Aparentemente até parece que se fala da mesma corrente e de objectivos semelhantes .. mas é só isso: aparentemente!
Os liberais dos nossos dias não aplaudem a inicitiva social, a auto-iniciativa. Aplaudem essa iniciativa quando ela se confunde com a iniciativa empresarial. A liberdade que defendem é a liberdade das empresas e a liberdade dos chamados empresários criarem empresas à sua imagem e semelhança. Essa liberdade passa sempre pela liberdade de aumentar ou reduzir a empresa que criaram, a seu belo gosto e prazer! Os liberais são selectivos nas liberdades que escolhem ...
Os libertários querem iniciativa social, querem auto-iniciativa. Querem que a liberdade individual seja ponto de partida para o reforço das liberdades colectivas e societárias. Da iniciativa social pretendem que se crie redes sociais, comunitárias, cooperativas, mundializações solidárias num sentido de partilha social e colectiva do bem comum. A base de uma sociedade não é a empresa, mas o individuo como ser social, activo, critico e participativo.
Os liberais não gostam do Estado, só se esse Estado não os apoiar como eles querem. Defendem o tal Estado mínimo, mas nunca o seu fim! E em Portugal, os liberais acabam por ser uma espécie parasitária do próprio Estado. Os liberais não gostam do Estado, mas vivem atolados de regras, conceitos, preconceitos que acabam sempre por desaguar num Estado minimo quanto ao social, mas máximo quanto às tendências securitárias, policiais.
Os libertários não gostam do Estado, até porque o Estado, em plena era da globalização capitalista, é uma entidade burocrática e monstruosa que sobrevive à margem da vontade das pessoas e das próprias classes sociais. Para o Estado reservam meios de garantir igualdade de acessos, igualdade social, igualdade económica, igualdade cívica ... mas que deaapareça rápidamente. Outra organização criada pelas pessoas, pelas comunidades, pelas redes é possível!
Ou seja, liberais e libertários ... são TUDO diferenças!
Sem comentários:
Enviar um comentário