tribuna socialista

sábado, abril 29, 2006

1º DE MAIO: REINVIDICAÇÕES CENTENÁRIAS ... ACTUAIS!


1º de Maio de 2006 ... algumas reinvidicações que permanecem actuais:
  • 8 horas de trabalho diárias;
  • direito ao emprego e ao trabalho;
  • reconhecimento do trabalho;
  • direitos democráticos e laborais;
  • direito a uma reforma digna;
  • direito ao descanso depois de uma vida de trabalho;
  • há vida depois de uma vida de trabalho assalariado;
  • não à precariedade nos empregos ... quem disse que não é possível um trabalho para toda a vida?

A comemoração do 1º de Maio é uma comemoração centenária! Mas será que o apelo da Associação Internacional dos Trabalhadores, em 1886, não permanece actual?

Já avaliaram quanto o liberalismo tem obrigado a retroceder em matéria de direitos democráticos, sociais e laborais?

Não será o SOCIALISMO (expurgado dos desvios liberais e totalitários) uma exigência GLOBAL?

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domingo, abril 23, 2006

PROJECTO SOCIALISTA: uma proposta da esquerda do PSF!

As correntes da esquerda do PSF - Forces Militantes e Democratie & Socialisme - lançaram uma proposta de PROJECTO SOCIALISTA dirigido, sob a forma de apelo, ao povo francês, a toda a esquerda, a todos os trabalhadores, aos assalariados e à juventude. Apelam a uma VIª Republica Social. São propostas para uma alternativa anti-liberal.
As duas correntes que agora convergem podem ser consultadas em Democratie & Socialisme
http://www.democratie-socialisme.org e em Forces Militantes http://www.forces-militantes.org .

TRIBUNA SOCIALISTA considera que se trata de uma proposta séria que mereceria ser discutida por todas as correntes que, no plano internacional, se reinvidicam de uma perspectiva socialista, democrática e libertária.

As referidas correntes socialistas propõem A TODA A ESQUERDA uma alternativa, um autentico projecto de transformação social, e não uma simples alternancia social-liberal.

A proposta que apresentam decorre da experiência dos acontecimentos provocados por anos de políticas liberais e de direita, e, também do movimento que deu o "NÃO" anti-liberal no referendo à dita Constituição europeia. Consideram que é uma proposta que procura responder à excepcional mobilização da juventude e dos trabalhadores contra o CPE (Contrato de Primeiro Emprego), entretanto derrotado nas ruas.

São propostas que pretendem ser mais do que palavras. São a expressão de uma vontade política para um outro sentido para França e para a Europa. Apelam, por isso, também a todas as forças progressistas europeias e à sua mobilização para a construção de uma outra Europa, uma Europa Social.

Acompanharão e apoiarão um amplo movimento social e internacionalista por uma alter-mundialização!
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segunda-feira, abril 17, 2006

NOTÍCIAS DE FRANÇA: MOVIMENTO SOCIAL DERROTA O CPE!

A revista DEMOCRATIE & SOCIALISME http://www.democratie-socialisme.org, no seu número de Março dá grande destaque ao movimento contra o CPE (Contrato de Primeiro Emprego).

Revista das esquerdas do PSF, D&S considera que a derrota do CPE é também uma oportunidade para derrotar Villepin, Sarkozy e o seu governo de direita.

400.000 em 7 de Fevereiro, 800.000 em 7 de Março, 1.5 milhões em 18 de Março e 2.7 milhões em 28 de Março ... demonstram que foi possível derrotar uma lei liberal a partir de uma mobilização unitária em crescendo.


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O DESASTRE FINLANDÊS



Recorte enviado pelo Jorge Caetano. É professor.
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domingo, abril 16, 2006

COMEMORAR O QUÊ EM 25 DE ABRIL DE 2006??


Comemorar o quê em 25 de Abril de 2006?

As comemorações na Assembleia da Republica representarão, uma vez mais, uma espécie de legitimação do afunilamento da democracia e do exercício da democracia. A parlamentarização da democracia tem significado menos democracia, menos participação cidadã, menos direitos, ..., uma negação do que foi a resposta popular em 25 de Abril de 1974!

As comemorações na Assembleia da República representarão, mais uma vez, uma tentativa de revisão da História: a democracia que se tem em 2006 é a imposição do modelo liberal! Ora o 25 de Abril não foi feito pelos representantes dos lobbies financeiros, não foi feito pelos chamados empresários. O 25 de Abril representou auto-iniciativa popular e cidadã. O 25 de Abril implicou também a coragem de se construir um novo modelo social, político e económico. Um modelo assente na auto-iniciativa dos trabalhadores, dos cidadãos, dos jovens! O 25 de Abril não foi nem pode ser confundido com economias neo-liberais, mascaradas ou não de "economia de mercado" ou de "economia social de mercado".

Comemorar o 25 de Abril em 2006 é, para nós, redescobrir caminhos para a afirmação da auto-iniciativa popular. Nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas ... É também saber reafirmar o socialismo (despido de todas as suas deformações liberais e totalitárias) como a alternativa global ao capitalismo/liberalismo !

Em 2006, as comemorações do 25 de Abril deveriam permanecer nas ruas. Em 25 de Abril de 2006 as pessoas, os cidadãos, os trabalhadores e os jovens deveriam reafirmar Abril com o retomar da capacidade de auto-organização, de auto-iniciativa, de auto-gestão ... contra o excesso de representativismo, contra a parlamentarização da democracia, contra o excesso de deveres e a falta de direitos, contra a precarização (que só é inevitável com a economia de mercado) do trabalho e do emprego, contra o não reconhecimento do trabalho, ... , contra esta nova forma de dominação do dia-a-dia de cada um de nós!Posted by Picasa

sábado, abril 15, 2006

A DEMOCRACIA PARLAMENTAR NÃO EXISTE


O colectivo A LUTA SOCIAL comentou da seguinte forma a posta anterior de TRIBUNA SOCIALISTA sobre as faltas dos deputados da democracia que vamos tendo:

"A democracia parlamentar não existe.

A única democracia é a que de facto te permite decidir sobre a tua vida, sobre tudo o que te diz respeito. Essa democracia é a democracia directa, há muito inventada pelo movimento operário, mas ainda não experimentada por largo período e na extensão de regiões grandes, pois em lado nenhum a revolução socialista libertária triunfou de modo estável.

Porém, essa democracia verdadeira, a democracia directa, aliada ao federalismo, é posta em prática por milhares de colectivos anarquistas, anarco-sindicalistas, socialistas libertários e comunistas libertários, pelo mundo fora. Não é pois nenhuma utopia. Apenas tem de ser ampliada para a escala maior de uma sociedade inteira.


Um dos erros mais graves dos "políticos" é pretenderem ver uma qualquer legitimidade no regime que está instalado. Ele não tem a mínima legitimidade. Os que estão no poder, estão lá à custa do engano, da fraude, da mentira. Nem se pode dizer que sejam representantes da sensibilidade deste ou daquele sector da população! Basta ver que a grande maioria das pessoas que votou nas últimas eleições, o fez com um sentimento "socialista" (no sentido lato do termo) genuíno, não o fez para dar o aval a uma direcção do PS composta por lacaios do neo-liberalismo, direcção essa que sabia de antemão qual seria o progrma real de governo e que o ocultou, pois só assim é que poderia abocanhar o poder.

O 25 de Abril não volta mais, o que é preciso é um novo sopro revolucionário, que esteja marcado pelas questões actuais, pelas questões que têm a ver com:

- a precariedade no trabalho
- o poder na empresa e na sociedade
- a auto-organização
- a horizontalidade
- a extinção do capitalismo
- a salvaguarda do ecossitema
- o fim das discriminações etc.

O 25A teve a ver com : o fim das guerras coloniais, o fim de uma ditadura fascista, a necessidade de expressão livre, a ruptura com um proteccionismo capitalista, o fim do isolamento político-diplomático, etc. A componente "socialista" apenas correspondeu ao "colorido" necessário para fazer o povo aderir a uma "revolução" essencialmente burguesa, a última revolução burguesa ocorrida na Europa antes do desmoronar da URSS e dos regimes totalitários do Leste no fim da década de 80 princípios de 90.

Que ninguém se engane (ou auto-engane)! O caminho da revolução neste país, não é o prolongamento da "revolução" burguesa de 25 de Abril de 74!!!"

Manuel Baptista
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quinta-feira, abril 13, 2006

QUE DEMOCRACIA É ESTA?????


Os deputados foram para férias e, ainda por cima, terão assinado uma presença que não se verificou!

Esta é a notícia que encheu jornais e abriu telejornais ... sempre acompanhado de inquéritos de rua, com as respostas selecionadas contra os políticos que são todos iguais!!..

Daqui por uns dias, passa mais um ano sobre o 25 de Abril de 1974 ... para alguns, parece que antes dessa data os políticos não eram todos iguais ...

Mas será que em 2006 temos em Portugal alguma democracia parecida com a democracia que jovens, mulheres e homens quiseram construir nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, a seguir ao 25 de Abril de 1974?

Ou temos uma democracia parecida com a democracia formal, burguesa, dos lobbies, da representação em proveito próprio que já vigorava numa Europa que também já se tinha esquecido dos momentos de libertação do nazismo no pós-2ª guerra mundial?

A democracia portuguesa está, cada vez mais, igual à democracia (!) que vigora nas empresas deste país: democracia para as administrações e direcções, rolha na boca para os restantes!

Esta é que é a realidade! ... e a Assembleia da Republica segue o exemplo.

Mas quanto aos deputados faltosos, é importante que se realce que os mais faltosos foram 50 do PSD e 49 do PS! ... Ou seja, os partidos do chamado "centrão", os partidos da "alternancia" que alguns querem apresentar como a verdadeira democracia ...

A democracia portuguesa é hoje uma formalidade, uma fachada sem edificio! Os cidadãos parece que só existem para o exercicio dos seus deveres, esquecendo-se sistemáticamente, como regra, os seus direitos. Há uma imensa lei da rolha e do medo que vai condicionando a iniciativa cidadã e popular!

Mas é possível MUDAR, é possível trazer de volta o 25 de Abril para as ruas, para as escolas, para os locais de trabalho! Porque é que foi possível aos jovens e trabalhadores franceses derrotarem uma lei neo-liberal, o chamado "Contrato do Primeiro Emprego" (CPE), descendo às ruas e lutando ... até ao objectivo pretendido ?!


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