tribuna socialista

sábado, abril 04, 2009

NÃO À NATO: TAMBÉM TEM A VER COM A EUROPA QUE SE QUER!


Por estes dias, a propósito de uma cimeira dos países membros da NATO, em Estrasburgo, este bloco politico-militar é discutido nas ruas!
A NATO representa o lado militar da organização neo-liberal que tem dominado na Europa. Daí que a discussão da existência de uma organização como a NATO, é um tema urgente que deveria envolver todas as esquerdas europeias.
O governo Sócrates propõe-se duplicar a representação militar portuguesa no Afeganistão. Ou seja, Sócrates junta-se também a todos os dirigentes governamentais liberais que querem acentuar o caracter de gendarme mundial da NATO, sob o comando da Administração norte-americana.
Uma Europa democrática e social não precisa de uma organização como a NATO, pensada e construída durante a chamada "guerra fria". E precisa ainda menos de uma NATO, já não só circunscrita ao Atlantico Norte, mas transformada em organização de acção mundial.
Os que lutam por uma Europa democrática e social deveriam aproveitar também o tema NATO, para lançarem a discussão em torno da organização política, social e de defesa em que deve assentar essa Europa. É preciso ir mais além do que o lançamento de palavras de ordem. É preciso saber mobilizar as vontades dos europeus!
Uma Europa de Paz também sabe o que deve ser uma política de Defesa numa perspectiva defensiva e de Paz!

2 comentários:

CS disse...

Um argumento contra os neoliberais que perderam a memória e agora querem a cabeça do PS.
Carlos Santos
(http://tinyurl.com/dkxpov)

Nuno Cardoso da Silva disse...

Sim, fora com a NATO. Mas a Europa precisa de uma estrutura defensiva que lhe permita resistir à chantagem americana. Provavelmente teremos de reconsiderar o regresso a um exército de cidadãos, que substitua os exércitos profissionais (mercenários?). Alguns ingénuos pensaram em tempos que o fim do serviço militar obrigatório era um bem, mas isso acabou por colocar mais um elemento de poder sob o controlo absoluto da oligarquia. Só um exército de cidadãos pode resistir ao uso ilegal e ilegítimo da força. Por isso é que os partidos burgueses se empenharam tanto na sua liquidação. E nós fomos na conversa...

Nuno Cardoso da Silva