Há algo de estranho nesta imagem de Marx feito Pai Natal. Francamente não sei o que é que ele pensaria disto, se alguma vez tivesse a oportunidade de ver!?
Mas o certo é que o Natal é um período incontornável, existe e mostra-se a toda a gente.
Para muita gente, o Natal serve como uma espécie de parentesis numa crise que se mantém, não obstante a propaganda de um cartel constituido por governo e grandes grupos económico-financeiros que resolveram substituir a crise económica e social por outra que dá agora mais jeito, a crise da dita instabilidade política!
Os que ainda há pouco tempo ficaram sem emprego, os que estão eternamente na precariedade, estão-se nas tintas para a instabilidade política. Em termos práticos essa fabricada instabilidade política, é uma espécie de amuo de políticos profissionais que agora, sem maioria absoluta, já não podem fazer o que lhes apetece ...
Há também uma situação que me causa alguma perplexidade: porque é que no Natal, todos (ricos, não ricos, televisões, rádios, associações disto e daquilo ...) se lembram dos sem-abrigo, e, nos restantes dias do ano, já são tão restritivos e contidos quando é para falar de desempregados e de precários e das lutas que desenvolvem?
O Natal não esquece nem apaga a necessidade, a urgência, de se continuarem com todas as lutas que apontam para uma vida melhor, onde cada um possa ser dono do seu destino. Quem está nestas lutas e quem acredita nelas, acaba por ser um optimista e, neste sentido, até acredita que está/estamos a lutar para que existam e aconteçam Boas Festas!
João Pedro Freire
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