
Também concordamos com o Francisco Trindade em ANOVIS ANOPHELIS :
Eh, caraças! Qual deles o melhor!...
Socialismo libertário, eco-socialismo, para uma alternativa democrática, socialista e anti-capitalista com dimensão internacional!
Os jogos de governo vs oposição e/ou direita vs esquerda no lado neo-liberal da política assemelha-se muito a mandar uma moeda ao ar ... é a mesma moeda com lados diferentes!
Da discussão destes pontos, de certeza que surgirão outros que merecem trabalho para a possibilidade de uma convergência. Mas o mais importante, é a possibilidade da(s) esquerda(s) demonstrar vontade política para conseguir uma organização internacional que produza um programa de democracia e de socialismo alternativo ao liberalismo globalizado e a qualquer forma de totalitarismo.
E se alguma dessas soluções surgisse de um processo organizado a partir de um Fórum das Esquerdas que reunisse todas e todos interessados em discutirem uma alternativa de governo com um programa socialista assente numa maioria social de esquerda?
JLP parece ser um daqueles comentadores que começam a viver acagaçados com a possibilidade de soluções políticas nunca dantes testadas começarem a ganhar forma em alguns países ditos desenvolvidos. Veja-se o caso da Alemanha com a subida eleitoral do "Die Link" (partido de esquerda) !
JLP sabe que numa sociedade mais democrática, mais transparente e com maior participação dos cidadãos a todos os níveis, talvez alguns tachos ficassem ameaçados e alguns grupos económicos e financeiros vissem a sua influência tentacular muito mais diminuída! ...
Por ter medo disto, é que JLP entra pelo caminho do blá-blá-blá ...
A definição de uma alternativa socialista tem de partir de um ponto muito importante: a aceitação da diversidade das correntes políticas e sociais que podem contribuir para essa definição. Ninguém é a "vanguarda", nem a "parte maior", nem o/a "principal" ... todas e todos são imprescíndiveis à discussão e definição de propostas pelo socialismo!
E isto esbarra, desde logo, com uma das consequências práticas da influência do parlamentarismo liberal na vida de qualquer partido, inclusivé os que se reclamam de esquerda, e que é, a defesa de cada partido como uma espécie de "clube de futebol" ... parece que a clubite é também, no plano político, uma espécie de doença infantil que bloqueia diálogos, pontes e convergências, no caso da esquerda, pelo socialismo e por alternativas que apontem para a transformação democrática e socialista da sociedade.
À esquerda, que é o que nos interessa, não deveria haver fronteiras estanques, verdades imutáveis e/ou pensamentos do género "o meu partido é melhor que o teu" ... isso são tiques e maneiras de ser próprias do jogo parlamentar/político burguês e liberal. As esquerdas dirigem-se a uma maioria social que devem saber ganhar, primeiro no plano social, para o apoio activo e consciente para uma alternativa socialista.
As esquerdas, no seu esforço organizado de convergência e de reflexão, não se podem cingir aos espaço dos partidos de esquerda com assento parlamentar. Há partidos, grupos, movimentos, pessoas para além disso que também são imprescindíveis!
Não se pede a José Sócrates ou à sua guarda pretoriana que compreenda isto que nunca compreenderam. Mas pede-se a todas as esquerdas que querem concretamente acabar com os demandos neo-liberais e se opõem a desvios totalitários que expliquem à sua base social que sabem convergir para uma alternativa, não obstante as diferenças!