tribuna socialista

segunda-feira, junho 28, 2004

MATOSINHOS: É UM TESTE BEM VISÍVEL AO PARTIDO SOCIALISTA!

Narciso Miranda tem todo o direito de exprimir a sua opinião como militante do PS. Tem também todo o direito de organizar os seus apoiantes.

Mas o que não se vê nem se sente é que dessas movimentações resultem mais debate democrático, resulte o confronto entre propostas concretas para o PS. As movimentações de Narciso fazem lembrar as movimentações militares, nas quais os comandantes têm o direito de se exprimir mas os soldados têm o direito de obedecer e estar calados.

Esta imagem de quem se agarra ao poder, de quem despreza a democracia interna (a não ser a que reinvidica para si mesmo!), de quem tem da vida do Partido os eternos jogos de bastidores e de influência junto dos dirigentes nacionais, é uma imagem que enfraquece o Partido Socialista no seu todo. E este é o verdadeiro drama: esta imagem negativa já não é sómente local, é nacional e o som que debita atinge negativamente não só Narciso Miranda e/ou Manuel Seabra mas todo o PS enquanto Partido de esquerda, democrático e alternativo à direita!

Pela minha parte, enquanto militante no Concelho de Matosinhos, manifesto a minha total disponibilidade para debater com todos os militantes propostas concretas para o comcelho. Propostas que dinamizem o PS, que faça de cada militante um sujeito activo com opinião e vontade, propostas que renovem também as ideias que os socialistas devem ter para a Camara de Matosinhos.

Estou disponível para debater com todos os militantes em qualquer secção. Estou disponível para debater com Narciso e com Manuel Seabra, um enquanto militante e Presidente da Camara e o outro como militante Presidente da Concelhia do PS de Matosinhos.

A minha dispobilidade é total até porque o debate aberto, sereno e fraterno é a melhor forma de se encontrarem soluções.

João Pedro Freire
Militante nr.3760

O PARTIDO SOCIALISTA DEVE EXIGIR ELEIÇOES

O P.S. deve exigir do Presidente Jorge Sampaio convocação de novas eleiçoes!

Após os resultados das eleições europeias de 13 de Junho, em que o povo português mostrou claramente que não está disposto a ser constantemente enganado pelo executivo de Durão e de Portas, o Partido Socialista deve exigir eleições antecipadas,não pactuando com manobras de direita que a coligação PSD/PP quer impôr ao país!

A esquerda ,deve mobilizar-se para que a manifestação de vontade do povo português expressa em 13 de Junho, seja ,agora,mais uma vez clara e transparente!
O Povo não quer este governo neoliberal, populista e desprovido de princípios humanistas!

O Partido Socialista não pode, a bem da Democracia,pactuar com manobras que visam contribuir para o reforço da direita europeia;o Sr.Durão Barroso é de
direita, mais os populistas Santana e Portas,que nos querem impingir
.

Face a este cenário político,devemos exigir novas eleições para que o povo mostre o definitivo cartão vermelho à coligação da direita populista e oportunista.

Rui Mota
Militante 73461


segunda-feira, junho 14, 2004

MANIFESTO AOS SOCIALISTAS DO DISTRITO DO PORTO

COLOCAR O PS À ESQUERDA,
COLOCAR O PS NOS MOVIMENTOS SOCIAIS, DAR A PALAVRA AOS MILITANTES,
ACABAR COM OS FULANISMOS E COM OS CACIQUES!



O que se tem passado no Partido Socialista do Distrito do Porto é o resultado de anos e anos em que a estrutura partidária foi dominada por dirigentes que se tornaram autênticos caciques ignorando a realidade social e a palavra e a vontade dos militantes.

O debate sobre o que deveria interessar à intervenção social e política do PS foi substituído por discussões que se tornaram gritos e ruídos entre dirigentes para quem o mediatismo sempre foi o grande objectivo pessoal. Os militantes foram reduzidos a entidades que deveriam optar entre autênticos exércitos dirigidos por burocratas!

O Partido Socialista é um partido de alternativa, é um partido com responsabilidades de transformação social e política e, como tal, não pode ser reduzido a uma arena de confronto entre fulanos à espreita de promoção pessoal.

A vitória nas eleições europeias de 13 de Junho último, espelha claramente o que as mulheres e os homens que sofrem directamente as consequências de políticas neo-liberais do governo de direita, querem do PS: querem que o Partido Socialista se assuma como alternativa de governo e de políticas!

Por respeito à vontade dessas mulheres e homens, é urgente que, no distrito do Porto, o PS se coloque à esquerda, se coloque do lado dos movimentos sociais e, sobretudo, dê de si mesmo uma imagem que corresponda a uma prática democrática onde a vontade dos militantes é sempre mais forte que o arrivismo, o fulanismo e o burocratismo.

Francisco Assis ao convocar novas eleições para os órgãos directivos da Federação Distrital do Porto, esteve bem e revelou coragem e objectividade no seu propósito de acabar com aquilo a que chamou e bem de “pantano” que tem dominado o PS do Porto. De igual modo, em Matosinhos, Manuel Seabra tomou uma posição correcta ao demitir-se dos cargos autárquicos que ocupava. Ambos revelaram que não é possível falar-se em renovação e contemporizar-se com o caciquismo interno do PS.

O passo seguinte tem de ser a retirada da confiança política do PS ao ainda Presidente da Câmara de Matosinhos, Narciso Miranda, que se tem revelado como um dos principais aliados daqueles que querem ver o Partido Socialista derrotado em Matosinhos nas próximas eleições autárquicas. Narciso Miranda e os seus aliados no executivo camarário de Matosinhos deixaram à muito de representar quem os elegeu. Passaram, isso sim, a representar-se a si mesmos e a utilizar a Câmara de Matosinhos como bunker para uma guerra contra a Concelhia de Matosinhos democraticamente eleita pelos militantes matosinhenses e contra a própria Federação Distrital do Porto na pessoa do seu Presidente Francisco Assis.

Narciso Miranda foi um bom militante do PS. Mas hoje comporta-se como alguém para quem a democracia e o respeito da vontade democrática é uma grande massada!

O Partido Socialista tem de voltar a uma militância junto do que é concreto, junto dos trabalhadores e dos jovens. Tem de sair das secções e dos núcleos. Tem de intervir junto dos movimentos sociais. Tem de se afirmar claramente como partido comprometido com a transformação democrática e socialista de uma sociedade na qual mulheres e homens não podem ter perspectiva futura dentro do actual liberalismo e com as actuais políticas neo-liberais.

Intervindo, fazendo dos seus militantes actores activos e não passivos, redescobrindo as vantagens da democracia interna partidária, o Partido Socialista estará a dar passos importantes para acabar com o burocratismo, o clientelismo e o fulanismo e tornar-se, ainda mais, no Partido chave para uma alternativa de esquerda à direcção camarária de Rui Rio e ao governo de coligação da direita com a extrema-direita!

João Pedro Freire
Militante nr.3760

sexta-feira, junho 11, 2004

MATOSINHOS:OS MILITANTES DEVEM TER A PALAVRA!

MATOSINHOS:
OS MILITANTES DEVEM TER A PALAVRA!
AS DIRECÇÕES DISTRITAL E NACIONAL NÃO PODEM OPTAR POR SOLUÇÕES ADMINISTRATIVAS E BONAPARTISTAS!



É legitimo que as direcções nacional e distrital do PS queiram analisar e tomar decisões sobre o que se passou na lota de Matosinhos em 9 deste mês.

Mas aquelas direcções também não podem fingir que não sabiam o que se passa, há muito, no PS do concelho de Matosinhos. Sabiam e nunca actuaram! Mais, sempre procuram encontrar “soluções” que ignoravam o necessário apelo à participação dos militantes, que ignoravam a vontade democrática dos militantes.

O recurso a uma solução administrativa ou a uma solução tipo bonapartista, seria um imenso erro.

Sou de opinião que se deve quebrar com a o ciclo “Narciso Miranda ou Manuel Seabra”. Mas o sujeito que deve protagonizar uma nova alternativa deve residir na vontade democrática dos militantes de Matosinhos. Uma “solução” decretada em nome da “alínea x dos Estatutos” ou imposta pela Direcção da FDP ou Nacional, seriam não soluções, seriam mais achas para uma fogueira que tem vindo a consumir o PS em Matosinhos.

Porque não a convocação pela Federação Distrital do Porto do PS de uma Conferência de Militantes do PS de Matosinhos onde seja assegurada a participação e o debate livres e democráticos de todos?

A convocação de uma Conferência de Militantes seria um apelo aos militantes, como únicos sujeitos capazes de apontarem novos e renovados caminhos para o PS em Matosinhos.

A Conferência de Militantes deve propor o nome do candidato socialista à Câmara de Matosinhos. Candidato que deveria representar renovação e afirmação de um programa claramente de esquerda e socialista para que se retome a esperança para todos os matosinhenses.

A mobilização para essa renovação tem de começar já e agora. Não se pode condicionar essa renovação a calculismos eleitorais!

João Pedro Freire
Militante nr.3760


quinta-feira, junho 10, 2004

MATOSINHOS: O PS NÃO É SÓ NARCISO MIRANDA E MANUEL SEABRA ... TAMBÉM HÁ MILITANTES!

Os acontecimentos na lota de Matosinhos no passado dia 09, mostram o estado a que chegou o Partido Socialista em Matosinhos: o nível zero no debate político, a passagem para o campo do caceteirismo, do populismo, da antítese de tudo o que deveria ser o respeito pela tradição democrática de um Partido Socialista!

Há, no PS de Matosinhos, dois responsáveis por esta situação: de um lado, Narciso Miranda que nunca soube aceitar os resultados eleitorais que ditaram a sua derrota para Presidente da Concelhia de Matosinhos; do outro lado, Manuel Seabra, Presidente eleito da Concelhia, que não tem sabido exercer o cargo para que foi eleito com a devida autoridade que lhe advém da legitimidade democrática.

O autor deste texto, já propôs inúmeras vezes caminhos possíveis para o rápido saneamento do clima de “guerra civil” que se vive no PS de Matosinhos: ouvir a opinião dos militantes, convocar uma Conferência de Militantes do PS de Matosinhos para se debater tudo o que se passa no concelho.

Os militantes socialistas de Matosinhos não têm sido chamados a intervir, a dar a sua opinião. Têm, isso sim, sido aproveitados para alimentar cada um dos “exércitos” das facções agrupados atrás dos nomes desavindos. Os militantes do PS de Matosinhos, merecem muito mais, porque são eles, afinal, a voz e a vontade soberanas. Ou deveriam ser!

Os acontecimentos de 9 de Junho na lota de Matosinhos demonstram que o Partido Socialista tem de saber encontrar para as próximas eleições camarárias, uma alternativa que não se fique pela dicotomia gasta “Manuel Seabra ou Narciso Miranda”. Os militantes, de certeza, que saberão encontrar essa alternativa!

O Partido Socialista não pode ficar refém de uma guerra entre dois nomes que já nada tem a ver com diferenças políticas, mas unicamente com ambições pessoais. E o Partido Socialista em Matosinhos deve retomar activamente, com os seus militantes e o povo trabalhador, o papel de principal força transformadora e modernizadora do Concelho!

Por último, a minha homenagem ao Prof.Sousa Franco. A campanha eleitoral demonstrou, de facto, a envergadura de um homem com profundas convicções livres e democráticas. Exemplo para muitos socialistas que cá ficam ...

João Pedro Freire
Militante nr.3760

quarta-feira, junho 09, 2004

MATOSINHOS ... NO DIA EM QUE SOUSA FRANCO ESTEVE NA LOTA!

Não vou falar hoje do que se passou na lota de Matosinhos. Por respeito a Sousa Franco! Por respeito também aos pescadores e matosinhenses que mereciam melhor!

Prometo que vou voltar ao assunto ... porque em Matosinhos não há só Narciso Miranda e Manuel Seabra! Nem o PS é o pantano em que essa luta de galos ...

Os militantes socialistas de Matosinhos merecem muito mais!

Basta!

SOUSA FRANCO: A MINHA HOMENAGEM!

Critiquei-o e elogiei-o neste blog. Neste momento, fica a minha sincera homenagem a um homem que foi um democrata e que vinha dando o seu melhor como cabeça-de-lista do PS.



segunda-feira, junho 07, 2004

EM 13 DE JUNHO VOTO PS: PORQUE LUTA POR UMA EUROPA SOCIAL!

Critiquei a escolha de Sousa Franco para cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu. Porque foi uma escolha que obedeceu muito mais à lógica dos equilibrismos da direcção do PS e muito menos a uma opção por um socialista para uma acção claramente socialista.

Mas apesar disto, VOU VOTAR NO PARTIDO SOCIALISTA!

É um voto em nome dos milhares de trabalhadores, jovens, reformados, mulheres e homens, que continuam a identificar o Partido Socialista como a primeira e principal barreira contra a direita e o seu governo.

O meu voto no PS não é um voto contra as esquerdas. É, isso sim, um voto totalmente contra as direitas, contra o seu governo, contra a corrente liberal que tem tentado destruir a vontade por uma Europa Social e tudo o que tem sido conseguido desde a 2ª Guerra Mundial em matéria de direitos democráticos e sociais.

O meu voto no PS é também um voto que promete luta para que o Partido Socialista não fuja às suas responsabilidades de partido de esquerda, de partido que deve estar comprometido com uma Europa profundamente democrática, participada e social.

O meu voto no PS é um voto também contra as influências neo-liberais que invadem o PS e os PSs por essa Europa! Influências neo-liberais como aquelas que fazem de Tony Blair um autentico coveiro do seu próprio partido e um autentico lacaio de Bush! Se fosse inglês lutaria para que o Partido Trabalhista derrubasse Tony Blair e voltasse às suas tradições democráticas e socialistas...

O meu voto no PS não é um voto em nome de patriotismos que se tornam em nacionalismos e que impedem uma Europa Unida, Democrática e Social. Uma Europa Social não se constrói com a unidade (abstracta!) dos deputados portugueses. Da união de deputados socialistas com deputados de direita em nome de Portugal, só pode resultar a mesma salgalhada que tem adiado, ao longo dos últimos anos, uma União Europeia mais social e mais participada!

Voto no Partido Socialista e apelo ao voto no PS, mas reconheço a importância da pluralidade da esquerda para se combater o abstencionismo e assim se conseguir obter uma clara maioria das esquerdas no Parlamento Europeu! Essa maioria é uma das condições para se barrar o caminho ao neo-liberalismo que tem dominado a construção europeia e afastado os cidadãos dessa construção.

O meu voto no Partido Socialista é também um voto contra a guerra. Contra a participação de uma Europa Unida nas aventuras imperalistas e belicistas da Administração norte-americana. A Europa precisa de Paz, de contribuir para a Paz no Mundo.

O meu voto no Partido Socialista é também um voto contra os nacionalismos, contra as políticas xenófobas, contra a perseguição e marginalização dos emigrantes.

O meu voto no PS é um voto por um Parlamento Europeu que se preocupe com políticas e medidas sociais. Que combata as assimetrias no espaço europeu. E uma dessas medidas poderia ser a implementação de um SALÁRIO MÍNIMO EUROPEU!

O meu voto no Partido Socialista é um voto contra uma Constituição europeia anti-democrática. É um voto por uma processo democrático e constituinte para a elaboração e definição de uma Constituição democrática para uma Europa Unida, Democrática e Social.

O meu voto no Partido Socialista é um voto activo, um voto de luta, um voto que precisa de mais votos que tornem este espaço que é o PS cada vez mais comprometido com a transformação democrática e socialista e afastado dos jogos de lobbies e de influências neo-liberais!

João Pedro Freire
Militante nr.3760



quinta-feira, junho 03, 2004

Europeias: Um aplauso para Sousa Franco!

Critiquei a escolha de Sousa Franco para cabeça de lista do Partido Socialista. Pelas razões que podem ser descobertas em postas anteriores deste blog. Razões formuladas numa perspectiva de esquerda e socialista e, como tal, mantenho-as.

No entanto, devo confessar que algumas posições tomadas últimamente por Sousa Franco, merecem o meu inteiro aplauso e podem contribuir para que mais vontades de esquerda se juntem ao Partido Socialista. A História tem guardado muitos exemplos de entidades que, em contacto com a realidade social e popular, começaram a assumir posições políticas mais claras e mais radicais!

1ºAPLAUSO: Sousa Franco terá declarado que a direcção do PS deveria fazer menos acordos de regime com o governo e mais acções de oposição. Nem mais! É preciso acabar com essas abstracções que sómente servem o governo e que são os chamados "acordos de regime" ou os consensos sobre a Europa. O PS tem o dever de se afirmar como esquerda e como socialista e não como muleta do governo mais reacionário desde 1974.

2º APLAUSO: Sousa Franco apelidou o CDS/PP de xenófobo, racista e de extrema-direita. António Costa corroborou e afirmou que não se tratou de insultos pessoais mas de criticas políticas. 100% de acordo! E sublinho: o CDS é, de facto, um partido de extrema-direita, xenófobo e racista. Mas se o PSD se apressa a defender a sua dama de coligação, então que se cuidem os chamados verdadeiros social-democratas do PSD pois, qualquer dia, também vão na enchorrada!!

Boas notícias: parece que as sondagens indiciam que estas eleições podem ser o principio do fim do governo Barroso/Portas. Boas notícias também porque as esquerdas surgem em clara maioria! Bom seria que essa maioria, pela primeira vez, se traduzisse numa alternativa política de governo! Será que os desempregados, as vitimas da deslocalização das empresas, os emigrantes, os jovens, os trabalhadores, os reformados, ... não aplaudiriam?

Uma má notícia: a abstenção parece que vai aumentar. Mas será que se pode pedir participação eleitoral a quem - o povo português - nunca foi tido nem ouvido em todos os passos da integração de Portugal na actual União Europeia? O combate à abstenção exige que se apele e concretize mais, mais, muito mais participação dos cidadãos no chamado processo de contrução europeia!