tribuna socialista

sábado, junho 07, 2008

ORGANIZAR O DEBATE E ACÇÃO PARA A CONVERGÊNCIA POR UMA ALTERNATIVA SOCIALISTA!

Depois dos insultos a que Manuel Alegre foi submetido por parte do dirigente sócratico José Lello pela sua participação na Sessão das Esquerdas, outros dirigentes do PS têm vindo a tentar colocar água na fervura, apelando para "mais tolerância" para com o ex-candidato presidencial.



Parece é que a direcção do PS quer reduzir tudo a questões de mais ou menos tolerância, para deixar todas as políticas governamentais na mesma. Ou então para debitarem umas quantas palavras de "esquerda" sem quaisquer consequências no plano prático!


O próprio Manuel Alegre tem também de se definir melhor. Ou seja, não se pode ficar por um papel de "direito à critica", para depois nunca concretizar acções práticas, por exemplo, de sugestão de acções organizativas e de reflexão para a definição de uma alternativa socialista.

A definição de uma alternativa socialista tem de partir de um ponto muito importante: a aceitação da diversidade das correntes políticas e sociais que podem contribuir para essa definição. Ninguém é a "vanguarda", nem a "parte maior", nem o/a "principal" ... todas e todos são imprescíndiveis à discussão e definição de propostas pelo socialismo!

E isto esbarra, desde logo, com uma das consequências práticas da influência do parlamentarismo liberal na vida de qualquer partido, inclusivé os que se reclamam de esquerda, e que é, a defesa de cada partido como uma espécie de "clube de futebol" ... parece que a clubite é também, no plano político, uma espécie de doença infantil que bloqueia diálogos, pontes e convergências, no caso da esquerda, pelo socialismo e por alternativas que apontem para a transformação democrática e socialista da sociedade.

À esquerda, que é o que nos interessa, não deveria haver fronteiras estanques, verdades imutáveis e/ou pensamentos do género "o meu partido é melhor que o teu" ... isso são tiques e maneiras de ser próprias do jogo parlamentar/político burguês e liberal. As esquerdas dirigem-se a uma maioria social que devem saber ganhar, primeiro no plano social, para o apoio activo e consciente para uma alternativa socialista.

As esquerdas, no seu esforço organizado de convergência e de reflexão, não se podem cingir aos espaço dos partidos de esquerda com assento parlamentar. Há partidos, grupos, movimentos, pessoas para além disso que também são imprescindíveis!

Não se pede a José Sócrates ou à sua guarda pretoriana que compreenda isto que nunca compreenderam. Mas pede-se a todas as esquerdas que querem concretamente acabar com os demandos neo-liberais e se opõem a desvios totalitários que expliquem à sua base social que sabem convergir para uma alternativa, não obstante as diferenças!


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