2009/01/04 - Retirado de SB NEWS
Israel-Palestine: the chauvinist onslaught
From The Commune, 29-12-2008
O nosso camarada Shlomo Anker informa a partir de Telavive, Israel, sobre a escalada do conflito em Gaza e a resposta da esquerda israelita, dos movimentos de paz e das organizações árabes.
A situação em Israel e na Palestina tem tornado todos mais nacionalistas. Os partidos judeus de direita em Israel estão a ganhar mais apoio e os cidadãos árabes de Israel estão com medo crescente, todos se referenciando ao sofrimento em Gaza.
Dentro da comunidade judia, a maioria apoia o Exército e a esquerda da situação (Labour Party) é parte do governo que está implicado nos masscres de guerra. Ehud Barak, o ministro da Defesa é do Labour Party. Entre os militantes do Labour há os que estão descontentes com o governo mas nenhum deles se opõe à acção em Gaza. O Partido Social Democrata(Meretz) e o movimentto Peace Now, que são anti-ocupação, não estão no governo possuem umas bases bem de esquerda mas que permanecem silenciosas. Limitam-se a manifestarem-se contra os colonatos e a extrema-direita sem questionarem o Estado.
A única oposição na comunidade judia vem dos membros do Chadash Party (Comunista) e dos Anarchists Against the Wall (Anarquistas contra o Muro). Em Telavive teve lugar uma manifestação muito viva com 300 pessoas tendo sido presas 5.
Dentro das fronteiras de Israel, a principal oposição encontra-se nos 1.2 milhões de cidadãos árabes de Israel. Contudo, estas manifestações não adquirem um carácter de esquerda. Têm sido convocadas em protesto contra o que se passa em Gaza, mas o ânino dos manifestantes e as palavras de ordem são sobretudo de direita e extremamente nacionalistas. Na cidade de Haifa, onde o Partido Comunista é forte, manifestam-se diáriamente 300 pessoas, a maioria pronunciando palavras de ordem como “A Palestina é árabe” e outros slogans visando a "reconquista" de território. Nas vilas Israelo-palestinianas mais pequenas onde o Balad Party (Arabe Nacionalista) e o Movimento Islâmico são populares os slogans têm sido mais agressivos, incluindo “Derrotaremos os Judeus” e “Morte aos Judeus.” Slogans do tipo “Fim da Ocupação” ae ”Stop à Violência em Gaza” são ouvidos, mas em geral, são menos populares que os apelos mais "militantes".
No geral, o tom no país é nacionalista e as vozes mais liberais quase que morreram, com as pessoas a tomarem posição em função da sua etnia e a mostrarem desconfiança e medo pelos outros. Lutas raciais entre jovens judeus e árabes (todos trabalhadores) estalaram há alguns meses a norte da cidade de Akklo. As previsões apontam para que uma terceira Intifada conduza a mais tensão racial colocando a solidariedade de classe completamente morta enquanto ganha corpo a possibilidade de uma guerra racial.
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