
Socialismo libertário, eco-socialismo, para uma alternativa democrática, socialista e anti-capitalista com dimensão internacional!
quarta-feira, novembro 11, 2009
POR UMA BANCA SOCIALIZADA E DEMOCRÁTICA: um excelente trabalho para reflexão!

segunda-feira, novembro 09, 2009
UM DOSSIER, SOBRE A QUEDA DO MURO, A VISITAR!
Na apresentação do dossier preparado, consta o seguinte:
"Há vinte anos, o mundo assistia à queda do Muro de Berlim e à explosão de alegria de um povo em busca da liberdade. Veja neste dossier os factos e as cronologias, vídeos e fotogalerias de Berlim e dos grafittis no Muro; as histórias de repressão e espionagem; a opinião e as memórias de António Avelãs, Natércia Coimbra, Mário Tomé e Francisco Louçã; o relato de dez meses que abalaram o Leste, por Carlos Santos Pereira; e saiba onde estão os outros muros que falta derrubar."
A VISITAR QUE VALE MESMO A PENA!
Earth Song - Michael Jackson : tudo é importante para uma consciência ambiental ACTIVA!
Não gosto do intérprete mas o tema e o filme valem a pena.
Até porque nos EUA nunca foi editado
O Detalhe: "Earth Song" nunca foi lançada como single nos Estados Unidos, historicamente o maior poluidor do planeta. Por isso a maioria de nós nunca teve acesso ao clip.
Filmado na Africa, Amazonia, Croácia e New York.
Emocionante!
(Este foi o texto do mail que foi recebido!)
O MURO DE BERLIM: RELATOS ...

Adeus, Lenine - Um filme a (re)ver a propósito dos 20 anos da queda do Muro
Um filme cheio de humanidade e sensibilidade que deve ser visto e/ou revisto. Também tem a ver com a queda do Muro de Berlim!
MURO DE BERLIM: 20 ANOS DEPOIS ...

Os oposicionistas ao regimes burocráticos e totalitários do Leste, não eram, todos eles, apologistas do sistema capitalista. Muitos, em número muito significativo, definiam-se como socialistas, alguns como comunistas. Para o dito "socialismo" do Leste, pediam democracia, pediam liberdade, pediam direito ao pluralismo e à liberdade de imprensa. Pediam também que a planificação económica deixasse de ser decidida pela nomenclatura e voltasse ao poder democrático dos trabalhadores.
O que existia a Leste, mostrava que o socialismo não pode existir como se fosse uma fortaleza fechada do resto do Planeta. O socialismo precisa de influenciar, precisa de confrontar em liberdade e em democracia!
O que existia a Leste também convinha às democracias liberais do Ocidente. Identificar o Leste com o "papão comunista" dava muito jeito a quem precisa também desse "argumento" para perpetuar um sistema que oferece desemprego em liberdade, exploração em liberdade, miséria em liberdade, e, um conceito de liberdade que acaba sempre por beneficiar os que mais possuem em detrimento dos que precisam de trabalhar, muitas vezes, para sobreviver!
O socialismo precisa de liberdade e de democracia como o corpo humano precisa de oxigénio. Tal como é sempre vital que a liberdade seja sempre a liberdade de pensar e agir de maneira diferente!
20 anos depois da queda do Muro, os que viveram a imposição do Muro a Leste e a Oeste, sabem, sentem, que a conquista da liberdade não chegou, só por si! Talvez faça todo o sentido lembrar slogans, cheios de sentido, que clamavam por "nem socialismo sem liberdade, nem liberdade sem socialismo".
Só por si, a liberdade não dá justiça, embora seja vital para se poder lutar por mais justiça social e mais justiça na economia!
20 anos depois da queda de um Muro injusto, totalitário, repressivo, inumano, vivemos, em liberdade, uma terrível crise económica e financeira com consequências desastrosas no plano social, mas também, no exercício das próprias liberdades democráticas. Os episódios sucedem-se quanto a exemplos que evidenciam que o capitalismo aprendeu muito com as práticas totalitárias dos antigos regimes de Leste!
20 anos depois da queda do Muro em Berlim é urgente defendermos a liberdade, defendermos a democracia para podermos prosseguir com uma luta internacional pelo socialismo, enquanto sociedade de justiça social, de liberdades, de democracia, de participação livre e generalizada!
segunda-feira, novembro 02, 2009
UM ANO DEPOIS DO INICIO DO CASO BPN: TUDO NA MESMA E ASSIM SERÁ ...

O caso BPN exibe bem as diferenças entre os sistemas assentes no exercício das supervisões/regulações bancárias e os sistemas assentes no controlo democrático e transparente por parte dos trabalhadores dos sectores económico-financeiros envolvidos. Propositadamente incluímos as "nacionalizações" nas supervisões. Porquê? Porque as "nacionalizações", quase sempre, convertem-se em estatizações que aplicam ao que é nacionalizado, a qualidade de quem nacionaliza e/ou supervisiona. Por exemplo: o que é que aconteceu com a "nacionalização" do BPN? Quais as garantias de transparencia e de luta contra a corrupção que pode dar um aparelho de Estado, todo ele, dominado pela influência de lobbies, de jogos de interesse, de inexistência de controlo democrático?
O caso BPN foi a expressão nacional da crise que invadiu o sistema financeiro capitalista internacional. No entanto, passado um ano e depois de uma quase mão cheia de casos levados à justiça (!), o que é que mudou ? Ou melhor, será que alguma coisa poderia ter mudado, quando os protagonistas da "justiça" acabam por ser os mesmos a quem era aplicada a "justiça"? E outra questão também é pertinente: que "justiça" é esta que existe à margem das democracias, que não é controlada por ninguém e que vai sobrevivendo numa total opacidade ?
O caso BPN exibe e bem a qualidade da nossa democracia: o que sucederia se os cidadãos pudessem participar democrática e espontaneamente em todos os níveis da sociedade? O que sucederia se os trabalhadores em cada empresa (pública, privada e social) tivessem acesso e voto na matéria, quanto à gestão e aos actos de gestão? É aqui que está a verdadeira questão e não em "nacionalizações" que significam dar de novo à raposa, armas para voltar a guardar o galinheiro de onde tinha sido expulsa ....
sexta-feira, outubro 23, 2009
Menina dos meus Olhos - José Mario Branco
Enviado por um Amigo e Camarada, esta peça está plena de actualidade ... é melhor ouvir!
quarta-feira, outubro 21, 2009
DESCOBRIR O CAMINHO DA ALTERNATIVA SOCIALISTA DE PODER - uma reflexão da Esquerda Nova, corrente de opinião no Bloco de Esquerda



A Esquerda Nova assume-se como uma corrente com opinião própria dentro do Bloco. Tem um portal, edita um boletim aperiódico "Objectivo: Socialismo!" e apresentou listas candidatas à Mesa Nacional do BE, nas duas últimas convenções nacionais. É uma corrente que se afirma claramente da esquerda socialista.
Na sequência dos últimos três actos eleitorais - europeias, legislativas e autarquias - apresentou uma reflexão escrita "DESCOBRIR O CAMINHO DA ALTERNATIVA SOCIALISTA DE PODER". É uma reflexão que merece chegar a todas e a todos os que procuram uma esquerda socialista que tenha a ambição política de querer contribuir para uma alternativa de poder com políticas e programas socialistas, a partir da intervenção nas lutas sociais ! Uma alternativa que dê corpo à maioria social de esquerda que existe, mas que nunca teve expressão política!
quarta-feira, outubro 14, 2009
DEPOIS DAS AUTARQUICAS: AFINAL O QUE É ISSO DE ESQUERDAS ?

afinal o que vale uma maioria social de esquerda se essa maioria nunca tem expressão política ?
Nas autarquias, as esquerdas continuam em maioria em relação à direita! Mas porque as direcções partidárias continuam com os seus problemazinhos subjectivos, a maioria dos eleitores de esquerda têm de recorrer ao chamado "voto útil" para evitar que a direita e/ou o populismo triunfe.
Continuou a ser assim, nos principais centros urbanos do País. Por isto, o Bloco de Esquerda e a CDU foram fortemente penalizados!
Quem vota à esquerda - e aqui considera-se esquerda, o PS, o BE, a CDU e o PCTP, por exemplo! - tem sempre um sentido político muito mais apurado e muito mais prático que os meandros dos raciocinios dos dirigentes dos principais partidos de esquerda!
A gente das esquerdas sabe o que tem de fazer quando está em causa a sua própria vida: no dia-a-dia unem-se nas lutas sociais, na altura de votar, não esperam que as direcções partidárias resolvam ou não unir-se, unem-se eles mesmo, concentrando o voto na esquerda que mais depressa garante que a direita não chega ao poder!
Este sentido prático (que nem sempre resulta, infelizmente!) deveria estar presente em todas as estruturas partidárias das esquerdas, para que algo mudasse! E mudasse com a criação de condições para dar expressão política à maioria social de esquerda!
É completamente absurdo, como algumas mentes sectárias teimam em repetir à esquerda, que a unidade das esquerdas não se concretize porque uns entendem que só pertence a outros o monopólio das "cedências à direita" ou das políticas que "não são verdadeiramente de esquerda"!
Não há nenhuma corrente de esquerda que esteja, em pleno século XXI, "pura" ou "limpa" quanto a erros, maiores ou menores, cometidos. Este também seria um bom ponto de partida para se mudar a cultura de diálogo à esquerda!
quarta-feira, setembro 30, 2009
CAVACO SILVA vs GOVERNO: UM SINTOMA DO ESTADO NOS NOSSOS DIAS ...
Mas também não interessa muito tentar descobrir o sumo desta questão. Acabam por ser meras tricas entre políticos que estão esclerosados por anos e anos de joguetes e joguinhos em todo o aparelho de Estado.
Por isto, é que este aparelho de Estado nunca pode representar qualquer interesse verdadeiramente público. Os Estados no século XXI já não são meras representações classistas, mas tendem a tornar-se como uma espécie de realidade dentro da realidade mais geral. São uma imensa máquina burocrática que escapa a qualquer controlo democrático e social. Os actuais Estados reproduzem o secretismo e a opacidade das grandes empresas. Decorre daqui a guerra - que muita gente não percebe, nem perde tempo a perceber! - entre o Presidente e o Governo.
Esta guerra entre duas cabeças do Estado, dá para entender como a democracia tem ficado à margem de todo o aparelho de Estado. Interrogamo-nos mesmo o que teria de acontecer a este Estado se houvesse um esforço social pela sua democratização?!
segunda-feira, setembro 28, 2009
COMEÇA UM NOVO DIA PARA A ESQUERDA PORTUGUESA: NADA SERÁ COMO DANTES" Francisco Louçã. citado pelo Público

quarta-feira, setembro 23, 2009
DIA 27 DE SETEMBRO, DOMINGO: VOTAR BLOCO DE ESQUERDA PARA REFORÇO DAS ESQUERDAS, PARA OUTRAS POLÍTICAS DEMOCRÁTICAS E SOCIALISTAS!


domingo, setembro 20, 2009
O PORTA-VOZ DO PS CONTRA A TRADIÇÃO PROGRAMÁTICA DO PS ...

sábado, setembro 19, 2009
"GOVERNO DA ESQUERDA POSSÍVEL", disse Alegre em Coimbra ... O QUE É ISSO ?

Sócrates aproveitou a presença e o apoio de Alegre, para falar sobre a "unidade" do "seu" PS e para apresentar as políticas governamentais dos últimos quatro anos como "politicas de esquerda".
Alegre falou de um coisa indefinida que é "um governo da esquerda possível" como forma de "barrar" o caminho à direita.
Manuel Alegre entrou agora numa espécie de jogo de palavras para colorir de "esquerda" o que foi de direita nos últimos quatro anos. Alegre bate na direita, elege o Serviço Nacional de Saúde como uma diferença face à direita, mas é incapaz de dizer quais são as políticas de esquerda que no seu entender o tal governo da "esquerda possível" poderia implementar !
O grande desafio para este PS de consumo eleitoral não é bater na direita. Isso é fácil ! O que toda a gente espera é que o PS diga quais as "políticas de esquerda" que aplicará nos próximos quatro anos, se for governo. E também o que fará se for governo minoritário no quadro de uma maioria parlamentar de esquerda. Ou o que fará se o PSD ganhar, havendo uma maioria perlamentar de esquerda.
Tudo o resto é ... propaganda eleitoral fácil, populista e ilusória!
Há também uma outra questão importante. É certo que cabe aos militantes do PS decidir quem deve ser o seu secretário-geral. Mas é politicamente importante saber o que farão os militantes do PS em relação a Sócrates se o PS perder as legislativas, depois de já ter perdido as europeias. Quais são as responsabilidades políticas que pedirão a Sócrates e à sua direcção partidária e quais as consequências políticas que o próprio Sócrates tirará!
MAIS OUTRA SONDAGEM ...
A responsabilidade desta sondagem pertence a outra entidade, mas o cenário continua a apontar para o mesmo:
- nenhuma maioria absoluta de um só partido;
- alguma maioria da direita? nem pouco mais ou menos!...
- maioria de esquerda? vejam quanto podem somar os deputados projectados do PS, da CDU e do Bloco de Esquerda!
Ou seja, HÁ uma maioria social de esquerda que precisa de uma tradução política para um governo com OUTRAS políticas e OUTRO programa!
Os militantes do PS, a confirmar-se nas urnas, o que estas sondagens têm expressado, precisam de saber tirar conclusões óbvias e objectivas!
quinta-feira, setembro 17, 2009
MAIS UMA SONDAGEM: TUDO NA MESMA ... MAIORIA SOCIAL DE ESQUERDA !

Mas essa maioria social de esquerda precisa de uma correspondência política. Ainda por cima, perante a quebra do PSD !
quarta-feira, setembro 16, 2009
EUROPA : E OS EXEMPLOS SUCEDEM-SE SOBRE O "CENTRÃO" ...

sábado, setembro 12, 2009
O CENTRÃO ESTEVE EM EXPOSIÇÃO !

O debate de ontem (sábado) entre Sócrates e Ferreira Leite foi uma oportunidade.
Políticas para o futuro ... pouco ou nada falaram! Ambos preferiram confrontar as políticas dos governos de cada um ... como se um fosse alternativa ao outro e vice-versa.
Este debate também não foi um debate igual aos outros: foi apresentado como o "mais importante" e até teve mais tempo que os outros! A democracia da era do liberalismo é também isto: formalismo e faz de conta!
Às eleições de 27 de Setembro, não concorrem sómente os actuais partidos parlamentares. Mas quem viu os debates, parece que serão sómente esses partidos a concorrer e a submenter-se ao voto popular... O "Público" de hoje (domingo, 13 de Setembro) incluia um artigo sobre os "outros" partidos concorrentes, sem assento parlamentar, a que chamava a "2ª divisão" ...
José e Manuela, o Sócrates e a Ferreira Leite, por seu lado, também não se cansam de repetir que a escolha é ... entre eles os dois!
Felizmente que não é assim ...
sexta-feira, setembro 11, 2009
11 DE SETEMBRO: EXEMPLOS DE TERRORISMOS ...


SONDAGEM : HÁ OU NÃO UMA MAIORIA SOCIAL DE ESQUERDA? O QUE FAZER, ENTÃO?

Mais uma sondagem, mais uma
demonstração de dois factos evidentes:
Ninguém consegue a maioria absoluta;
Há uma clara maioria social de esquerda.
A não existência de condições para uma qualquer maioria absoluta de um só partido, é um dado importante, dado que qualquer solução tem de passar pelo diálogo inter-partidário. Diálogo à esquerda, como à direita, os partidos mais votados, já declararam que estão dispostos a dialogar.
À esquerda, não obstante a aparente posição intransigente de cada partido para estabelecerem qualquer diálogo pós-eleitoral, entre si, o certo é que as direcções desses partidos terão que explicar porque
é que uma maioria social de esquerda, que existe, não pode ter uma expressão política para uma alternativa de governo.
Uma alternativa de governo à esquerda não tem de reeditar as mesmas políticas do actual governo sócrates. Políticas que vão ser penalizadas nas eleições, retirando o eleitorado a maioria absoluta ao PS. À esquerda o enorme desafio seria a possibilidade dos principais partidos - PS, Bloco e PCP - discutirem séria e humildemente entre um programa de novas políticas - democráticas e socialistas - para um governo de esquerda!
Quem vota PS, quem vota Bloco de Esquerda, quem vota PCP ou quem vota noutros partidos de esquerda mais pequenos tem decerto, motivações diferentes. Mas haverá em todos esses eleitores, uma vontade comum: impedir que a direita volte ao poder, impedir que a direita volta a impor as suas políticas! Esta não é uma vontade pequena ... é um bom ponto de partida para que o diálogo à esquerda se possa iniciar de uma forma consequente e objectiva!
(a imagem foi retirada do portal do Jornal de Notícias)
quarta-feira, setembro 09, 2009
SOCIALISMO É SÓ "ANTI-CAPITALISMO" ?

terça-feira, setembro 08, 2009
LOUÇÃ AO PÚBLICO: algumas reflexões sobre a "maioria de esquerda" do BE

Parece-nos que, desta vez, Francisco Louçã não é muito claro no que diz respeito à definição da "maioria de esquerda" que o Bloco pretende para integrar como governo.
Percebemos que há um processo de recomposição à esquerda. Percebemos também que, nesse processo, o PS poderá não resistir à saída de um importante sector dos seus militantes. Mas o mesmo pode suceder ao próprio Bloco de Esquerda e ao PCP.
Trata-se de um processo que tem muito a ver com a redefinição e reagrupamento do sector da esquerda socialista. Alguns passos já aconteceram em países como a Alemanha (Die Lienke) e França (Parti de Gauche e NPA).
Só que é um processo lento e Francisco Louçã, parece que, às vezes, avança com perspectivas que já parecem balanços e certezas.
A realidade que hoje temos é ainda muito diferente. Quer gostemos ou não, uma maioria de esquerda tem, incontornávelmente, de contar com o PS que temos e com o PCP que temos.
O grande desafio que o Bloco de Esquerda deveria liderar, na nossa opinião, seria um constante apelo a que as esquerdas soubessem discutir entre si, um programa de governo com políticas democráticas e de inequivoco sentido socialista. Louçã, nesta entrevista do Público, prefere avançar já para um cenário que pressuporia, desde já, o esfrangalhamento do PS e até do PCP.
Fixemos esta parte da entrevista, sobre o PS:
Pergunta: O PS de Sócrates é então igual ao de Ferro Rodrigues.
Resposta: Não, têm políticas diferentes. Mas como se percebeu Ferro Rodrigues não tinha qualquer peso do PS que fosse determinante. José Sócrates é o PS.
É completamente errada a afirmação de que "José Sócrates é o PS". Pelo PS ainda estão, para citar os mais conhecidos, Manuel Alegre, a sua corrente de "Opinião Socialista" e a corrente "Esquerda Socialista". Mas também devem lá estar um número considerável de militantes que por lá ficam, porque não encontram, para já, na cena política portuguesa, qualquer alternativa ao "seu" PS. Apesar de também não se identificarem com a direcção de Sócrates.
Francisco Louçã assim, só influencia negativamente qualquer reorganização - que é necessária e urgente! - do espaço da esquerda socialista em Portugal.
Mesmo relativamente a Manuel Alegre, parece que existe alguma obsessão por uma personalidade de teve (!) um milhão de votos, mas que agora, pelo percurso que entretanto já teve, muito dificilmente os voltaria a conquistar. Ora Manuel Alegre até representa uma esquerda do PS que nem está representada na direcção do PS. Quem desenvolve algum trabalho militante no seio do PS, com posições à esquerda, tem sido a corrente "Esquerda Socialista" que até elegeu, no último Congresso PS, alguns membros para a Comissão Nacional.
Louçã não pode falar do PS como se o PS fosse o seu Bloco. O PS tem os seus militantes e cabe aos seus militantes mudarem o que conseguirem mudar. Mesmo que essa mudança não se faça ao ritmo que Louçã queira.
A paciência eterna (!) que Louçã demonstra para Alegre, deveria ser a mesma que deveria mostrar para com os militantes do PS. Militantes que não são todos pró-Sócrates, como se viu nas mobilizações dos professores, por exemplo.
Qualquer pessoa que queira mudar de políticas, que queira outro governo para Portugal, ficará um tanto ou quanto confusa com a entrevista de Louçã, no que diz respeito à definição da "maioria de esquerda". Porque o Bloco, a partir do momento que edita um programa de governo e fala em "maioria de esquerda" para governar, tem de ser mais claro quanto à definição dessa maioria. As pessoas votam no que existe e não no que seria melhor existir! E é no que existe que devem ser encontradas alternativas que mobilizem as pessoas para outro governo e outras políticas.
João Pedro Freire
segunda-feira, setembro 07, 2009
Waterboys This is the Sea
É uma pausa ... para recordar e ... sentir! ... uma peça dos Waterboys que, em tempos, me fez voar! ... literalmente!!!
Esta memória ... também é VIDA!
quarta-feira, setembro 02, 2009
DEBATES TELEVISIVOS: DE ENCENAÇÃO EM ENCENAÇÃO ENTRE OS PARTIDOS DO "ARCO GOVERNATIVO"...

domingo, agosto 30, 2009
Professores na rua durante a campanha eleitoral ...

A iniciativa pertence a associações independentes de professores e revelam contra quem estarão, mas não a favor de quem estarão ...
Os professores têm razão na luta que travaram contra o governo de José Sócrates. No entanto, correm o risco de a perder se enveredarem por objectivos como aquele que parece estar a ser definido pelas "associações independentes".
Será que tudo o que for contra José Sócrates serve, só porque é contra o actual primeiro-ministro?
sábado, agosto 29, 2009
A OUTRA ESQUERDA ... opinião de Nuno Cardoso da Silva
TRIBUNA SOCIALISTA edita-o, numa perspectiva de provocar debate.
Fica, no entanto, claro que a opinião do TRIBUNA SOCIALISTA é radicalmente diferente das posições defendidas por aquele partido. Não somos "marxistas-leninistas", somos anti-estalinistas, somos libertários, temos uma concepção de socialismo que está nos antipodas da concepção que o MRPP ainda parece defender ... pelo menos, não temos conhecimento de nenhuma (auto) critica relativamente ao modelo chinês, não só o actual, mas também o que vigorou com Mao Tse-Tung.
João Pedro Freire
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A OUTRA ESQUERDA: O PCTP/MRPP (*)
Numa sociedade em crise, num clima de exclusão social e de pobreza crescentes, só a esquerda manifesta preocupação e vontade de corrigir esses desvios. A direita é essencialmente darwinista, glorifica o confronto e o sucesso dos mais fortes, despreza todos aqueles que parecem nada ter a contribuir do ponto de vista estritamente produtivo.
Só que esquerdas há muitas. Ou, pelo menos, há muitos que se dizem de esquerda, defendendo as coisas mais díspares. Optar pela “esquerda” é assim mais difícil do que parece. A esquerda é o Partido Socialista? É o Bloco de Esquerda? É o Partido Comunista Português? Ou será talvez um PCTP/MRPP, do qual as pessoas gostam de fazer troça, baseada em opções em tempos feitas?
O PCTP/MRPP classifica-se a si próprio de marxista-leninista, e há no seu seio ainda quem venere Estaline e Mao, embora em número cada vez menor. O MRPP teve uma influência significativa imediatamente após o 25 de Abril, altura em que nele militavam pessoas como Durão Barroso, Ana Gomes, Saldanha Sanches, Fernando Rosas, e tantos outros que depois foram aterrar noutros partidos. A postura fortemente crítica do MRPP relativamente ao PCP – ao qual apelidavam de “social-fascista” – esteve certamente na origem da proibição do MRPP concorrer às eleições, o que levou ao seu declínio a prazo. Com efeito, num clima ainda pré-democrático, com um eleitorado ainda não fixado em opções partidárias, impedir o MRPP de concorrer às eleições era obrigar a maioria dos que nele iriam votar a fazer outras opções que, com o tempo, se foram consolidando. Ao fim de alguns anos, o eleitorado potencial do MRPP tinha-se fixado noutras opções, e o MRPP deixou de ser uma ameaça aos partidos situacionistas (os que tinham sido aprovados pelo MFA).
No entanto o MRPP sobreviveu, adoptou o nome de Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP) e, sem perder o seu cariz marxista-leninista, foi aceitando o princípio do pluralismo democrático, tornou-se mais tolerante das opiniões diversas, e tornou-se num partido respeitador dos princípios democráticos, sem no entanto abandonar completamente o vocabulário mais revolucionário. A ditadura do proletariado já só é figura de retórica, e pouco se distingue do princípio geralmente aceite do governo da maioria.
Havendo tantas alternativas de esquerda, então porquê votar num PCTP/MRPP que ainda não conseguiu eleger um só deputado, embora o número crescente de votos que tem vindo a conquistar anunciem um próximo sucesso, talvez já em Setembro, em Lisboa?
A falência clara do sistema capitalista – apesar das tentativas para nos fazer acreditar que a actual crise não é estrutural, mas conjuntural -, aconselha a que se abandone esse sistema perverso e se opte por um sistema realmente socialista, embora bem distante do centralismo soviético. As próximas eleições deveriam dar um sinal claro nesse sentido. O problema está em que os partidos ditos de esquerda, com assento parlamentar, se foram habituando a conviver com o modelo capitalista, que já não põem em causa, e que apenas querem humanizar. Erro táctico capital. O capitalismo não pode ser humanizado, porque ele se baseia numa concorrência feroz que só beneficia os mais fortes. A sacrossanta eficiência produtiva é construída à custa da exploração de quem trabalha, e isso é inaceitável. A justiça social exige alguma perda de eficiência produtiva, no sentido de que não pode ser construída à custa da redução dos salários reais. E esta é, no entanto, um dos principais instrumentos do capitalismo agonizante.
Só o PCTP/MRPP demonstrou que não pactua com um sistema intrinsecamente injusto. O PCTP/MRPP não se satisfaz com um capitalismo de rosto humano, quer um socialismo construído na socialização dos meios de produção, mas sem centralismo estatal, sem constrangimento da liberdade de produzir, sem violação dos princípios democráticos. É evidente que uma transformação deste tipo exigiria uma ruptura com o actual sistema, mas sempre apoiada na vontade maioritária do povo português.
Eleger um deputado do PCTP/MRPP não vai permitir essa ruptura a curto prazo, mas permitiria uma intervenção política ao mesmo tempo crítica e pedagógica, que tornasse mais difícil ao próximo governo continuar a enganar os portugueses, e os fosse esclarecendo quanto às alternativas ao actual sistema de injustiça e exploração.
(*) Nuno Cardoso da Silva
PSD: a mesma tralha com mais do mesmo de sempre!

quarta-feira, agosto 26, 2009
FRANCISCO LOUÇÃ: ENTREVISTA A LER NO JORNAL DE NEGÓCIOS DE HOJE!

De uma forma geral, as posições de Francisco Louçã são muito claras e objectivas relativamente ao sentido das políticas propostas pelo Bloco de Esquerda. São claras e propiciam condições de um debate sério não só à esquerda , mas também no plano nacional.
Um único comentário mais critico, voltamos a fazer no que diz respeito aos cenários pós-eleições.
É hoje um dado, mais ou menos, aceite por todos os quadrantes que as próximas eleições legislativas não darão uma maioria absoluta ao PS nem a nenhum outro partido.
Partilhamos também a oposição a qualquer aliança com o PS de José Sócrates, o responsável pelo estendal de políticas neo-liberais e de submissão aos lobbies económico-financeiros desenvolvidas nos últimos quatro anos.
Mas numa perspectiva de esquerda, o Bloco, na nossa opinião, deveria assumir uma posição clara de defesa de uma alternativa de governo de esquerda, apelando à convergência entre socialistas, comunistas e todos os que querem outras políticas. Não se trata de um mero somatório de deputados da nova Assembleia da Republica para uma "maioria parlamentar de esquerda", mas antes, uma consequência de uma maioria social de esquerda que exige outras políticas de sentido inequivoco democrático e socialista.Há uma imensidão de pessoas que têm sofrido os efeitos da crise e que não compreendem porque é que a direita se une e as esquerdas passam a vida a falar cada uma para seu lado, cada qual, falando numa "alternativa" que ninguém vê explicada, nem que tem qualquer tradução em políticas que combatam eficazmente o desemprego, a precariedade e que qualifiquem a democracia e os serviços públicos.
TED KENNEDY : MORREU UM DEMOCRATA !

segunda-feira, agosto 24, 2009
QUAL A ALTERNATIVA À ESQUERDA ?

quarta-feira, agosto 19, 2009
ESTABILIDADE: UM EXEMPLO DO QUE É CAPAZ O CENTRÃO!
segunda-feira, agosto 17, 2009
COMO REAGIR, À ESQUERDA, A UM CENÁRIO PÓS-ELEITORAL SEM MAIORIA ABSOLUTA ?

Antes de mais, essas intervenções de dirigentes do PS, são mais um sintoma de que já nem o PS acredita na reedição de uma maioria absoluta.
Ora um cenário de triunfo do PS sem maioria absoluta num quadro parlamentar e social de maioria das esquerdas, obriga TODAS as esquerdas a reflectir sobre qual a melhor solução. Porque, desta forma, a actual direcção sócratica não estará em condições de repetir as políticas neo-liberais e de direita dos últimos quatro anos, a não ser que surjam alianças pontuais ou duradouras com o PSD e o CDS ou só com um ou com outro. Não andaremos muito longe da verdade, se concluirmos também que a maioria da base militante do PS não apoiaria mais quatro anos de políticas governamentais de direita.
É compreensível e até correcto que tanto o Bloco como o PCP, rejeitem qualquer aliança com o PS tendo em conta as políticas que foram desenvolvidas pelo governo Sócrates. Essas políticas são e serão insustentáveis numa perspectiva de um governo que queiram dar uma outra dinâmica ao País. Uma dinâmica mais democrática, mais socialista e radicalmente anti-neo-liberal.
Mas o PS é muito mais que a sua direcção Sócrates. É sintomática e até relevante, que as esquerdas do PS se movimentem, cada vez, com mais ruído e visibilidade. Ignorar este dado, continuando a emitir posições como as que têm sido dadas pelo BE e pelo PCP, é contribuir para que o PS seja novamente lançado para os braços da direita - política e dos interesses económicos - isolando as suas correntes de esquerda.
A rejeição de políticas de direita não pode significar a rejeição, pura e simples, de um diálogo, sob condições, com o PS. O PS não deve ser encarado como uma coutada de Sócrates e da sua direcção. O PS tem uma base social e militante que são imprescindiveis e incontornáveis para uma alternativa de esquerda para que se consiga outra governação.
O diálogo entre as esquerdas não tem de ser programado e até agendado. Há temas que podem ser lançados para discussão pública, como a questão da nacionalização dos sectores estratégicos da economia, como a necessária e urgente revisão do Código de Trabalho do governo Sócrates, como a redefinição de novas políticas de investimento público, como a reforma da segurança social, como a crescente precarização do trabalho, como a defesa da escola pública e do serviço nacional de saúde , etc, etc. As esquerdas podem ter entre si e estabelecer entre si, na sua base social e militante, espaços de discussão e de reflexão, sem que se caia na obrigatoriedade de um debate formal entre direcções partidárias. O debate que muitas vezes se consegue na blogosfera, é um bom exemplo, já que é, quase sempre, transversal, aberto e livre.
As esquerdas não podem chegar às eleições com a eterna imagem de, ao contrário da direita, nunca conseguirem dialogar para a definição de um governo de esquerda e só conseguirem, cada partido de esquerda, apresentar programas "muito bons", mas que nunca passam disso!
Havendo uma maioria social de esquerda, não há razão para que as direcções dos partidos de esquerda continuem a comportar-se, entre si, como autistas!
Uma alternativa de esquerda não se pode resumir ao mero somatório de deputados parlamentares para dar um resultado maioritário. Essa alternativa precisa de saber e conseguir discutir claramente programas e politicas governamentais. Essa é uma discussão prévia e não posterior!
Imaginem qual seria a repercussão política na Europa, de um governo das esquerdas em Portugal com um programa e políticas de sentido democrático e socialista e que contrariasse os últimos anos de politicas de direita e neo-liberais? Decerto que ainda se lembram do efeito que os "Não" franceses e holandeses tiveram em toda a Europa ...
sábado, agosto 15, 2009
OU NÓS OU O CAOS ... SERÁ ASSIM ?
Aqui está uma posição algo na linha do "ou nós ou o caos"!
Já hoje quando li a entrevista de Ferro Rodrigues no Expresso, fiquei com a sensação de estar perante uma posição do género: "é preciso tentar tudo, para que o PS não fique na oposição". A posição de Ferro Rodrigues e a de Rui Namorado não são iguais, mas desaguam no mesmo: manter o PS no Governo, custe o que custar!
E o mais sintomático (tem a ver com a aridez de políticas socialistas ao longo dos últimos 4 anos de socratismo) é que ambas as posições esquecem de abordar a questão das políticas que um governo PS deveria desenvolver, numa perspectiva de esquerda e socialista.
Ferro Rodrigues e Rui Namorado, representam, cada qual, uma certa esquerda do PS e, estas posições, a entrevista e a posta, são preocupantes. Preocupantes porque parece que até a esquerda do PS está embalada/adormecida com as "justificações" dadas por Sócrates ao longo dos últimos 4 anos para as políticas que desenvolveram.
E se essas políticas não são a causa da crise que se vive, em nada contribuiram para que essa crise pudesse ser atacada e barrada com políticas onde as prioridades sociais e o esforço de voltar a dar protagonismo político aos trabalhadores fossem uma evidencia. Ao longo de quatro anos, a direcção sócratica repetiu políticas que a direita não teria coragem de aplicar se fosse governo ... o exemplo do Código de Trabalho é disso uma evidência.
Esta coisa de que, quando há crise económica, as soluções para a combater serem como que abstractas e "comuns" à direita e à esquerda, é algo que tem atrasado a definição de uma alternativa de poder de esquerda e acentuado a predominância da chamada "economia de mercado", como se não houvesse outro tipo de economia!
Pessoalmente considero que a solução "PS com maioria absoluta" não resolve nem contribui para a resolução dos problemas existentes, numa perspectiva de esquerda. Porquê? Porque parece que a(s) própria(s) esquerda(s) do PS ficam embaladas pelo discurso da sua direcção partidária ... por isso, defendo que seria importante que o PS fosse "obrigado" a dialogar À ESQUERDA para a definição de uma alternativa plural e maioritária COM políticas de esquerda, democráticas e socialistas!
Isto seria uma forma de recolocar TODO o PS à esquerda e sensivel para políticas onde os trabalhadores voltem a ter protagonismo político e social!
João Pedro Freire
sábado, agosto 08, 2009
RAUL SOLNADO: FAZIA PARTE DA FAMILIA DE TODOS NÓS ...
A falta que este Homem vai fazer ...
Raul Solnado era como se fosse membro de cada uma das nossas famílias ... de todas!
Gostava mesmo muito do Solnado e de tudo o que ele fazia ...
sexta-feira, agosto 07, 2009
ALTERNATIVA ... PRECISA-SE! ... MAS É PRECISO EXPLICAR MELHOR ... (UMA RESPOSTA A UM COMENTÁRIO)

Ainda que com algum atraso, em relação ao que eu próprio me tinha proposto, aqui vai o que se me oferece escrever a propósito da questão colocada há dias pelo Nuno Cardoso da Silva.
Antes de mais um pequeno esclarecimento. Este texto não é a resposta de um mesário bloquista, apenas de um militante da Esquerda Socialista que, não por mero acaso, é aderente do Bloco de Esquerda e que, circunstancialmente, é membro da sua Mesa Nacional. Nada mais.
Propriamente sobre a “pergunta essencial” do Nuno Cardoso da Silva, confesso que, à partida, me pareceu uma provocação amiga. Provocação porque é descontextualizada, face à posta em causa, e simultaneamente amiga porque não é ofensiva. Desconheço se assim é, ou não, mas a minha opinião aqui fica, e à qual darás o destino que muito bem entenderes.
A “pergunta essencial” parte do princípio, a meu ver errado, de que tudo gira em torno da economia, tudo o que acontece é assim, ou assado, porque o dinheiro assim o dita. Há imensos anos que discordo desta ideia. O dinheiro, a economia, é importante, mais ainda mais relevantes são as movimentações sociais. A História está aí para nos mostrar que todos os momentos em que o mundo pulou e avançou aconteceram porque as pessoas se agregaram em torno de uma ideia, mesmo quando a ideia não ia muito além da simples satisfação da básica necessidade de sobrevivência. Assim sendo, e porque toda a posta do João Pedro é construída, e bem, em torno da ideia de que a Esquerda Socialista é pólo motor de “uma nova alternativa de Governo com políticas democráticas e socialistas”, percebo as dúvidas e as perplexidades que se lhe colocam na perspectiva do processo evolutivo das dinâmicas sociais inerentes à referida alternativa. Em nenhum momento se diz, nesta posta e em todos os outros escritos do João Pedro Freire, que o caminho é fácil e linear. É óbvio que não! Mas ele está atento, e na expectativa do que pode, eventualmente, vir a acontecer…
Por isso questiona-se sobre o que pode acontecer num eventual cenário pós-eleitoral sem maioria absoluta. Por isso recorda que o Bloco de Esquerda já recusou, de diversas formas e através de vários dos seus protagonistas, quaisquer alianças com um PS com maioria relativa. Por isso evoca ele a possibilidade dos “limites” da Esquerda Socialista serem suplantados pelas dinâmicas dos movimentos sociais, dos trabalhadores, e dos novos movimentos de cidadania.
Daí também que eu pense que a “pergunta essencial” – “Se o BE tivesse a possibilidade de integrar um governo de coligação de partidos de esquerda, imporia como condição a nacionalização de toda a banca e a transformação da banca em actividade sem fins lucrativos?” – é, em simultâneo, provocatória e amiga. Por um lado, a questão, ainda que hipotética, nem se coloca! Por outro, o Bloco em situação alguma estará em condições de “impor” o que quer que seja!
Tanto quanto sei, em circunstância alguma se colocou, no seio do Bloco de Esquerda, a possibilidade da “nacionalização de toda a banca”. O Bloco (tal como Karl Marx!) não é contra a actividade privada, é pela defesa de princípios em nome do que é público e de todos. O Bloco não é contra a banca privada, é pela defesa de políticas públicas e socialistas, inclusive, neste sector de actividade. E destes princípios é evidente que o Bloco não poderá nunca abdicar! Seja em que cenários for.
É evidente que a banca é um “sector estratégico” e que, portanto, deve ser tendencialmente (a expressão é da minha autoria!) público, porque a sua acção tem implicações directas e objectivas na vida quotidiana dos cidadãos. A Caixa Geral de Depósitos (CGD), enquanto braço comercial do Estado no sector da banca, deveria ser orientada por políticas totalmente divergentes das nossas conhecidas, ou seja, não faz sentido que pratique juros elevados que apenas favorecem o jogo especulativo, prejudicando os cidadãos de uma forma geral. E também não escondo um sorriso ao imaginar o que aconteceria ao BCP, ao BES e por aí fora se existisse uma CGD que aplicasse políticas públicas e, portanto, dirigisse a política de crédito do país…
Mas, então, a banca seria transformada numa espécie de “actividade sem fins lucrativos”? Claro que não!, isso é outro pequeno detalhe provocatório na “pergunta essencial”… A banca deveria ser uma actividade comercial que, como tal, se sujeitaria às condições da oferta e da procura. Em termos muito práticos digo mesmo que se essa banca privada que tanto preocupa o Nuno Cardoso da Silva der prejuízos então que feche a porta. Até porque a filantropia não se pratica por esta área…
Entre dez milhões de cidadãos diariamente prejudicados por políticas orientadas unicamente em função do lucro e meia dúzia de senhores que engordam escandalosamente todos os dias, eu não hesito.
Um abraço,
Paulo F. Silva
quinta-feira, agosto 06, 2009
BLOCO DE ESQUERDA EDITA PROGRAMA DE GOVERNO EM LIVRO

À esquerda é importante que um partido se afirme simultaneamente como força de proposta e força de protesto. A afirmação por políticas socialistas tem de partir de um protesto claro e de uma recusa inequivoca da ordem capitalista existente, nas suas vertentes política, económica, social e cultural.
Agora o Bloco de Esquerda publicou em livro a sua proposta de programa de governo. É mais um passo com um importante sentido político. Está-se assim a por à disposição das pessoas - ao seu conhecimento, análise e discussão! - o concreto das propostas do Bloco.
O Bloco é o primeiro partido a ter esta iniciativa. Outros, provavelmente, seguirão o exemplo! Mas, para já, esta iniciativa servirá para calar aquelas vozes que só viam nos actos e acções do Bloco, "protesto", "falta de propostas", "só dizer mal", etc, etc ...
quarta-feira, agosto 05, 2009
O EXEMPLO DE MANUEL ALEGRE PELO PRÓPRIO!

terça-feira, agosto 04, 2009
domingo, agosto 02, 2009
ALTERNATIVA ... PRECISA-SE! ... MAS É PRECISO EXPLICAR MELHOR ...

O Bloco de Esquerda já apresentou o seu "Programa de Governo" e, faz bem, em diferenciar-se de qualquer tendência neo-liberal, mesmo daquelas que, em períodos eleitorais, assumem uma tonalidade mais esquerdizante.
Louçã também tem referido que o Bloco é um partido de protesto mas também de proposta. O que é importante e afirmante!
Mas perante um possível cenário, pós-eleitoral legislativo, de falta de maioria absoluta (o que se festejará, a acontecer!) o Bloco deveria assumir uma posição mais pró-activa, à esquerda, na definição de uma alternativa de governo!
É importante a diferenciação em relação a um PS colonizado à direita pela direcção sócratica. É importante recusar também "alternativas" que resultem sómente de somas e jogos aritmético-parlamentares, mas que não produzem políticas e dinâmicas sociais diferentes, novas e de mudança. É importante também deixar claro que HÁ DIFERENÇAS entre um governo de direita com políticas de direita e um governo do PS com políticas de direita.
Mas, as pessoas interrogam-se: então qual é a alternativa que o Bloco de Esquerda quer? qual é a alternativa quando Louçã parece dizer que não faz "coligações" e/ou "alianças" com ninguém?
As respostas devem ser claras de modo a que as pessoas se mobilizem por algo novo mas também concreto!
O Bloco de Esquerda, como pólo organizado da esquerda socialista, intervém prioritáriamente nos movimentos sociais, já que é aqui que podem surgir novas dinâmicas alternativas. Dinâmicas alternativas de governo para novas políticas que estanquem o neo-liberalismo e voltem a dar a iniciativa aos trabalhadores, aos cidadãos!
A possível inexistência de uma maioria absoluta parlamentar vai acontecer num quadro de maioria parlamentar das esquerdas e, mais importante, de maioria social das esquerdas. E é aqui que deveria assentar a proactividade do Bloco: intervir mais activamente no movimento social, conseguir criar pontes e acções unitárias com TODO O ESPAÇO DA ESQUERDA SOCIALISTA!
E qual é o espaço da esquerda socialista: a base social e militante do PS, as suas correntes de esquerda, o Bloco de Esquerda, um enorme eleitorado flutuante à esquerda (embora profundamente independente e até volátil!).
A esquerda socialista é o espaço motor e dinamizador de uma nova alternativa de governo com políticas democráticas e socialistas. Mas a intervenção nos movimentos sociais, no movimento dos trabalhadores, nos novos movimentos de cidadania pode e criará dinâmicas sociais que suplantarão os limites dessa esquerda socialista!
É por aqui que seria necessário que o Bloco explicasse melhor quando fala de "alternativa" e diz que não faz coligações ou alianças com ninguém ...
ZECA AFONSO ... TERIA 80 ANOS!
Hoje o Zeca faria 80 anos!
Mas o Zeca continua PRESENTE com tudo o que nos deixou ...
Esta ... VAMPIROS ... como continua bem actual !