
(da primeira página do Público de hoje)
Tsunami, marmoto, terramoto, CATÁSTROFE ... Os que morreram, os que ficaram desalojados, os que ficaram feridos, os que viviam na miséria e pior ainda vão ficar, merecem a nossa solidariedade.
É uma catastrofe natural. É, sim senhor! Mas dá para pensar também se não será um protesto, um grito, da Mãe Natureza para os desmandos que se infligem a este sacrificado Planeta.
A industrialização desenfreada, as guerras e os bombardeamentos, ... , os avisos que se não ouvem mas que só se lembram quando alguma calamidade acontece!
Depois há também o chamado "dia seguinte" ao dia da catastrofe ... quando se constata que, afinal, o serviço de apoio aos desalojados e aos feridos é muitíssimo pior que o serviço que definia aqueles sítios como "paraísos" . É também quando fica visível o que os hoteis não deixavam ver: miséria, miséria e miséria!
Um países mais atingidos foi a Indonésia. Há aqui um espécie de novo "Timor", agora chamado Aceh, onde há uma guerrilha que também luta contra o domínio indonésio. No meio da calamidade, a guerrilha já teve de desmentir o governo indonésio quanto ao pretenso "cessar-fogo" que teria sido decretado por Jacarta. Um "cessar-fogo" que ninguém vê, mas que ao que parece, só serve para, com isso e a catastrofe, o governo de Jacarta continuar a reprimir a vontade de um povo.
A solidariedade que deve correr como um grande caudal, não pode desaguar na abstracção ...

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