tribuna socialista

quarta-feira, dezembro 31, 2003

2004: NOVO ANO, MAIS ESPERANÇA NA MUDANÇA!

2004 está aí!

Ano de futebol, 2004 tem de ser sobretudo ANO PARA A MUDANÇA, ANO PARA UMA ALTERNATIVA DE ESQUERDA AO GOVERNO DE BARROSO E PORTAS!

Para os socialistas, todos os socialistas, do PS ou sem ser do PS, 2004 tem de ser um ano de reforço da participação nas lutas sociais, nas lutas de sentido democrático!

NOVO ANO, MAIS ESPERANÇA NA MUDANÇA!!

domingo, dezembro 28, 2003

O PS PRECISA DOS SEUS MILITANTES E DA SUA VONTADE!

O EXPRESSO de ontem noticiava “HÁ DÉFICE DEMOCRÁTICO EM PORTUGAL”. O texto da notícia tem por base um estudo realizado entre 1976 e 2002 por uma investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, e aborda sobretudo a realidade dos partidos políticos portugueses. São, em geral, partidos governamentalizados, pouco democráticos e voltados para as carreiras!

Com o mal dos outros podemos nós bem ... no entanto, o referido estudo é a todos os títulos muito preocupante no que diz respeito ao Partido Socialista. Nada que qualquer militante já não o sinta no dia-a-dia. Só que o sentimento de cada um é agora corroborado por um estudo científico ... Vejamos então a seguinte parte da notícia:
Depois de Mário Soares, nenhum dos secretários-gerais do PS foi eleito em Congresso. Vítor Constâncio, Jorge Sampaio e António Guterres foram eleitos pela Comissão Nacional. E Ferro Rodrigues (como Guterres em 1998) foi eleito por sufrágio directo, mas numa candidatura “blindada”, à margem da reunião magna. A mudança foi um “simulacro de democratização” que, segundo a investigadora, “acaba por reforçar ulteriormente as lideranças partidárias em vez de as restringir”. O PS é o partido com mais tendência para nomear, em vez de eleger, independentes para pastas ministeriais. Os sinais desse elitismo, democraticamente deficitário, são já antigos entre os socialistas. Como faz notar a investigadora, já no Secretariado dos anos 70 o crescimento do número dos seus membros era feito com elementos do Governo. E essa governamentalização do órgão máximo entre congressos já oscilava entre 46% e os 59% nos governos de António Guterres.”

Infelizmente, este estudo retrata uma realidade! Uma realidade que se tem vindo a consolidar de uma forma preocupante. A consequência é um partido que se torna, no seu dia-a-dia, absolutamente desinteressante para os seus militantes.

O debate político deixou de ser incentivado ao nível de núcleos, secções e até concelhias. Criam-se “gabinetes de estudo” que mais não fazem que afunilar o acesso ao debate só para “elites”. Não se falando nos temas escolhidos, os quais têm muito a ver com a vida parlamentar de quem os promove ...

A elitização do PS criou também uma realidade onde a fulanização das relações entre militantes passou a ser a regra. Como os deputados, os presidentes de câmara, os presidentes de junta, ..., ninguém é submetido a processos de eleição democrática com base nas suas ideias e programas, no dia-a-dia, cada militante já não recorre a referências políticas como forma de salutar diferença, mas antes aos “ismos” adicionados aos nomes dos caciques reinantes (o termo é forte, mas é o adequado).

Por exemplo, recentemente com o pedido de convocação de um Congresso Extraodinário, feito por Manuel Alegre, como forma de se resolver uma aparente crise de liderança, o que foi que aconteceu? O debate na base do PS, não houve. Ou seja, não se promoveram reuniões de núcleos, de secções, de concelhias, para se debater aquela proposta e as suas causas. O que se viu, foi um pseudo-debate feito na imprensa por meia dúzia de dirigentes e deputados mais mediáticos (o que nem sempre significa representatividade interna!) que concluíram que não era necessário um Congresso! Onde e quando é que a direcção nacional do Partido Socialista promoveu um debate interno sobre a questão, desmontando a ditadura da mediatização da vida partidária interna do partido por meia-dúzia de iluminados?

Outro caso: o relacionado com a Casa Pia. Durante meses e meses, a direcção nacional do PS atou todo o partido a um sentimento de solidariedade com um dirigente preso. Sentimento que deve ser mostrado e exercido no plano individual de cada dirigente, militante e pessoa (como o autor destas linhas o fez!), mas nunca comprometendo o colectivo do partido que deve, em cada momento, estar apto a continuar a sua intervenção global. A direcção do PS poderia ter apelado aos militantes para que tivessem aproveitado tudo o que se gerou relacionado com o processo Casa Pia, para debaterem o estado da Justiça em Portugal e quais as mudanças democráticas que foram ou deveriam ser operadas nessa área. Poderia também ter sugerido um debate sobre a qualidade da democracia portuguesa. Mas não ... mais uma vez os militantes não foram tidos nem achados!

O Partido Socialista precisa da vontade critica dos seus militantes. Os militantes devem voltar a tomar democraticamente os destinos do Partido Socialista. Generalizando a democracia e os procedimentos democráticos, generalizando o debate político a todos os níveis, acabando com os fulanismos e a elitização de um partido que deve partir da intervenção social para a intervenção política e não o contrário!

Militante nr.3760

sábado, dezembro 27, 2003

Aprender com a História ... colocar o Partido Socialista do lado da vontade dos seus militantes e dos trabalhadores. Comprometer o PS com a luta pela transformação democrática e socialista da sociedade. Não ceder aos jogos do poder e/ou aos lobbies económico-financeiros. Fazer de cada militante um porta-voz do Partido Socialista na luta de todos os dias. Comprometidos e envolvidos com os debates da esquerda, nacional e internacional. Colocados activamente na rota da luta, nacional e internacional, contra a globalização capitalista!