(*) Por Paulo Marques (1ª parte), retirado de www.brasilautogestionario.orgA relação dos movimentos sociais com os partidos políticos têm sido um debate constante seja entre seus próprios protagonistas seja entre pesquisadores que estudam o tema. No caso do Movimento social da Economia Solidária não é diferente. É recorrente o debate entre aqueles que advogam por uma “autonomia” política do movimento e aqueles que vêem como positivo e necessário a participação de militantes do movimento em partidos políticos, particularmente do campo da esquerda. Em relação ao discurso “autonomista”, o mesmo é baseado no argumento de que o movimento não pode ser “partidarizado” ou instrumentalizado por partido A ou B, pois estaria perdendo assim o seu caráter de movimento social. Já os que discordam dessa visão defendem o papel do partido político como um instrumento fundamental para o avanço das pautas do movimento a partir da disputa de poder que se dá na sociedade.
Se olharmos para a história das experiências mais avançadas de autogestão, veremos que quando os trabalhadores assumiram de fato o controle da produção a partir da associação dos livres produtores associados como preconizava o velho mouro, foi exatamente no momento em que os militantes dos movimentos sociais participaram dos processos políticos através dos partidos de esquerda. E foi o fato da autogestão compor o programa destes partidos que possibilitou que o Estado assumisse e executasse as demandas do movimento.
Podemos ilustrar esse fato a partir de dois casos históricos emblemáticos, que consideramos como os mais avançados de autogestão da história: A Autogestão (Coletivización) realizada na Catalunha em 1936, durante a Guerra Civil Espanhola, e a experiência do Governo Allende da Unidade Popular no Chile entre 1970 e 1973. No primeiro caso, foi a partir da vitória da Frente Popular nas eleições de 1936, inclusive com o voto dos anarquistas da CNT, que se abriu um período histórico de acúmulo de forças do campo popular que permitiu a experiência mais significativa de autogestão no campo e na cidade que se têm noticia.
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