tribuna socialista

sexta-feira, novembro 30, 2007

GREVE GERAL DA FUNÇÃO PÚBLICA!

A prepotência do Governo Sócrates, só por si, justifica que a Função Pública diga BASTA!

José Sócrates afirma-se de "esquerda moderna" (ou lá o que isso é ...) sempre que organiza reuniões com os militantes do seu partido. Mas, no dia-a-dia da governação, esses militantes são esquecidos e o movimento sindical é tratado como um qualquer governo de direita e/ou neo-liberal trataria: com desprezo, com arrogância e como se não existisse!

Os interlocutores do "moderno" Sócrates são, sistemáticamente, alguns empresários, um exército de chamados "especialistas" ou "técnicos" ou "elites", no plano nacional, e, Durão Barroso e qualquer governo, no plano internacional.

Sócrates, como primeiro-ministro, ficará conhecido como o "campeão" do desemprego e da precariedade, como secretário-geral de um partido que ainda (!) ostenta o "S" de "socialismo" ficará para a História como um dos piores coveiros dos principios e das práticas socialistas.

domingo, novembro 25, 2007

25 DE NOVEMBRO DE 1975: A DEMOCRACIA LIBERAL NÃO É ALTERNATIVA AO ESQUERDISMO E AO SECTARISMO!

Em 1975, o 25 de Novembro representou o triunfo da democracia liberal e parlamentarista sobre o impasse revolucionário a que conduziu o esquerdismo e o sectarismo.

Trinta e dois anos depois, as assimetrias sociais em crescendo, o liberalismo económico e financeiro que repôs o poder de meia dúzia de grandes grupos , a quase inexistência de direitos por parte de quem trabalha num quase onde domina a precariedade nas suas diversas facetas (contratos a prazo, falsos recibos verdes, sub-emprego ...), os ataques ao Serviço Nacional de Saúde mesmo que tendencialmente gratuito, ... , tudo isto são consequências do triunfo da democracia liberal e parlamentarista.

O 25 de Novembro de 1975 veio também provar que não é possível manter um processo revolucionário numa espécie de meio-termo, de impasse, no qual se vão degladiando correntes sectárias e esquerdistas, com acções que ignoram crescentemente o sentir e a vontade populares, dando-as, de mão-beijada, às correntes contra-revolucionárias que procuram sempre a reposição de velhas ordens.

Em 25 de Novembro de 1975 não havia o perigo de uma contra-revolução fascista, como queriam fazer crer as correntes esquerdistas dominantes. Mas o triunfo do parlamentarismo burguês rápidamente criou condições para a reposição de uma sociedade onde o poder económico e financeiro condiciona o poder político e, na onda do securitarismo norte-americano, passa também a condicionar o exercício das liberdades democrática e dos direitos sociais.

O Partido Socialista representou toda a contradição desse período e reeditou o papel contra-revolucionário que a social-democracia já havia representado noutros processos revolucionários. O PS reuniu efectivamente uma forte vontade popular para uma mudança socialista, mas essa vontade sempre foi desfigurada pelas sucessivas direcções "socialistas" que, uma vez no governo, foram abrindo todas as portas ao domínio do poder económico e financeiro reconstruído com uma onda sem precedentes de privatizações.

Em Novembro de 1975, como aliás desde o 25 de Abril de 1974, sempre faltou ao e no processo revolucionário português uma alternativa socialista que não reeditasse velhos desvios esquerdistas, sectários e até totalitários. Esquerdistas (uma incrível amalgama de grupos e microscópicos partidos) , estalinistas (o PCP) e social-democratas (mal designados de PS e/ou de "socialistas") foram reproduzindo receitas, modelos e teorias, nas quais, as massas populares, foram meros joguetes ... A sede de controlo burocrático do movimento sindical, das comissões de trabalhadores e de moradores, ... , rápidamente colocou o processo revolucionário num impasse com a contra-revolução neo-liberal à espreita ...

As revoluções não precisam de iluminados, nem precisam de "vanguardas" ... precisam, isso sim, de deixar crescer livremente a iniciativa social, sendo esta a que tem de buscar e criar novas formas de organização que consolidem e orientem o processo revolucionário!

Tal não aconteceu com a revolução portuguesa e o resultado foi o triunfo da democracia liberal, significando esse triunfo a reposição de um modelo de sociedade onde a democracia é formal, o parlamentarismo é uma rolha sobre a iniciativa popular e o poder político é refém de uma realidade que configura uma autentica ditadura económica e financeira!

sábado, novembro 17, 2007

FERVE promoção petição à AR


Retirado do blogue OBJECTIVO:SOCIALISMO! da corrente da Esquerda Nova do Bloco de Esquerda:


O FERVE - Fartos/as d'Estes Recibos Verdes promove um abaixo-assinado, para apresentação à Assembleia da República.

Apelamos a todos/as quantos/as se identifiquem com esta causa para que assinem esta petição!

De modo a não inviabilizar assinaturas solicitamos que:

1) façam o download do documento da petição;

2) imprimam o documento, frente e verso, sem efectuar qualquer alteração;

3) assinem a petição apenas uma vez;

4) preencham os campos todos (assinatura, número do Bilhete de Identidade e nome completo legível).

IMPORTANTE:- A petição tem que ser impressa obrigatoriamente numa folha frente e verso, tal como o documento em anexo.

- Não são válidas as assinaturas recolhidas em folhas soltas, folhas só com linhas, etc…

- O texto da petição tem que estar presente em todas as folhas assinadas!

- Os/As assinantes da petição tem que ser maiores de idade.

Tenham 1 ou 100 assinaturas, enviem-nas, por favor, até 3 de Dezembro, para o seguinte endereço:

Petição FERVE
Apartado 7049
E. C. Augusto Luso
4051-909 Porto

domingo, novembro 11, 2007

HUGO CHAVEZ vs JUAN CARLOS / ZAPATERO ...

O incidente ocorrido no decurso da XVII Cimeira Ibero-Americana entre Hugo Chavez e os representantes espanhóis, Jose Zapatero e Juan Carlos, revela aspectos que vão muito para além das tricas diplomáticas entre Estados.
O incidente foi provocado porque Hugo Chavez, insistentemente, apelidou de "fascista", o ex-primeiro-ministro do Estado Espanhol, Jose Aznar. Zapatero, o actual primeiro-ministro espanhol, eleito na sequência da mentira de Aznar a propósito dos atentados de 11 de Março de 2004, ripostou a Hugo Chavez num tom nacionalista e patrioteiro. Pediu "respeito" porque Aznar tinha sido eleito pelo povo ... Mas será que Zapatero também não foi eleito pelo mesmo povo? Será que Aznar, que até pode não ser "fascista", não será um mentiroso da pior espécie, ele que disse o que disse em 11 de Março de 2004 e foi um dos participantes na cimeira dos Açores que marcou o ínicio dessa mentira violenta que tem sido a guerra/invasão do Iraque?
Será que pelo facto de ser português, nós portugueses teríamos de subscrever as posições neo-liberais, pró-guerra no Iraque, ..., de Durão Barroso se porventura viesse a ser criticado por uma qualquer personalidade não portuguesa?
Zapatero, Sócrates, Gordon Brown, ... , pertencem a uma "família" (!!) política internacional que há muito abandonou posições internacionalistas para passarem a alinhar por critérios diplomáticos e de arranjos entre Estados. A reacção de Zapatero de dar uma maõzinha ao monarca espanhol e ao seu ex-rival (?) Aznar, exibe até onde pode ir a "vontade de mudança" dos dirigentes da dita "Internacional Socialista" ... Zapatero fez com Aznar e Juan Carlos o que Sócrates também já fez com Durão Barroso ...
Zapatero, tal como Sócrates, só são socialistas quando estão na oposição ou quando estão em campanha eleitoral nos seus países. Uma vez no poder, reduzem o seu "socialismo" à mera participação em cimeiras onde a retórica se substitui à capacidade de agir pela mudança ou então perdem-se nos meandros dos acordos diplomáticos que tanta mudança (!?!?) tem dado a este planeta ...
Sobre Hugo Chavez e as suas concepções de "socialismo", já por diversas vezes mostrámos o que nos separa dele. Mas Hugo Chávez, desta vez, teve mais razão que Zapatero e Juan Carlos!
Tem razão quando afirma “Será rei, mas não me pode mandar calar” !