tribuna socialista

quarta-feira, setembro 10, 2008

CONTRA A DIRECTIVA EUROPEIA DAS 65 HORAS SEMANAIS, CONTRA AS DIRECTIVAS ANTI-IMIGRAÇÃO: POR UMA ALTERNATIVA DE UNIDADE DA CLASSE TRABALHADORA!


O Manifesto que se segue é da responsabilidade do FORUM LUXEMBURGUISTA INTERNACIONAL, do qual TRIBUNA SOCIALISTA faz parte.
POR UMA ALTERNATIVA DE TODA A CLASSE TRABALHADORA!
JORNADAS LABORAIS MAIS CURTAS, NÃO MAIS LONGAS!
FRONTEIRAS ABERTAS, NÃO À GUERRA CONTRA OS IMIGRANTES!
HABITAÇÃO PÚBLICA E EDUCAÇÃO PARA TODOS, NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES!
QUE SEJAM OS CAPITALISTAS A PAGAR E NÃO NÓS!
A União Europeia lançou o maior ataque da sua história contra a classe trabalhadora. A directiva das 65 horas, a directiva contra os imigrantes, a directiva Bolkestein e o Plano de Bolonha são parte de um único plano para reduzir os custos laborais, para transferir riqueza do trabalho para o capital.
Se a jornada de trabalho é mais longa, havendo assim menos empregos e mais desempregados, os salários baixarão. Se os imigrantes são aterrorizados até a um ponto de terem de aceitar trabalho por qualquer salário, então todos os salários baixarão. Por cada privatização, o trabalho é transferido de uma força de trabalho com salários mais altos para trabalhadores com menores salários, então os salários baixarão.
O plano da União Europeia, totalmente calculado, é colocar os trabalhadores uns contra os outros, criando uma competição em todo o continente, entre países, indústrias e indíviduos de modo a que todos caiam para os níveis mais baixos fixados pelas directivas. Por isso, temos de nos opor a tudo isto não com acções de protesto desencontradas e desunidas contra directivas individualizadas, mas com uma campanha única e coordenada. Os sindicatos que lutam contra a directiva das 65 horas, as organizações de imigrantes que lutam contra "a directiva da vergonha", os estudantes que lutam contra o plano de Bolonha e os trabalhadores do sector público que lutam contra a directiva Bolkstein, todos temos de unir-nos numa única luta contra o plano da União Europeia, coordenando dias de acções e combinando as reinvidicações.
Não podemos responder só com a recusa do plano, já que a União Europeia continuará com outros ataques.
Devemos saber definir também a nossa própria alternativa como classe trabalhadora, que será o que todos nós quisermos!
REDUÇÃO DA SEMANA DE TRABALHO EM TODOS OS PAÍSES PARA 35 HORAS ABRANGENDO TODOS OS TRABALHORES, SEM REDUÇÃO DOS SALÁRIOS E SEM DESTRUIÇÃO DOS EMPREGOS. REVOGAÇÃO DA DIRECTIVA DAS 65 HORAS.
IGUALDADE DE DIREITOS PARA TODOS, SEM DISCRIMINAÇÕES POR CONDIÇÃO DE IMIGRANTE. LIBERDADE DE MOVIMENTOS ATRAVÉS DE TODAS AS FRONTEIRAS. ABOLIÇÃO DA DIRECTIVA SOBRE IMIGRAÇÃO.
ENSINO SUPERIOR GRATUITO PARA TODOS. PROGRAMAS DE TRABALHOS PÚBLICOS MASSIVOS COM EMPREGO PÚBLICO DIRECTO PARA SE GARANTIR HABITAÇÃO E SERVIÇOS ESSENCIAIS PARA TODOS. CONTROLO DEMOCRÁTICO DOS CENTROS DE TRABALHO PÚBLICOS COM REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHADORES E DAS COMUNIDADES ENVOLVIDAS. FIM DAS PRIVATIZAÇÕES, ABOLIÇÃO DA DIRECTIVA BOLKSTEIN E DO PLANO DE BOLONHA.
FINANCIAMENTO DE TRABALHOS PÚBLICOS E EXTENSÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ATRAVÉS DO FIM DAS SUBVENÇÕES ÀS EMPRESAS E COM UM GRANDE AUMENTO DOS IMPOSTOS SOBRE AS CORPORAÇÕES E OS CAPITALISTAS INDIVIDUALMENTE.
PROIBIÇÃO DAS DESLOCALIZAÇÕES, DOS DESPEDIMENTOS E REGULAÇÕES DO EMPREGO.
Sómente um movimento massivo por toda a Europa com amplas reinvidicações, um processo de greves de massas que se extenda para além de cada sector de actividade, pode obter ganhos. Considerando a crise, tais ganhos sob o capitalismo tenderão sempre a ser temporais. Mas nestes processos de greves de massas, os trabalhadores podem conseguir as organizações e a consciência necessárias para mudarem radicalmente o mundo, para substituir o capitalismo por um socialismo democrático que proporcione permanentemente uma vida decente para todos.
Apelamos a todas as organizações para que participem em reuniões e forúns para o planeamento de uma campanha conjunta neste outono.

Sem comentários: