
Socialismo libertário, eco-socialismo, para uma alternativa democrática, socialista e anti-capitalista com dimensão internacional!
segunda-feira, abril 27, 2009
sábado, abril 25, 2009
25 DE ABRIL COMO SOLUÇÃO PARA A CRISE DO NEO-LIBERALISMO! (*)

Seis anos antes de 1974, o lado ocidental de um sistema considerado próspero saído da 2ª guerra mundial (a França, a Alemanha, os Estados Unidos da América, …) , tinha também dado sinais de que a crise pode também aparecer por onde menos se pode esperar. Pode aparecer do lado da profunda insatisfação por um dia-a-dia transformado em autentica prisão ditada por tradições, modos de vida, leis bafientas, por tudo um pouco que pode tornar a liberdade, as liberdades, como algo somente formal, como algo que não se respira, não se sente e nem força anímica nos dá, a todos e a cada um, para tentarmos mudar. E mudar para algo que mude mesmo!
Há 35 anos, por cá, a crise económica e financeira dita do petróleo, também se sentiu. Mas foi enfrentada com um outro ânimo, com uma outra vontade. Cada um e todos, sentíamos que, aquela liberdade e aquela democracia, dava para assumirmos a nossa força colectiva e, nessa força, encontravamo-nos também individualmente.
Enquanto as elites de então, não encontravam o fim da crise, até porque também nunca, como agora, tinham percebido o seu inicio, eu, tu, nós, nós todos pegávamos na nossa imaginação e na nossa capacidade para começarmos a mudar um País.
Demonstrámos que liberdades e democracia devem e podem ser motores para mudar e não só para exibir sem nada acontecer. E para mudar, tentou mudar-se mesmo, começando por mudar, mandando embora os que só fizeram asneira na economia, na finança, na política … afinal foi por nunca antes ter havido liberdades e democracia que tudo estava como estava: marasmo, analfabetismo, caciquismo, tudo muito na linha daquele que dizia que o vinho dava de comer a um milhão de portugueses!
O mesmo que por estes dias e aproveitando o feriado do 25 de Abril, vai continuar a ter direito a nome numa praça que será (re)inaugurada na sua terra natal. Um acontecimento que é um acto de revisão da História, um atentado miserável à própria democracia e um insulto a todas e todos os que lutaram antes e depois do 25 de Abril de 1974 por uma sociedade de mulheres e homens livres.
Este povo que, os políticos dominantes da altura, consideravam não preparado para a democracia, conseguiu mostrar e demonstrar a sua imensa sabedoria para pegar na suas mãos o destino que só a ele pertence e que só ele sabe construir.
Há os que hoje, 35 anos depois, perante nova crise de um mesmo sistema, teimam em reduzir o que aconteceu em 25 de Abril de 1974, a excessos. São afinal os mesmos que entretanto nunca quiseram ver e nada fizeram para que o saque, a corrupção, as gestões tipo gansgster voltassem a dominar os mesmos sectores da sociedade – como o sector financeiro – que controlavam o poder político e parece que o voltaram a controlar.
35 anos depois, podemos constatar que afinal os ditos excessos cometidos no pós-25 de Abril, eram afinal a resposta popular para se construir um País novo apesar da crise económica e financeira que também existia no Mundo desses dias.
É também usual alguns falarem em “estatização” quando se fala na Revolução de Abril. Algumas mentes que até comemoram o feriado do 25 de Abril, mas só o feriado, entenda-se, associam sempre os tais “excessos” à esquerda que só pensaria no Estado. Esta é mais uma falsidade, porque, a seguir ao 25 de Abril de 1974, o que aconteceu foram inúmeras acções que representavam auto-iniciativa social, auto-iniciativa dos trabalhadores e dos cidadãos, nas empresas, nos locais de residência … porque quem afinal acabou por recorrer ao Estado foram os que especularam no sector financeiro enquanto puderam … E enquanto especulavam foram também ocupando o Estado, tornando o Estado uma autêntica coutada de uma só classe social!
Hoje, em 25 de Abril de 2009, é urgente que o povo, a energia colectiva dos trabalhadores, dos jovens, das mulheres, de todas e todos os que sofrem os efeitos da crise neo-liberal , volte a tomar em mãos a capacidade de decidir como se combate a crise, num ambiente de retorno às liberdades e à democracia que a Revolução criou.
Quando ouvimos diariamente as notícias que anunciam fechos de empresas, que multiplicam o número de desempregados, quando tomamos conhecimento dos relatos dramáticos do que é ser precário, quando ouvimos os dramas do dia-a-dia e os comparamos com as outras notícias dos bancos e das grandes empresas onde as administrações autenticamente saquearam milhões e milhões, só podemos concluir que o 25 de Abril que hoje se relembra só pode ser comemorado por todas e todos, aquelas e aqueles, que continuam a lutar para que a democracia seja efectivamente o poder exercido e controlado pelo povo e não uma espécie de circo de vaidades onde o povo só é convidado a assistir à distância.
VIVA O 25 DE ABRIL DE 1974!
QUE REVIVAM AS COMISSÕES DE TRABALHADORES, AS COMISSÕES DE MORADORES, AS ASSSOCIAÇÕES DE ESTUDANTES E TODAS AS EXPRESSÕES PRÁTICAS E CONCRETAS DE UMA AUTÊNTICA DEMOCRACIA!
VIVAM AS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS!
(*) JOÃO PEDRO FREIRE ; intervenção como representante do Bloco de Esquerda na Assembleia de Freguesia da Senhora da Hora, Matosinhos, em 24 de Abril de 2009)

quarta-feira, abril 22, 2009
MAIS UM ANO DEPOIS DE ABRIL ...
Foi há 35 anos ... e o que aconteceu não foi uma "romaria", nem algo que se tenha ficado por um golpe de Estado. Alguns bem queriam que tivesse sido assim! ... Mas não foi!
E o que aconteceu foram liberdades e democracia construídas pelas mãos do povo trabalhador e dos jovens que também diziam NÃO À GUERRA colonial.
E até houve "exageros" ... houve, sim senhor! Os exageros de quem quer e tem vontade para construir algo de NOVO, e, não admite que os velhos do passado continuem a "chatear" ...
35 anos depois, o que temos de Abril de 1974?
Aos que nunca viveram os anos do processo revolucionário (agora reduzido à sigla PREC), olham para o 25 de Abril como mais um feriado ... e, ainda por cima, este ano calha a um Sábado!
Até podem começar por ser Sábado. Saibam que há 35 anos o Sábado era um dia normal de trabalho ... como se fosse 2ª Feira! E as coisas estão a regredir tanto que, em muitos locais, o Sábado e até os Domingos voltaram a ser dias de trabalho!
Apesar das leis, apesar do formalismo de muita coisa que não passa do formal ... como a democracia e as liberdades!
E é precisamente a democracia e as liberdades que precisam de ser reconquistadas pelos trabalhadores, pelos jovens e por todas e todos os que estão fartos da crise do capitalismo (porque não é outra crise que temos!) e querem e têm vontade de voltar a dizer que outra sociedade de fraternidade, de justiça social, é possível!
domingo, abril 19, 2009
EUROPEIAS: DEBATE ZERO ... DESINTERESSE TOTAL!

quinta-feira, abril 16, 2009
O LOBBY PRÓ-NUCLEAR VOLTA A AVANÇAR ...
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O mais interessante constatar é que, não obstante todos os desastres nucleares, militares e civis, que o planeta já regista, o lobby pró-nuclear NUNCA considerou que essa energia envolvia enormes riscos humanos e para o Planeta. Antes dos desastres acontecerem, os riscos parece que nunca existiam ... até porque os progressos cientificos registados se tinham encarregado de prevenir e evitar novos desastres. Só que novos desastres acabaram por acontecer sempre e sempre ...
Agora o pró-nuclear, avança de mansinho, como se costuma dizer, com a encenação de debates, onde habitualmente só debatem os pró e os quase pró!
As questões energéticas precisam de ser debatidas universal e democráticamente e a gestão das energias precisa de ser socializada, isto é, o que é de todos precisa de ser controlado por todos!
quarta-feira, abril 15, 2009
778 MIL RAZÕES PLANETÁRIAS PARA ACABAR COM A CRISE!
terça-feira, abril 14, 2009
EUROPA DE CORAGEM: UM BOM CARTAZ DO BLOCO DE ESQUERDA!

PETIÇÃO PARA A UNIDADE DAS ESQUERDAS LISBOETAS ... UMA BOA INICIATIVA!
Este conceito de democracia, que tem vigorado, é um autêntico funil. É a justificação do parlamentarismo que atrofia e restringe a participação directa dos cidadãos, como trabalhadores, como consumidores, como contribuintes. A democracia deveria dar o PODER ao povo, às pessoas, e, não só ou quase, aos representantes eleitos em Parlamentos!
Uma candidatura forte a uma Câmara Municipal, a uma Junta de Freguesia e até ao Parlamento, deveria ter a oportunidade de passar pela auto-iniciativa popular ... e os partidos? se não aceitassem, então que continuassem a organizar as candidaturas que passam a vida a organizar!
A iniciativa de cidadãos lisboetas das esquerdas partidárias e apartidárias, lançando uma Petição pró-unidade das esquerdas à Câmara de Lisboa é um BOM EXEMPLO. Bom exemplo para se poderem vencer os mil e um entraves que continuam a impedir que, neste País, uma unidade desse tipo possa surgir como alternativa aos mais diversos níveis e como esperança para que as auto-iniciativas ganhem peso, força e capacidade de decisão e de influência!
sábado, abril 11, 2009
O SECTOR FINANCEIRO SÓ SERVE OS SEUS ACCIONISTAS ...

Neste momento, até se admite, na teoria, que as tais "taxas de referência", de baixa em baixa e de tanto baixar, até podem chegar aos 0% !!!!....
Só que, a realidade dos que pagam as mensalidades dos créditos à habitação e/ou ao consumo, é muito diferente das notícias que rejubilam. Afinal, os bancos e as empresas do sector financeiro, acabam, quase sempre, por dar a volta. O que perderiam na queda das taxas de juro, compensam com o preço que acabam por impor (este é o termo, impor!) a todo o produto e serviço bancário e financeiro.
A gestão dos bancos e das empresas financeiras não se referencia ao serviço perante o seu cliente e/ou perante a revitalização da economia, mas, primeirissimamente (!), perante os interesses e as exigências dos chamados accionistas de cada banco e de cada empresa financeira. A conjuntura pode ser de imensa crise, mas, o ou os accionistas ditos de referência, continuam a impor que os seus lucros ou a chamada rentabilidade dos seus capitais se calculem como se a crise fosse algo que afecta os "outros" que não eles, os accionistas!
É este modelo de gestão, autenticamente de "rapina", que abandalha economias e o comum das pessoas, dos trabalhadores, dos consumidores!
sexta-feira, abril 10, 2009
25 DE ABRIL: AS ESQUERDAS UNIDAS PARA UMA MANIF ... E DEPOIS, TUDO NA MESMA?

Este APELO subscrito por mais de 600 entidades (colectivas e particulares), representando algo que é sempre paradoxalmente novidade neste País - a unidade das esquerdas - acaba por ser algo que sugere duas reacções contraditórias: por um lado é de saudar a unidade das esquerdas, mesmo que só para uma manifestação; por outro lado, volta a ser criticável que as esquerdas só se unam para actos folclóricos e, para que isso aconteça, tenham de contar com a mão dos militares de Abril.
Mais uma vez, as esquerdas unem-se num certo diagnóstico abstracto da presente crise capitalista, mas continuam a falhar clamorosamente na capacidade para produzirem uma alternativa de democracia e de socialismo que consiga mobilizar trabalhadores, jovens, todas e todos os que querem uma realidade diferente daquela que o neo-liberalismo pruduz nos planos político, social, económico e cultural.
Manifestações atrás de manifestações sem nenhuma consequência no plano da alternativa social e política, podem produzir uma sensação de incapacidade política!
Seria importante que a mobilização popular que um apelo subscrito por todas as esquerdas vai concretizar, conseguisse mudar um pouco o clima de não diálogo e sectarismo que tem dominado as relações entre as esquerdas portuguesas.
quarta-feira, abril 08, 2009
EUROPEIAS SERVEM PARA CLARIFICAR O PS!

Ou seja, a direcção sócratica apoia Durão Barroso para continuar na Presidência da Comissão Europeia. Sócrates e os seus amigos da direcção sócratica e do seu governo, desfazem-se em elogios ao homem que (tal como a foto relembra) acolheu o banco de mentirosos que abriu a guerra no Iraque. Desse bando, só Durão Barroso é que ainda não se foi embora ou mandado embora ... lá vai aguentando-se com apoios de ditos socialistas como Sócrates!
Mas, também no PS, militantes e dirigentes como Manuel Alegre, Paulo Pedroso ou Ana Gomes apelam a que seja retirado o apoio ao neo-liberal bushista Durão Barroso e, pelo menos, os socialistas europeus tenham capacidade para apresentarem um candidato socialista ao lugar ocupado por Durão Barroso.
Nestas questões, o ser português não pode ser argumento para manifestar apoio a quem quer que seja. O critério deve ser político, deve estar baseado no percurso de cada um e, principalmente, deve estar ligado ao que se defende para uma Europa democrática e social!

SISMO EM ITÁLIA: CONSTRUIR A SOLIDARIEDADE PARA ENFRENTAR A TRAGÉDIA (*)


Florencia, 6 abril ,17.00 hs.
sábado, abril 04, 2009
NÃO À NATO: TAMBÉM TEM A VER COM A EUROPA QUE SE QUER!

sexta-feira, abril 03, 2009
G20: UMA CIMEIRA HISTÓRICA OU MAIS UM BALÃO DE OXIGÉNIO PARA O CAPITALISMO GLOBALIZADO ...

quarta-feira, abril 01, 2009

Obama e Hu Jintao falarão de direitos humanos "logo que possível"
01 DE ABRIL: É CONSIDERADO O DIA DAS MENTIRAS ...

CORRUPÇÃO: VICIOS PRIVADOS, PÚBLICAS VIRTUDES ...

Como bem chamou à atenção o "exilado" socialista João Cravinho, é muito estranho que só o Bloco de Esquerda tenha protestado pela nomeação para Presidente de uma empresa inter-municipal, na Câmara de Braga (dirigida pelo PS), do recentemente condenado de corrupção (com uma multa simbólica ...) Domingos Névoa ...
A corrupção acaba por ser uma doença que parece endémica de sociedades baseadas na opacidade e na excessiva hierarquização do público e do privado. Aliás, nestas sociedades, o público e o privado acabam por ter poucas diferenças, já que os dirigentes de um lado e do outro, são, quase sempre, ferverosos adeptos deste modelo de sociedade ...
A luta contra a corrupção é esclarecedora de quem, de facto, está interessado e desenvolve estratégias, e, de quem só fala e acaba por ter duas caras ...
Entre o actual governo e a oposição simpatizante da chamada "economia de mercado", as diferenças em matéria de luta contra a corrupção são muito ténues e quase impercetiveis.
Porque a luta contra a corrupção passa também pelo desenvolvimento e aprofundamento de formas de democracia directa, por medidas que desenvolvam a transparência do público e também do privado (vejam os casos BPN e BPP), pelo questionar do modelo económico que condiciona o modelo de sociedade e o político ...
BLOCO DE ESQUERDA LANÇOU PETIÇÃO PARA A DESTITUIÇÃO DE DOMINGOS NÉVOA DA PRESIDENCIA DA BRAVAL