PS e PSD, Governo e o chamado "maior partido da oposição", agora José Sócrates e Passos Coelho, chegaram a "acordo" quanto às medidas de austeridade, dizem eles, para "equilibrarem" as contas públicas e (esta é a parte que mais gostam de referir ...) "acalmarem os mercados" ...
Este "acordo" tem estado a ser apresentado como algo que é "muito responsável", já que leva a "unir esforços" o partido do governo e o "maior" da oposição!
PS e PSD, sempre com o CDS à espreita, a participar activamente ou então em bicos de pés, foram afinal, sempre e sempre, estes partidos que alternaram entre si as responsabilidades governativas, isto é, são de suas autorias as políticas que , com ou sem crise económico-financeira, nacional e internacional, atiraram a economia para o estado em que está e, mais uma vez, obrigam quem não tem culpa nenhuma no eclodir destas crises, a suportar as piores consequências sociais e económicas das políticas que, mais uma vez, impõem, à revelia da vontade popular expressa em eleições !
As políticas que agora anunciam, com União Europeia e/ou com FMI, são as mesmíssimas que nunca deram resultados ... a não ser a repetição, cada vez mais frequente, de crises e mais crises!
Os partidos do arco neo-liberal do poder - PS, PSD e CDS -, também chamados "partidos da alternância" no governo, anos após anos, ocupam, a seu belo prazer, não só o aparelho de Estado, como fazem desfilar por grupos e empresas privadas, os seus dirigentes e aderentes mais mediáticos. As políticas que emanam dos seus governos, acabam por justificar e permitir esta espécie de "turismo de saque" pelo que é público
e também pelo que é privado!
Tudo isto só prova que entre o actual
aparelho do Estado, o dito sector
e também pelo que é privado!
Tudo isto só prova que entre o actual
aparelho do Estado, o dito sector
público da economia e o sector privado, acaba por não existir diferença nenhuma: todos esses sectores estão hoje ocupados ou então colonizados pela alta finança, pela alta burguesia e pela sua autentica tropa-de-choque política que faz estágio nos sucessivos governos antes de ter acesso às douradíssimas reformas e/ou aos também douradíssimos cargos de administradores nas empresas ditas públicas ou então nas mais realmente privadas.
O "bloco central" político e de interesses só olha para as eleições democráticas como algo meramente formal. O valor e a importância que dão à vontade popular democrática é circunstâncial e oportunista ... está visto, como agora mais uma vez se vê e sente!
A vontade popular tem de ser respeitada! Mas também tem de ser acordada para poder vencer o clima de medo e de intimidação que permite que a alternância dos partidos do dito "bloco central" continue a respeitar mais os ditos "mercados" e nada a vontade dos trabalhadores e das pessoas concretas.
O protesto social, intenso, massivo, incisivo, sem medo, é agora muito mais importante que o que se passa e passará nos ditos corredores do poder e nas negociatas da Assembleia da Republica, tornada pela maioria absoluta (não sufragada!) do "bloco central", como uma caricatura do que seria a verdadeira expressão da vontade popular democráticamente expressa.
O protesto social também é a melhor forma de mostrar aos tais "mercados" onde estão, onde estamos, os que produzem a riqueza (real e não a virtual!...) que tem sido sistemáticamente apropriada pelos abutres da especulação.
O protesto social também é a melhor forma de mostrar aos tais "mercados" onde estão, onde estamos, os que produzem a riqueza (real e não a virtual!...) que tem sido sistemáticamente apropriada pelos abutres da especulação.
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