Socialismo libertário, eco-socialismo, para uma alternativa democrática, socialista e anti-capitalista com dimensão internacional!
quinta-feira, maio 29, 2008
ESQUERDAS CONVERGEM POR MAIS E MELHOR DEMOCRACIA!
Várias esquerdas juntam-se, em 3 de Junho, 3ª Feira, demonstrando que a convergência para uma alternativa que represente uma maioria social de esquerda É POSSÍVEL!
Reproduzimos o texto saído em Esquerda.Net:
Manuel Alegre, alguns dirigentes históricos do Partido Socialista e o Bloco de Esquerda tornaram pública uma declaração de crítica às políticas do governo de José Sócrates na área social, e de compromisso de falar claro "contra o pensamento único, a injustiça e a desigualdade".
O apelo conjunto, com 85 assinaturas, convoca para a próxima terça-feira, dia 3 de Junho, uma sessão/festa no Teatro da Trindade, em Lisboa, onde usarão da palavra Manuel Alegre, Isabel Allegro, professora universitária e antiga colaboradora de Maria de Lourdes Pintasilgo, e o deputado bloquista José Soeiro.
A declaração começa por fazer um diagnóstico muito negativo da situação que se vive em Portugal 34 anos depois do 25 de Abril. "Novas e gritantes desigualdades, cerca de dois milhões de portugueses em risco de pobreza, aumento do desemprego e da precariedade, deficiências em serviços públicos essenciais, como na saúde e na educação. Os rendimentos dos 20 por cento que têm mais são sete vezes superiores aos dos 20 por cento que têm menos", assinalando que numa democracia moderna, os direitos políticos são inseparáveis dos direitos sociais. "Se estes recuam, a democracia fica diminuída. O grande défice português é o défice social, um défice de confiança e de esperança."
Os signatários colocam como exigência que se restaurem as metas sociais consagradas na Constituição e afirmam a necessidade de uma "cidadania contra a insegurança, contra as desigualdades, por mais e melhor democracia."
A declaração faz ainda referência à política dos Estados Unidos, de "agressão" e de violações do direito internacional e dos direitos humanos, afirmando que "Bagdad, Abu-Ghraib e Guantánamo são os novos símbolos da vergonha", e afirma a necessidade de lutar pelos valores da Paz e pelos Direitos Humanos.
Citando Miguel Torga, os signatários afirmam que "É tempo de buscar os diálogos abertos e o sentido de responsabilidade democrática que têm de se impor contra o pensamento único, a injustiça e a desigualdade."
Entre os 85 signatários estão os fundadores do Partido Socialista Carolina Tito de Morais e José Neves, o histórico militante socialista Edmundo Pedro, os deputados bloquistas Francisco Louçã, Luís Fazenda, José Soeiro e João Semedo, a autarca de Lisboa Helena Roseta, os sindicalistas Ulisses Garrido, Mariana Aiveca e Manuel Grilo, o arqueólogo Cláudio Torres, o reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, o ex-líder parlamentar do PCP Carlos Brito, o militar de Abril general Alfredo Assunção, o editor Nélson de Matos, entre outros.
Leia aqui a declaração e a lista de signatários
quarta-feira, maio 28, 2008
O "SENADOR" MÁRIO SOARES FALOU ...
- liberalizar selváticamente a sociedade e a economia portuguesas, através de políticas de direita que a direita parecia ter vergonha de assumir.
- amarfanhar o PS tornando-o uma espécie de partido de autómatos, onde quem não aceita (e felizmente existe muita gente!) essa condição é ... marginalizado.
- tornar o PS em MAIS UM partido igual a qualquer um que esteja perfilhado pelos parametros da chamada economia de mercado e pelo neo-liberalismo.
Mário Soares em vez de CITAR e CITAR estudos e estatísticas, e, depois apelar a quem já está incapaz de mudar o que quer que seja, deveria olhar para o espaço europeu e analisar o que é que fazem, hoje em dia, os partidos da Internacional Socialista ... poderia resumir-se no seguinte, dizem uma coisa na oposição e fazem outra no governo, como, aliás, também já fez Soares!
Como qualquer intervenção de qualquer "senador" da praça portuguesa, como por exemplo, aquando das intervenções de Cavaco Silva, também Mário Soares conseguiu pôr o governo, que APARENTEMENTE criticou, a estar de acordo com o que disse ... lá está, é esta a capacidade de intervenção e de mudança dos "senadores" ... não conseguem nada, a não ser serem falados nas conversas dos salões de chá!
As desigualdades, a pobreza, as marginalizações, o dito "Estado de Direito" só para alguns, a inexistência crescente de direitos sociais e de cidadania, exigem INTERVENÇÃO ... muito mais intervenção do que palavreado! E um dos caminhos para essa intervenção é lutar-se pela concretização de uma alternativa SOCIALISTA que provoque maioria social por políticas socialistas e democráticas contra a desorganização e o desastre neo-liberais. E essa maioria social tem a ver com as pessoas concretas, como os professores, como todas e todos aqueles que lutam pelo direito à saúde, como todas e todos os que estam fartos de ter uma vida precária, como todas e todos os que no interior prescindem do tractor para voltarem a usar o burro ou o boi com a charrua, ..., e também com os que política e socialmente continuam a acreditar que a alternativa ao liberalismo e a qualquer totalitarismo está no socialismo, estejam, no PS, no PCP, no Bloco de Esquerda ou sem partido!
domingo, maio 25, 2008
AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS: PLANEAMENTO, MERCADO E PROTESTOS.
Mas, afinal, o que está a acontecer com o preço dos combustíveis? Sobem e sobem, e, sabe-se que um terço dessas subidas têm a ver com especulação ... Mas, afinal o que é a chamada economia de mercado? Ou o que significa deixar o mercado funcionar? A subida dos combustíveis tem muito a ver com a resposta a estas questões!
O aumento do preço dos combustíveis não é uma realidade portuguesa. Passa-se em todos os países europeus, embora com incidências fiscais diferentes. Tem também a ver com questões que até não são puramente económicas:
- afirmação de poder por parte dos países produtores;
- movimentações do lobby pró-nuclear, fazendo crer que a produção do petróleo estará a escassear;
- políticas fiscais - incidência de diversos tipos de impostos sobre os combustíveis;
- inexistência de qualquer forma de planeamento económico nacional e internacional.
Durante os governos de António Guterres, houve intervenção governamental para impedir o aumento dos preços dos combustíveis. Nessa altura, toda a oposição de direita criticava essas medidas, exigindo que se deixasse o mercado funcionar ... José Sócrates era o Ministro do Ambiente!
Hoje em dia, entre as posições do PS e do seu governo e as do PSD e do CDS, não existem grandes diferenças, tirando aquelas que se prendem com as guerras político-parlamentares-eleitorais: todos olham para o abstracto mercado como o "salvador" ...
E é aqui que o chamado "arco político neo-liberal" ou "centrão" (direcção do PS, governo, PSD e CDS...) exibe toda a sua demagogia. Uma demagogia muito bem sintetizada nas palavras do ministro a que já fizemos referência: "vai tomar todas as medidas para melhorar a concorrência e diminuir os efeitos sociais do aumento dos combustíveis". Ou seja, pretendem algo equiparável à quadratura de um circulo ...
A especulação que tem sido apontada como a responsável pelo aumento dos combustíveis, decorre e é consequência do funcionamento do mercado. Os lobbies e os especuladores existem quando falamos de combustíveis, como existem se falarmos de área financeira, como existem se falarmos de construção civil ... E são estes os verdadeiros responsáveis pela incapacidade política de um governo que é de um partido dito socialista, mas acaba dominado e vergado, no dia-a-dia, perante as exigências e as chantagens desses lobbies e especuladores!
Os apelos do presidente da ANECRA a Cavaco Silva (ele mesmo um defensor do mercado e da liberalização dos preços enquanto foi primeiro-ministro!) ou os lamentos da direita, não são para levar a sério, até porque fariam o mesmo que Sócrates faz se porventura fossem governo ...
Julgamos também que os apelos aos boicotes à GALP ou a qualquer outra gasolineira, pouco adiantarão objectivamente. Como pouco adiantarão quanto à necessidade de se dar mais organização aos protestos dos consumidores.
O que é importante constatar, para, de seguida, se agir concreta e objectivamente, é a inexistência de qualquer programa que equacione a necessidade de planeamento económico definido e exercido de forma democrática. E, nos dias da globalização, esse planeamento tem de ter também uma dimensão internacional. No caso português, uma dimensão europeia.
Daí que seja importante, que as forças e correntes políticas socialistas e de esquerda, no plano europeu, intervenham de forma concertada e alternativa no sentido de, por exemplo, conquistarem a maioria política nos fóruns da União Europeia através de uma acção social permanente que denuncie e proponha alternativa ao liberalismo.
sexta-feira, maio 23, 2008
OS DIAS DE MAIO: UM DEBATE PROMOVIDO PELA Esquerda Nova DO BLOCO DE ESQUERDA.
sexta-feira, maio 16, 2008
2004: A EUROPA DOS 25 E O MOVIMENTO SOCIAL (*)
Entre estes, figuravam na primera linha, as forças mais avançadas do movimento operário e socialista. Em diversos locais, mas sobretudo em certos círculos da esquerda de Londres e de París, surgiu a ideia de adoptar um plano que tornasse impossível outra guerra entre os europeus.
A ideia e o projecto surgiram antes do Movimento Europeu que criaram mais tarde certos sectores da burguesía na Francia e na Alemania. O Movimento pela Europa socialista extendeu-se pelos países mais importantes e penetrou nos partidos e nas organizações sindicais.
O Movimento pelos Estados Unidos Socialistas da Europa jogou um papel importante na vida política de diversos países europeus durante todo un período, decaindo depois como outros movimentos similares e como o própio Movimento Europeu. Mas o MEUSE contribuiu para favorecer a alianza das forças anti-franquistas espanholas e os seus elementos mais avançados intervieram activamente na criação do Movimento anti-imperialista pela Liberdade dos Povos animado por Jean Rous durante o duro período da emancipação nacional das colónias de África e da Ásia.
Os anos passaram. Na Europa aconteceram importantes mudanças, mas o interesse pela unidade europeia abrandou em diversos países como consequência dos estragos determinados pela política neo-liberal imperante da burguesía dominante. Por otro lado, a chamada Europa dos 25 veio complicar os numerosos problemas que desfiguraram as ilusões de outros tempos. Incluíndo o perigo de que os países más importantes estabeleçam um sistema de dominação exclusivo e arbitrário.
Nessas condições, o movimento operário e as forças que se reclamam do socialismo têm de se associar à escala europeia, intervindo activamente nas luta presentes criando as condições necessárias para uma acção constante contra as tentativas actuais da burguesía que tendem a reduzir ou abolir as conquistas essenciais do movimento operário obtidas desde a segunda guerra mundial.
quarta-feira, maio 07, 2008
BOB GELDOF NÃO MENTIU SOBRE ANGOLA, MAS ...
domingo, maio 04, 2008
EIS OS "MONGES" QUE TÊM SIDO RESPONSÁVEIS PELA VIOLÊNCIA EM LASSA! (*)
MEMÓRIAS DE DIAS DE REVOLTA ...
Do lado direito uma imagem do Quartier Latin, em Paris, durante o Maio de 1968.
Do lado esquerdo, imagem do jornal de uma corrente socialista de esquerda .
Dias em que se acreditou e tentou que é possível ... MUDAR!
sábado, maio 03, 2008
MAIO 68 : 40 anos depois ... uma normalidade sufocante!
Há 40 anos, uma situação de estabilidade económica não impediu que a normalidade dos costumes burgueses fosse posta em causa. 40 anos depois, hoje nos dias do século XXI, não há nenhuma estabilidade económica, mas a normalidade voltou a ser sufocante. Até totalitária!
como que policiadas por uma política de medo e de intimidação!