"Em 17 anos de regime contam-se três mil mortos por razões políticas, (os corpos de mil nunca foram encontrados), 200 mil exilados e milhares de torturados nas prisões do general." (in SIC online)Augusto Pinochet teve tempo para falecer hoje num hospital militar, em Santiago do Chile.
Este ditador imposto pelas armas e pela vontade imperial norte-americana contra a vontade popular dos chilenos nunca foi verdadeiramente julgado pelos seus crimes. Até teve tempo para morrer no meio de cuidados médicos, nos quais se escudou, anos após anos, para não ter de enfrentar a justiça. Diga-se também que a justiça que o pretendia julgar, também nunca revelou grande vontade para o fazer.
Os milhares de mortos, desaparecidos e exilados do tempo da ditadura que Pinochet liderou, ainda aí estão como testemunho pela vida, pelos direitos humanos, pelo direito de exercer e viver democracia. A memória não se apaga!
Preferimos recordar Allende, exibindo uma das suas fotografias, no momento em que Pinochet morreu.
1 comentário:
Foi apenas a morte de alguém que nunca devia ter nascido, que marcou negativamente a história com um passado de morte, tortura, perseguição, opressão...
Quem viu o "chove em santiago" como eu vi quando era ainda adolescente, fica para sempre marcado e não tem adjectivos para caracterizar um sanguinário desta espécie.
Fica efectivamente o trago amargo de não ter sido condenado pela justiça como a história da humanidade assim o exigia.
Decidi não abordar o tema no meu blog por desprezo à figura e em homenagem às suas vítimas. Felicito-te pela forma como o abordaste.
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