tribuna socialista

quinta-feira, junho 24, 2010

GREVE NACIONAL EM FRANÇA CONTRA O AUMENTO DA IDADE DE REFORMA


Os trabalhadores franceses voltam hoje a manifestar-se contra as políticas neo-liberais dos governos da União Europeia. Hoje contestam o aumento da idade de reforma para os 62 anos.


Os planos de Sarkozy não são exclusivos para os franceses. Tal como os planos de Sócrates não são exclusivos para os portugueses. Em França, em Portugal, na Alemanha, na Grécia, em Espanha, em Itália, as políticas ditas de ataque à crise, têm, todas elas, a mesma matriz, a mesma orientação. São definidas por uma União Europeia que existe à margem da vontade democrática e da participação dos europeus.


As actuais politicas europeias e as suas ramificações nacionais, não são o único, nem sequer o caminho, para se combater uma crise que tem a sua origem na consequência de políticas neo-liberais e de ditadura do mercado impostas durante anos e anos.


Existem outros caminhos para se sair da crise! E por esses caminhos tem de passar a vontade democrática e a participação de todos os europeus. Os actuais governos europeus estão diáriamente a demonstrar a sua incapacidade para resolver o que quer que seja no interesse social dos europeus.


As esquerdas, principalmente aquelas que possuem uma perspectiva anti-capitalista e socialista, têm uma responsabilidade enorme! A responsabilidade de definirem uma alternativa política aceite por todo o movimento social e laboral europeu que tem protestado em cada espaço nacional. Mas têm também uma outra importante responsabilidade: incluirem nessa alternativa política de dimensão europeia, a refundação da Europa num sentido democrático e social, com a eleição democrática e universal de uma Constituinte europeia!


A existência de um espaço europeu único e de uma moeda única europeia é uma conquista que as esquerdas devem incorporar num programa de democracia, de pluralismo, de socialismo e de capacidade de definição de um outro modelo económico, onde as diversas formas de capitalismo sejam erradicadas e substituidas por um planeamento democrático de experiências de economia social, de acção cooperativa, de autogestão e até co-gestão em unidades económicas de grande dimensão.

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