Lendo algumas peças e ouvindo alguns comentários, parece que, mesmo entre o movimento sindical e sectores considerados de esquerda, a decisão do Parlamento Europeu (PE) em chumbar as 65 horas semanais, mantendo as 48 horas actuais, é considerada uma "grande vitória" ...
Nas lutas que deram origem à institucionalização do 1º de Maio como dia internacional do trabalhador, i.e. no século XIX, já se lutava por 40 horas semanais. Mais recentemente, o movimento operário e sindical já lutou por 35 horas semanais ...
A decisão do Parlamento Europeu (PE) em chumbar as 65 horas semanais, não reflecte qualquer sensibilidade social ou qualquer inversão nas políticas neo-liberais dos governos europeus. A maioria do PE sabe que se desse luz verde às 65 horas semanais provocaria fortes movimentos sociais de protesto … lembraram-se da Grécia e das Grécias que poderiam surgir!
Daí que vencer uma medida que impunha 65 horas semanais com outra que se fica pelas 48 horas semanais, não é nenhuma vitória. É, isso sim, na minha opinião, alguma capitulação do movimento sindical ...
O pesadelo já o temos! ... E para acabar com este pesadelo, nada mais urgente que tentarmos, termos a coragem de tentar, a definição de uma alternativa de socialismo !
Trabalhar 48 horas por semana é, na mesma, um pesadelo !
Até porque essas 48 horas são, na maioria dos casos, desregulamentadas e impostas ao trabalhador com remunerações ridículas. Na prática, a proliferação de contratos individuais de trabalho encarrega-se de eliminar qualquer solidariedade de classe, e, a consequência é a existência de jornadas de trabalho que já superam as 48 horas semanais ... Desde um ponto de vista de esquerda e socialista, não há escolha entre o péssimo e o mau!
Nas lutas que deram origem à institucionalização do 1º de Maio como dia internacional do trabalhador, i.e. no século XIX, já se lutava por 40 horas semanais. Mais recentemente, o movimento operário e sindical já lutou por 35 horas semanais ...
A decisão do Parlamento Europeu (PE) em chumbar as 65 horas semanais, não reflecte qualquer sensibilidade social ou qualquer inversão nas políticas neo-liberais dos governos europeus. A maioria do PE sabe que se desse luz verde às 65 horas semanais provocaria fortes movimentos sociais de protesto … lembraram-se da Grécia e das Grécias que poderiam surgir!
Daí que vencer uma medida que impunha 65 horas semanais com outra que se fica pelas 48 horas semanais, não é nenhuma vitória. É, isso sim, na minha opinião, alguma capitulação do movimento sindical ...
Uma grande vitória seria retomar a luta pelas 35 horas semanais ou tomar posição contra a precarização do trabalho ou decretar um salário mínimo europeu!...
O pesadelo já o temos! ... E para acabar com este pesadelo, nada mais urgente que tentarmos, termos a coragem de tentar, a definição de uma alternativa de socialismo !
João Pedro Freire
1 comentário:
Sem dúvida!
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