O que é que conta mais ou deveria contar mais: as ditas agendas parlamentares ou as condições concretas de vida das pessoas?
O PCP anunciou uma Moção de Censura, mas ... parece que se arrependeu!
O Bloco de Esquerda não pensa nisso porque não quer dar o Poder à direita!...
O PS óbviamente que quer protelar ao máximo uma previsivel passagem a partido da oposição ...
O PSD e o CDS estão mortinhos por chegarem ao governo, animados pelas sondagens!
O Presidente da República, em segundo mandato, mostra que quer favorecer os sectores políticos que apoiaram a sua reeleição ...
Para além do sentir parlamentar, será que a revolta que cresce entre os trabalhadores pela permanente deterioração das suas condições de vida, serve só para alimentar periódicas manifestações ?
Não terá essa deterioração das condições de vida a ver com as consequências de políticas de austeridade impostas, sem nunca terem sido democráticamente sufragadas ? Diáriamente as notícias, dão conta das exigências da Comissão Europeia, dos governos, de instituições financeiras ... mas nunca se ouve nada sobre a auscultação das legitimas exigências de quem produz, de quem trabalha, de quem só parece ter deveres!
Calculismos parlamentares óbviamente que jogam contra o respeito de qualquer vontade popular democráticamente expressa. Contribuem também para o aumento crescente dos que se absterão porque duvidam da eficácia do seu voto que, depois, é sistemáticamente adulterado ao ritmo de mil e um joguinhos partidários.
A intervenção com eficácia perante uma crise que não foi criada pelos trabalhadores, exige respostas democráticas que envolvam esses trabalhadores!
Respostas democráticas em democracia, passam por eleições democráticas! A não ser que esta democracia esteja empenada, afunilada, manietada por uma minoria, e então o Povo terá de intervir directamente para que a plenitude e a qualidade da democracia seja restabelecida.
No Egipto, o Povo veio para a rua para lembrar que, em democracia, ele é o Poder!
Será que, por cá, também vai ser necessário ? ...
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