tribuna socialista

sexta-feira, julho 09, 2004

JORGE SAMPAIO DECIDIU CONTRA A VONTADE POPULAR!

A decisão de Jorge Sampaio de não convocar eleições gerais não tem nada a ver com uma decisão democrática. É também uma decisão que esquece o sentidodo voto que o elegeu por duas vezes. Jorge Sampaio esqueceu também a tradição republicana e tornou-se numa espécie de monarca da maioria parlamentar!

O próximo governo de Santana Lopes & Paulo Portas será um governo populista da direita e da extrema-direita sem legitimidade popular e democrática. O Partido Socialista deve seguir o caminho de uma oposição clara e sistemática, não só parlamentar mas sobretudo social!

Voltaram os tempos da exigência É PRECISO RESPEITAR A VONTADE POPULAR!

É preciso continuar a exigir ELEIÇÕES, JÁ! e aproveitar todos os próximos actos eleitorais para mostrar que o futuro governo PSD/CDS é um governo fantoche e sem apoio democrático.

O Partido Socialista, como principal partido das esquerdas, não deve ter receio de apelar à convergência das esquerdas contra as políticas anti-sociais do governo da direita. E não deve também ter qualquer receio de procurar nessa convergência, as bases para uma ALTERNATIVA DE ESQUERDA com políticas que motivem esperança e mobilização por parte dos trabalhadores e de todos os cidadãos que são massacrados pelas políticas neo-liberais.


É TEMPO TAMBÉM DE SE DEFENDER O PS COMO PARTIDO DE ESQUERDA E SOCIALISTA...

A demissão de Ferro Rodrigues representa um MURRO na mesa! Um murro na mesa contra a descaracterização da democracia e contra o desrespeito pela vontade popular. Mas também um murro na mesa contra a decisão de Jorge Sampaio que esqueceu quem o elegeu por duas vezes!

A decisão de Ferro Rodrigues representa, no entanto, um momento de preocupação quanto à evolução política do PS. Nomeadamente quanto à eleição do próximo secretário-geral do Partido Socialista. João Soares, José Lamego e António Vitorino não dão garantias de defenderem o PS como partido de esquerda, como partido socialista. São entidades que têm, nos últimos anos, representado muito mais jogos de interesses em vez de militantes empenhados em lutas políticas ou sociais!

É preciso que os militantes afirmem o PS como Partido de esquerda, como partido voltado para a intervenção social, como partido comprometido com a transformação democrática e socialista da sociedade!

Os próximos tempos serão de luta!

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