tribuna socialista

terça-feira, julho 27, 2010

O MOVIMENTO SOCIAL DA ECONOMIA SOLIDÁRIA E OS PARTIDOS POLÍTICOS (*)

(*) Por Paulo Marques (1ª parte), retirado de www.brasilautogestionario.org

A relação dos movimentos sociais com os partidos políticos têm sido um debate constante seja entre seus próprios protagonistas seja entre pesquisadores que estudam o tema. No caso do Movimento social da Economia Solidária não é diferente. É recorrente o debate entre aqueles que advogam por uma “autonomia” política do movimento e aqueles que vêem como positivo e necessário a participação de militantes do movimento em partidos políticos, particularmente do campo da esquerda. Em relação ao discurso “autonomista”, o mesmo é baseado no argumento de que o movimento não pode ser “partidarizado” ou instrumentalizado por partido A ou B, pois estaria perdendo assim o seu caráter de movimento social. Já os que discordam dessa visão defendem o papel do partido político como um instrumento fundamental para o avanço das pautas do movimento a partir da disputa de poder que se dá na sociedade.

Se olharmos para a história das experiências mais avançadas de autogestão, veremos que quando os trabalhadores assumiram de fato o controle da produção a partir da associação dos livres produtores associados como preconizava o velho mouro, foi exatamente no momento em que os militantes dos movimentos sociais participaram dos processos políticos através dos partidos de esquerda. E foi o fato da autogestão compor o programa destes partidos que possibilitou que o Estado assumisse e executasse as demandas do movimento.

Podemos ilustrar esse fato a partir de dois casos históricos emblemáticos, que consideramos como os mais avançados de autogestão da história: A Autogestão (Coletivización) realizada na Catalunha em 1936, durante a Guerra Civil Espanhola, e a experiência do Governo Allende da Unidade Popular no Chile entre 1970 e 1973. No primeiro caso, foi a partir da vitória da Frente Popular nas eleições de 1936, inclusive com o voto dos anarquistas da CNT, que se abriu um período histórico de acúmulo de forças do campo popular que permitiu a experiência mais significativa de autogestão no campo e na cidade que se têm noticia.

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