
O Chile é o Chile e Portugal é Portugal. Mas os exemplos concretos da capacidade social e política de levar de vencida a direita e o que ela significa, devem ser citados, discutidos e salientados. O que pensarão os candidatos presidenciais portugueses do que se passa no Chile?
Salvador Allende devia continuar a ser um exemplo à esquerda. Uma forma de aproveitar a memória para se discutirem e reavaliarem, se preciso for, os caminhos que a luta socialista deve trilhar neste novo século. Por exemplo, uma ideia a reter para ser discutida: pode uma eleição presidencial (num regime presidencial ou semi-presidencial!) influenciar o curso político dos acontecimentos?
Daqui por uma semana, Portugal terá também as suas eleições presidenciais. Não tivemos um Salvador Allende, mas tivemos um 25 de Abril. Com tudo o que significou/significa e possibilitou/possibilita de enormes avanços!
Cinco (5) candidatos à esquerda e um (1) candidato à direita ... o cenário poderia ter sido outro! Mas o cenário que existe, é também ele, uma expressão do que se passou nestes trinta anos depois de Abril de 1974: uma direita sedenta de reconquista do seu poder, as esquerdas vivendo - nem sempre da melhor maneira!... - o seu viver plural e democrático! ...
Domingo, 22 de Janeiro, bastará que as esquerdas saibam e consigam mobilizar a sua base social para que a direita seja obrigada a uma 2ª volta.
É possível manter a direita fora de Belém! Até porque é também preciso um Presidente que influencie o governo do PS num sentido de esquerda, anti-liberal e socialmente voltado para os trabalhadores!

1 comentário:
A minha impressao, recolhida dos retalhos noticiosos da BBC e CNN, e' de Bachelet nao sera assim tao esquerda quanto isso. Apesar da biografia: pai assassinado, ela e a mae presas e torturadas, mae solteira com uma filha de uma relacao extra-matrimonial; parece ser uma social democrata ate bastante conservadora.
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