tribuna socialista

sábado, abril 17, 2004

DE ACORDO COM MANUEL ALEGRE: PARA TRAVAR A CONTRA-REFORMA DA DIREITA!

"Se as forças da direita se coligam, por que é que as forças de esquerda não podem fazer acordos políticos depois das eleições para havar uma maioria parlamentar? É proibido?"

É MANUEL ALEGRE que questiona. E concordo plenamente com esta questão que trás subjacente a constatação de que a UNIDADE DA ESQUERDA (na sua plural diversidade!) é fundamental, vital , para se travar, interromper, barrar a contra-reforma que a direita vem lançando contra tudo o que signifique Revolução de Abril. Isso, REVOLUÇÃO não evolução que a direita e a burguesia nacional nunca tiveram capacidade para fazer!

É importante que 30 anos depois do 25 de Abril de 1974, as principais correntes e partidos da esquerda portuguesa saibam ultrapassar divergências infantis e de vício parlamentarista para lançarem as bases de uma alternativa política que restitua a esperança e a iniciativa aos milhares e milhares de portugueses que são alvos das políticas ultra-liberais e reacionárias do governo de Durão e Portas.

É legitimo que o PS apele ao voto no PS, que o PCP apele ao voto no PCP e que o BE apele ao voto no BE. Mas é fundamental que qualquer partido de esquerda saiba, descubra, tenha a humildade de constatar que, cada um, só por si, não são a esquerda. E toda a esquerda - partidos, militantes e correntes dispersas - é necessária para que as políticas de uma alternativa de esquerda representem, trinta anos depois, a redescoberta da Revolução de Abril!



Não, não é proibido, Manuel Alegre! É fundamental, é vital que a esquerda, toda a esquerda, saiba unir-se! Como os cidadãos de esquerda têm sabido unir-se, por exemplo, em todas as eleições presidenciais. Que as direcções das esquerdas saibam aprender com os cidadãos de esquerda. Saibam também aprender com os exemplos que chegam de Espanha e de França!

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