tribuna socialista

quarta-feira, abril 21, 2004

PS: ESTE PARTIDO NASCEU NA VÉSPERA E CRESCEU COM ABRIL!

O Partido Socialista é um partido que nasceu na véspera do 25 de Abril e cresceu e multiplicou-se com e na Revolução de Abril.

Multiplicou núcleos e secções de base nas lutas das ruas, das fábricas, das escolas, dos campos. Ergueu a bandeira do "NEM SOCIALISMO SEM LIBERDADE; NEM LIBERDADE SEM SOCIALISMO" e cresceu em ambiente de luta.

Afirmou-se como principal força política nas primeiras eleições livres e, desde sempre, como o principal partido das esquerdas portuguesas.

Afirmou-se sempre à esquerda, mesmo quando teve de lutar contra desvios totalitários ou contra esquerdismos que não levavam (como não levaram, a avaliar aquilo que são hoje, alguns dos seus protagonistas) a nada.

Nas manifestações, nas intervenções sociais, por todo o lado em que intervinham, os militantes do Partido Socialista falavam em DEMOCRACIA SOCIALISTA, falavam em PODER DEMOCRÁTICO DOS TRABALHADORES, falavam até em PARTIDO SOCIALISTA, PARTIDO MARXISTA!

Ser claramente de esquerda nunca foi obstáculo à afirmação social, política e eleitoral do Partido Socialista!

Comemorar os 30 anos de Abril é também redescobrir a memória e a intervenção de todos os militantes do Partido Socialista que o construiram como partido de esquerda, à esquerda e na esquerda para todos os cidadãos com vontade de mudança!

Em 2004, 30 anos depois de Abril, o Partido Socialista é ainda o principal partido entre as diversas esquerdas portuguesas. Mas, é preciso reconhecer, mesmo contra falsos e idiotas pragmatismos, que faz falta, é preciso, recuperar muito do ânimo, da militância e das convicções que fizeram do PS o partido referência dos cidadãos com vontade de mudança!

Nas batalhas eleitorais que se iniciarão este ano com as Europeias, na participação nos movimentos populares contra a guerra e pela Paz, na intervenção social, o Partido Socialista tem de voltar a ser MUITO MAIS que um partido enfiado nas quatro paredes do Parlamento.

Para cumprir e reafirmar Abril!

domingo, abril 18, 2004

FERRO RODRIGUES SEJA CLARO COMO É ZAPATERO!

Zapatero, o novo primeiro-ministro socialista de Espanha, não espera por 30 de Junho para retirar as tropas espanholas do Iraque. Será que é desta que o nosso Partido Socialista toma FINALMENTE uma posição inequívoca sobre a retirada da GNR do Iraque? Ou será que Ferro Rodrigues vai ter que reunir primeiro com Durão Barroso para tomar uma decisão depois?

O caos em que caiu o Iraque é da inteira responsabilidade de Bush e de quem o apoiou. De mais ninguém. Agora falam em ONU, mas quando tiveram que desencadear a guerra ignoram-na completamente!

Bush lançou o caos no Iraque e continua a dar apoio a Sharon, em Israel, para assassinar e impedir que judeus e palestinianos possam contruir um futuro de Paz.

O Partido Socialista e Ferro Rodrigues devem, de uma vez por todas, tomar uma posição clara a FAVOR DA RETIRADA DA GNR DO IRAQUE!


sábado, abril 17, 2004

DE ACORDO COM MANUEL ALEGRE: PARA TRAVAR A CONTRA-REFORMA DA DIREITA!

"Se as forças da direita se coligam, por que é que as forças de esquerda não podem fazer acordos políticos depois das eleições para havar uma maioria parlamentar? É proibido?"

É MANUEL ALEGRE que questiona. E concordo plenamente com esta questão que trás subjacente a constatação de que a UNIDADE DA ESQUERDA (na sua plural diversidade!) é fundamental, vital , para se travar, interromper, barrar a contra-reforma que a direita vem lançando contra tudo o que signifique Revolução de Abril. Isso, REVOLUÇÃO não evolução que a direita e a burguesia nacional nunca tiveram capacidade para fazer!

É importante que 30 anos depois do 25 de Abril de 1974, as principais correntes e partidos da esquerda portuguesa saibam ultrapassar divergências infantis e de vício parlamentarista para lançarem as bases de uma alternativa política que restitua a esperança e a iniciativa aos milhares e milhares de portugueses que são alvos das políticas ultra-liberais e reacionárias do governo de Durão e Portas.

É legitimo que o PS apele ao voto no PS, que o PCP apele ao voto no PCP e que o BE apele ao voto no BE. Mas é fundamental que qualquer partido de esquerda saiba, descubra, tenha a humildade de constatar que, cada um, só por si, não são a esquerda. E toda a esquerda - partidos, militantes e correntes dispersas - é necessária para que as políticas de uma alternativa de esquerda representem, trinta anos depois, a redescoberta da Revolução de Abril!



Não, não é proibido, Manuel Alegre! É fundamental, é vital que a esquerda, toda a esquerda, saiba unir-se! Como os cidadãos de esquerda têm sabido unir-se, por exemplo, em todas as eleições presidenciais. Que as direcções das esquerdas saibam aprender com os cidadãos de esquerda. Saibam também aprender com os exemplos que chegam de Espanha e de França!

terça-feira, abril 13, 2004

UNIDADE + DEBATE: SERÁ QUE NÃO É POSSÍVEL??

Vêm aí as eleições europeias! Todos sabemos que o momento é para cerrar fileiras pela vitória do PS e pela derrota da direita. Mas, ao mesmo tempo que tal cerrar de fileiras é apregoado, surgem apelos estranhos a uma unidade partidária onde a diferença de opinião, a salutar divergência e o debate democrático são insinuados como sinónimos de divisão e de não unidade...

Não é assim, não pode ser assim!

Até porque o debate sobre a Europa não se esgotou na Convenção sobre esta matéria. O debate tem de continuar. Ou mellhor, o debate envolvendo os militantes nunca começou verdadeiramente.

Debate é condição para existir uma autentica unidade. Sem debate a unidade é algo artificial!

Será que todos sabem o que é "ser por uma Europa Social" ou "por uma Europa federal" ou contra ou favor de uma Constituição Europeia ou por uma Constituinte Europeia ... este debate, de facto, nunca existiu e vai continuar sem existir porque os nossos dirigentes preferem que tudo fique assim!

A POSTA ANTERIOR FOI incompletamente PUBLICADA NO ACÇÃO SOCIALISTA...

Mandei a posta "O debate interno no PS..." para o Acção Socialista e a direcção do orgão central do PS reservou-se o direito de ajustar o seu espaço. Publicou-o reduzido e amputado de algumas partes relevantes nomeadamente a menção a este blogue e a outra em que manifesto o meu posicionamento critico em relação à direcção do PS e ao seu sentido político.
É claro que a direcção do Acção Socialista tem todo o direito de ajustar a dimensão dos textos enviados ... não pode é retirar-lhes sentido político e despi-los da sua origem.
Já foi bom ter sido publicado, mesmo que uma parte? Penso que não! Porque para ser publicado assim ... qual é o objectivo?

quinta-feira, abril 01, 2004

O debate interno no PS: um espelho chamado Acção Socialista!

João Soares parece que descobriu agora que não há debate político no seio do Partido Socialista. Mas essa triste realidade existe desde há muito. Também já o repeti neste espaço. Não há debate e a vida interna no PS, nas suas secções e núcleos, acaba por se tornar enfadonha e desinteressante. Consequentemente não há lugar a qualquer renovação militante. A "renovação" que vai existindo (!) é baseada na troca dos mesmos, uma troca repetida até à exaustão!

O mais caricato é que essa falsa renovação faz-se a todos os níveis do PS. Nas secções, nas concelhias, nas federações e nos orgãos nacionais. Basta que cada um tente descobrir novos dirigentes que já não tenham sido dirigentes antigos ...

A renovação também não existe porque parece que o Partido se demite, sistemáticamente, de participar e de intervir activamente nos movimentos sociais, nas lutas laborais, na vida sindical ... A participação dos socialistas, com as suas próprias posições e identidade políticas, nos grandes debates e nos movimentos sociais só poderia trazer bons resultados quanto à renovação do PS e quanto a um maior protagonismo social e político. Mas não, parece que a actividade política se reduz ao Parlamento, a alguns debates para os mesmos, a uns quantos "Clubes" e a iniciativas sómente de impacto mediático para consumo eleitoral...

Tudo isto é reflectido, como um espelho, no Acção Socialista, o orgão oficial do Partido Socialista.

Distribuido sómente para militantes, o Acção Socialista é mesmo a imagem oficial do PS: os mesmos, debate zero, pouca ou nenhuma intervenção dos militantes, nenhumas notícias sobre a intervenção social dos socialistas ... enfim, uma pobreza política para quem se deveria assumir como alternativa à direita e não só como alternância, como parece revelar a realidade!

Por exemplo, enquanto os blogues oficiais, para-oficiais ou afectos a entidades próximas da linha oficial são divulgados, este, PS= S de Socialista, feito por um militante com posições diferentes das da linha oficial, não tem direito a qualquer referência, apesar do Acção Socialista nunca ser esquecido nos mails de divulgação deste blogue!

Um exemplo que, na minha opinião, acaba por ser um espelho de uma realidade que domina o PS e que é muito diferente dos debates que ocupam os militantes do PS Francês ou do PSOE ou do SPD (alemão).

A democracia interna deveria também ser visível nas páginas no orgão oficial. Isso também serviria para distinguir o PS doutros partidos à direita e à esquerda.

Parece é que os partidos excessivamente enredados num parlamentarismo cada vez menos representativo dos eleitores e dos cidadãos, tendem a tornar as suas realidades internas crescentemente burocratizadas, muito pouco democráticas e muito pouco transparentes.

A alternativa à direita que todos dizem querer, deveria também por actos que significassem mudança, renovação e maior democratização do Partido com mais responsabilidades na definição dessa alternativa de mais referenciado pelos cidadãos como o que mais responsabilidades terá numa futura governação com novas políticas de esquerda, democráticas e socialistas.

O debate interno no PS: um espelho chamado Acção Socialista!

João Soares parece que descobriu agora que não há debate político no seio do Partido Socialista. Mas essa triste realidade existe desde há muito. Também já o repeti neste espaço. Não há debate e a vida interna no PS, nas suas secções e núcleos, acaba por se tornar enfadonha e desinteressante. Consequentemente não há lugar a qualquer renovação militante. A "renovação" que vai existindo (!) é baseada na troca dos mesmos, uma troca repetida até à exaustão!

O mais caricato é que essa falsa renovação faz-se a todos os níveis do PS. Nas secções, nas concelhias, nas federações e nos orgãos nacionais. Basta que cada um tente descobrir novos dirigentes que já não tenham sido dirigentes antigos ...

A renovação também não existe porque parece que o Partido se demite, sistemáticamente, de participar e de intervir activamente nos movimentos sociais, nas lutas laborais, na vida sindical ... A participação dos socialistas, com as suas próprias posições e identidade políticas, nos grandes debates e nos movimentos sociais só poderia trazer bons resultados quanto à renovação do PS e quanto a um maior protagonismo social e político. Mas não, parece que a actividade política se reduz ao Parlamento, a alguns debates para os mesmos, a uns quantos "Clubes" e a iniciativas sómente de impacto mediático para consumo eleitoral...

Tudo isto é reflectido, como um espelho, no Acção Socialista, o orgão oficial do Partido Socialista.

Distribuido sómente para militantes, o Acção Socialista é mesmo a imagem oficial do PS: os mesmos, debate zero, pouca ou nenhuma intervenção dos militantes, nenhumas notícias sobre a intervenção social dos socialistas ... enfim, uma pobreza política para quem se deveria assumir como alternativa à direita e não só como alternância, como parece revelar a realidade!

Por exemplo, enquanto os blogues oficiais, para-oficiais ou afectos a entidades próximas da linha oficial são divulgados, este, PS= S de Socialista, feito por um militante com posições diferentes das da linha oficial, não tem direito a qualquer referência, apesar do Acção Socialista nunca ser esquecido nos mails de divulgação deste blogue!

Um exemplo que, na minha opinião, acaba por ser um espelho de uma realidade que domina o PS e que é muito diferente dos debates que ocupam os militantes do PS Francês ou do PSOE ou do SPD (alemão).

Parece q