tribuna socialista

terça-feira, maio 18, 2010

RESPEITAR A VONTADE POPULAR! A FAVOR DA MOÇÃO DE CENSURA DO PCP!

A posição da direcção nacional do Bloco de Esquerda sobre a Moção de Censura anunciada pelo PCP, é correcta, sensata e fomentadora de uma necessária e urgente convergência social e política contra esta crise, contra as suas consequências, muitas delas, agravadas com as "soluções" apresentadas pelo PEC/PEC2 da autoria dos partidos da "alternância", com o governo Sócrates a liderar .

É preciso que se diga, que se divulgue, que se anuncie, que se explique que esta crise do sistema capitalista, na sua fase neo-liberal, não tem que ter só soluções (!) que estão dentro desse sistema. Tal como as soluções políticas não têm de ser encontradas nas várias formulas possíveis entre o PS, o PSD e o CDS ...

É possível uma outra solução económica, é possível uma outra solução política!

Mas essas SOLUÇÕES precisam da respiração, do ânimo, das vontades, dos quereres, do movimento social que também pode e, de certeza, sabe encontrar soluções políticas. Mesmo com uma Assembleia da Republica que é agora dominada, contra a vontade popular expressa, por uma espécie de maioria absoluta do absoluto "centrão", o PS e o PSD!

O PCP tomou uma importante iniciativa política, contra os jogos e joguetes parlamentares, o Bloco de Esquerda respondeu favorávelmente com uma postura de convergência construtiva!

Agora cabe ao movimento social tomar a iniciativa, mostrar a iniciativa, com mobilização! Se preciso for usando a "bomba atómica" social que é a GREVE GERAL!

Sim ... porque a VONTADE POPULAR tem de ser RESPEITADA e CUMPRIDA!

2 comentários:

Nuno Cardoso da Silva disse...

É preciso não esquecer que a resposta à crise capitalista não pode ser dada à escala nacional. É à escala europeia que a resposta tem de ser dada, para ter alguma eficácia. E eu não vejo nenhuma plataforma europeia para lançar esse movimento. Não digo que se não vão criando as condições para uma mobilização à escala portuguesa, mas não se pense que o que fizermos aqui vai dar resultado. E cuidado para não gerar desânimo ao suscitar expectativas irrealistas.

Se eu tivesse alguma coisa a dizer sobre esta questão, daria prioridade à criação de uma frente anti-capitalista à escala da Europa.

Francisco Gonçalves disse...

Não há muito tempo os trabalhadores tomaram conhecimento de que quando chegar a sua vez de se reformarem, vão receber uma reforma menor, alguns muito menor, e os mais jovens talvez venham a receber metade do que receberiam se tivessem nascido mais cedo, para além de verem agravada a idade de reforma… dizem que duramos mais anos, mas só agora descobriram!!!!
Quando essa tão elogiada, e pelos vistos necessária reforma da segurança social foi feita, não vi nem ouvi grandes alaridos, nem vi ninguém chamar os trabalhadores para a luta… talvez porque serão os da minha geração (alguns…), os nossos filhos e muitos, muitos outros trabalhadores, a pagar a factura, que alguns espertalhões criaram ao distribuir o que não tínhamos, obviamente não estou a falar da solidariedade necessária com os mais desfavorecidos, os que pouco ou nada descontaram, sobre essa matéria não preciso nem aceito lições…
Também não vi grandes alaridos por parte das comissões de trabalhadores dessas grandes empresas nacionais na denúncia dos faustos vencimentos das suas administrações e das muitas regalias que lhes cabem, fruto da factura que todos pagamos pelos serviços monopolistas que nos prestam.
O país continua a oferecer a uns o SNS e a outros um serviço diferenciado, e sobre isto também pouco se fala…
Aqui no Norte querem-nos por a pagar as SCUT’S, e ainda não vi o Carvalho da Silva preocupado com o facto, ou será que aquela cabecinha entende que por lá só circulam capitalistas???
Em resumo, por mais que seja contra o PEC I, II ou outros que aí venham, entendo não ser possível unir os trabalhadores numa luta cujos benefícios apenas tocam alguns desses mesmos trabalhadores… e que nem sequer olha para os desempregados.
Esta jornada de luta não é contra o aumento do IVA (fizeram-no no passado???) que penaliza os mais pobres, as famílias aonde mora o desemprego… é apenas uma arruaça para dizer ao Estado “não nos toque nos vencimentos, nem nas nossas reformas…”, porque paira no ar o exemplo Espanhol, Irlandês e Grego…