tribuna socialista

quarta-feira, março 03, 2010

MAIS UM EXEMPLO DAS CONSEQUÊNCIAS DA DITA "ECONOMIA DE MERCADO" ...

"Num ano de crise como 2009, o número de trabalhadores com remunerações em atraso disparou 40%, passando de menos de nove mil para mais de 12 mil. O mesmo aconteceu ao valor da dívida, que subiu de 11,2 milhões para 15,4 milhões de euros, dos quais seis milhões já foram pagos (...) No ano passado, em média, cada trabalhador tinha a receber 1259 euros. (...)" in Jornal de Notícias, 03 de Março de 2010.

Isto é DRAMA SOCIAL ! Para isto, as respostas são, quase sempre, condicionadas ao discurso da contenção orçamental e do défice público ... no entanto, quando a crise toca o sector financeiro, o défice público e a contenção orçamental podem esperar ... e logo surgem milhões e milhões de euros/dólares para apagar o fogo ateado pelos srs. banqueiros!

Esta DUPLICIDADE de critérios é, de facto e na realidade, uma das imagens de marca dessa aberração que dá pelo nome de "economia de mercado" ...

Tem de existir, de certeza, um outro tipo de economia ...

1 comentário:

Francisco Gonçalves disse...

Em boa verdade pouco dinheiro é sempre muito para quem vive dum vencimento mínimo, embora os 15 milhões correspondam a apenas 6 vencimentos anuais do Rui Pedro Soares, ou seja uma ninharia para alguns… por incrível que pareça fala-se muito dos maus empresários nacionais, a generalidade dos quais não factura anualmente mais do que 10% do que aquele senhor ganhava, ou seja 250 mil euros ano, eu disse factura… talvez por essa razão tantos se hospedam junto do Estado Patrão, até empresários obviamente… e a propósito, o único impeditivo para se ser empresário é ter coragem para assumir riscos, ideias para se ter sucesso e algumas economias, que ninguém hesite…
Infelizmente o drama social não se confina aos vencimentos em atraso, ele está espelhado nas facturas mensais da luz, do telemóvel e de outros bens não transaccionáveis, alguns dos quais dependemos mais do que devíamos e que geralmente não vendem a crédito, não pagas, eles cortam… pena que quando o Estado foi dono e senhor da maioria das mesmas, não se tenha lembrado de lhes aplicar uma banda gástrica, por forma a reduzir os custos que agora nós pagamos!!!!