Amanhã, 24 de Junho, é apresentado, em Lisboa, o Movimento Nova Esquerda, que se propõe agir pela "refundação da esquerda democrática e socialista".
TRIBUNA SOCIALISTA ao editar um texto da responsabilidade do porta-voz do novo movimento, Alexandre Pinto, pretende contribuir para uma discussão mais alargada e transversal sobre a reorganização/recomposição/refundação do espaço da esquerda socialista em Portugal. Uma discussão que tem vindo a percorrer a Europa na sequência da adesão das direcções dos partidos socialistas e social-democratas a perspectivas de direita e neo-liberais.
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Um grupo muito expressivo de homens e mulheres deste País decidiu criar um Novo Sujeito Político em Portugal, com o duplo objectivo de renovação e transformação da Esquerda e do Sistema Político.
Sabemos que é um caminho difícil e adverso face ao actual status quo político, mas entendemos que depois do longo caminho, que iniciámos na candidatura presidencial de Manuel Alegre e que deu aos cidadãos deste país um tão grande capital de esperança de mudança, não poderíamos deixar cair tudo aquilo que já foi feito e sobretudo não poderíamos deixar de aceitar o enorme desafio que nos foi colocado de podermos de uma forma positiva e activa contribuir para mudar o País conduzindo-o, de novo, ao desenvolvimento e a uma maior prosperidade.
Trinta e cinco anos de governos do Bloco Central dos Interesses levaram-nos para a cauda da Europa. Somos hoje os mais pobres e os mais desiguais a distribuir a riqueza que todos produzimos. A Esquerda em Portugal não pode continuar a desculpar-se e a ignorar tamanha catástrofe social.
Também, nas últimas Eleições Europeias, para além das análises tradicionais de quem perde e de quem ganha, ficou por demais evidente que os cidadãos, em larga percentagem, não foram votar em 64% dos casos e votaram branco ou nulo cerca de 6%. Isto significa que 70% das pessoas estão fora do sistema. Esta não é uma leitura simplista, é antes uma leitura fria dos números, que não sendo nova, face a anteriores actos eleitorais, tem vindo a agravar-se na sociedade portuguesa. Podemos mesmo dizer que é um problema estrutural da sociedade portuguesa e que urge uma reflexão muito profunda e a tomada de medidas que permitam contrariar esta tendência de agravamento de eleição para eleição. Com este novo projecto político, queremos também dar um contributo decisivo para se iniciar essa mudança, assim, defenderemos a possibilidade de Listas de Cidadãos Independentes poderem ser sufragadas em Eleições Legislativas, competindo, desta forma, de igual para igual com os partidos.
Na próxima semana, dia 24 de Junho, vamos apresentar publicamente em Lisboa, no Museu da República e Resistência, esta Nova Esquerda. Um novo movimento social e político, reformador na sociedade portuguesa, que fará a sua Convenção Fundadora já no próximo dia 4 de Julho na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra e que será um ponto de encontro de gerações que acreditam num novo projecto para Portugal, que nos possa ajudar a sair desta rota de derrota e de desilusão continua que temos assistido ao longo dos últimos anos.
Porque defendemos a Liberdade como Motor da História, porque defendemos o reforço da Democracia Participativa e da participação directa dos cidadãos, porque defendemos a Ética Republicana no exercício de cargos públicos, porque defendemos o Papel Central e reformador do Estado e dos Serviços Públicos, porque defendemos uma Economia de Rosto Humano que sirva as pessoas e não os Grupos Económicos de Interesse e porque queremos um País jovem e virado para o futuro, achamos que temos a obrigação e a ambição de começar a Mudar Portugal.
(*) Alexandre Pinto, é economista e é o porta-voz do Movimento Nova Esquerda
1 comentário:
valeu mesmo a iniciativa.
ainda estamos começando mas
acredito que vamos chagar lá
e viva o socialismo.
é só não perder a esperança e
construir sempre, dia apos dia.
abaços do camarada audier de
são josé da lapa - brasil.
veja mais em http://vermelhossjl.wordpress.com/
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