tribuna socialista

quinta-feira, agosto 03, 2006

CUBA : CASTRO SUCEDE A CASTRO ... POR ESCOLHA DE QUEM?


Não vamos comemorar a doença de Fidel de Castro, como fazem parte dos exilados cubanos em Miami ou como deverá fazer Bush na Casa Branca.

Também não desejamos "felicidades" ou "bom desempenho" ao irmão Raul de Fidel. Porque, de certeza, ou fará o mesmo ou mais do mesmo!

Também somos de opinião que a "democracia" que a União Europeia quer para Cuba, significaria a repetição política dos exemplos do Leste Europeu, depois da queda do Muro de Berlim e da União Soviética. O liberalismo não é aplicável em Cuba, sob pena de Cuba se tornar num sucedâneo, no século XXI, da ditadura de Baptista derrubada por Fidel.

O acesso dos cubanos a um sistema de saúde e à educação, os progressos económicos até ao momento do bloqueio norte-americano, só foram possíveis porque Cuba conseguiu, durante algum tempo, a introdução de medidas socialistas. O liberalismo teria, de certeza, agravado as carências de toda a ordem do povo cubano.

O problema de Cuba é sobretudo um problema político: os cubanos estão afastados de uma vida política democrática. E uma vida política democrática não tem de ser a cópia das democracias ocidentais. Porque estas democracias também mantêm as pessoas afastadas de uma participação activa e não são exemplo de vida mais digna!

O exemplo da sucessão de Castro por Castro é elucidativo da inexistência de uma participação democrática dos trabalhadores, dos jovens e dos cubanos em geral. A democracia em Cuba - falamos de uma democracia socialista que conciliasse formas directas activas com a representação plural no Parlamento - não pode ficar refém do controlo desse polvo policial formado pelas chamadas "forças de defesa cubanas".

Porque razão a substituição de Fidel não pôde ser préviamente (ou à posteriori!) discutidas nas fábricas, nos bairros, nas escolas, nas forças armadas, em toda a sociedade cubana, com a possíbilidade de se apresentarem candidaturas alternativas?

Será que uma participação política e cidadã mais activa dos cubanos, não contribuiria também para a consolidação de Cuba como país?

A substituição de Castro por Castro, de uma forma que nada tem a ver com uma verdadeira democracia socialista, pode contribuir para um ainda maior abafamento de todos os sectores da sociedade cubana e pode por em perigo o próprio futuro de Cuba como nação independente.Posted by Picasa

1 comentário:

Anónimo disse...

A quando das últimas noticias sobre o estado de saúde Del Comandante Fidel Castro, muitas das vozes anti-cubanas (leia-se capitalistas e neo-liberais) se levantaram para mais uma vez, tal qual videntes, preverem a morte do que para eles é um ditador cruel e consequentemente do regime que lidera.
Temos pena meus amigos, podem recolher os salgadinhos, os couverts, os papelinhos, os balões, as serpentinas e até o fogo de artificio....Fidel está para durar, por muito que isso vos custe!

Poderia acabar por aqui este meu texto mas para aqueles que andam menos informados, ou que não procuram a informação aqui vão alguns factos:

- Antes da revolução cubana, o analfabetismo atingia a esmagadora maioria da população. Hoje, nas faculdades de medicina cubanas estudam milhares de alunos do Terceiro Mundo, além dos 20 mil cubanos. Tudo isto sem gastarem um único centavo. O povo cubano é um povo culto e participativo Discute e intervém na vida política e social.

- Antes da revolução, a estimativa de vida em Cuba ao nascer, era de 59,6 anos e nos países desenvolvidos cerca de 66,1 anos. Actualmente, os nascidos em Cuba têm uma esperança de vida de 77. Há países em África, onde actualmente a esperança de vida ao nascer atinge apenas os 38 ou 39 anos.

- Antes da revolução, a taxa de mortalidade infantil, em Cuba, era de 118 para cada mil nados vivos. Dados de 23 de Julho de 2006, referem que a mortalidade infantil em Cuba foi de 5,56 para cada mil nados vivos.

- Posso falar também do bloqueio económico a Cuba que dura há 42 anos, bloqueio este imposto pelos E.U.A., da dificuldade das relações comerciais com outros países e da dificuldade de aquisição de bens essenciais.

- Por fim vamos as famosas Eleições. Em Cuba existem eleições para as Assembleias Municipais de Poder Popular (democracia directa) de dois em dois anos. Cada pessoa do bairro ou da localidade vota no seu representante. Aquele ou aquela que ali vive e viverá, leva para o poder central as demandas, as opiniões e os anseios da população daquele lugar. Nesse tipo de eleição, o protagonista é o povo, o voto é secreto, livre e o escrutínio é público. Quem trata das urnas são as crianças, algo singular neste mundo.Segundo a lei cubana, uma localidade precisa ter sempre mais de um candidato. Não há eleições com candidatos únicos. Para se eleger o candidato ou candidata precisa-se alcançar mais de 50% dos votos. Depois, os eleitos precisam prestar contas periodicamente aos seus eleitores e podem ter seus mandatos revogados a qualquer momento se o povo assim decidir.Outra coisa interessante no processo cubano é que os delegados eleitos para as Assembleias de Poder Popular não recebem nada por isso.

Esta é a verdade que é escondida, sabe-se lá porquê, pelos meios de comunicação social ao serviço dos estados capitalistas, mas meus amigos quando a informação não chega até nós, temos o dever de ir procura-la! Foi o que eu fiz!

CUBA SIM! BLOQUEIO NÃO!
VIVA FIDEL E A REVOLUÇÃO!