Contenção salarial, cortes no investimento público, ataques às medidas de incidência social, aumento da idade de reforma, mais privatizações, ... , são alguns dos vectores que Sócrates pretende impor no plano nacional, à semelhança do que os seus congéneres políticos fazem, por exemplo, na Grécia.
Neste sentido, a recente greve da Função Pública é um exemplo de mobilização que deveria ser estendido a outros sectores dos trabalhadores, quer do sector público, quer do sector privado.
O PEC é simultaneamente um ataque à democracia e aos trabalhadores. O governo aprova medidas com o impacto de um PEC, como se o seu partido apoiante tivesse ainda maioria absoluta na Assembleia da Republica, e, mais uma vez, pretende impor a ideia de que a resolução da actual crise tem de passar sempre pela penalização dos salários e das medidas de apoio social.
A resposta social e política aos mentores das politicas neo-liberais tem de ser firme e inequívoca por parte de todo o movimento dos trabalhadores - sindicatos, comissões de trabalhadores - e também por parte dos partidos de esquerda representados no Parlamento.
Da Grécia chegam diáriamente exemplos de resistência a políticas do mesmo tipo daquelas que, por cá, Sócrates quer impor. Esses exemplos merecem ser divulgados e explicados. Deveriam também merecer, da parte do movimento sindical europeu e dos grupos de esquerda no Parlamento Europeu, interligação, divulgação com esclarecimento. É absolutamente urgente que por toda a Europa, o movimento de resistência dos trabalhadores sirva para criar consciência e mobilização para a construção de outra Europa com outras políticas e com a participação dos trabalhadores!
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