaram o dia de luta para fazerem ponte, nomeadamente os professores que são Lisboa.
A Ministra Maria de Lourdes Rodrigues teria nesta jornada de luta dos professores uma boa oportunidade para reflectir sobre o que tem dito e feito. Só que não o fará porque tem um comportamento simultaneamente autista e autoritário.
As reformas em qualquer sector, não se podem fazer insultando os trabalhadores desse sector! Na área da educação, os professores devem ser reconhecidos como parte integrante fundamental e imprescíndivel para uma reforma que se veja e se sinta.
Na jornada de luta de ontem, não foi só o estatuto da carreira docente que esteve em causa. O comportamento da Ministra tem também colocado em causa o bom nome da classe docente e a sua dignidade. Ontem, cada professor em luta (estando em greve ou não, já que houve quem não esteve em greve mas solidário com ela ... afinal, é uma classe crescentemente proletarizada!) lutou pela sua dignidade pessoal e profissional.
Foi a terceira jornada de luta dos professores com esta ministra. De certeza, que não será a última!
Seria importante que os sindicatos dos professores lançassem agora uma acção - com outros sindicatos de outros sectores - junto da opinião pública para explicarem o que querem, para denunciarem o populismo autoritário da ministra e do governo Sócrates.
Os professores e os seus sindicatos deveriam ser os primeiros a demonstrar que querem uma profunda reforma do ensino com a participação activa de toda a sociedade!

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