O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa considerou hoje que o novo regime jurídico do divórcio, vetado pelo Presidente da República, era “ofensivo do valor da religião” e reflexo da “leviandade com que, muitas vezes, o Parlamento produz leis”.Carlos Azevedo comentava à Lusa o veto de Cavaco Silva ao diploma que altera o Regime Jurídico do Divórcio, devolvendo-o à Assembleia da República para que seja objecto de nova apreciação, com fundamento na desprotecção do cônjuge que se encontre em situação mais fraca, geralmente a mulher, bem como dos filhos menores.
A República (mesmo que liberal e burguesa...) não tem e não deve produzir NUNCA leis que se referenciem ao "valor da religião". Nem ofensivas nem defensivas ...A Republica é laica!
A Conferência Episcopal Portuguesa, a propósito do novo regime jurídico do divórcio, voltou a posicionar-se como alguém que não evoluiu, como alguém que terá ficado algures nos anos antes do 25 de Abril ... porque se bem nos recordarmos, quando foi a última vez que a Conferência Episcopal Portuguesa aplaudiu ou elogiou alguma lei que mexa com tradições conservadores e imobilizadoras no que diz respeito a modos e práticas de vida?
Felizmente, muitas católicas e muitos católicos (aqui não se inclui o Sr.Presidente da República, como é fácil de avaliar!...), já sabem pensar e agir de acordo com a sua consciência e a sua vontade!
Sem comentários:
Enviar um comentário