Horas que pareciam sem fim, com intervalos cheios de ofertas de chá, a prestação do ex-presidente do BPN, Oliveira e Costa, ontem no Parlamento, foi mais um episódio da já longa novela "BPN".
Mais um triste episódio onde aconteceu o que já tinha acontecido noutros da mesma novela: a grande finança sabe como fintar a democracia e a democracia como que reage sempre com mesuras e tremuras ...
Oliveira e Costa contou ou recontou a sua versão, como quis, escudando-se, para não dizer mais, na sua condição de "arguido" e/ou no "segredo de justiça".
Enquanto isto se passa com as figuras que dominavam a gestão do BPN, o Banco de Portugal também filtra a informação que entende facultar à Assembleia da República.
Estes episódios exibem muito bem o modo como esta democracia se organiza: não há transparência, há áreas onde a democracia fica à porta e a organização e acção da Justiça molda-se muito à falta de transparência e ao facto da democracia também não chegar a muitas áreas da própria Justiça ...
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