E porque não?
O movimento operário e sindical já organizou os seus próprios partidos. Sempre na busca de uma solução política que permita mudanças radicais!
As consequências do neo-liberalismo, no plano social, tem originado a criação de muitos movimentos e grupos de auto-iniciativa social. A crescente parlamentarização da vida política tem significado afunilamento da participação popular e cidadã a qualquer nível da sociedade. A consequência mais imediata tem sido a auto-resposta popular para responder a questões concretas.
No entanto, os grupos e movimentos sociais têm duração efémera e sem qualquer capacidade de responder e provocar mudanças no plano político.
Verifica-se também uma crescente tendência para os partidos com expressão parlamentar copiarem, na sua organização, o que há de pior no parlamentarismo: são organizações onde os militantes acabam por não ter total e directa capacidade de expressão e de decisão. São organizações verticais, dirigidas de cima para baixo e quando vistas de baixo, parecem um funil ...
A questão fica: e se os muitos grupos e movimentos sociais interligassem e coordenassem as suas muitas e diversas acções numa organização que tivesse a ousadia de intervir políticamente para dizer que é preciso mudar radicalmente! Uma organização política não autoritária, profundamente libertária, horizontal e federativa e com coragem para produzir uma alternativa ao neo-liberalismo e a todas as formas de totalitarismo!
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