Vale a pena consultar a página dos Orgãos Sociais.
E, já agora, prestem atenção à letra da música publicitária!
O banqueiro João Rendeiro, que levou o BPP à quase falência, é o mesmo que dirige um consórcio que ensina "boas práticas" de gestão escolar.
Estão a ver quem é João Rendeiro? O presidente do Banco Privado Português, aquele banco que tem 3000 clientes e que gere apenas grandes fortunas? O tal banco que está em processo de quase falência e que o Governo de Sócrates se prepara para salvar? Pois o banqueiro, para além de afirmar que vota habitualmente no PS, é ainda funcionário do Ministério da Economia, em licença sem vencimento. Não é que o banqueiro anda a ensinar às escolas públicas as técnicas de gestão que levaram o BPP ao estado que todos conhecemos? É verdade! Criou e dirige uma organização (EPIS), com o apoio do ME e de grandes empresas públicas e privadas que dá formação aos PCEs e conselhos executivos sobre as técnicas e formas de gestão e de organização "modernaças". Custa a acreditar, não é verdade? Mas é verdade. E conta com o apoio do ME. E assim vai o processo de mercadorização da escola pública. A divisão da carreira em duas categorias e o modelo burocrático de avaliação são apenas dois instrumentos do processo em curso de mercadorização, de destruição da profissão docente e da morte da democracia nas escolas.
Leia aqui a biografia de João Rendeirohttp://www.profblog.org/2008/11/o-banqueiro-joo-rendeiro-que-levou-o.html
(*) Retirado de LUTA SOCIAL
1 comentário:
Companheiros/as,
É muito importante que se desmascare toda esta conivência, compreendendo de uma vez por todas que o governo ps, em particular na educação, está a cumprir o programa neo-liberal e na sua vertente mais extremista.
Este «think-tank», ao qual pertence o Rendeiro, é apenas um dos que faz figura de «peritos» da equipa ministerial.
Os ideólogos mais fanáticos dessa ideologia são, nalguns casos, ex-anarquistas (como o Prof. João Freire, orientador de tese de doutoramento de MLR e inspirador directo da contra-reforma governamental na administração pública). Algures num passado mais ou menos longuínquo, passaram-se de um anarquismo meramente filosófico, para uma conivência objectiva com o «establishment», convertidos ao «anarco-capitalismo» ou seja, a versões extremas do neo-liberalismo.
Provavelmente, haverá outros «conselheiros secretos ou -pelo menos- discretos» : são pessoas da penumbra, que não foram eleitos, mas que fornecem as ideias e aconselham na estratégia. O problema é que são conselheiros da estratégia mais desastrosa (para o país) de que há memória pós-25 de Abril.
Ora, se tivermos em atenção que o interesse de classe deles é destruir uma Escola Pública de qualidade, fazendo desta uma escola para os «pobrezinhos» e ficando o ensino privado para «formar as elites que irão gerir o país», compreendemos o sentido de toda esta desestabilização do ensino.
O efeito prático da instabilidade é uma desqualificação da imagem, um desprestígio da escola pública, tornando apetecíveis (para quem pode pagar) as escolas privadas, as escolas como IPPS, as escolas como pseudo-cooperativas (sobretudo no Superior), as escolas como pseudo-instituições sem fins lucrativos (como os colégios nas mãos de ordens religiosas)...ou seja, viabilizando o sector mercantilizado da educação!
Temos de fazer uma campanha de desmascaramento, tanto mais que existem muitos (socialistas reformistas, que sempre votaram PS) que ainda estão iludidos e pensam que o governo Sócrates é reformista SOCIALISTA, quando na verdade é (contra) reformista no sentido da privatização/mercantilização de tudo o que possa ser rentabilizado, no ensino, na saúde, nos planos de reformas, etc...
Solidariedade,
MB
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