Socialismo libertário, eco-socialismo, para uma alternativa democrática, socialista e anti-capitalista com dimensão internacional!
domingo, agosto 30, 2009
Professores na rua durante a campanha eleitoral ...
A iniciativa pertence a associações independentes de professores e revelam contra quem estarão, mas não a favor de quem estarão ...
Os professores têm razão na luta que travaram contra o governo de José Sócrates. No entanto, correm o risco de a perder se enveredarem por objectivos como aquele que parece estar a ser definido pelas "associações independentes".
Será que tudo o que for contra José Sócrates serve, só porque é contra o actual primeiro-ministro?
sábado, agosto 29, 2009
A OUTRA ESQUERDA ... opinião de Nuno Cardoso da Silva
TRIBUNA SOCIALISTA edita-o, numa perspectiva de provocar debate.
Fica, no entanto, claro que a opinião do TRIBUNA SOCIALISTA é radicalmente diferente das posições defendidas por aquele partido. Não somos "marxistas-leninistas", somos anti-estalinistas, somos libertários, temos uma concepção de socialismo que está nos antipodas da concepção que o MRPP ainda parece defender ... pelo menos, não temos conhecimento de nenhuma (auto) critica relativamente ao modelo chinês, não só o actual, mas também o que vigorou com Mao Tse-Tung.
João Pedro Freire
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A OUTRA ESQUERDA: O PCTP/MRPP (*)
Numa sociedade em crise, num clima de exclusão social e de pobreza crescentes, só a esquerda manifesta preocupação e vontade de corrigir esses desvios. A direita é essencialmente darwinista, glorifica o confronto e o sucesso dos mais fortes, despreza todos aqueles que parecem nada ter a contribuir do ponto de vista estritamente produtivo.
Só que esquerdas há muitas. Ou, pelo menos, há muitos que se dizem de esquerda, defendendo as coisas mais díspares. Optar pela “esquerda” é assim mais difícil do que parece. A esquerda é o Partido Socialista? É o Bloco de Esquerda? É o Partido Comunista Português? Ou será talvez um PCTP/MRPP, do qual as pessoas gostam de fazer troça, baseada em opções em tempos feitas?
O PCTP/MRPP classifica-se a si próprio de marxista-leninista, e há no seu seio ainda quem venere Estaline e Mao, embora em número cada vez menor. O MRPP teve uma influência significativa imediatamente após o 25 de Abril, altura em que nele militavam pessoas como Durão Barroso, Ana Gomes, Saldanha Sanches, Fernando Rosas, e tantos outros que depois foram aterrar noutros partidos. A postura fortemente crítica do MRPP relativamente ao PCP – ao qual apelidavam de “social-fascista” – esteve certamente na origem da proibição do MRPP concorrer às eleições, o que levou ao seu declínio a prazo. Com efeito, num clima ainda pré-democrático, com um eleitorado ainda não fixado em opções partidárias, impedir o MRPP de concorrer às eleições era obrigar a maioria dos que nele iriam votar a fazer outras opções que, com o tempo, se foram consolidando. Ao fim de alguns anos, o eleitorado potencial do MRPP tinha-se fixado noutras opções, e o MRPP deixou de ser uma ameaça aos partidos situacionistas (os que tinham sido aprovados pelo MFA).
No entanto o MRPP sobreviveu, adoptou o nome de Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP) e, sem perder o seu cariz marxista-leninista, foi aceitando o princípio do pluralismo democrático, tornou-se mais tolerante das opiniões diversas, e tornou-se num partido respeitador dos princípios democráticos, sem no entanto abandonar completamente o vocabulário mais revolucionário. A ditadura do proletariado já só é figura de retórica, e pouco se distingue do princípio geralmente aceite do governo da maioria.
Havendo tantas alternativas de esquerda, então porquê votar num PCTP/MRPP que ainda não conseguiu eleger um só deputado, embora o número crescente de votos que tem vindo a conquistar anunciem um próximo sucesso, talvez já em Setembro, em Lisboa?
A falência clara do sistema capitalista – apesar das tentativas para nos fazer acreditar que a actual crise não é estrutural, mas conjuntural -, aconselha a que se abandone esse sistema perverso e se opte por um sistema realmente socialista, embora bem distante do centralismo soviético. As próximas eleições deveriam dar um sinal claro nesse sentido. O problema está em que os partidos ditos de esquerda, com assento parlamentar, se foram habituando a conviver com o modelo capitalista, que já não põem em causa, e que apenas querem humanizar. Erro táctico capital. O capitalismo não pode ser humanizado, porque ele se baseia numa concorrência feroz que só beneficia os mais fortes. A sacrossanta eficiência produtiva é construída à custa da exploração de quem trabalha, e isso é inaceitável. A justiça social exige alguma perda de eficiência produtiva, no sentido de que não pode ser construída à custa da redução dos salários reais. E esta é, no entanto, um dos principais instrumentos do capitalismo agonizante.
Só o PCTP/MRPP demonstrou que não pactua com um sistema intrinsecamente injusto. O PCTP/MRPP não se satisfaz com um capitalismo de rosto humano, quer um socialismo construído na socialização dos meios de produção, mas sem centralismo estatal, sem constrangimento da liberdade de produzir, sem violação dos princípios democráticos. É evidente que uma transformação deste tipo exigiria uma ruptura com o actual sistema, mas sempre apoiada na vontade maioritária do povo português.
Eleger um deputado do PCTP/MRPP não vai permitir essa ruptura a curto prazo, mas permitiria uma intervenção política ao mesmo tempo crítica e pedagógica, que tornasse mais difícil ao próximo governo continuar a enganar os portugueses, e os fosse esclarecendo quanto às alternativas ao actual sistema de injustiça e exploração.
(*) Nuno Cardoso da Silva
PSD: a mesma tralha com mais do mesmo de sempre!
quarta-feira, agosto 26, 2009
FRANCISCO LOUÇÃ: ENTREVISTA A LER NO JORNAL DE NEGÓCIOS DE HOJE!
De uma forma geral, as posições de Francisco Louçã são muito claras e objectivas relativamente ao sentido das políticas propostas pelo Bloco de Esquerda. São claras e propiciam condições de um debate sério não só à esquerda , mas também no plano nacional.
Um único comentário mais critico, voltamos a fazer no que diz respeito aos cenários pós-eleições.
É hoje um dado, mais ou menos, aceite por todos os quadrantes que as próximas eleições legislativas não darão uma maioria absoluta ao PS nem a nenhum outro partido.
Partilhamos também a oposição a qualquer aliança com o PS de José Sócrates, o responsável pelo estendal de políticas neo-liberais e de submissão aos lobbies económico-financeiros desenvolvidas nos últimos quatro anos.
Mas numa perspectiva de esquerda, o Bloco, na nossa opinião, deveria assumir uma posição clara de defesa de uma alternativa de governo de esquerda, apelando à convergência entre socialistas, comunistas e todos os que querem outras políticas. Não se trata de um mero somatório de deputados da nova Assembleia da Republica para uma "maioria parlamentar de esquerda", mas antes, uma consequência de uma maioria social de esquerda que exige outras políticas de sentido inequivoco democrático e socialista.Há uma imensidão de pessoas que têm sofrido os efeitos da crise e que não compreendem porque é que a direita se une e as esquerdas passam a vida a falar cada uma para seu lado, cada qual, falando numa "alternativa" que ninguém vê explicada, nem que tem qualquer tradução em políticas que combatam eficazmente o desemprego, a precariedade e que qualifiquem a democracia e os serviços públicos.
TED KENNEDY : MORREU UM DEMOCRATA !
segunda-feira, agosto 24, 2009
QUAL A ALTERNATIVA À ESQUERDA ?
quarta-feira, agosto 19, 2009
ESTABILIDADE: UM EXEMPLO DO QUE É CAPAZ O CENTRÃO!
segunda-feira, agosto 17, 2009
COMO REAGIR, À ESQUERDA, A UM CENÁRIO PÓS-ELEITORAL SEM MAIORIA ABSOLUTA ?
Antes de mais, essas intervenções de dirigentes do PS, são mais um sintoma de que já nem o PS acredita na reedição de uma maioria absoluta.
Ora um cenário de triunfo do PS sem maioria absoluta num quadro parlamentar e social de maioria das esquerdas, obriga TODAS as esquerdas a reflectir sobre qual a melhor solução. Porque, desta forma, a actual direcção sócratica não estará em condições de repetir as políticas neo-liberais e de direita dos últimos quatro anos, a não ser que surjam alianças pontuais ou duradouras com o PSD e o CDS ou só com um ou com outro. Não andaremos muito longe da verdade, se concluirmos também que a maioria da base militante do PS não apoiaria mais quatro anos de políticas governamentais de direita.
É compreensível e até correcto que tanto o Bloco como o PCP, rejeitem qualquer aliança com o PS tendo em conta as políticas que foram desenvolvidas pelo governo Sócrates. Essas políticas são e serão insustentáveis numa perspectiva de um governo que queiram dar uma outra dinâmica ao País. Uma dinâmica mais democrática, mais socialista e radicalmente anti-neo-liberal.
Mas o PS é muito mais que a sua direcção Sócrates. É sintomática e até relevante, que as esquerdas do PS se movimentem, cada vez, com mais ruído e visibilidade. Ignorar este dado, continuando a emitir posições como as que têm sido dadas pelo BE e pelo PCP, é contribuir para que o PS seja novamente lançado para os braços da direita - política e dos interesses económicos - isolando as suas correntes de esquerda.
A rejeição de políticas de direita não pode significar a rejeição, pura e simples, de um diálogo, sob condições, com o PS. O PS não deve ser encarado como uma coutada de Sócrates e da sua direcção. O PS tem uma base social e militante que são imprescindiveis e incontornáveis para uma alternativa de esquerda para que se consiga outra governação.
O diálogo entre as esquerdas não tem de ser programado e até agendado. Há temas que podem ser lançados para discussão pública, como a questão da nacionalização dos sectores estratégicos da economia, como a necessária e urgente revisão do Código de Trabalho do governo Sócrates, como a redefinição de novas políticas de investimento público, como a reforma da segurança social, como a crescente precarização do trabalho, como a defesa da escola pública e do serviço nacional de saúde , etc, etc. As esquerdas podem ter entre si e estabelecer entre si, na sua base social e militante, espaços de discussão e de reflexão, sem que se caia na obrigatoriedade de um debate formal entre direcções partidárias. O debate que muitas vezes se consegue na blogosfera, é um bom exemplo, já que é, quase sempre, transversal, aberto e livre.
As esquerdas não podem chegar às eleições com a eterna imagem de, ao contrário da direita, nunca conseguirem dialogar para a definição de um governo de esquerda e só conseguirem, cada partido de esquerda, apresentar programas "muito bons", mas que nunca passam disso!
Havendo uma maioria social de esquerda, não há razão para que as direcções dos partidos de esquerda continuem a comportar-se, entre si, como autistas!
Uma alternativa de esquerda não se pode resumir ao mero somatório de deputados parlamentares para dar um resultado maioritário. Essa alternativa precisa de saber e conseguir discutir claramente programas e politicas governamentais. Essa é uma discussão prévia e não posterior!
Imaginem qual seria a repercussão política na Europa, de um governo das esquerdas em Portugal com um programa e políticas de sentido democrático e socialista e que contrariasse os últimos anos de politicas de direita e neo-liberais? Decerto que ainda se lembram do efeito que os "Não" franceses e holandeses tiveram em toda a Europa ...
sábado, agosto 15, 2009
OU NÓS OU O CAOS ... SERÁ ASSIM ?
Aqui está uma posição algo na linha do "ou nós ou o caos"!
Já hoje quando li a entrevista de Ferro Rodrigues no Expresso, fiquei com a sensação de estar perante uma posição do género: "é preciso tentar tudo, para que o PS não fique na oposição". A posição de Ferro Rodrigues e a de Rui Namorado não são iguais, mas desaguam no mesmo: manter o PS no Governo, custe o que custar!
E o mais sintomático (tem a ver com a aridez de políticas socialistas ao longo dos últimos 4 anos de socratismo) é que ambas as posições esquecem de abordar a questão das políticas que um governo PS deveria desenvolver, numa perspectiva de esquerda e socialista.
Ferro Rodrigues e Rui Namorado, representam, cada qual, uma certa esquerda do PS e, estas posições, a entrevista e a posta, são preocupantes. Preocupantes porque parece que até a esquerda do PS está embalada/adormecida com as "justificações" dadas por Sócrates ao longo dos últimos 4 anos para as políticas que desenvolveram.
E se essas políticas não são a causa da crise que se vive, em nada contribuiram para que essa crise pudesse ser atacada e barrada com políticas onde as prioridades sociais e o esforço de voltar a dar protagonismo político aos trabalhadores fossem uma evidencia. Ao longo de quatro anos, a direcção sócratica repetiu políticas que a direita não teria coragem de aplicar se fosse governo ... o exemplo do Código de Trabalho é disso uma evidência.
Esta coisa de que, quando há crise económica, as soluções para a combater serem como que abstractas e "comuns" à direita e à esquerda, é algo que tem atrasado a definição de uma alternativa de poder de esquerda e acentuado a predominância da chamada "economia de mercado", como se não houvesse outro tipo de economia!
Pessoalmente considero que a solução "PS com maioria absoluta" não resolve nem contribui para a resolução dos problemas existentes, numa perspectiva de esquerda. Porquê? Porque parece que a(s) própria(s) esquerda(s) do PS ficam embaladas pelo discurso da sua direcção partidária ... por isso, defendo que seria importante que o PS fosse "obrigado" a dialogar À ESQUERDA para a definição de uma alternativa plural e maioritária COM políticas de esquerda, democráticas e socialistas!
Isto seria uma forma de recolocar TODO o PS à esquerda e sensivel para políticas onde os trabalhadores voltem a ter protagonismo político e social!
João Pedro Freire
sábado, agosto 08, 2009
RAUL SOLNADO: FAZIA PARTE DA FAMILIA DE TODOS NÓS ...
A falta que este Homem vai fazer ...
Raul Solnado era como se fosse membro de cada uma das nossas famílias ... de todas!
Gostava mesmo muito do Solnado e de tudo o que ele fazia ...
sexta-feira, agosto 07, 2009
ALTERNATIVA ... PRECISA-SE! ... MAS É PRECISO EXPLICAR MELHOR ... (UMA RESPOSTA A UM COMENTÁRIO)
Ainda que com algum atraso, em relação ao que eu próprio me tinha proposto, aqui vai o que se me oferece escrever a propósito da questão colocada há dias pelo Nuno Cardoso da Silva.
Antes de mais um pequeno esclarecimento. Este texto não é a resposta de um mesário bloquista, apenas de um militante da Esquerda Socialista que, não por mero acaso, é aderente do Bloco de Esquerda e que, circunstancialmente, é membro da sua Mesa Nacional. Nada mais.
Propriamente sobre a “pergunta essencial” do Nuno Cardoso da Silva, confesso que, à partida, me pareceu uma provocação amiga. Provocação porque é descontextualizada, face à posta em causa, e simultaneamente amiga porque não é ofensiva. Desconheço se assim é, ou não, mas a minha opinião aqui fica, e à qual darás o destino que muito bem entenderes.
A “pergunta essencial” parte do princípio, a meu ver errado, de que tudo gira em torno da economia, tudo o que acontece é assim, ou assado, porque o dinheiro assim o dita. Há imensos anos que discordo desta ideia. O dinheiro, a economia, é importante, mais ainda mais relevantes são as movimentações sociais. A História está aí para nos mostrar que todos os momentos em que o mundo pulou e avançou aconteceram porque as pessoas se agregaram em torno de uma ideia, mesmo quando a ideia não ia muito além da simples satisfação da básica necessidade de sobrevivência. Assim sendo, e porque toda a posta do João Pedro é construída, e bem, em torno da ideia de que a Esquerda Socialista é pólo motor de “uma nova alternativa de Governo com políticas democráticas e socialistas”, percebo as dúvidas e as perplexidades que se lhe colocam na perspectiva do processo evolutivo das dinâmicas sociais inerentes à referida alternativa. Em nenhum momento se diz, nesta posta e em todos os outros escritos do João Pedro Freire, que o caminho é fácil e linear. É óbvio que não! Mas ele está atento, e na expectativa do que pode, eventualmente, vir a acontecer…
Por isso questiona-se sobre o que pode acontecer num eventual cenário pós-eleitoral sem maioria absoluta. Por isso recorda que o Bloco de Esquerda já recusou, de diversas formas e através de vários dos seus protagonistas, quaisquer alianças com um PS com maioria relativa. Por isso evoca ele a possibilidade dos “limites” da Esquerda Socialista serem suplantados pelas dinâmicas dos movimentos sociais, dos trabalhadores, e dos novos movimentos de cidadania.
Daí também que eu pense que a “pergunta essencial” – “Se o BE tivesse a possibilidade de integrar um governo de coligação de partidos de esquerda, imporia como condição a nacionalização de toda a banca e a transformação da banca em actividade sem fins lucrativos?” – é, em simultâneo, provocatória e amiga. Por um lado, a questão, ainda que hipotética, nem se coloca! Por outro, o Bloco em situação alguma estará em condições de “impor” o que quer que seja!
Tanto quanto sei, em circunstância alguma se colocou, no seio do Bloco de Esquerda, a possibilidade da “nacionalização de toda a banca”. O Bloco (tal como Karl Marx!) não é contra a actividade privada, é pela defesa de princípios em nome do que é público e de todos. O Bloco não é contra a banca privada, é pela defesa de políticas públicas e socialistas, inclusive, neste sector de actividade. E destes princípios é evidente que o Bloco não poderá nunca abdicar! Seja em que cenários for.
É evidente que a banca é um “sector estratégico” e que, portanto, deve ser tendencialmente (a expressão é da minha autoria!) público, porque a sua acção tem implicações directas e objectivas na vida quotidiana dos cidadãos. A Caixa Geral de Depósitos (CGD), enquanto braço comercial do Estado no sector da banca, deveria ser orientada por políticas totalmente divergentes das nossas conhecidas, ou seja, não faz sentido que pratique juros elevados que apenas favorecem o jogo especulativo, prejudicando os cidadãos de uma forma geral. E também não escondo um sorriso ao imaginar o que aconteceria ao BCP, ao BES e por aí fora se existisse uma CGD que aplicasse políticas públicas e, portanto, dirigisse a política de crédito do país…
Mas, então, a banca seria transformada numa espécie de “actividade sem fins lucrativos”? Claro que não!, isso é outro pequeno detalhe provocatório na “pergunta essencial”… A banca deveria ser uma actividade comercial que, como tal, se sujeitaria às condições da oferta e da procura. Em termos muito práticos digo mesmo que se essa banca privada que tanto preocupa o Nuno Cardoso da Silva der prejuízos então que feche a porta. Até porque a filantropia não se pratica por esta área…
Entre dez milhões de cidadãos diariamente prejudicados por políticas orientadas unicamente em função do lucro e meia dúzia de senhores que engordam escandalosamente todos os dias, eu não hesito.
Um abraço,
Paulo F. Silva
quinta-feira, agosto 06, 2009
BLOCO DE ESQUERDA EDITA PROGRAMA DE GOVERNO EM LIVRO
À esquerda é importante que um partido se afirme simultaneamente como força de proposta e força de protesto. A afirmação por políticas socialistas tem de partir de um protesto claro e de uma recusa inequivoca da ordem capitalista existente, nas suas vertentes política, económica, social e cultural.
Agora o Bloco de Esquerda publicou em livro a sua proposta de programa de governo. É mais um passo com um importante sentido político. Está-se assim a por à disposição das pessoas - ao seu conhecimento, análise e discussão! - o concreto das propostas do Bloco.
O Bloco é o primeiro partido a ter esta iniciativa. Outros, provavelmente, seguirão o exemplo! Mas, para já, esta iniciativa servirá para calar aquelas vozes que só viam nos actos e acções do Bloco, "protesto", "falta de propostas", "só dizer mal", etc, etc ...
quarta-feira, agosto 05, 2009
O EXEMPLO DE MANUEL ALEGRE PELO PRÓPRIO!
terça-feira, agosto 04, 2009
domingo, agosto 02, 2009
ALTERNATIVA ... PRECISA-SE! ... MAS É PRECISO EXPLICAR MELHOR ...
O Bloco de Esquerda já apresentou o seu "Programa de Governo" e, faz bem, em diferenciar-se de qualquer tendência neo-liberal, mesmo daquelas que, em períodos eleitorais, assumem uma tonalidade mais esquerdizante.
Louçã também tem referido que o Bloco é um partido de protesto mas também de proposta. O que é importante e afirmante!
Mas perante um possível cenário, pós-eleitoral legislativo, de falta de maioria absoluta (o que se festejará, a acontecer!) o Bloco deveria assumir uma posição mais pró-activa, à esquerda, na definição de uma alternativa de governo!
É importante a diferenciação em relação a um PS colonizado à direita pela direcção sócratica. É importante recusar também "alternativas" que resultem sómente de somas e jogos aritmético-parlamentares, mas que não produzem políticas e dinâmicas sociais diferentes, novas e de mudança. É importante também deixar claro que HÁ DIFERENÇAS entre um governo de direita com políticas de direita e um governo do PS com políticas de direita.
Mas, as pessoas interrogam-se: então qual é a alternativa que o Bloco de Esquerda quer? qual é a alternativa quando Louçã parece dizer que não faz "coligações" e/ou "alianças" com ninguém?
As respostas devem ser claras de modo a que as pessoas se mobilizem por algo novo mas também concreto!
O Bloco de Esquerda, como pólo organizado da esquerda socialista, intervém prioritáriamente nos movimentos sociais, já que é aqui que podem surgir novas dinâmicas alternativas. Dinâmicas alternativas de governo para novas políticas que estanquem o neo-liberalismo e voltem a dar a iniciativa aos trabalhadores, aos cidadãos!
A possível inexistência de uma maioria absoluta parlamentar vai acontecer num quadro de maioria parlamentar das esquerdas e, mais importante, de maioria social das esquerdas. E é aqui que deveria assentar a proactividade do Bloco: intervir mais activamente no movimento social, conseguir criar pontes e acções unitárias com TODO O ESPAÇO DA ESQUERDA SOCIALISTA!
E qual é o espaço da esquerda socialista: a base social e militante do PS, as suas correntes de esquerda, o Bloco de Esquerda, um enorme eleitorado flutuante à esquerda (embora profundamente independente e até volátil!).
A esquerda socialista é o espaço motor e dinamizador de uma nova alternativa de governo com políticas democráticas e socialistas. Mas a intervenção nos movimentos sociais, no movimento dos trabalhadores, nos novos movimentos de cidadania pode e criará dinâmicas sociais que suplantarão os limites dessa esquerda socialista!
É por aqui que seria necessário que o Bloco explicasse melhor quando fala de "alternativa" e diz que não faz coligações ou alianças com ninguém ...
ZECA AFONSO ... TERIA 80 ANOS!
Hoje o Zeca faria 80 anos!
Mas o Zeca continua PRESENTE com tudo o que nos deixou ...
Esta ... VAMPIROS ... como continua bem actual !