Não há muito a dizer sobre o estado a que chegaram as comemorações do 1º de Maio, o dia do Trabalhador. As centrais sindicais parece que, no momento de cada comemoração do Dia do Trabalhador, esquecem o dia-a-dia das lutas onde a unidade de classe acontece, e, seguem pelo caminho do medir forças, do tipo luta eleitoral partidária.
Nenhuma Central Sindical, nenhuma corrente sindical, está hoje isenta de culpas no beco em que têm vindo a meter TODO o movimento sindical.
O sectarismo, a perseguição a minorias, a crescente hierarquização das estruturas sindicais, contribuem para que o movimento sindical tenha cada vez mais dificuldades de implantação e afirmação entre todos os trabalhadores.
Os 1ºs de Maio de 2009, em Portugal, foram dominados pelo ano em que decorrem: um ano em que o circo eleitoral vai decorrer em três carrosseis! E, infelizmente, os dirigentes sindicais parece que se deixam contaminar muito fácilmente pelo circo eleitoral ...
Entre partidos parlamentares e dirigentes sindicais afectos a esses partidos, existe uma relação que é completamente estranha a qualquer acção de unidade dos trabalhadores. Mesmo em tempo de crise! ...
Porque é assim é que aconteceu o caso com Vital Moreira na manifestação promovida pela CGTP. E é um caso que só tem a ver com o seguinte: premeditadamente o PS resolveu criar um facto mediático para promover o seu cabeça-de-lista às Europeias, mandando-o para a manifestação da CGTP. O que é que a direcção do PS pretendia quando coloca um ex-dirigente do PCP, agora cabeça-de-lista do PS, com um discurso coladissímo às actuais políticas governamentais, no centro de uma manifestação onde o sectarismo é algo que não falta?
As reacções oficiais do PS, do PCP e da CGTP são o exemplo vivo do lugar da prioridade em que a luta pela unidade dos trabalhadores para combater a crise, surge na "agenda" dessas organizações ...
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