tribuna socialista

quinta-feira, junho 26, 2008

Lénine, Cristo e o Mickey!





Também concordamos com o Francisco Trindade em ANOVIS ANOPHELIS :




Eh, caraças! Qual deles o melhor!...

quarta-feira, junho 25, 2008

CONCERTAÇÃO & CÓDIGO LABORAL: ACORDO?...

De que serve um "Acordo" quando ele corresponde sómente a negociações entre corporações, instituições e confederações?

Em que parte desse processo (será que o houve?) é que entraram as pessoas, os trabalhadores e os membros dessas organizações?

Se houve debate público (será que houve? ) quem o organizou, quem o promoveu, como decorreu?

O chamado Código Laboral não é um regulamento legal qualquer. Mexe com os empregos, com a estabilidade dos empregos, com o direito a uma vida digna.

Mas, na concepção do governo, parece que o mais importante são mesmo as assinaturas, e, muito menos o caminho que promova debate sério para que o Acordo também o seja, sério!

Sócrates e o seu governo começam a ser peritos na arte da propaganda. Há pouco tempo tivemos o teatro sobre o dito Tratado de Lisboa. Para se evitar que os povos dessem a sua vontade, bastou que os governos assinassem um "Acordo" que, como é visível, só compromete governos. Nunca os povos! Agora, com o Código Laboral, passa-se algo semelhante: dirigentes disto & daquilo assinam para mais uma fotografia que aparecerá, de certeza, na próxima campanha eleitoral. Porque os trabalhadores, as pessoas, os membros das organizações das quais os dirigentes assinaram, não foram chamados ... para nada!

Este é mais um exemplo da democracia que o neo-liberalismo ... impõe!...

segunda-feira, junho 23, 2008

ESQUERDA E CULTURA: O FUTURO JÁ NÃO É O QUE ERA!


DIVULGA ESTA INICIATIVA PELOS TEUS CONTACTOS



Esquerda e cultura: o futuro já não é o que era
4 e 5 Julho 2008 :: Lisboa, Fábrica Braço de Prata
ENTRADA LIVRE até às 22:00
Consulta ... que vale a pena!

domingo, junho 22, 2008

FORUM LUXEMBURGUISTA INTERNACIONAL: debate pelo socialismo!




Vários militantes de DC-L (Democracia Comunista - Luxemburguista), Workers Democracy Network, Tribuna Socialista e outros que militam noutros colectivos ou de forma individual, estão a criar um Forum Luxemburguista Internacional, público e multilingue, para fomentar o debate entre todos os que partilham os postulados básicos de Rosa Luxemburgo e do Luxemburguismo.


Neste momento, já tem secções em castelhano, inglês, francês, italiano e português, para além de uma secção puramente multilinge de Notícias.


A direcção na net é em:
://luxemburgism.forumr.net/portal.htm

DO ARCO NEO-LIBERAL NADA DE NOVO ...

Não é que a expectativa fosse sequer equacionada ... porque do lado da política neo-liberal está já tudo tão gasto que qualquer coisa que seja notícia, só o é porque se trata de uma reedição qualquer. Vejamos:

  • A nova (!!) líder do PSD volta ao discurso e às práticas dos partidos que são uma coisa na oposição e outra quando são governo: muita (!!) preocupação com o social, mas as soluções apontam para algo muito próximo da quadratura do circulo. É aliás muito interessante ver a tralha que Ferreira Leite trás consigo para a direcção do PSD: ex-barrosistas, ex-menezistas, ex-cavaquistas, ... uma catadupa de "ex" porque "renovação" é coisa que, por estes lados, também não há ...

  • José Sócrates com Durão Barroso (para quando a entrada de Barroso para o liberal P"S"?) voltou / voltaram a demonstrar para quem é que falam quando abordam a "construção europeia": só falam para os governos, só falam para as instituições, nunca o fazem para as/os europeus!

  • Do lado do governo sócratico, aproveitam a chegada à liderança de Ferreira Leite para debitarem umas quantas tiradas de "esquerda" ao mesmo tempo que a preocupação com o social continua com medidas com os mesmos efeitos práticos que as propostas pelo PSD: só servem para quadratar o círculo ...

Os jogos de governo vs oposição e/ou direita vs esquerda no lado neo-liberal da política assemelha-se muito a mandar uma moeda ao ar ... é a mesma moeda com lados diferentes!

sexta-feira, junho 20, 2008

CAMARA DO PORTO: UNIDADE DAS ESQUERDAS ... SIM! MAS COMO?

O debate com vista à intervenção nas próximas eleições autárquicas parece ter chegado - e ainda bem! - a algumas correntes das esquerdas.

O dirigente do Bloco de Esquerda (BE) , João Teixeira Lopes, deu a sua opinião favorável a uma acção unitária das esquerdas para desalojar Rui Rio da Câmara Municipal do Porto. Uma convergência baseada numa espécie de "programa mínimo" das esquerdas ou num programa do tipo "menor denominador comum" das esquerdas. Agora, outro dirigente do BE, João Semedo, deputado pelo Porto, veio contestar a posição de Teixeira Lopes, considerando que a sua proposta é "contrária" à posição oficial do seu partido ao mesmo tempo que discorda do caracter de excepção que gozará a autarquia do Porto no quadro nacional da intervenção do Bloco.

Desde um ponto de vista da esquerda socialista, ambas as posições parecem incapazes de produzir qualquer solução de esquerda vitoriosa contra o desastre do executivo de direita da autarquia portuense.

João Teixeira Lopes insiste numa fórmula que revela sempre um dos grandes problemas para a definição de uma alternativa de esquerda a qualquer coisa, sejam autarquias, sejam o governo: as esquerdas quando se unem parece que abdicam de tentarem a definição de programas políticos globais alternativos à direita e ao seu modelo de sociedade. Algumas esquerdas ficam sempre por mínimos que acabam por não produzir nenhuma proposta significativamente alternativa à direita e ao ao seu modelo capitalista.

João Semedo cai naquilo que é um dos problemas das esquerdas muito dadas às jogadas e joguetes parlamentares: acabam por defender as deliberações directivas do seu partido como uma espécie de "centro da terra" ou como a "verdadeira estratégia" ... resultado, qualquer tentativa de unidade ou de convergência esbarra sempre na "doutas" estratégias definidas pelas sapientas direcções nacionais!...

Cada autarquia tem as suas especificidades, mas, parece que é um facto, que autarquias como Lisboa e Porto, acabam por ter uma importância e uma repercussão políticas que assumem consequências nacionais. Pela sua dimensão geográfica, pela concentração populacional, pela influência económica, ... , o que se passa no Porto e em Lisboa não fica por aí!

São concelhos que deveriam merecer um esforço de convergência à esquerda. Uma convergência capaz de produzir programas alternativos de esquerda e não só "mínimos" ou "denominadores comuns", que fosse capaz de motivar diálogos e pontes à esquerda e não respostas que só olham para o umbigo ou que só produzem reacções "clubísticas".

As esquerdas deveriam ponderar sempre qual a sua capacidade para produzirem, em conjunto, movimentos sociais capazes de originarem alternativas políticas de verdadeira mudança. Isto é bem mais importante que a contagem de votos de cada partido de esquerda tomado individualmente!

No Porto, é inegável que o BE, o PCP e o PS podem criar uma alternativa à gestão de direita de Rui Rio. Mas uma alternativa que consiga e saiba discutir e definir um programa muito claro de gestão autarquica social, de esquerda e profundamente democrático. E, para isso, há outros sectores sociais, independentes e até correntes sem expressão parlamentar e/ou autarquica, unidos na critica ao liberalismo e aos seus efeitos, que deveriam ser chamados a participar!

Em Lisboa, a unidade existente entre o PS e o BE, cria uma situação muito diferente do Porto. O Bloco parece que ainda não se libertou do desgaste produzido por uma aliança com o PS que ninguém percebeu , nem dentro do próprio BE, e, como consequência, do tipo tentativa de libertação de um sentimento de culpa, os seus dirigentes querem agora generalizar a todo o País, uma deliberação do tipo "mas vale sós que mal acompanhados"! A posição de João Semedo, é tipica disto mesmo!

Através das posições do BE, quanto a Lisboa e quanto ao Porto, pode-se ver como:
  • é muito dificil qualquer discussão séria à esquerda para a definição de uma alternativa das esquerdas com um programa socialista;
  • as esquerdas com representação parlamentar continuam a dar muito mais importância aos jogos parlamentares do que à influência dos movimentos populares e sociais.

quinta-feira, junho 19, 2008

ESPANTOSO ... ESTES GOVERNANTES EUROPEUS!

Zapatero, Merkl, Sarkozy, Sócrates ... formalmente pertencem a diferentes "famílias" políticas europeias ... na prática, dizem todos o MESMO quanto à reacção ao "NÃO" irlandês ao dito "Tratado de Lisboa". E o mesmo que dizem é o que já sabíamos: apelam às "instituições europeias", apelam aos governos", mas ... apelar aos europeus, às pessoas, aos que têm o poder de voto, isso é que nunca ouvimos!

Os governos europeus, dominados por políticos do arco neo-liberal (apesar das diferenças políticas formais) nem com os seus erros aprendem! Parece que têm alguma alergia ao aprofundamento da democracia, ao exercício da democracia pelos europeus nestas coisas da construção europeia ...

Não admira que esta Europa diga muito pouco ou nada aos europeus, quando os governos dão o (triste!) espectáculo que continuam a dar ...

terça-feira, junho 17, 2008

SÓCRATES NA ESAG ... (*)

Sócrates na ESAG: a mais execrável manipulação de crianças a que assisti desde o tempo do fascismo (*)

O meu filho saiu de casa com má cara. Isto das férias serem adiadas para hoje não o convencem de maneira nenhuma.



A explicação absurda foi recorrente durante todo o fim-de-semana: "Por causa do Sócrates (retirei o adjectivo) temos que ir à escola na segunda-feira, isto não cabe na cabeça de ninguém!"



Lembro-me de outro tempo. Nas salas de aula as figuras sinistras de Salazar e Cerejeira relembravam uma autoridade cinzenta, provinciana, fascista. Nesse tempo qualquer visita, mesmo a do pároco local, era antecedida de grandes limpezas, ensaios de recepção sempre com o hino nacional a transformar os demónios em deuses. A pobreza, essa, era camuflada pelas batas que tinham que vir imaculadas e engomadas a preceito.



A distância de 40 anos não apagou a essência dos actos do poder. Este poder do Partido Socialista, protagonizado por José Sócrates, reencontra muitos elementos em comum com aquele que eu conheci quando tinha a idade do meu filho, num tempo marcado pela guerra colonial, a censura, as perseguições e prisões por delitos de opinião.



O telefone toca, apenas um toque. Devolvo a chamada e de lá ele dispara: "Pai a ministra acabou de ser recebida com um monte de assobios. Nunca tinha visto as televisões na escola, isto está tudo encerado, estão montes de emproadinhos e tias, o Zé Ernesto está ali à porta. Isto não parece a nossa Escola!



Os professores estão ali em filinha, uns com cara de enjoados, outros com sorrisos amarelos. Quando o homem chegou houve mais assobios do que com a ministra. É que não estás bem a ver eram tantos assobios que os 3 ou 4 gatos pingados que começaram a bater palmas acabaram porque só se ouvia os assobios. Os assobios vinham dos que estavam atrás das grades mas também de quase todos os alunos. Depois começou a chover bué, bué, até parecia de propósito, os jornalistas fugiram para dentro do bloco C. O Sócrates com um sorrisinho cínico distribuiu apertos de mão, eu recusei!"Perguntei-lhe o que é que faziam na escola, se alguém os mandava para algum sítio.


Disse-me que não, tentaram sentar-se no auditório e uma "emproadinha" mandou-os levantar dizendo que os lugares eram para os convidados.Pergunto ao senhor presidente do conselho executivo da Escola André de Gouveia, ao Senhor Director Regional de Educação, à Senhora Ministra da Educação, o que fazem hoje os alunos na escola, quem controla as suas entradas e saídas? Serão apenas recorte humano para a imagem televisiva de José Sócrates?



ESTA É A MAIS EXECRÁVEL MANIPULAÇÃO DE CRIANÇAS A QUE ASSISTI DESDE O TEMPO DO FASCISMO!



(*)recebido por e-mail

sexta-feira, junho 13, 2008

A IRLANDA DIZ "NÃO" AO TRATADO DE LISBOA

Num referendo pautado por uma fraca participação (inferior a 50%), o "NÃO" ao chamado Tratado de Lisboa parece ter vencido na Irlanda.

As razões para a vitória do "Não" são difusas, contraditórias e pouco claras. Mas o que está em causa é a continuação de um modelo de construção europeia, onde a vontade dos povos europeus é desprezada e/ou relegada para segundo plano.

Na Irlanda ainda se cumpriu com a realização de um referendo. Mas em Portugal, tudo serviu para José Sócrates não cumprir com a promessa eleitoral de realização de um referendo sobre o dito Tratado Constitucional Europeu. Um dos "argumentos" mais rídiculos e cínicos usados pelos governos europeus e pelos comentadores (!) anti-referendo, é que não se podia estragar o "esforço" feito pelos governos europeus para se conseguir a assinatura do Tratado de Lisboa. Esta posição exibe muito bem, qual o conceito de "democracia" que tem imperado na dita construção europeia ...

Os governos europeus, sejam eles o de José Sócrates, o de Berlusconni, o de Sarkozy ou o de Merkl, vão agora iniciar, uma vez mais, um processo de "fuga para a frente" evitando, uma vez mais, qualquer processo democrático que envolva a consulta dos povos europeus sobre a Europa que querem.

Se os governos europeus tudo farão para manter o que existe, seria urgente que as esquerdas europeias pudessem iniciar uma campanha conjunta, convergente e europeia pela mobilização das vontades populares para a eleição por sufrágio directo, universal e europeu de uma Assembleia Constituinte Europeia que defina democráticamente a Europa que todos os europeus querem!

quinta-feira, junho 12, 2008

A FALTA QUE FAZ UMA ALTERNATIVA SOCIALISTA INTERNACIONAL!

Fixe-se a crise energética, fixe-se também as alterações das leis laborais no sentido da sua liberalização. São dois exemplos que motivam a seguinte questão: será que é possível manter alguma luta consequente no plano estritamente nacional?



O que aconteceria se (aqui está uma hipotese que é mesmo ... hipotese!) o governo português resolvesse nacionalizar a Petrogal e rejeitar, pura e simplesmente, a liberalização das leis laborais, passando a priveligiar um sistema onde os sindicatos e as comissões de trabalhadores voltassem a ter protagonismo em matéria de gestão das empresas?


O que aconteceria quanto às consequências políticas e económicas que a liberal União Europeia imporia a Portugal?


Certamente que os sinos tocariam a rebate lá para os lados da comissão europeia e/ou dos governos do chamado "arco liberal" (que inclui também, infelizmente, os que são assegurados por partidos da dita Internacional "Socialista" ...) ...


Coloca-se, no entanto, outra questão importantíssima: qual seria a capacidade de resposta das esquerdas europeias? Isso mesmo, no plural, as esquerdas europeias ... a dos partidos comunistas, a dos partidos próximos do nosso BE, a dos movimentos sociais ... isto porque, não seria de esperar uma reacção conjunta ou convergente da parte de esquerdas que estão muito presas a jogos politiqueiros e parlamentares mais próprios das democracias liberais!


É claro que é muito importante "pensar global e agir localmente", mas torna-se cada vez mais urgente uma acção global, i.e. internacional que acompanhe o tal pensar global. Cada vez mais, a resolução dos problemas concretos, a afirmação de uma alternativa política e social, tem de passar de uma dimensão nacional para uma dimensão internacional, conseguindo-se articular eficazmente as duas dimensões!


As esquerdas deveriam ter a capacidade para voltarem a equacionar e concretizar uma forma de organização internacional que se possa afirmar como uma alternativa aos planos do G8, do FMI e do Banco Mundial que acabam por ser as únicas entidades globais que aparecem com respostas globais.


Uma organização internacional socialista não tem de reproduzir esquemas caducos do tipo I, II, III e/ou IV internacionais ... esquemas que contribuiram muito para algumas derrotas à esquerda que a História regista e para o perpetuar de sectarismos, vanguardismos e esquerdismos que não levam a nada.

Uma organização internacional socialista não deve ser uma espécie de denominador comum dos mínimos políticos à esquerda ... deve ser antes a consequência de uma discussão séria dos pontos divergentes entre quem fala e identifica o socialismo como a alternativa ao capitalismo globalizado.


Não se sugere uma discussão à força ou obsecada com a tentativa de reunir tudo e todos. A discussão de pontos divergentes sobre o socialismo e a alternativa internacional que esse programa deve assumir reune as correntes que a aceitam livre e voluntáriamente. Reune também quem está disposto a intervir no concreto sem tentativas de hegemonias.


No plano europeu há divergências que deveriam ser o ponto de partida para uma discussão aberta e convergente:
  • a esquerda deve intervir (como? com que organização e com que programa?) em todas as eleições directas que se realizam no espaço europeu, como as eleições para o Parlamento Europeu, assumindo-as como uma área de intervenção estratégicamente tão importante quanto as eleições nacionais;
  • a esquerda deve ser afirmativa quanto à Europa que quer, por alternativa à Europa liberal e à antiga do período da chamada guerra fria. Como dar continuidade ao movimento europeu, surgido no pós-guerra, impulsionado por sectores da esquerda socialista e denominado "Movimento pelos Estados Unidos Socialistas da Europa" .

Da discussão destes pontos, de certeza que surgirão outros que merecem trabalho para a possibilidade de uma convergência. Mas o mais importante, é a possibilidade da(s) esquerda(s) demonstrar vontade política para conseguir uma organização internacional que produza um programa de democracia e de socialismo alternativo ao liberalismo globalizado e a qualquer forma de totalitarismo.

terça-feira, junho 10, 2008

DIA 10 DE JUNHO: DIA DE QUÊ Sr.Presidente ?

Tenho ouvido dizer, ano após anos, depois do 25 de Abril de 1974 que o 10 de Junho era o Dia de Portugual e das Comunidades Portuguesas.

Ontem, acho que ouvi o Presidente Cavaco Silva falar no dia 10 de Junho como o "Dia da Raça" ... Penso que a última vez que ouvi tal designação para o dia 10 de Junho foi ... antes do 25 de Abril! Precisamente, quando a exaltação do "Império" levava a egocentrismos racicos e/ou racistas!

Mas ... há alguma raça portuguesa? ... diferente de quê da raça espanhola ou da francesa?

Bem ... o Sr.Presidente estava algo nervoso quando fez tal afirmação ... tinham-lhe pedido para se pronunciar sobre o lock-out dos patrões camionistas ... provavelmente lembrou-se dos tempos da ponte 25 de Abril e ... ficou alterado!

Pela minha parte prefiro valorizar a ideia de comunidade cultural, de homenagem aos trabalhadores portugueses nomeadamente aos novos emigrantes que estão a ser escravizados em países ditos desenvolvidos.

João Pedro Freire

domingo, junho 08, 2008

O BLÁ-BLÁ-BLÁ ACAGAÇADO DO DIRECTOR DO JN ...

O Director do Jornal de Notícias presenteou os seus leitores, na edição de hoje, com um artigo de opinião intitulado "A Esquerda blá-blá-blá" ...

Para não ficar atrás do título que escolheu (ou escolheram-no?) para a sua peça, José Leite Pereira (JLP) ofereceu aos leitores do JN uma prosa cheia de blá-blá-blá ...

JLP parte do principio de que a tirando os governos PS só pode haver governos PSD ou então governos iguais aos que sempre tivemos. JLP considera que a esquerda a que chama blá-blá-blá nunca poderá a chegar a ser governo ...

São estes ditos fazedores de opinião uns dos responsáveis pela manutenção de "soluções governativas" que acabam por originar as imensas abstenções que as democracias liberais vão registando. E porquê? precisamente porque as tais "soluções governativas" passam a vida a apresentar propostas e soluções que em vez de resolver os problemas das pessoas, agravam-nos! Ano após ano, eleição após eleição ...

Para além das "soluções" do "arco partidário neo-liberal" (exemplo: direcção do PS + PSD + CDS), há outras soluções democráticas possíveis e que nunca foram tentadas:
  • que tal uma solução tipo PS / PCP /BE ?
  • que tal uma solução com a esquerda do PS, BE e independentes de esquerda?

E se alguma dessas soluções surgisse de um processo organizado a partir de um Fórum das Esquerdas que reunisse todas e todos interessados em discutirem uma alternativa de governo com um programa socialista assente numa maioria social de esquerda?

JLP parece ser um daqueles comentadores que começam a viver acagaçados com a possibilidade de soluções políticas nunca dantes testadas começarem a ganhar forma em alguns países ditos desenvolvidos. Veja-se o caso da Alemanha com a subida eleitoral do "Die Link" (partido de esquerda) !

JLP sabe que numa sociedade mais democrática, mais transparente e com maior participação dos cidadãos a todos os níveis, talvez alguns tachos ficassem ameaçados e alguns grupos económicos e financeiros vissem a sua influência tentacular muito mais diminuída! ...

Por ter medo disto, é que JLP entra pelo caminho do blá-blá-blá ...

sábado, junho 07, 2008

ORGANIZAR O DEBATE E ACÇÃO PARA A CONVERGÊNCIA POR UMA ALTERNATIVA SOCIALISTA!

Depois dos insultos a que Manuel Alegre foi submetido por parte do dirigente sócratico José Lello pela sua participação na Sessão das Esquerdas, outros dirigentes do PS têm vindo a tentar colocar água na fervura, apelando para "mais tolerância" para com o ex-candidato presidencial.



Parece é que a direcção do PS quer reduzir tudo a questões de mais ou menos tolerância, para deixar todas as políticas governamentais na mesma. Ou então para debitarem umas quantas palavras de "esquerda" sem quaisquer consequências no plano prático!


O próprio Manuel Alegre tem também de se definir melhor. Ou seja, não se pode ficar por um papel de "direito à critica", para depois nunca concretizar acções práticas, por exemplo, de sugestão de acções organizativas e de reflexão para a definição de uma alternativa socialista.

A definição de uma alternativa socialista tem de partir de um ponto muito importante: a aceitação da diversidade das correntes políticas e sociais que podem contribuir para essa definição. Ninguém é a "vanguarda", nem a "parte maior", nem o/a "principal" ... todas e todos são imprescíndiveis à discussão e definição de propostas pelo socialismo!

E isto esbarra, desde logo, com uma das consequências práticas da influência do parlamentarismo liberal na vida de qualquer partido, inclusivé os que se reclamam de esquerda, e que é, a defesa de cada partido como uma espécie de "clube de futebol" ... parece que a clubite é também, no plano político, uma espécie de doença infantil que bloqueia diálogos, pontes e convergências, no caso da esquerda, pelo socialismo e por alternativas que apontem para a transformação democrática e socialista da sociedade.

À esquerda, que é o que nos interessa, não deveria haver fronteiras estanques, verdades imutáveis e/ou pensamentos do género "o meu partido é melhor que o teu" ... isso são tiques e maneiras de ser próprias do jogo parlamentar/político burguês e liberal. As esquerdas dirigem-se a uma maioria social que devem saber ganhar, primeiro no plano social, para o apoio activo e consciente para uma alternativa socialista.

As esquerdas, no seu esforço organizado de convergência e de reflexão, não se podem cingir aos espaço dos partidos de esquerda com assento parlamentar. Há partidos, grupos, movimentos, pessoas para além disso que também são imprescindíveis!

Não se pede a José Sócrates ou à sua guarda pretoriana que compreenda isto que nunca compreenderam. Mas pede-se a todas as esquerdas que querem concretamente acabar com os demandos neo-liberais e se opõem a desvios totalitários que expliquem à sua base social que sabem convergir para uma alternativa, não obstante as diferenças!


quinta-feira, junho 05, 2008

200.000 TRABALHADORES NA MANIFESTAÇÃO DA CGTP!

A manifestação da CGTP contra a revisão do código Laboral, realizada hoje em Lisboa, juntou 200.000 trabalhadores!

Mais uma manifestação de protesto, indicadora da onda social de protesto contra as políticas neo-liberais do governo Sócrates.

Mas de manifestação em manifestação, vai sendo tempo de dar corpo político, em forma de alternativa, à onda social de protesto.

Uma alternativa política que tem de ter capacidade para englobar o contributo do movimento sindical, das diversas organizações sociais e laborais, das correntes políticas de esquerda, das pessoas que são marginalizadas e atingidas pelo neo-liberalismo. Mas uma alternativa que produza clareza nos programas, nas políticas e soluções que propõe ... e essa clareza não se pode ficar por programas mínimos que pouco transformam, mas antes, que tenha a coragem de definir o socialismo como programa global de transformação social, política, económica e cultural.

quarta-feira, junho 04, 2008

5 DE JUNHO: MAIS UM PASSO PARA DIZER NÃO AO DESCALABRO NEO-LIBERAL!


IMAGENS DE ESPERANÇA: VÁRIAS ESQUERDAS CONVERGIRAM NUMA INICIATIVA

José Sócrates pode afirmar o que quiser ... a mesma lengalenga que a direcção debita nos seus exercícios de esquizofrenia política ... o certo é que a Sessão das Esquerdas de ontem, em Lisboa,
foi um MOMENTO DE ESPERANÇA !
Manuel Alegre teve razão quando afirmou que o diálogo à esquerda não pode ser tabu. Neste país, um pouco por culpa das direcções do PS, sempre que se fala em "salvação nacional",
assiste-se, de seguida, a alianças, conluíos, pactos e outras coisas
similares com a direita política e/ou então com os lobbies
financeiros e empresariais.

A solução para a presente crise, uma crise que tende a agravar a pobreza, a precariedade, a miséria e as desigualdades sociais e perante as leis, tem de de vir da esquerda com uma resposta inequívocamente socialista. Não socialista, porque os seus interpretes se reinvidicam do socialismo, mas socialista porque o programa, as propostas e as soluções apontam para transformações democráticas e socialistas que acabem, de vez, com o descalabro neo-liberal.
A sessão de ontem em Lisboa, agrupando socialistas da esquerda do PS, do Bloco de Esquerda, da Renovação Comunista, de sectores católicos progressistas, foi um momento de esperança.
Agora o desafio é: como continuar com esse momento de esperança, como dar corpo em forma de alternativa política e social?
(imagens retiradas de esquerda.net)

domingo, junho 01, 2008

ABAIXO-ASSINADO A FAVOR DA ABERTURA DE PÓLO DA CINEMATECA NO PORTO

A CIDADE DO PORTO BEM PRECISA E MERECE ISSO ...


ABAIXO-ASSINADO A FAVOR DA ABERTURA DE PÓLO DA CINEMATECA NA CIDADE DO PORTO

"A cidade do Porto sofre de vários e complexos problemas na área da cultura, como é do conhecimento geral. No entanto, esta situação não é generalizável a todo o país. Efectivamente, Lisboa continua a usufruir de forma centralizada dos serviços de certas instituições culturais que deveriam fazer jus ao seu âmbito nacional, como, por exemplo, a Cinemateca Portuguesa, um organismo público suportado pelos contribuintes a nível nacional. No Porto, é de grande interesse público a criação de uma extensão da Cinemateca, o que permitiria acabar com a carência de exibição cinematográfica sentida na cidade, ao nível da produção anterior à década de 90...."