tribuna socialista

quinta-feira, julho 14, 2005

PS LISBOA E PORTO: CANDIDATURAS DA BUROCRACIA LIBERAL DO PARTIDO!

Carrilho em Lisboa e Assis no Porto são dois exemplos de candidaturas da burocracia liberal do aparelho do PS. Podem ter alguma influência no aparelho partidário, mas não são candidaturas que provoquem qualquer onda popular (entre os próprios militantes socialistas e muito menos fora do PS!) que possa prolongar a vontade de mudança expressa em 21 de Fevereiro último.

Carrilho e Assis não emergem como candidaturas que representem a vontade democrática dos militantes socialistas. Se assim fosse, poderiam ter aspirações populares fora do PS. Mas não! São candidaturas que, mais não são, que o resultado de jogos de somar e de subtrair entre os diversos lobbies (não confundir com correntes ou tendências políticas...) do aparelho e da burocracia do PS de Sócrates.

O alarme que suou no PS Porto a propósito de uma sondagem que atribuia uns míseros 29% aos socialistas contra 55% da coligação de direita de Rui Rio, teve, da parte da direcção da Federação Distrital do Porto, uma resposta digna de uma candidatura de burocratas: convocaram uma reunião de dirigentes federativos e de dirigentes das secções ... Ora, são dirigentes que já só se representam a si, visto que Jorge Coelho e a direcção do PS resolveram adiar as eleições das estruturas de base para depois das eleições autarquicas (ou será só para depois das presidenciais?). Mais uma vez, os militantes não são ouvidos ... só terão o direito de votar nas autárquicas em qualquer solução cozinhada pela actual direcção! Porque é que Assis não convocou uma reunião distrital de militantes ou até um comício?

E sobre decisões à revelia dos militantes e das bases socialistas, convém não esquecer o que se continua a passar em Matosinhos. O PS é o partido que ainda não tem candidato ... os militantes como que estão obrigados a esperar pela decisão de Jorge Coelho ... qualquer que ela seja!!

A direcção do PS sabe muito bem qual a opinião de um número crescente de militantes sobre a política liberal e de direita do governo Sócrates e também sobre a vida anti-democrática que se vive no interior do Partido. Daí o receio, o medo, que têm dos militantes.

A direcção Sócrates do PS continua a dar tiros não só nos pés, como também nas mãos!!! ... E o que é pior, continua o desfiguramento político e ideológico de um Partido com uma direcção que tem medo da palavra "socialista" da sigla partidária ...

1 comentário:

Joao Morais disse...

Um post interessante mas notei alguma "revolta", não consigo percerber o motivo pelo qual a escolha do Francisco Assis é criticada, será que a escolha racional de um candidato deve ser feita em função das sondagens ou do seu valor pessoal?
Se não queremos fazer da politica um "reality show" temos de analisar curriculum em vez de imagem mediatica.
Parabens pelo blog
um abraço
JM