tribuna socialista

terça-feira, abril 27, 2010

PARADA PRECÁRIA - MAY DAY 2010 - PORTO


Se és imigrante e te dizem ilegal és PRECÁRIO.
Se estás desempregado és PRECÁRIO.
Se trabalhas a recibos verdes és PRECÁRIO.
Se não podes aderir a um sindicato és PRECÁRIO.
Se foste obrigado a criar uma empresa para poder trabalhar para outros és PRECÁRIO.
Se és trabalhador/a do sexo és PRECÁRIO.
Se trabalhas com contratos a prazo curto és PRECÁRIO.
Se não te podes reunir com as pessoas que fazem o mesmo que tu és PRECÁRIO.
Se estudas e esperas entrar no mercado de trabalho vais ser PRECÁRIO.
Se és bolseiro e não ganhas nem mais um tostão és PRECÁRIO.
Se podes ser despedido amanhã és PRECÁRIO.
Se pensas que ainda existem empregos seguros és PRECÁRIO.

Na MAYDAY, no próximo dia 1 de Maio, tenhas ou não partido, sejas de onde fores, faças o que fizeres ajuda a aumentar o protesto contra a precariedade.

MAYDAY 1 de Maio de 2010 13h00 Praça dos Poveiros PORTO (junt@s desfilaremos rumo à marcha da CGTP, que integraremos)

segunda-feira, abril 26, 2010

RETIRO O MEU APOIO À CANDIDATURA DE FERNANDO NOBRE

Quis acreditar! Quis mesmo! Porque pelo seu trajecto de vida, pelos livros que escreveu, pela obra que criou, Fernando Nobre é uma referência na sociedade portuguesa.

Quis acreditar no seu apelo cidadão, quis acreditar que estava a criar um movimento popular e cidadão de exigência por Justiça Social, por Justiça na Economia, por Justiça Ambiental.

Só que a História não é construída somente pelo esforço de cada indivíduo. Essa construção depende muito das dinâmicas colectivas que se criam. E a candidatura de Fernando Nobre está a desenvolver uma dinâmica que acabará por ter muito pouco a ver com o trajecto de vida, os livros escritos e a obra de Fernando Nobre.

A candidatura parece tomada por indivíduos que se escondem numa cortina de abstracção, de fuga ao debate, de ocultação de diferenças salutares em movimentos plurais. Parece que pretendem impor um falso unanimismo que, às vezes, é muito comparável a um clima de claque de futebol.

Sabe-se o que defende Fernando Nobre. Mas é muito difícil saber o que defendem e quais as intenções de quem dirige a estrutura da candidatura.

A Presidência da Republica actuante de que fala e bem Fernando Nobre, precisaria de um movimento popular muito claro quanto às linhas sociais e políticas que defende, muito vivo porque sabe debater e não foge ao debate.

A estrutura da candidatura de Fernando Nobre é tudo, menos isso!

Pela minha parte, retiro-me definitivamente do apoio a esta candidatura. Continuo, muito sinceramente, a ter em Fernando Nobre uma das minhas referências.

Como cidadão, tudo farei para que as eleições presidenciais possam vir a ter uma 2ª volta, onde o candidato da direita, Cavaco Silva ou outro(a), seja derrotado.

Quero mudar o Presidente, mas também quero que com a eleição do Presidente da Republica possa contribuir para mudar o meu País!

João Pedro Freire

UNIR OS PROTESTOS: EM ABRIL COMEÇA PARA MAIO CONSOLIDAR! ...

O diário "i" escreve hoje "ESCOLHA UMA PROFISSÃO. A PROBABILIDADE DE ESTAR EM GREVE É ELEVADA".

O artigo exibe o sentimento de revolta e de protesto que existe na sociedade portuguesa. A actual crise económica e financeira, muito ajudada pelas políticas neo-liberais do governo Sócrates, contribuem decisivamente para esse descontentamento.
É um descontentamento que tem de redescobrir formas colectivas de acção e de resposta. A reacção individual, a revolta isolada, só leva ao desgaste, à frustação.

Os trabalhadores de todos os sectores de actividade, de empresas públicas e privadas, deveriam redescobrir a importância da convergência colectiva. Ideia simples mas decisiva, a união faz a força!

Maquinistas, enfermeiros, motoristas, carteiros, são exemplos de sectores que estão ou estarão em greve ainda em Abril ou durante o mês de Maio. Mas convém também não esquecer o movimento popular espontâneo de quem vive em Valença do Minho e protesta por acesso à saúde. Um pouco por todo o lado, podem surgir movimento populares espontâneos de protesto!

Existem mil e uma razões para que os protestos encontrem o caminho da convergência. É também o caminho para uma resposta social aos que, em Portugal, persistem com políticas que acabarão por tornar este País, a próxima "Grécia".

Em Abril é possível unir os protestos para, em Maio, consolidarmos uma resposta social por outras políticas, por uma alternativa de democracia e de socialismo!

domingo, abril 25, 2010

HOMENAGEM AOS RESISTENTES AO FASCISMO ...



Uma homenagem aos resistentes italianos ao fascismo. Uma homenagem extensível a todos os resistentes portugueses que também lutaram arduamente contra o fascismo ... afinal em Itália e em Portugal, o dia da libertação é a 25 de Abril!

O 25 de Abril de 1945 (Itália) e de 1974 (Portugal) é o resultado da sua luta !

sábado, abril 24, 2010

CRAVOS, MUITOS CRAVOS VERMELHOS ...

E com cravos, muitos cravos vermelhos, se começou a pintar a vontade de revolucionar!
Os trabalhadores, os jovens, pessoas de todos os dias, inundaram as ruas de muitas vontades, de muita força colectiva, sempre pintado com muitos cravos.
As armas tinham um cravo, os carros de combate tinham cravos, isso, a Paz foi pintada com cravos.
A liberdade foi colorida com muitos mais cravos!
Os cravos deram o tom ao movimento. Deixaram de ser partes de arranjos florais e passaram a ser sentido de vontade popular, sentido de querer revolucionário!
Eles, os cravos, ainda andam por aí ... só que voltaram aos arranjos florais ... ainda há muitas armas, muitas guerras, muita vontade popular, muito querer para mudar que precisam urgentemente de cravos, muitos cravos, imensos cravos vermelhos!

quinta-feira, abril 22, 2010

Fausto. Rosalinda. Portugaliza


No dia 22 de Abril de 2010, DIA DA TERRA, é bom lembrar que, nesta nossa terra, houve um movimento popular e jovem que se levantou para dizer NÃO! a uma central nuclear que queriam construir em Ferrel!
É bom lembrar porque os senhores que querem o Nuclear andam novamente a levantar a garimpa ... e o Nuclear é mau pelo q...ue é, pelo sistema de opacidade e policial de que precisa para se manter e porque, convém repetir, os danos afectam esta Terra por centenas e centenas de anos. E, como sabem, não temos outra Terra ...

A PROPÓSITO DO MANIFESTO PARA UMA NOVA POLÍTICA ENERGÉTICA (*)

(*) Retirado do blogue AMBIO - blogue de reflexão sobre ambiente e sociedade , de Henrique Pereira Neto

O Manifesto que é criticado, pode ser lido aqui.

1) Não faz sentido reduzir a política energética a uma discussão sobre produção de electricidade, não só porque a electricidade representa uma fracção relativamente pequena do consumo energético, como mesmo no campo da electricidade há um enorme espaço de racionalização do seu uso que não passa pela discussão sobre as formas de produção;

2) É muito desagradável a sensação de meias verdades contidas nos documentos, neste caso, é justo dizê-lo, mas do lado dos subscritores do manifesto que do lado da APREN;

3) A mais grave dessas meias verdades é a que envolve a discussão sobre o défice tarifário: não é verdade que o défice tarifário resulte da política de renováveis, embora seja verdade que a sua dimensão resulta, em parte, da diferença do preço de custo de produção e do preço de mercado. Ora essa decisão é uma opção política totalmente errada dos Governos fortemente influenciada pela ideia de que a energia tem de ser barata. Do ponto de vista ambiental é preciso ser claro e dizer que a energia deve ter o preço que resultar da sua produção e que os preços elevados de energia reduzem o desperdício, sendo por isso favoráveis do ponto de vista ambiental. O facto de isso ter implicações económicas (não necessariamente e sempre negativas), e sociais deve ser ponderado no conjunto dos valores sociais em presença e não deve levar à ideia de que o preço baixo se deve sobrepôr a todas as outras considerações;

4) Alguns dos pressupostos do manifesto são confrangedoramente frágeis tecnicamente (como a história não demonstrada e com peso real não avaliado da coincidência entre chuva e vento, por exemplo). Mais grave que isso, alguns são deliberadamente torcidos. Por exemplo, no site do manifesto estão os três estudos sobre a perda de empregos decorrentes das renováveis, sem que ao mesmo tempo os subscritores do manifesto tenham a hombridade de lhes juntar as críticas metodológicas feitas. A resposta a uma pergunta sobre esta matéria (há críticas metodológicas mas não há alteração das conclusões) é manifestamente de quem não leu os documentos ou está de má-fé, já que as críticas metodológicas invalidam por completo os estudos citados, desde a sua base. As críticas podem estar erradas, é razoável contestá-las, o que não é razoável é manter as conclusões sem contestar críticas que pura e simplesmente invalidam a totalidade do estudo;

5) O facto dos subscritores do manifesto omitirem que os três estudos têm a mesma origem de financiamento, que é um fundo com agenda política, mereceria esclarecimento: ou não é verdade que assim seja e estamos perante três estudos totalmente autónomos (o que não é crível dadas as suas similitudes metodológicas, incluindo inovações não suportadas por nenhuma verificação empírica) ou é mesmo de má-fé que estamos a falar;

6) Seria normal que a APREN fosse mais explícita nalgumas das suas afirmações, nomeadamente quanto à formação do preço, o que não acontece, usando aliás a mesma lógica de parcialidade dos estudos citados no relatório que encomendou à Deloitte, como uma previsão de criação de emprego verdadeiramente delirante;

7) Do mesmo modo é completamente inaceitável que se fale de poupança na redução de consumos de petróleo sem que se refira o custo das alternativas. Poupança resulta do saldo da redução de consumos mais aumento de custo de produção alternativa e não é razoável usar apenas a coluna do haver, sem usar a coluna do dever. A APREN e o Governo contribuem para a mistificação e obscurecimento da discussão ao insistir nesta meia verdade;

8) A poupança energética (de electricidade e dos outros consumos de energia, que são aliás a maioria), a eficiência energética, a água quente solar e outras soluções parciais correm o risco de ficarem completamente submersas nesta discussão entre modelos de produção de electricidade, com forte prejuízo para a definição (e afectação de recursos) para uma verdadeira política energética.


(imagem: central de biomassa, em Mortágua)

EVO MORALES DIZ QUE GAYS E CARECAS SÃO FRUTO DE TRANSGÉNICOS (*)

Em alguma esquerda faz muita falta um grande abanão nas mentalidades e nos preconceitos ...

As afirmações de Evo Morales foram feitas durante a Conferência Mundial dos Povos sobre as Alterações Climatéricas.

Razão teve o presidente do movimento LGBT, António Poveda, que classificou as afirmações presidenciais de "Barbaridade, aberração e homofobia".



(*) titulo da notícia retirada da edição de hoje do "i"

quinta-feira, abril 15, 2010

PRESIDENCIAIS: muitos "fans", pouco debate!

A ABSTRACÇÃO DOMINA ...

























Já não há paciência para tantas declarações de "supra-partidarismo" por parte dos candidatos presidenciais!

O importante não é essa condição, mas a objectividade e a clareza dos principios e dos programas que propõem para Belém.

Ser "supra-partidário" não quer dizer nada ... afinal qualquer que seja o Presidente eleito,... ele vai ter de se relacionar com os partidos existentes.

O que conta é a dependência da afirmação de uma candidatura presidencial a este ou aqueles partidos!

Um Presidente da República não governa, mas pode e deve INFLUENCIAR!

Por isso é que esta eleição é importante. Por isso é que não basta apelar a "Portugal". Todos apelam!

Não basta também declarar que, uma vez eleito, será Presidente "de todos os portugueses". Todos o declaram!

Por isto é que é importante saber que MUDANÇA pode um Presidente influenciar! Que MUDANÇA é que tem VONTADE de influenciar!

Por isto é que é importante saber se um candidato a Presidente está disposto a contemporizar com a actual crise económica e social. Se está disposto a apoiar e promulgar todas as políticas que não resolvem coisissima nenhuma. Se está disposto a falar pelos que passam a vida a sofrer os efeitos da crise capitalista, para que assim possa mesmo ser "de todos os Portugueses".
NÃO SE TRATA DE MUDAR UM PRESIDENTE ... TRATA-SE DE MUDAR UM PAÍS!

MUITOS "FANS", POUCO OU NENHUM DEBATE ...

Existem, formalmente à esquerda, dois candidatos, para já: Manuel Alegre e Fernando Nobre.

Já afirmei que apoio Fernando Nobre. O que não me impede de exprimir criticas ao que não concordo na candidatura de Nobre. Numa eleição presidencial o meu apoio a um candidato não é incondicional. É sempre critico, atento e exigente. É assim que também exerço a minha cidadania.

Fernando Nobre, Manuel Alegre, Cavaco Silva, o candidato do PCP (quando aparecer!), qualquer outro mais, todos dirão que são "suprapartidários", "Por Portugal", "serão Presidente de todos os portugueses", blá, blá, blá ...

E com isso logo aparecerão "exércitos de fans", ao bom estilo hooligan, prontos a atirarem-se para o precipicio se o "seu" candidato fizer o mesmo!...

Isto não resolve nada, não contribui para nada. Ou antes, só alimenta o que de pior tem a actual democracia parlamentar: pouca abertura ao contraditório, pouca abertura ao esclarecimento, pouco debate, pouca abertura a formas de participação directa!...

Para que isto não aconteça, não chega o "testemunho de vida" do candidato. E no caso do Dr. Fernando Nobre é visível que o seu testemunho de vida, sendo imenso, sendo referencial, sendo inquestionável, não chega para que a sua candidatura não esteja invadida por pessoas que nada têm a ver com esse seu testemunho de vida.

Porque é que os candidatos se têm de afirmar (!) pelo lado da abstracção e não se definem como socialistas (não tem nada de partidário), de esquerda, anti-capitalistas ? Nenhum destes termos significa subordinação ao partido A ou B, mas claramente define e localiza o que um candidato é e o que quer de facto!

Os candidatos não o fazem , porque eles também estão subordinados à cultura da partidarite parlamentarizada ...

João Pedro Freire

terça-feira, abril 13, 2010

PSD: privatize-se, privatize-se, privatize-se!

A nova liderança do PSD anunciou o seu novo programa "alternativo" aos partidos "irmãos" do chamado "arco governamental neo-liberal", como se sabe, o CDS e o PS. O programa é sintético e nada repetitivo!


PRIVATIZE-SE !

tudo e o que mais se lembrarem ...

segunda-feira, abril 12, 2010

"Há uma divisória no país de fragilização e ataque às políticas públicas” (*)

RETIRADO DE (*) ESQUERDA.NET:

No final das jornadas autárquicas do Bloco em Lisboa, Francisco Louçã apelou à revolta contra o PEC e ao plano de privatizações previsto para os vários serviços públicos.

Durante dois dias, os autarcas eleitos pelo Bloco de Esquerda, de todo o país, debateram as prioridades das políticas locais, os seus modelos de organização e suas lutas essenciais. Da regionalização, à defesa da água pública, passando pela intervenção cultural e social, muitas foram as propostas apresentadas e as linhas de intervenção lançadas.

Alberto Matos, da Comissão Autárquica Nacional, salientou a importância de evidenciar a matriz ideológica das iniciativas do Bloco, na defesa dos serviços públicos, na promoção de políticas de combate aos efeitos da crise e do desemprego, no desenvolvimento de projectos participativos. “Marcar a diferença também no poder local” foi o mote lançado.

Francisco Louçã encerrou os trabalhos do fórum que reuniu pela primeira vez os representantes locais do Bloco eleitos em Outubro de 2009, apelando à revolta contra o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) e ao plano de privatizações previsto para os vários serviços públicos. "Porque hoje somos chamados a defender os Correios e a lutar contra o desemprego, amanha será a Segurança Social e o Serviço Nacional de Saúde", declarou.

O Coordenador da Comissão Política do Bloco afirmou que os autarcas bloquistas devem ser os primeiros a lançar os processos de luta nos “locais onde o lucro fala mais do que o interesse das pessoas”. Da manutenção pública dos ramais da ferrovia à conservação dos postos dos CTT nas localidades, “este PEC pode ser vencido”, frisou Louçã.

Além disso, referindo-se ao trabalho autárquico levado acabo pelos eleitos bloquistas, Francisco Louçã realçou que o Bloco quer afirmar-se como uma força próxima das pessoas e daqueles que estão "excluídos dos grandes níveis de decisão" ao nível das autarquias. "Há hoje uma divisória no país de fragilização e ataque às políticas públicas. É esta divisória que faz o centro da intervenção do Bloco de Esquerda", afirmou.

Na sua intervenção Louçã criticou ainda o PEC "especialmente no que respeita ao congelamento dos salários", no "ataque às políticas sociais" e em relação às privatizações.

Louça criticou ainda o PSD porque "segue a mesma estratégia de bloco central do PS" e explicou: "Como é que disputa o PSD ao PS um lugar político? Adoptando ele próprio uma estratégia de bloco central. Todas as ideias más do PS na governação, o PSD repete como ideias péssimas", disse.

Assim, referindo-se a algumas das medidas avançadas pelo novo líder social democrata, Pedro Passos Coelho, Louçã deixou o comentário: "Quero ver se ele vai repetir a ideia de deixar entrar um funcionário por cada cinco que saem da função pública ou a privatização da Caixa Geral de Depósitos", acrescentando que "entre Passos Coelho e José Sócrates a diferença já não está em nenhuma política".

domingo, abril 11, 2010

FERNANDO NOBRE: O CANDIDATO E A ESTRUTURA DE CAMPANHA ... ALGUMAS DÚVIDAS!

Não tenho nenhuma dúvida quanto à bondade dos propósitos do Dr. Fernando Nobre. Mas tenho todas as dúvidas do Mundo quanto aos propósitos de algumas das figuras públicas que apoiam Fernando Nobre. E, o que parece, aparentemente mais estranho, é considerar-me ao lado de Fernando Nobre e estar contra essas tais figuras públicas que até são “acarinhadas” publicamente pelo candidato.

Não, não é estranho … e não é estranho porque apelos à “iniciativa cidadã” transportados ABSTRACTAMENTE durante muito tempo geram fenómenos de aproveitamento populista, até peronista, que escapam à percepção imediata do candidato presidencial.

Não é possível, na minha opinião, ser-se pela justiça social, pela justiça na economia, ser-se contra as políticas que geram privatização de lucros e socialização de prejuízos, … , e estar de bem com personalidades que sempre estiveram do lado daqueles que, por politicas, comportamentos e actos de gestão contribuíram decisivamente para situações que dizemos contestar … sendo assim, a bondade de um candidato corre o risco de se diluir no pântano de uma estrutura de campanha a qual, sintomáticamente, prefere viver precocemente momentos de permanente euforia, talvez para não ter de discutir, permanentemente, assuntos, ideias e matérias que fariam necessariamente a diferença … para separar o trigo do joio!

Por isto, não posso ser tolerante com algo que me faz prever situações muito negativas num futuro próximo! A tolerância é muito diferente de silêncio, de virar a cara para o lado…

As figuras públicas a que me refiro, são o que de mais intolerante existe nos locais onde diariamente trabalham, gerem ou administram … eles acabam por ser parte do problema e nunca parte da solução, numa perspectiva de uma candidatura de solidariedade, de justiça social e de iniciativa cidadã!

Essas figuras serão por mim denunciadas, em todos os fóruns em que participo! Aliás uma atitude e um procedimento de decorrem da minha actividade cívica ao longo dos anos.

Sou socialista, sou republicano, sou anti-capitalista, sou militante do Bloco de Esquerda, nunca o neguei! Mas não obstante isso, sempre soube assumir uma posição de convergência no plano social e cidadão em muitos momentos! Por exemplo, em anteriores eleições presidenciais, nunca apoiei o mesmo candidato que a direcção do partido em que militava, apoiava. E sempre soube construir “pontes de diálogo” com muita gente de outras proveniências política e ideológicas …

João Pedro Freire

sexta-feira, abril 09, 2010

Petição contra o treino de caças F-22 americanos na Base das Lajes!

PORQUE SOMOS UM PAÍS EM PAZ E DE PAZ !
NÃO SOMOS UM AQUARTELAMENTO NEM UMA BASE MILITAR !

FESTA PRECÁRIA MAYDAY PORTO 2010 !




Sábado, 10 de Abril de 2010 às 22:00
Fim: Domingo, 11 de Abril de 2010 às 2:00
Local: Fábrica da Rua da Alegria
Rua: Rua da Alegria, nº341
Cidade/Localidade: Porto, Portugal

FESTA PRECÁRIA MAYDAY PORTO 2010

o MayDay está aí chegar!!!

teatro, música, filmes, e muita animação

com a participação de:

Erva Daninha
DJ Ruba Linho
DJ's Golpe de Estado (RUC)
entre outros...

APARECE E TRAZ UM AMIG@ TAMBÉM!

entrada solidária: 2 euros

quarta-feira, abril 07, 2010

A Socialização da Sociedade (*)

"Na economia socialista tudo isso precisa ser diferente! O empresário privado desaparece. A produção não tem mais como objetivo enriquecer o indivíduo, mas fornecer à coletividade, meios de satisfazer todas as necessidades. Consequentemente, as fábricas, empresas, explorações agrícolas precisam adaptar-se segundo pontos de vista totalmente novos:

Primeiro: se a produção deve ter por objetivo assegurar a todos uma vida digna, fornecer à todos alimentação abundante, vestuário e outros meios culturais de existência, então a produtividade do trabalho precisa ser muito maior que hoje. Os campos precisam fornecer colheitas maiores, nas fábricas precisa ser utilizada a mais alta técnica; quando às minas de carvão e minério, apenas as mais rentáveis precisam ser exploradas etc. Segue-se daí que a socialização se estenderá, antes de mais nada, às grandes empresas industriais e agrícolas. Não precisamos nem queremos tirar a pequena propriedade ao pequeno agricultor e ao pequeno trabalhador que, com seu próprio trabalho, vive penosamente do seu pedacinho de terra ou da sua oficina. Com o tempo, todos eles virão até nós voluntariamente e compreenderão as vantagens do socialismo sobre a propriedade privada.

Segundo: para que na sociedade todos possam usufruir do bem-estar, todos precisam trabalhar. Apenas quem executa trabalho útil para a coletividade, quer trabalho manual, quer intelectual, pode exigir da sociedade meios para a satisfação de suas necessidades. Uma vida ociosa, como hoje levam na maioria das vezes os ricos exploradores, acaba. A obrigação de trabalhar para todos os que são capazes, exceto naturalmente as crianças pequenas, os velhos e os doentes é, na economia socialista, uma coisa evidente. Quando aos incapazes de trabalhar, a coletividade precisa simplesmente tomar conta dele – não como hoje, com esmolas miseráveis, mas por meio de alimentação abundante, educação pública para as crianças, boas assistência médica pública para os doentes etc.

Terceiro: a partir do mesmo ponto de vista, isto é, do bem-estar da coletividade, é preciso que os meios de produção, assim como as forças de trabalho sejam inteligentemente administradas e economizadas. O desperdício, que ocorre hoje a cada passo, precisa acabar.

Assim, naturalmente, é preciso suprimir a indústria de guerra e de munição no seu conjunto, pois a sociedade socialista não precisa de armas assassinas. Em vez disso, é preciso que os valiosos materiais e a força de trabalho aí empregados sejam utilizados para produzir coisas úteis. As indústrias de luxo, que hoje produzem todo tipo de futilidades para os ociosos, assim como a criadagem pessoal, precisam igualmente desaparecer. Toda a força de trabalho posta nisso encontrará ocupação mais útil e mais digna.

Se desta maneira criarmos um povo de trabalhadores, em que todos trabalhem para todos, para o bem-estar e o beneficio coletivos, então, quarto: o próprio trabalho precisa adquirir uma configuração inteiramente diferente. Hoje em dia, o trabalho, tanto na indústria, quanto na agricultura ou no escritório é, na maioria das vezes, uma tortura e um fardo para o proletário. As pessoas vão para o trabalho porque é preciso, caso contrário não conseguirão meios de subsistência. Na sociedade socialista, onde todos trabalham em conjunto para o seu bem próprio bem-estar, é preciso ter a maior consideração pela saúde e pelo prazer de trabalhar. Tempo de trabalho reduzido, que não ultrapasse a capacidade normal, locais de trabalho saudáveis, todos os meios para o descanso e o trabalho precisam ser introduzidos, para que cada um faça a sua parte com maior prazer.

Porem para todas as grandes reformas é necessário o material humano correspondente. Hoje atrás do trabalhador, esta o capitalista com seu chicote _ em pessoa, ou através de seu contra-mestre ou capataz. A fome arrasta o proletário para trabalhar na fábrica, na grande propriedade ou no escritório. O empresário cuida então para que o tempo não seja desperdiçado, para que o material não seja estragado, para que seja fornecido trabalho bom e competente.

Na economia socialista é suprimido o empresário com seu chicote. Aqui os trabalhadores são homens livres e iguais, que trabalham para seu próprio bem-estar e benefício. Isso significa trabalhar zelosamente por conta própria, por si mesmo, não desperdiçar a riqueza social, fornecer o trabalho mais honesto e pontual. Cada empresa socialista precisa, naturalmente, de um dirigente técnico que entenda exatamente do assunto, que estabeleça o que é mais necessário para que tudo funcione, para que seja atingida a divisão do trabalho mais correta e o mais alto rendimento. Ora, isso significa seguir essas ordens de boa vontade, na íntegra, manter a disciplina e a ordem, sem provocar atritos nem confusões."

(*) in, 1918-12 A Socialização da Sociedade, Rosa Luxemburgo

250 MILITANTES BLOQUISTAS QUEREM UMA CONVENÇÃO EXTRAORDINÁRIA!

As eleições presidenciais serão em Janeiro de 2011. É certo que ainda falta tempo, mas estão, desde já, a provocar debate à esquerda. Mais concretamente no espaço da esquerda socialista. Neste espaço político, o Bloco de Esquerda é a força de referência. O Bloco tornou-se, logo em Dezembro de 2009, a primeira força política a manifestar vontade de apoiar um candidato que ainda não o era, Manuel Alegre, através de uma entrevista do seu coordenador, Francisco Louçã, a um canal de televisão. Daí até à confirmação dessa vontade como posição oficial do partido foi um instante.

O debate, entretanto, surge não por iniciativa da direcção política bloquista, mas antes pela acção de grupos de militantes que questionaram a posição de Louçã e depois da Mesa Nacional. O debate sobre a questão presidencial estava apagado desde a última Convenção Nacional. E nessa Convenção, o que foi aprovado não se referia a nenhum nome, mas apontava caminhos alternativos: ou uma candidatura que fizesse convergir as esquerdas ou então um candidato oriundo do próprio Bloco.

Primeiro um documento com mais de 60 assinaturas e agora uma petição que já vai perto das 250 assinaturas, a iniciativa de militantes bloquistas, discordantes do modo como a direcção bloquista lidou com esta questão, levou a direcção política e o próprio Francisco Louçã a convocar reuniões nas principais estruturas do Bloco a nível nacional, no sentido de explicar, após decisão tomada, o apoio a Manuel Alegre.

Ao dia de hoje, o que existe quanto a candidaturas localizadas formalmente à esquerda?

Há duas candidaturas, a de Manuel Alegre e a de Fernando Nobre, e, o Bloco é o único partido que já tomou posição perante uma delas. Ou seja, de acordo com o aprovado na última Convenção Nacional bloquista, as coisas até estão a pender mais para o lançamento de uma candidatura de alguém oriundo da área do BE: nem Manuel Alegre, nem Fernando Nobre, conseguem fazer convergir nas suas candidaturas a maioria das esquerdas!

A ser assim, porque razão a direcção política do Bloco preferiu tomar uma decisão tão cedo? E se a quisesse tomar, a partir da sua interpretação da deliberação da última Convenção Nacional, porque não envolver préviamente todos os militantes através de um grande debate nacional?

É claro que uma direcção política tem o direito de definir políticamente a acção do partido que dirige. Foi para isso que foi eleita! Mas não pode, nem deve, tomar decisões que provoquem divisões sérias e graves, porque partem de interpretações e não de dados objectivos. Isso também deveria ser o papel de uma direcção política: utilizar a democracia interna como motor de unidade, como forma de enquadrar divergências sem provocar rupturas graves!

A direcção política do Bloco contribui, neste momento, através da persistência numa teimosia política, para a discussão do que deve ser o exercício da democracia no seio de uma organização política da esquerda socialista.

O Bloco de Esquerda, quanto aos seus Estatutos, é, de facto, o partido mais democrático existente em Portugal. Por exemplo, nenhum vai tão longe no direito de tendência organizada. Mas questões políticas importantes, como as presidenciais, demonstram que ainda há muito a debater sobre o conceito de democracia interna. E esse debate tem de trazer à luz do dia, a capacidade para se questionar, sem complexos nem fantasmas, se por democracia interna se entende o "centralismo democrático" leninista, mesmo que em versão soft, ou então se opta decididamente pelo desenvolvimento do conceito de partido-movimento assente numa estrutura horizontal, democrática e federativa das correntes que convergem na esquerda socialista.

Neste momento, no Bloco existem formalmente duas tendências organizadas: a Esquerda Nova e a Luta Socialista. Não existem mais correntes organizadas! A actual maioria do Bloco, constituida pela convergência do PSR, UDP e Politica XXI, entretanto transformados em "Associações", não é tendência organizada, nem é a convergência de tendências organizadas. Até parece que a maioria se serve dos Estatutos para motivar o aparecimento de tendências para serem devidamente controladas à posteriori ... Sobre esta realidade, não há própriamente grande transparência por parte da maioria conjuntural.

Sobre esta questão sugere-se a leitura deste texto inserido no boletim da Rede Luxemburguista Internacional, sobre o partido homólogo do Bloco, em França, o "Novo Partido Anticapitalista".

250 militantes do Bloco de Esquerda já assinaram o pedido de convocação de uma Convenção Nacional Extraordinária. No entanto, estatutáriamente, são necessários 10% dos militantes bloquistas. E, desde logo, aqui coloca-se uma questão: como é que uma direcção política pode ignorar um movimento que está a aumentar de dia para dia? Como pode ignorar que há um número considerável de militantes que quer discutir uma questão concreta, as presidenciais?

Sabe-se que a direcção política do Bloco, tem procurado dificultar a acção desses militantes que querem a Convenção Extrarodinária. Não será esse um comportamento anti-democrático e até anti-estatutário?

Os militantes bloquistas estão unidos quanto à acção que desenvolvem nomeadamente contra o governo Sócrates e as suas politicas. É uma unidade que só pode sair prejudicada se continuar a persistir a teimosia de não se discutir as presidenciais em Convenção Nacional. Porque uma unidade séria e forte vive também da capacidade de saber discutir as divergências que vão surgindo.

Uma Convenção Extraordinária discutirá as Presidenciais, não discutirá nem a linha política do Bloco, nem a eleição de novos orgãos dirigentes. À Convenção Extraordinária serão apresentadas todas as propostas sobre o assunto "Presidenciais". E até pode acontecer que seja ractificada a posição da Comissão Política. Então, a posição de apoiar Alegre sairá mais reforçada e os militantes bloquistas até se sentirão mais identificados com ela.

João Pedro Freire
militante do B.E.

terça-feira, abril 06, 2010

It's always Jalalabad : é nome de blogue ...

"Por aqui passou toda a vida, por aqui vai passar todo o resto. Da vida, da morte, da guerra e do amor."

O Paulo F Silva tem novamente a sua marca na blogosfera. Estou muito contente por, no mesmo dia, estar a divulgar a iniciativa bloguista de dois Amigos e Camaradas. Foi a Isabel Faria e agora o Paulo F Silva. A blogosfera fica com mais espaço criado por aqueles que seguem o sentir das lutas todas e ainda arranjam mais espaço para os afectos deles e os outros que também partilham!


It's always Jalalabad até é dificil de ler, mas dá para fixar! ... Fixem-no e sigam-no!

HUELGA DE MASAS: Boletim da REDE LUXEMBURGUISTA INTERNACIONAL

Huelga de Masas (Greve de Massas) N° 2
30 de Março de 2010


Apresentação do segundo número de Huelga de Masas de Dezembro de 2009 (em castelhano):

Boletín N° 2 en PDF

¿Qué es la Red Luxemburguista Internacional? ¿Por qué esta organización ahora ?

Sobre la cuestión de la organización revolucionaria : el caso del NPA en Francia

Crecen las luchas de los trabajadores en Francia: Dos millones en las calles, las universidades en huelga

¡Es la hora de las ocupaciones! ¡Por la socialización de las finanzas!

Como espigas bajo la lluvia: se multiplican las asambleas de parados en España

Suplemento de HDM 2

Abuso sexual a crianças na Igreja: Benedicto não vai a julgamento (*)

En 1992, Sinead O’Connor era la cantante más admirada del mundo. Ese año rompió una foto de Juan Pablo II en la televisión de EEUU, de inmediato su impactante video recorrió el planeta y fue falsamente mostrada como una insolente atea; horas más tarde sus discos fueron quemados. Pocos sabían que ella había sido abusada durante su niñez por sacerdotes de su natal Irlanda, país donde hasta 2007, el 98% de las escuelas eran controladas por la Iglesia Católica.

Al igual que Sinead, millones de niños han sufrido abuso sexual por “representantes de la fe cristiana”, ello se desprende de fuentes como el diario Boston Globe, (04-12-1992), que reveló que la Iglesia había pagado unos 300 millones de dólares, entre 1985 y 1992, en acuerdos con víctimas de curas pedófilos. Asimismo en 2002, el informe “John Jay”, avalado por la propia Conferencia de Obispos de EEUU y el Colegio de Justicia Criminal que lleva su nombre, informó que sólo en ese país, entre 4.000 y 5.000 sacerdotes fueron señalados por abuso contra 14.000 niños y adolescentes durante cuatro décadas. El documento reflejó acusaciones formales contra 4.392 sacerdotes, lo que representaba un 4% del clero nacional.

Este 2010, ante el escándalo mundial donde Benedicto XVI es acusado por las víctimas de ser el responsable último del encubrimiento de los abusos sexuales de sacerdotes a niños; Giuseppe dalla Torre (Jefe del Tribunal del Vaticano) ante el periódico italiano “Corriere della Sera”, ha declarado que Benedicto no irá a testificar en ningún juicio porque goza de inmunidad ante los tribunales del mundo, en su carácter de Jefe de Estado. El Sumo Pontífice se ha circunscrito a lamentar la situación mediante una carta pública.

La pedofilia además de ser pecado, es un grave delito que debe ser castigado. En solidaridad con las víctimas, nos incluimos entre las personas de buena voluntad que esperan de la Santa Sede una conducta responsable frente a la justicia, pues hasta ahora reina la impunidad.

(*) retirado de Kaosnelared.net - Autor: Jesus Manuel Silva Rivas

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"Porque foram muitos anos. Porque somos animaizinhos de hábitos. Porque, há dias, tive o previlégio de ver um dum amigo, muito bonito, novinho em folha, e fiquei com o bichito a roer. Porque o FB tem o defeito de me obrigar a escrever pouco e eu preciso de 5000 caracteres para dizer que hoje faz Sol. Porque me apeteceu....
Vai ter coisas daqui...aqui coisas de lá...e outras que me derem na bolha.
E ainda está em arrumações
. "

É assim que a Isabel Faria explica, no Facebook, o retorno à escrita na blogosfera. A Isabel Faria propõe caminhos com paragens em estações, numa viagem que é dela mas, felizmente, partilhada por muito mais gente ... com ela vamos todos à descoberta, sempre à esquerda!

Da impaciência de mudar o Mundo à serenidade de o construir ... este é o pulsar do coração da Isabel!

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