Nem tudo o que vem do Estado tem a ver com o interesse público, assim como nem tudo o que é do interesse público vem do Estado ...
Os actuais Estados nacionais assemelham-se, cada vez mais, a máquinas/aparelhos que existem e sobrevivem acima da vontade popular, acima das pessoas ... são aparelhos dominados por uma espécie de "profissionais", uns tecnocratas, outros políticos no sentido de que demonstram uma capacidade de adaptação a todas as "cores" absolutamente incrível!
O interesse público tem de sentir o pulsar das pessoas, individual e colectivamente, tendo-as sempre por referência, sem condicionalismos de ordem política (no sentido dos jogos e acordos parlamentares, muito à margem, muitas vezes, da vontade popular e democrática).
Como é que empresas públicas, geridas por quem não acredita no interesse público, podem assegurar um serviço público ?
Como é que um aparelho de Estado, permanentemente ocupado por comissários (!) políticos, pode sequer representar qualquer interesse de classe?
Lembro também a realidade portuguesa, onde uma Constituição como a que temos, convive com um aparelho de Estado cada vez mais acusado de interesses e de corrupção, com governos alternando entre diferentes-muitos-iguais, como são o PS e o PSD!
Por isto também, é que a iniciativa social, na economia e na política, é tão importante, urgente e necessária!
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