
A despenalização da IVG é um acto em favor da VIDA contra a hipocrisia daqueles que nada fazem em favor da justiça social mantendo sociedades com níveis impressionantes de pobreza, de miséria e de falta de acesso dos mais desfavorecidos à educação, à cultura e à saúde.
Os que se posicionam para manter a IVG como um crime, são os mesmos que, como a hierarquia da Igreja, falam em "defesa da vida" mas mantêm uma posição dubia quanto à guerra. Como referia na edição de ontem do Público, a presidente dos "Católicos pela Livre Escolha", a norte-americana Frances Kissiling, "a Igreja admite que pode ser justo tirar a vida de uma pessoa numa guerra, admite que se pode tirar a vida de uma pessoa em legítima defesa, mas uma mulher não se pode defender de uma gravidez perigosa".
Como também referia Frances Kissiling, "onde há dúvidas deve haver liberdade", e, a preparação do referendo sobre a IVG deve ser uma oportunidade para se discutir sem tabus e em liberdade todas as matérias relacionadas com o aborto: o direito a uma saúde pública e universal, o direito à educação, o direito a empregos não precários, ...
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