tribuna socialista

terça-feira, abril 14, 2009

EUROPA DE CORAGEM: UM BOM CARTAZ DO BLOCO DE ESQUERDA!


Bem conseguido este cartaz do Bloco de Esquerda!
Sócrates e Durão Barroso personificam aquilo que a Europa é - um espaço de confusão administrativa neo-liberal onde só os governos (e principalmente os maiores) mandam - e aquilo que impedem que a Europa possa vir a ser - um espaço construído democráticamente por todas e todos os que aí vivem e trabalham .
Só formalmente são diferentes, porque, por exemplo, em questões concretas, como as relacionadas com a Europa, até parecem gémeos ... e no plano nacional, é ver Durão Barroso a unir PS e PSD !!!
A Europa de coragem de que fala o Bloco de Esquerda, no seu cartaz, tem de ser a Europa das instituições eleitas democráticamente, a começar pelo Parlamento Europeu, que deveria ter poderes constituintes e de eleição de um governo europeu!
A Europa de coragem deveria também ser a Europa onde os trabalhadores podem exercer os seus direitos, nomeadamente de intervenção na gestão das empresas, por exemplo, com dimensão europeia, como é o caso da Quimonda.
A Europa de coragem é aquela que ataca a crise pelo lado da defesa dos trabalhadores e de uma cidadania europeia, criando, por exemplo, um salário mínino europeu.
A Europa de coragem é também a europa que, sabendo tirar lições das guerras que a destruiram, rejeita que voltem a prevalecer as lógicas dos blocos político-militares. Não só a NATO deve acabar, como a guerra no Iraque não deve ser transferida para o Afeganistão. A Europa democrática e social tem de saber definir o seu conceito de defesa pelo lado da paz, da democracia e da solidariedade internacional!
Uma Europa de coragem precisa TAMBÉM de definir um modelo de socialismo contra a actual destruição neo-liberal, contra qualquer forma de nacionalismo e de totalitarismo!

2 comentários:

Anónimo disse...

O regime de Portugal tem uma grave doença que precisa de ser diagnosticada

Tenho reflectido sobre os rumos da democracia em Portugal e cheguei à
conclusão de que o problema é que se trata de uma enfermidade não
diagnosticada, ou um diagnóstico feito mas não reconhecido pelas
gentes.
Portugal, desde há pelo menos 200 anos, passou de país colonizador a
país colonizado, submetido por várias potências: primeiro a Grã-
Bretanha, depois pelos países ricos da UE, com participação dos EUA.

Tudo se pode compreender melhor, incluindo a enorme quantidade de
corrupção e falta de vergonha da classe política, se virmos este país
como uma vulgar neo-colónia, seja do continente sul -americano, seja
africano. De facto, esses países têm (ou tiveram) regimes que até
podem ser formalmente democráticos, mas onde uma pequena oligarquia
manda, usando políticos corruptos para fazer o jogo da representação e
manter assim o povo quieto.
Gostava de escrever um livro para fundamentar melhor e tornar mais
popular esta tese. Preciso de colaborações sobre o assunto. Escrevam-
me:
manuelbap@yahoo.com

Agradeço qualquer apoio que queiram dar-me.
Solidariedade,
Manuel Baptista

Anónimo disse...

http://www.marxists.org/portugues/tematica/combate/01/manifesto.htm

Se fizeres a genealogia das correntes políticas desde o 25A 74 poderás compreender melhor porque digo que apenas os marxistas do jornal «Combate» dessa altura, além dos libertários, compreenderam à esquerda a verdadeira natureza do golpe militar e daí a lógica do regime daí saído...
Manuel Baptista