tribuna socialista

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Companheir@ dentro do sistema educativo público: UM APELO!


Companheir@,

Com esta reflexão queria pedir-te ajuda, pois me encontro, junto contigo e com muitas outras pessoas,dentro dum sistema de gestão cada vez mais totalitário e oligárquico, mas esse sistema não é 'coisa qualquer' é o sistema educativo, ou seja, aquele que irá, numa grande parte, moldar -para o bem a para o mal - a mentalidade das futuras gerações.

Com o decreto-lei «em discussão», sobre autonomia e gestão escolar, não teremos nós uma boa oportunidade de desmascarar a farsa do poder, que -quando clama«autonomia»- está a retirá-la, a acentuar a subordinação hierárquica, quando clama por«eficiência» está apenas a afirmar a eficácia de reprimir, coagir, disciplinar?

A esta vertente, chamaria a resistência «número um» ou seja a crítica ao sistema, ao seu mecanismo de subordinação. Mas, para além do «número um» temos de pôr em prática, reflectindo e debatendo colectivamente, o tipo de resistência «número 2», ou seja, aquele que implica uma não colaboração, no fundo, uma modalidade de acção directa:

A dissociação, a negação de colaboração, o distanciamento, a «sabotagem inteligente» ou seja, a que não se deixa «apanhar». Uma das primeiras questões, é que a resistência número um não poderá ser efectuada de maneira ingénua, pois, ao darmos demasiadas pistas para identificação das pessoas, elas ficam logo sob suspeita, não podendo participar, sem risco pessoal e para o próprio sucesso das acções, na resistência «número dois». Mas, por outro lado, não podemos chamar para a luta, para a resistência número 2, as pessoas se não tivermos um discurso mais ou menos público, se não houver algumas pessoas a fazer críticas públicas, dentro e fora dos estabelecimentos de ensino.

Estou muito preocupado, pois verifico que um número significativo de pessoas nas escolas, pelo que me é dado ver, se assume como agentes do sistema, por vezes, «desculpando-se» de que se não fossem eles/elas a «ascenderem» aos cargos, seriam outros/as... Porque há tanta gente assim, também, o PS não teve dificuldade em fazer as suas «reformas» (= contra -reformas), subvertendo a carreira docente e a gestão escolar, impondo uma municipalização como caminho para a privatização dos sectores rentáveis e agora nas universidades, também e sobretudo!

Que podemos fazer, neste contexto?
Que atitudes tomar publicamente?
Que medidas teremos de tomar internamente?
Que colaborações suscitar?

É um debate sobre estratégia, para o qual te convido...

Solidariedade.
Manuel Baptista (Colectivo Luta Social)

Escrevam-me para:http://w18.mail.sapo.pt/dimp/?no_newmail_popup=1#

Sem comentários: