tribuna socialista

domingo, agosto 19, 2007

TRANSGENICOS NÃO!

É claro que dizemos NÃO aos transgénicos!
Porque destroem, porque minam, porque servem os interesses dos que dominam a sociedade do lucro mantendo o planeta no caminho do suícidio.

A luta contra a transgenia é uma luta que tem de ser colectiva e abrangendo de uma forma crescente toda a sociedade. Não é uma luta de uns quantos com actos desesperados a lembrar cenas de "terrorismo" individualizado.

É dificil lutar por outra sociedade radicalmente diferente da liberal/capitalista. É dificil, mas qualquer revolucionário se olhar para o património de luta secular pelo socialismo, afirma-se como um optimista: é possível furar o cerco, destruir muros, conquistar uma maioria social para tornar possível a esperança!

Por isto, não concordamos com os métodos do movimento chamado "Verde Eufémia". Somos de opinião que os métodos desse movimento atrasam o esclarecimento social, dificultam a formação de uma maioria social favorável a um projecto alternativo de sociedade!

quinta-feira, agosto 16, 2007

A UNIÃO FAZ A FORÇA ... um exemplo da natureza!

A união faz mesmo a força! ...
Sigam o exmplo dos bufalos ... NOTÁVEL!!

COERÊNCIAS ...

Caro A.Pacheco, (* o comentário está mais abaixo, nesta posta)

Em Fevereiro de 2005 apelei ao voto PS CONTRA um governo de direita. Nunca tive muitas ilusões com o José Sócrates. Mas confesso que tive algumas com o PS e com os seus militantes que sempre quiseram políticas bem diferentes daquelas que agora o actual governo implementa.

Relativamente ao Bloco de Esquerda, do qual sou militante, não me esquivo de manifestar críticas ao que penso estar errado.

Como é o caso do Acordo para a vereação da CML. E estou em desacordo tendo em conta a actual orientação neo-liberal do PS, tendo em conta as políticas governamentais (António Costa era o nr.2 do governo)e, sobretudo, o facto desse acordo NUNCA ter sido discutido internamente no BE e até ter sido recusado no decurso da última Convenção do Bloco.

No entanto, defendo que a tal alternativa socialista (de que passo a vida a falar !...) precisa do Bloco, como precisa dos militantes socialistas do PS, como precisa até de militantes comunistas e de militantes anarco-sindicalistas e pessoas independentes que não querem a sociedade que o liberalismo/capitalismo nos impõe.

Mas o que a alternativa socialista NÃO PODE SER é uma espécie de resultado aritmético das lógicas parlamentares ou o congeminar das direcções partidárias. Na minha opinião, é possível organizar as pessoas, para além dos partidos (sem se ser contra eles!), na base de um programa com políticas discutidas por elas, alternativas ao liberalismo/capitalismo e a qualquer forma de totalitarismo.A minha coerência não é medida por métrica partidária, mas por posicionamento no quadro de uma militância que sempre foi de esquerda socialista. Admitindo que possa estar agora mais atento e sensível a posições libertárias.

Obrigado pelo seu comentário,

João Freire

* o comentário de A.Pacheco:

Em Fevereiro de 2005 o amigo apelava ao voto no PS , e dizia que o Socrates é que era o tal...Agora até o Bloco não lhe dá garantias, por causa de um acordo , para a Camara de Lisboa.Tão grande reviravolta, denota uma grande coerencia, mas enfim....Para alternativa socialista não está nada mal....

A. Pacheco

quinta-feira, agosto 09, 2007

COMO SE CONSTRÓI UMA ALTERNATIVA?


Perguntem aos iluminados dirigentes dos partidos à esquerda, como é que se constrói uma ALTERNATIVA?
Que ALTERNATIVA? ... isso, uma com sentido de ESQUERDA, com capacidade de AFIRMAÇÃO SOCIALISTA, de CORTE/RUPTURA com a pasmaceira que nos domina!
A mesma pasmaceira e a mesma ilusão que leva TANTA gente de esquerda e à esquerda a embebedarem-se com a vitória do PS em Lisboa ... em ambiente reduzido, ice, minoritario ...
Joao Freire

terça-feira, agosto 07, 2007

A DEMOCRACIA DA FINANÇA ...

A assembleia geral do BCP foi uma excelente oportunidade para se ver o que é a "democracia" da grande finança: os votantes/accionistas são representados por escritórios de advogados, a assembleia própriamente dita é só uma representação, já que tudo é decidido ou atropelado nos bastidores, e, se não houver sistema informático, parece que ninguém sabe contar votos ...

Há semanas que a imprensa tem vindo a dar cobertura a um evento que até parece que vai/ia decidir o futuro do País ... ou, às tantas, até decide já que a nossa democracia (!) está cada vez mais dominada pelos lobbies económicos e financeiros!

Mas, ao fim e ao cabo, os que se mobilizam em viaturas de gama alta, vestem fato-e-gravata do bom e do melhor e controlam o sector financeiro (o tal que não para de dar lucros e lucros cada vez amis altos!...) não conseguem comportar-se numa assembleia por eles mesmo organizada e ... tudo acabou com "Accionistas do BCP suspeitam de sabotagem na falha informática" (título do Público na primeira página de hoje)!!!

Triste espectáculo oferecido por aquele que é considerado como o maior banco português!

quinta-feira, agosto 02, 2007

LISBOA: PARA ONDE VAI O BLOCO?




O Bloco de Esquerda é oposição ao governo PS? É ...
O Bloco de Esquerda é aliado do PS na Câmara de Lisboa? É ...

O Bloco de Esquerda pode vir a fazer para o governo da Republica o que acabou de fazer em Lisboa? Pode ...

Mas será que a direcção do Bloco não tem desmentido esse tipo de acordos e tem reafirmado que é oposição ao governo Sócrates? Tem ...

É assim que um partido que se dizia "novo" e "diferente" dos outros ... pode iniciar o percurso de se tornar igual aos outros partidos!

As negociatas, os desmentidos conjunturais logo desditos pelos factos, a cara-de-pau dos dirigentes com várias faces ... tudo isto é o que arrepia, mete nojo, nesta democracia burguesa a que agora a direcção do BE parece ter aderido a ... troco do pelouro dos jardins e das coisas verdes da capital!

A propósito ... lembram-se do que a CDU fez no Porto de ... igual?
João Pedro Freire

quarta-feira, julho 25, 2007

SÓCRATES NA SIC: A REALIDADE E AS FANTASIAS DE SÓCRATES

Hoje, em entrevista à SIC, o primeiro-ministro José Sócrates respondeu, entre outras coisas, ao artigo de opinião de Manuel Alegre, no Público.

Sobre o medo, Sócrates considerou que se tratava de uma "fantasia" de Manuel Alegre. Referiu que essa coisa do medo já tinha sido lançado por Alegre há três anos, nas eleições para secretário-geral do PS, a propósito do medo que exitiria no interior do PS. Para Sócrates, também é fantasia ...

Como fantasia parece ser o que se vive nas empresas, privadas e públicas, na Função Pública, no interior dos próprios partidos políticos quando as oposições (sejam elas quais forem...) podem beliscar o poder das direcções (sejam elas quais forem ...), ... , tudo fantasia ...

Para o primeiro-ministro, a única realidade é a do país das promessas que fez ... mas que já não faz nem cumpre. Nomeadamente quando não quis responder à pergunta dos jornalistas da SIC, sobre se manteria a promessa de realizar um referendo ao tratado constitucional europeu. Lá puxou de uma descomunal lata e respondeu que agora já não há um tratado constitucional mas um tratado ... diferente!

Sócrates deve pensar que o que diz como primeiro-ministro vale e é aceite como "lei" ou como "a verdade" ...

Voltando a Manuel Alegre ... esperamos que tenha ouvido a entrevista do seu secretário-geral partidário e primeiro-ministro! ... e que conclusões tirará, desta vez???

MANUEL ALEGRE: CONSTATA FACTOS E ... DEPOIS NÃO AGE!




Manuel Alegre dá a conhecer a sua opinião sobre o MEDO que tem invadido a sociedade portuguesa, na edição de hoje do Público. Manuel Alegre manifesta-se contra o medo, pela liberdade. É claro que subscrevemos!

Mas a leitura do texto, volta a mostrar que Manuel Alegre é bom a constatar factos, mas deixa muito a desejar quando se trata de fomentar a organização das pessoas contra os factos e as situações que denuncia.

Ao longo do texto, lá vai afirmando que até concorda, até ao momento("Até agora, concordo com a acção do Governo"), com o governo Sócrates. Fica-se com a sensação que Manuel Alegre sente que há medo na sociedade portuguesa, mas tem uma certa obsessão por não culpabilizar o governo do seu partido.

É aliás sintomático da confusão de Manuel Alegre este parágrafo inicial:

"Não vivemos em ditadura, nem sequer é legítimo falar de deriva autoritária. As instituições democráticas funcionam. Então porquê a sensação de que nem sempre convém dizer o que se pensa? Porquê o medo? De quem e de quê? Talvez os fantasmas estejam na própria sociedade e sejam fruto da inexistência de uma cultura de liberdade individual."


É um facto que Alegre coloca o dedo na ferida, mas também é um facto, e perturbador, que não aponte caminhos para se lutar contra o medo. Inclusivamente sobre o seu partido (não o esqueçamos: o mesmo de Sócrates!) escreve: "Sei, por experiência própria, que não é fácil mudar um partido por dentro." É claro que Manuel Alegre tem razão quando diz que "não é fácil" mudar o seu partido. Mas muitos dos seus apoiantes (ex?) no PS e fora dele, interrogam-se:



  • o que fez e faz Manuel Alegre para organizar internamente, no PS, os que o apoiaram?

  • o que faz Manuel Alegre para organizar o milhão de portugueses que o apoiaram nas eleições presidenciais?

O texto de Manuel Alegre é um acto de coragem. Reconhecemo-lo! Mas é um acto que se fica por aí.


Manuel Alegre tem uma enorme responsabilidade. A responsabilidade de sugerir caminhos, apontar soluções, propor a organização de todas e todos os que querem lutar contra o medo.


João Pedro Freire







domingo, julho 22, 2007

DEMOCRACIA? MAS QUE DEMOCRACIA ?! (*)

É óbvio que não estaremos no advento de um novo fascismo ... mas que a democracia está crescentemente formal, que o patronato tem a ousadia de propor despedimentos por motivos políticos e ideológicos, que o ambiente nas empresas, em matéria de direitos, tem, cada vez mais a ver com o medo e a rolha, que o próprio governo Sócrates dá o seu contributo para toda esta situação promovendo medidas inequívocamente autoritárias ... tudo isto nos parece um FACTO OBJECTIVO que merece ser denunciado, combatido paciente e sistemáticamente ... antes que o autoritarismo se assuma como a única ideologia do poder e do Estado.

Por isto, concordamos com a posição dos companheiros do LUTA SOCIAL.

João Pedro Freire


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[O exacerbar do pendor autoritário dos agentes do Estado está relacionado com a sua necessidade de imposição do modelo neo-liberal à população portuguesa, ainda mal refeita de ter tido um mau sonho ... que se tornou realidade.



O mau sonho era do «socialismo» desabrochar por obra e graça de uma votação no P«S».
O despertar para a realidade foi quando começou a perceber que o P«S» e seu Chefe /Fuehrer entendem «democracia» como o sufragar da sua ditadura.



Cita-se abaixo uma listagem da muito «mainstream» revista VISÃO... os termos não são nossos, mas a substância do que descrevem é factual, pelo que acho digno de transcrever e divulgar.
MBB

]


Nos últimos meses, têm-se sucedido os casos de alegada perseguição política por membros do Governo de José Sócrates



>> A Directora Regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, instaurou um processo disciplinar a Fernando Charrua, por este ter dito uma piada sobre José Sócrates. Margarida Moreira, que recebeu a delação por SMS, diz que o professor e ex-deputado do PSD insultou o primeiro-ministro, mas Charrua recusa a acusação. Até Jorge Coelho já disse tratar-se de uma situação «ridícula e inadmissível».



>> Após três pareceres negativos da Comissão Nacional de Protecção de Dados, o Governo aprovou a interconexão de dados da Administração Pública. A Caixa Geral de Aposentações vai poder cruzar informações dos funcionários públicos e respectivas famílias.



>> A coordenadora da Sub-Região de Saúde de Castelo Branco, Ana Maria Correia, avisou os serviços de que a correspondência enviada a «determinados funcionários» seria aberta. A medida causou mal-estar junto dos funcionários e a coordenadora assumiu que a nota interna continha «um erro de linguagem», acrescentando que onde se lê «determinados funcionários» deveria ler-se «funcionários em nome individual».



>> O primeiro-ministro, José sócrates, apresentou uma queixa-crime contra António Balbino Caldeira, responsável pelo blogue Portugal Profundo, no qual se divulgaram informações sobre a licenciatura de José Sócrates.



>> Correia de Campos, ministro da Saúde, exonerou a directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, Maria Celeste Cardoso, por um médico ter afixado, nas instalações, uma fotocópia com comentários jocosos a uma entrevista do ministro de Saúde, na qual este confessava que nunca tinha ido a um Serviço de Atendimento Permanente (SAP). Mário Soares criticou a actuação do Governo e Manuel Alegre achou a reacção «desproporcionada».



>> O novo Estatuto do Jornalista altera o artigo 11.º referente ao sigilo profissional e prevê que a Comissão da Carteira passe a fiscalizar e a sancionar os jornalistas por violações deontológicas. O diploma é contestado pelo Movimento Informação é Liberdade e pelo Sindicato dos Jornalistas que pretendem evitar a promulgação do diploma.



>> A presidente da Associação de Professores de Matemática, Rita Bastos, foi expulsa da Comissão de Acompanhamento do Plano Nacional da Matemática pelo director-geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular por ter criticado a Ministra da Educação, maria de lurdes rodrigues.



>> O governador civil de Braga, Fernando Moniz, pediu ao Ministério Público para investigar o que se passou na manifestação de Outubro do ano passado, em Guimarães, por ocasião de uma reunião do Conselho de Ministros. Segundo o Correio da Manhã, o relatório da PSP acusava alguns dos participantes de proferirem «palavras insultuosas» dirigidas ao primeiro-ministro, mas alguns dos arguidos alegam que nem sequer estavam presentes.



http://visao.clix.pt/default.asp?CpContentId=333973





(*) in LUTA SOCIAL, Domingo, Julho 22, 2007

sábado, julho 21, 2007

E AGORA, HELENA?

O título desta posta é de um artigo de opinião de São José Almeida, na edição de hoje do Público. É um contributo muito interessante para uma reflexão URGENTE sobre o actual sistema partidária e o modo de fazer política.

É uma reflexão que faz falta a um debate que tem estado dominado, ocupado (!), pelos omnipresentes partidos parlamentares e o seu modo de funcionamento. Um sistema (partidos + o modo como funcionam e fazem funcionar (!)) que se tem vindo a caracterizar pela capacidade de afastar a participação cidadã e de a obstaculizar quando ela tenta surgir ...

As eleições lisboetas para a respectiva Câmara foram e devem continuar a representar uma boa oportunidade para se debater, sem tabus e sem preconceitos, uma crise que existe objectivamente no sistema partidário, na democracia representativa e no modo como se faz política nestes dias depois de 30 anos desde o 25 de Abril de 1974.

Deixamos algumas passagens desse artigo de São José Almeida:

"O desgaste do sistema político e partidário refém do aparelhismo mais tosco e manobrista viu-se de forma transparente nas eleições para a câmara da capital, mas já se viu também ao nível nacional, na candidatura de Manuel Alegre. E se há desgaste partidário fruto do aparelhismo, há também desgaste partidário fruto da falência de projectos. Não é por acaso que o CDS e o PSD se esboroam, o que é facto é que o programa político em curso pela acção governativa do PS de José Sócrates ocupou o espaço ideológico e as propostas de inspiração neoliberal, que tinham ficado fechadas sob a direcção Durão Barroso - Paulo Portas."

"Há um eleitorado de esquerda que não se revê no sistema que oscila entre os dez e os vinte por cento e que está disponível e quer tomar posição e ter em quem votar, mas que não quer dar o seu mandato a partidos emq ue não só não se revê, mas cujo modus operandi abomina. (...)
É a esse eleitorado que Helena Roseta tem a obrigação moral e histórica de dar resposta. É público que a vereadora agora eleita já disse que vai manter o movimento Cidadãos por Lisboa até às autarquicas de 2009. Mas porquê não lançar novos movimentos de Cidadão por...? Porque não apostar nas autarquias? E porque não apostar a nível temático e nacional? (...)
E porque não reunir, federar, todos esses movimentos cívicos e políticos autonomos sob o chapéu -de-chuva de um movimento nacional, que se assuma legalmente como um partido e seja activado parfa concorrer a eleições? (...)
Porque não pode a democracia participativa ser complementar da democracia representativa? Até que ponto assumir uma política de cidadania e de causas não será o passo necessário parfa ultrapassar a crise de descrédito das formações partidárias existentes e da própria democracia representativa e assegurar a proximidade dos eleitores? (...)"

Pode não se estar de acordo com a generalidade do texto de São José, mas que é um BOM contributo para um debate e uma reflexão que faltam, lá isso é!"

João Pedro Freire

quarta-feira, julho 18, 2007

MANIFESTAÇÕES "ESPONTANEAS" !?! ...

Enquanto os partidos lançavam olhares desconfiados e medrosos sobre as chamadas candidaturas independentes (das estruturas partidárias mas não necessáriamente de posicionamentos socio-politicos-ideológicos), causou perplexidade a reportagem feita por vários canais televisivos, na noite eleitoral lisboeta, junto de cidadãs e cidadãos de Cabeceiras de Basto, Alandroal, ... , que se teriam deslocado à capital para manifestar apoio ao candidato António Costa.

No entanto, a perplexidade surge quando as ditas cidadãs e ditos cidadãos revelavam que não sabiam para o que tinham vindo, até porque ninguém lhes tinha dito!!! ... No dia seguinte à noite eleitoral alguns jornais revelaram o programa oferecido para a realização das tais viagens de "apoio", os quais incluiam repastos capazes de começar por calar os estomagos, para depois serenarem as bocas ...

Muito elucidativo do estado a que os grandes partidos parlamentares chegaram ... e dos "contributos" que continuamente estão a dar para a crescente desqualificação da democracia!

É claro que, perante cenários destes, qual o interesse do apelo ao voto para um cidadão e uma cidadã?

A democracia portuguesa, neste momento uma caricatura do que Abril criou, é um exemplo concreto daquilo a que se chama de democracia burguesa, de democracia formal e até de partidocracia.

Para os cidadãos parece que os caminhos para a sua participação livre, critica e independente estão bloqueados pelos partidos que teimam em chamar a si a gestão dessa participação. Mas os partidos, no seu seio, também bloqueiam, afunilam, reprimem quem é critico das respectivas direcções.

São os partidos tradicionais e parlamentares que, com a sua acção, criam e fortalecem as correntes populistas. O populismo não surge por acaso ou por reacção espontânea!

Não está em causa a democracia representativa. O que está em causa é o bloqueio instituido perante qualquer afirmação de democracia directa e participativa.

Os partidos políticos não estão em causa. Em causa está o impedimento prático e fácil de iniciativas independentes de cidadãs e cidadãos. Ou a criação, afirmação e participação de organizações sociais de intervenção, como comissões de moradores, comissões de trabalhadores, comissões de defesa do consumidor, ...

A democracia não se reduz ao parlamentarismo. Tal como não se reduziria a formas de acção directa.

Ser cidadão não tem de ser militante. Tem, isso sim, de representar possibilidade permanente de mostrar a sua vontade, mostrar a sua critica, mostrar a sua indignação ... sem ter a sensação de que o que faz não serve para nada e, ainda por cima, pode servir para se tramar ...

O neo-liberalismo, o capitalismo do século XXI, só consegue produzir parlamentarismo, como caminho para o bloqueamento da iniciativa e participação cidadãs.

Uma alternativa socialista libertária afirma a urgência da redescoberta de todas as formas de participação e de iniciativa colectivas e cidadãs. Para além dos partidos e do parlamento. Mas com profundo corte com as matrizes actuais que bloqueiam a plena afirmação da vontade popular.

João Pedro Freire

domingo, julho 15, 2007

LISBOA: UM AVISO ÀS AVESTRUZES POLÍTICAS ...


Abstenção recorde, candidaturas independentes que ultrapassam as de partidos parlamentares, inexistência de uma maioria absoluta, desaparecimento do CDS/PP, maioria das esquerdas (60%) ...
As eleições lisboetas são um aviso sério às avestruzes da nossa política!
A democracia precisa da participação cidadã. A democracia não se esgota nos partidos (da esquerda à direita) que acabam, também eles, por ser um reflexo do estado de participação cidadã nula a que a democracia chegou!
O excesso de parlamentarismo, o excesso de representativismo, o excesso de peso dos lobbies de todas as espécies, a institucionalização do medo como forma de se fazer valer a autoridade, ... , tudo tem influenciado o aumento das abstenções ... votar para quê se depois o voto é subvertido?
É urgente que a democracia volte a contar com a vontade organizada dos cidadãos para além das instituições partidárias : auto-organização, auto-iniciativa!
A Câmara de Lisboa já não terá Carmona como Presidente ... mas o novo Presidente ainda não se definiu muito bem: será ele uma correia-de-transmissão do governo? José Sócrates apareceu com vontade de aproveitar a boleia ...
Um sinal de mudança seria a convergência de vontades e de propostas entre todos aqueles que aceitam cortar com as anteriores presidencias camarárias de direita para a (re)construção da cidade com transparência, com participação, com dinamização do interesse público!

quarta-feira, julho 11, 2007

EUROPA: O DEBATE QUE CONTINUA INCOMPLETO...

Sobre a Europa e não obstante a presidência semestral ser portuguesa, o debate continua frouxo e incompleto.

À esquerda e à direita parece que o que distingue (!) é ser-se mais ou menos social. Embora, esquerda e direita, se afirmem, à sua maneira, mais social uma que a outra ...

No entanto, sobre:
  • a organização europeia que motive mais participação popular e cidadã, nada é dito ou debatido: o que é uma europa federal? O que é uma união? O que é um Estado europeu? O que é algo de CONCRETO em vez da ambiguidade e do nem-é-carne-nem-é-peixe actual?
  • políticas que combatam as assimetrias sociais ... como, exemplo de uma medida concreta, a introdução de um SALÁRIO MÍNIMO EUROPEU, nada é sequer pronunciado!
  • Mais poderes para o Parlamento Europeu ... as eleições para este que é o único orgão europeu eleito, deveriam motivar mais participação e interesse!
  • Constituição ou tratado ou .... porque é que qualquer lei europeia que mexe com os actuais estados nacionais não deve ser analisada, discutida e decidida por uma CONSTITUINTE eleita por todas(os) as(os) europeus(eias)?

Só num quadro de discussão aberta, mais participada e vinculando a opinião livremente manifestada por todos os europeus, se pode incorporar uma discussão séria sobre os diversos projectos concretos, à esquerda e à direita, para a construção Europeia.

No nosso caso, mantemo-nos fiéis à tradição da esquerda socialista europeia, desde o final da guerra: bater-nos-emos pelos ESTADOS UNIDOS SOCIALISTAS DA EUROPA, o único caminho para uma Europa democrática, social onde quem manda são os povos e não os maiores governos nacionais ou comissões de eurocratas!

SUGESTÃO: leiam o último número da edição portuguesa do LE MONDE DIPLOMATIQUE.

João Pedro Freire

domingo, julho 08, 2007



Confesso que é uma das maravilhas do Mundo....!!
(Caramba, também não sou perfeito..)


Posted by João Botelho.

terça-feira, julho 03, 2007

The DOORS





Jim Morrison



Paris, 3 de Julho de 1971



ETERNO !


Posted by João Botelho

segunda-feira, julho 02, 2007

E qual é o problema ???!!!


DREN extingue escola premiada

A escola EB 23 Padre Agostinho Caldas Afonso foi extinta pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) em Abril passado. Fecha as portas em Agosto.

Na semana passada, o conselho executivo recebeu o aviso de que a escola tinha sido escolhida para receber o "Prémio Iberoamericano de Excelência Educativa 2007" por um organismo internacional não governamental. “A princípio, julgámos que se tratava de uma brincadeira”, confessou João Vilar, responsável do estabelecimento de ensino. Mas não estavam a brincar.

Em Setembro, no Panamá o Conselho Iberoamericano para a Qualidade Educativa, aguarda a presença dos dirigentes da escola para lhe entregar o prémio, em cerimónia oficial. “Não decidimos, ainda, o que vamos fazer”, diz João Vilar. Nessa altura, de facto, já a escola estará fechada e os professores – presidente do conselho executivo incluído- estarão colocados noutro estabelecimento de ensino.
29 JUN 07 Expresso, por Rosa Pedroso Lima

Posted by João Botelho.

Memória, onde andas ?

Câmara de Aveiro desiste do Museu da República já pré-inaugurado e devolve importante acervo

25.06.2007, por São José Almeida
Jornal Público

Um importante acervo de material de propaganda da Primeira República (1910-1926) foi devolvido pela Câmara de Aveiro a António Pedro Vicente, que, depois de se dedicar à sua recolha e aquisição, o doou àquele município para que constituísse o esteio principal de um museu sobre a República.

Esta devolução põe fim a 14 anos de negociações entre a câmara e António Pedro Vicente, que com esta doação pretendia ver reconhecida na terra onde nasceu a figura de democrata e lutador antifascista de seu pai, Arlindo Vicente, possível candidato que desistiu e apoiou Humberto Delgado, nas eleições presidenciais de 1958.

António Pedro Vicente não quis prestar declarações ao PÚBLICO sobre estas longas negociações com três presidências de câmara diversas (começou em 1994, com o autarca Girão Pereira). Agora, já sob a presidência de Élio Maia, o vereador responsável pela Cultura, Miguel Capão Filipe, optou por anular as anteriores decisões e devolver o acervo documental.

Surpreendendo os aveirenses, que tinham já assistido a uma pré-inauguração do Museu da República num edifício adquirido pela autarquia para o efeito, a câmara, presidida por Élio Maia, do PSD, voltou ao notário para desfazer o acordo que fora assinado em 2002. E devolveu a António Pedro Vieira um património que é classificado por especialistas como a maior colecção de documentos sobre a vida política e a propaganda partidária da Primeira República, ombreando, segundo uns, superando segundo outros, a colecção do falecido historiador Oliveira Marques.
O museu tinha já como comissário indicado o historiador Luís Reis Torgal.


A falta de tempo tem impedido que dê o devido destaque a esta notícia do Público, já datada de 25 de Junho.

Não posso ficar indiferente ao facto saber que mais uma vez a História foi preterida por um motivo: falta de dinheiro. "Chegámos à conclusão que o museu não seria feito porque o município tem dificuldades financeiras e o museu precisava de tecnologia e de suportes informáticos e virtuais que representavam investimentos impossíveis para a câmara.", disse Capão Félix.

Não posso ficar indiferente ao facto da Memória Histórica da República ter sido tratada não como um grito patriótico, mas como um conjunto de malfeitores para Portugal. O conjunto de ideias que então foi lançada haveria de frutificar e afirmar a cidadania e a legitimidade democrática e popular. A República assistiu aos lamentáveis confrontos entre republicanos divididos (mas também sempre acossados pelos monárquicos e pela Igreja), mas deixou uma herança de importantes raízes que nos importa estudar e compreender, porque ainda hoje nos servem de estímulo e referência.

Ao desistir deste tão importante acervo a Câmara Municipal de Aveiro prestou um mau serviço à cidade, à sua identidade cultural republicana e livre e a uma visão de um Portugal virado para a modernidade, com confiança no futuro e que se reconhece nos ideias generosos, libertadores, fraternos e justos do 5 de Outubro.

Quem, como eu, vibrou com a pré-inauguração e o projecto do Museu da República fica atónito perante esta desistência. Terá sido falta de ambição ? Foram contactados parceiros para o projecto ? Não haveria programas nacionais ou comunitários que apoiassem o projecto ? Alguém se lembrou de saber como Caen conseguiu construir esse fantástico Memorial da Paz e da Memória ?

Como disse Camus : “ Não há vida válida sem projectos para o futuro.”
E Aveiro passou ao lado da Memória Colectiva. Lamentavelmente !

Posted by João Botelho.

domingo, julho 01, 2007

PRESIDENCIA PORTUGUESA NA EUROPA: TEMPOS MAIS EXIGENTES PARA A LUTA POR OUTRAS POLÍTICAS E OUTRA EUROPA!



Começa hoje a presidência portuguesa da União Europeia. Ao que parece estará na "ordem do dia" dos neo-liberais (tonalidades de direita assumida ou de "esquerda" moderna ...) a reabilitação de um Tratado Constitucional simplificado em relação ao que foi chumbado por franceses e holandeses, mas que manterá tudo o que é "caro" à perspectiva que tem mantido a construção europeia à margem da vontade dos europeus.

Na Casa da Música, no Porto, alguns portuenses lembraram a Sócrates a realidade que ele tem vindo a impor em Portugal: lei da rolha, regresso das políticas do medo, destruição do Serviço Nacional de Saúde, continua desvalorização do Trabalho na distribuição da riqueza, ... Lembraram também que, relativamente à Europa, Sócrates prepara-se para deixar cair mais uma promessa eleitoral: a realização de um referendo sobre o "Tratado constitucional" europeu, simplificado ou não!

A Europa precisa da participação directa e democrática de todos os europeus. Qualquer "Constituição" ou "Tratado Constitucional" precisa da eleição de uma Constituinte Europeia e não mais de comissões não eleitas constituídas por eurocratas.

O modelo sustentado por Durão Barroso, por Sócrates, por Zapatero, por Sarkozy, por Merkl, ... , é o mesmo modelo que tem mantido os europeus à margem da construção Europeia, é o mesmo modelo que menospreza a coesão social e valoriza a vertente securitária, monetarista e liberal.

Como Durão Barroso, Sócrates é português, mas isso não é uma boa notícia para os portugueses que não se esquecem do que um e outro fizeram e fazem por cá!

Durão Barroso e Sócrates pertencem ao sector neo-liberal dos que têm medo da democracia como motor da construção europeia e fazem do social uma mera retórica para discursos de ocasião.

Para qualquer portuguesa ou português, a presidência portuguesa da União Europeia terá de representar uma oportunidade para se reforçar a luta por outras políticas e por uma alternativa socialista em Portugal e na Europa!

quarta-feira, junho 27, 2007

Dizem-se socialistas...



TRABALHO

A Comissão do Livro Branco que está a estudar as alterações à legislação laboral defende o fim do limite de horas por dia de trabalho e o fim do bónus de assiduidade relativa a férias.

Num relatório preliminar, esta comissão fala ainda na redução do subsídio de férias.
( 08:42 / 27 de Junho 07 ) TSF

A questão não deveria ser :
COMO exterminar os trabalhadores ?

Posted by João Botelho.

sexta-feira, junho 22, 2007

Que PS ?





Deputados dizem que há "pouco PS no Governo"
Público 22 Jun. 07

Esta frase é uma verdadeira tirado dos Gato Fedorento, Contra Informação ou até tipo Telmo Correia (“António Costa saiu do governo, mas o governo ainda não saiu de António Costa”).

Mais uma vez (pela enésima) os senhores deputados andam distraídos, muito distraídos.
Mas qual Partido Socialista ? Ainda existe ?!
Ou será que um conjunto de senhores , jovens senhores, formados nas escolas das jotas a que se juntaram muitos ex-qualquer coisa , gerem um governo apoiado pelo símbolo do PS ?

Cada dia que passa assistimos a mais um passo na transmutação doutrinária e ideológica que o PS está sofrer. O PS resignou-se e refugiou-se numa falsa unanimidade em torno do chefe que lhe garantiu a maioria absoluta. Sócrates tem muita dificuldade em gerir a mínima opinião contrária e encara sempre mal esses supostos desafios ao seu novo estilo de primeiro ministro técnico e com autoridade e não de um político profissional.

Afirmar o seu desacordo e protesto contra esta governação que está a enterrar o ideário socialista em troca de um ideário neoliberal, a que chamam “esquerda moderna”, custa o ostracismo. O consenso acéfalo dos nossos dias, reforçado com a eleição de Cavaco, levou à construção de um estado de espírito, estilo “União Nacional”, em que quem “não entender e aceitar a missão deste governo”, é logo rotulado de estatista, retrógrado, nostálgico ou bota-abaixo. Qualquer crítica, qualquer voz dissonante é ousadia excessiva.


- Saúde, Segurança Social.....reduzidos a pó e entregues aos privados.

- Demissão pura e simples de promover e garantir o cumprimento das funções nucleares do Estado Democrático.

- Escola Pública e Professores, enxovalhados e sujeitos a todas as arbitrariedades

- Destruição da Função Pública transformando os seus funcionários, perante a opinião pública, num bando de parasitas e incompetentes.

- Desemprego a aumentar diariamente.

- Famílias cada vez mais endividadas e os lucros da Banca a crescerem semestre a semestre

- Numero de pobres e indigentes a aumentar dia a dia.

- Interior a ver crescer a desertificação dia a dia.

- Abandono puro e simples das comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo.

- Promoção de metodologias e organização politica, administrativa e judicial de cariz duvidosamente democrático.

- Ataque ao movimento sindical, como nunca nenhum governo ousou, no pós 25 Abril.

Ao colocar uma fotografia do Dr. Fernando Valle, a ilustrar este texto, quisemos prestar homenagem aos Socialistas que «Pela sua acção na política, pela elevação e pelo rigor ético, pelo desinteresse pessoal, pela humildade democrática, se tornaram um símbolo de honradez republicana para sucessivas gerações».

Afinal que PS temos?
Que PS teremos no pós- Sócrates ?


Este debate torna-se ainda mais pertinente, em face do fracasso anunciado de um governo, que esqueceu uma agenda política de esquerda e se entregou à total subordinação dos poderes económicos.

Posted by João Botelho e Jorge Silva.












Música



Ontem, dia 21 de Junho, foi Dia Europeu da Música.

Não me esqueci ! Simplesmente não tive tempo de o registar no blogue.
A ideia foi concebida pelo músico francês Maurice Fleuret e pelo ministro da Cultura Jack Lang, em 1981, e posta em prática pela primeira vez em 1982.

Quem não gosta de música para ouvir, dançar, assobiar e cantar ?
A música é vida !
Defendo uma atitude de abertura a tudo o que possa dignificar e valorizar a música sem quadradismos mentais.
“Desde a música clássica ao heavy metal, desde a erudita à comercial pura, todas, quer queiramos quer não, são sempre compostas pelas mesmas notas que existem no grafismo musical". Vá lá, não seja bota de elástico….

A música e a cultura em geral deveriam ocupar um lugar privilegiado nas opções políticas dos nossos governantes.
Acredito que a cultura, o ensino e a cidadania, são os vectores mais importantes da mudança de mentalidades e de uma evolução segura e consistente.


Como alguém disse: “Não se pode ser poeta só por se juntar metricamente palavras que rimam”.
Não sou poeta e muito menos músico, mas a minha vida seria um vazio sem AMBAS !

Posted by João Botelho.




quinta-feira, junho 21, 2007

Coincidências...


"José Sócrates apresentou uma queixa-crime contra o blogger António Balbino Caldeira devido ao conjunto de textos que este professor de Alcobaça escreveu sobre a sua licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente (UnI)".
In Expresso on line

A 21 de Junho de 1527, morre, em Florença, Nicolau Maquiavel, filósofo, historiador e dramaturgo renascentista. Escreveu, entre outros textos, O Príncipe.

Posted by J.B.

segunda-feira, junho 18, 2007

Eu estive lá !


Something
Something in the way she moves Attracts me like no other lover Something in the way she woos me I don't want to leave her now
You know I believe and how
Somewhere in her smile she knows That I don't need no other lover Something in her style that shows me I don't want to leave her now
You know I believe and how
You're asking me will my love grow I don't know, I don't know
You stick around and it may show I don't know, I don't know
Something in the way she knows
And all I have to do is think of her Something in the things she shows me
I don't want to leave her now You know I believe and how

(por acaso esta letra é das poucas do George Harrison, mas fica a saudação e a memória)

Os Beatles cantaram e tocaram quase tudo de uma forma simples, mas inovadora.

A 18 de Junho de 1942, nasce, em Liverpool (Inglaterra), Paul McCartney.
Posted by João Botelho.

Agora É MESMO o pântano …..


Van Zeller admite «entendimento» com Governo sobre estudo

(19:43 / 17 de Junho 07 ) TSF

Notícias sobre acordo do Governo com CIP são «fantasiosas», diz Governo

( 09:07 / 18 de Junho 07 ) TSF

Sócrates desmente negociação com a CIP sobre estudo do novo aeroporto

( 14:35 / 18 de Junho 07 )

E aos costumes, Cavaco disse : assobiemos !

Confuso ??? NÃO !!

Tudo “combinado” a bem dos Otários…..como eu !


Posted by João Botelho.

sábado, junho 16, 2007

Esta noite...



Pouco para dizer ...

Esgotado (?!) de lutar contra quem nos quer vencer…a mediocridade e a mesquinhez !

“Por sinais perdidos, Espero em vão” (já cantavamos os Sétima Legião)

A esta hora, só o refúgio nestes olhos de amor e fogo....


Posted by João Botelho.

segunda-feira, junho 11, 2007

A ECONOMIA DE MERCADO EM FUNCIONAMENTO!...

Na edição de hoje do "JORNAL DE NEGÓCIOS" a principal notícia da primeira página é aquela que reproduzimos. No interior do jornal, onde a notícia se desenvolve, começa da seguinte forma: "Os trabalhadores das empresas do PSI-20 receberam, em média, 26 mil euros cada no ano passado. Um valor 33 vezes inferior à remuneração dos executivos. Em 2006, os salários dos administradores das empresas cotadas cresceram duas vezes mais que os custos associados aos colaboradores"

Os trabalhadores das empresas do PSI-20 não são própriamente os mesmos das empresas que se deslocalizam. Também não são os mesmos nem têm os mesmos problemas dos trabalhadores do sector textil. A notícia também não se refere aos precários com recibos verdes.

Mas a grande questão é que TODOS os que referimos são trabalhadores submetidos a uma lógica de desigualdade provocada pela dinâmica de uma economia de mercado que muita gente teima em fazer crer que se trata de uma economia de desenvolvimento sustentado ou de oportunidades para todos(!).

Com o aumento da precaridade e de um clima de intimidação na generalidade das empresas (públicas e privadas), o poder económico e financeiro, com os seus media aliados, têm fomentado um clima de resignação em muitos sectores de trabalhadores: "mais vale ter um emprego, qualquer que seja, que estar no desemprego" ou "podemos ter salários de miséria, mas temo-los" ...

O objectivo deliberado é acentuar o individualismo entre os trabalhadores impedindo qualquer resposta colectiva por parte dos assalariados (com salário fixo ou com salário variável ...).

O aumento das desigualdades sociais, aquilo de que fala a notícia, tem de ser combatido com imaginação mas de uma forma muito incisiva e objectiva. É um combate que diz respeito a TODAS e TODOS os trabalhadores, do sector público e também do sector privado, com salários fixos ou com salários variáveis, licenciados ou não licenciados. É um combate que tem de redescobrir formas de organização que tornem visível que a acção colectiva é mais eficaz que o desespero individual. E é URGENTE!
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DIREITAS.....


A DIREITA no poder, lá fora !

FRANÇA

Partido de Sarkozy domina primeira volta de legislativasA UMP, do presidente francês Nicolas Sarkozy, ganhou de forma clara a primeira volta das legislativas em França, ao obter pouco mais de 39,5 por cento dos votos.
Os socialistas quedaram-se pelos 24,73 por cento.
( 08:49 / 11 de Junho 07) TSF

BÉLGICA

Democratas-cristãos vencem legislativas na Bélgica.
Os democratas-cristãos flamengos, há oito anos na oposição, são os grandes vencedores das legislativas belgas, devendo liderar o próximo governo federal do país.

Lusa 11 Junho de 07


A DIREITA no poder, cá dentro !

Os grandes bancos nacionais ganharam 8,7 milhões de euros por dia, no primeiro trimestre deste ano, mais 21% que em cada dia do mesmo trimestre de 2006, quando os ganhos diários foram de 7,1 milhões de euros.

DN 10 de Junho de 07

Pensões vão baixar 40 por cento com novas regras da Segurança Social, diz a OCDE

Público 08.06.2007

Posted by J.B.

domingo, junho 10, 2007

Ainda, neste 10 de Junho...



O MEDO

Qualquer coisa está a correr mal neste país.
Que não se diga, como gosta de repetir o primeiro-ministro a propósito dos discursos da oposição, “que só sabem dizer mal, incapazes que são de apontar para o que fazemos de bom”. Se bem que a acção da oposição seja quase nula, aquela frase mostra já o que se pretende: um consenso geral obediente, a adesão apolítica do Governo como condição primeira de crítica. Mas uma coisa é a maledicência outra a crítica ; uma coisa é a obediência passiva, outra a aprovação lúcida.

Receio que a súbita conjugação entre a maneira como (não) foi esclarecida a questão da licenciatura do primeiro-ministro, as investidas contra a liberdade de expressão, e a maneira como certos jornalistas e comentadores reagiram à situação (pelo silêncio ou pela sua defesa ruidosa), venha contribuir para o clima “claustrofóbico” (Paulo Rangel) e de medo que vai progressivamente envolvendo o nosso país.

Estão-se a tomar uma série de medidas que vão no pior sentido da liberdade democrática. É o “guia das boas práticas” incentivando os funcionários públicos à denúncia (considerada como um “dever legal”) das “situações irregulares” dos colegas – uma ignomínia, um incentivo do Ministério da Justiça à corrupção moral, ao envenenamento das regras da cidadania, à delação, só imagináveis em regimes ditatoriais (que fazem do Estado um poder sagrado a que se deve tudo); é a concentração das polícias sob a tutela do primeiro-ministro, a Entidade Reguladora da Comunicação Social, o novo Estatuto do Jornalista, etc,
com disposições que apontam subtilmente numa direcção : criar um clima moralizador da vida pública, substituir os comportamentos cívicos e deontológicos por comportamentos “morais” ou de “bom senso”.

(….) O medo encolhe os cérebros, reduz o espírito, fecha os corpos. Está-se a formar um clima de medo. E o medo tem a particularidade de alastrar. Ao medo social de perder o emprego, de não subir na carreira, de perder as pensões, de não aguentar tanta pressão e constrangimento em tantos domínios, junta-se agora o medo de protestar, de falar, de se exprimir. O medo social está tornar-se político: tem-se medo do Governo, e, talvez, um dia, do primeiro-ministro.


Artigo de José Gil, revista Visão, em 3 de Maio 2007
Posted by J.B.

Andreu Nin y Camillo Berneri: MANIFESTO


MANIFESTO DE 16 DE JUNHO DE 2007

(Promovido pela Fundació Andreu Nin da Catalunha. Enviar as adesões para
poum@fundanin.org)

As diversas entidades sociais, políticas e culturais, assim como as pessoas que dão o seu apoio a este acto que pretende recordar ainda que seja tardiamente o patético significado dos assassinatos de Andreu Nin y Camillo Berneri, os mais conhecidos de entre os muitos que acompanharam as jornadas de Maio de 1937 em Barcelona e outras cidades da Catalunha, assassinados todos eles en nome da República e inclusivamente do socialismo.

É precisamente pela República pelo socialismo que julgamos ser necessário levar a cabo um gesto que já deveria ter sido levado a cabo em 1937 ou em 1938 e que poderia ter-se realizado em qualquer outra data como expressão de uma defesa necessária da memória contra la calúnia y o esquecimento, como expressão de um drama histórico sobre o que queremos projectar o sentimento emancipador que lhe corresponde.

Certamente que já passou muito tempo, muitas vidas, mas a persistência da memoria adquire todo o seu sentido desde o momento em que tanto a de Berneri como a de Nin são duas biografias que condensam em grande parte as virtudes más excelsas do pensamento livre e do movimento operário, duas figuras de projecção universal que más além deste ou daquele debate ou divergência pontual e sempre legitima, deram glória a seu tempo y reforçaram os critérios da convergência e da unidade entre marxistas abertos e anarquistas anti-dogmáticos.

Ainda que seja muito sucintamente, queremos recordar alguns traços históricos que não são tão conhecidos como deveriam se-lo.

Andreu Nin (El Vendrell, 1892-Alcalá de Henares, 1937), professor de profissão, militante abnegado cuja trajectória militante remonta à Semana trágica, que se destacou como republicano federal e logo como socialista internacionalista durante a Grande Guerra, que foi secretário geral da CNT nos anos do pistolerismo patronal, co-fundador do Partido Comunista, secretário da Internacional Sindical Vermelha, comunista anti-estalinista desde mediados dos anos vinte, amigo e tradutor de León Trotsky, co-fundador e líder do POUM com Joaquín Maurín, conselheiro da Justiça da Generalitat, reconhecido tradutor do russo para o castelhano e para o catalão, autor de obras da importancia de Els movimients d´emancipació nacional e Las dictadures del nostre temps. A sua morte insere-se no mesmo episódio da velha guarda bolchevique e foi em boa parte obra dos mesmos que assassinaram Trotsky.

Um pouco mais jovem, Camillo Berneri (Lodi, Italia, 1897-1937) provinha de uma família de intelectuais de esquerda. O seu avô foi companheiro de Garibaldi, sua mãe uma notável escritora feminista (Camillo escreverá também um livro sobre a emancipação da mulher). Sua filha Maria Luisa será a autora de El futuro: viaje a través de la utopía. Camillo militou nas Juventudes Socialistas até à Grande Guerra. Depois tornar-se-á um anarquista "revisionista" muito aberto (Salvemini dirá a seu respeito: "...interessava-se por tudo com uma avidez insaciável. Enquanto que muitos anarquistas são como uma casa cujas janelas para a rua estão tapadas... ele tinha abertas todas as janelas"). Discípulo de Luigi Fabbri, Camillo sacrificará a sua vocação de vida intelectual pela más urgente da acção directa. No exílio, Berneri tornou-se num dos inimigos más activos do fascismo e o ditador nunca lhe perdoou o seu labor de denúncia.

Quando começou a guerra civil mudou-se imediatamente para Espanha e lutou na frente de Huesca. Nomeado comissário da coluna italiana da CNT, publicou em Barcelona a sua revista Guerra de Classe, na qual afirmava que aquela era una guerra internacional, "e portanto são decisivos os factores exteriores e a política internacional», e também una guerra de classes. Este libertário "conselhista" ou "sovietista", que glosa com emoção a recoredação de Gramsci e que defende a honra revolucionaria do POUM, será assassinado na noite de 5 para 6 de Maio juntamente com o seu camarada Barbieri.

Quem o matou? Sabe-se que foi detido por uma patrulha que se identificou com as siglas de da UGT e que sua morte foi celebrada pelo estalinismo.

Sendo assim, com esta homenagem pretende-se realçar através de duas personagens tão nossas e tão especialmente emblemáticos, mais pelas suas vidas do que pelas suas mortes, a vigência dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que compreendem –inequivocamente - os da natural pluralidade nos métodos e as vias para avançar por este caminho, de proclamar bem alto um "NUNCA MAIS" a métodos que foram tanto más ignominiosos quanto que foram perpetrados em nome da República e do socialismo.

Neste 10 de Junho....


“Operação Furacão” : muitas perguntas à procura de resposta.



Em causa está uma alegada ligação do português Licínio Soares Bastos – detido no Brasil por suposto envolvimento na “máfia dos bingos”, uma rede de jogo ilegal, compra de sentenças judiciais e lavagem de dinheiro – ao Partido Socialista, ao seu protagonista no financiamento da candidatura de Aníbal Araújo pelo círculo da emigração nas legislativas de 2005 e a sua nomeação pelo actual Governo para cônsul honorário de Portugal numa cidade daquele país.

Os órgãos oficiais do PS, José Lello, responsável do partido pelas comunidades portuguesas, e António Braga, secretário de Estado das Comunidade, têm sido interpelados com regularidade. Mas ou se remetem ao silêncio ou as respostas que dão são manifestamente curtas.

Em vez de se esconderem não silêncio, os responsáveis políticos deviam prestar todos os esclarecimentos.

Aqui ficam os factos que procuram resposta.

1. Porque é que a direcção nacional do PS anulou a decisão das estruturas do PS no Brasil sobre os candidatos de fora da Europa nas legislativas de 2005 e impôs o nome de Aníbal Araújo ?

2. Que seguimento deram José Sócrates e José Lello aos alertas feitos por carta por militantes socialistas no Brasil sobre os propósitos que levaram à elaboração dessa lista de deputados ?

3. Quanto gastou o PS na campanha eleitoral desse círculo e quem financiou essas verbas ?

4. Uma vez que liderou essa campanha, como pode José Lello desconhecer esses dados, como afirma ?

5. Quem tratou, então, das questões financeiras dessa campanha ?

6. Que ligações tem ao PS Licínio Soares Bastos, apontado como principal financiador dessa campanha ?

7. É verdade que Licínio Bastos é o proprietário do edifício onde funciona a secção do PS no Rio de Janeiro ?

8. O partido paga renda dessa utilização ?

9. Que critérios levaram à nomeação de Licínio Bastos cônsul honorário de Portugal em Cabo Frio (Brasil) pelo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga ?

10. Que lógica levou à decisão de abrir um consulado numa cidade brasileira de terceira linha, com uma escassa comunidade portuguesa, numa altura em que se encerram consulados em cidades importantes ?

11. Que critérios levaram o Governo a propor Aníbal Araújo para uma condecoração no último 10 de Junho ?

12. Em que condições aceitou a candidatura presidencial de Cavaco Silva utilizar um imóvel em Oliveira de Azeméis cedido por Licínio Bastos ?

13. Sabendo-se que a imprensa regional não é rica, como é que a União Portuguesa de Imprensa Regional (UNIR), presidida por Aníbal Araújo, suporta o seu congresso em Salvador da Bahia, levando de Portugal dezenas de convidados , entre governantes e ex-governantes de vários partidos e jornalistas.

14. Que subsídios do Estado, nomeadamente do Instituto de Comunicação Social, da Secretaria de Estado das Comunidades ou de câmaras Municipais, são entregues à UNIR para estes e outros fins ?

15. Que apoios do Estado recebem os jornais de Aníbal Araújo, nomeadamente o Tribuna Press de Ovar, que fundou juntamente com Licínio Bastos, entre outros ?

Prestar esclarecimentos decentes e afastar as legítimas suspeitas é o mínimo que se espera de instituições e protagonistas políticos. Sobretudo numa altura em que a transparência e as boas práticas democráticas são valores em saldo.

Editorial do Jornal Público,
de 11 de Maio 07,
da autoria do jornalista Paulo Ferreira.

Posted by João Botelho.

SOCIALISMO LIBERTARIO, Junho 2007

Saiu mais um número de SOCIALISMO LIBERTARIO.

Destaca-se o tema chamado à primeira página: FORA DA POLÍTICA, POR UM COMPROMISSO HUMANO E REVOLUCIONÁRIO.

Vale a pena ler o Editorial e pensar no que se passa na generalidade das democracias liberais ocidentais. Ou então em casos concretos como Portugal, com a dita popularidade (nas sondagens...) do governo Sócrates, ou agora em França, com o efeito Sarkozy ... Como é que as democracias do hiper-parlamentarismo medem a contestação social? Como é que estas democracias do hiper-mediatismo acolhem os movimentos sociais de oposição? Ou como é que os partidos tradicionais (con)vivem no seu seio com correntes de oposição?

Anabel Cubero escreve no editorial:

É óbvio que a política não é somente o momento eleitoral, mas as eleições são um espelho cada vez mais distorcido - senão falso - da realidade, ainda que nos possa oferecer alguns dados parciais para se conhecer o ânimo, as aspirações momentâneas que levam as pessoas a votar e a não votar.

É natural e aceite que todas as pessoas que tenham votado mais contra a direita do que convencidos sobre alguma formação das esquerdas, se sintam decepcionados - muito mais em Madrid e Valência, por exemplo - e desolados pelo aparente crescimento do que é mais conservador. Ou que outros - como na Catalunha, por exemplo - se tenham alegrado com a perda de formações conservadoras, como a CiU, nas principais cidades. (...)

Terminados os recentes comícios, começa agora a sibilina batalha pelas eleições gerais, sendo estes os debates que iremos ouvir. Mas não podemos medir tudo com os parametros políticos, os quais são, por essência, superficiais e tendenciosos.

Outro dado de que não se fala é o fenónemo da abstenção. É significativo que quase metade dos eleitores se tenham abstido de votar e que juntamente com os votos nulos e embranco, tenham engrossado uma percentagem elevada de desconfiança e de desinteresse, ainda mais nas últimas eleições autonómicas e municipais. É significativo que 3 em cada 4 pessoas declarem que nada lhes interessa na política e a considerem sinónimo de corruupção, mentiras, manobras, irascibilidade, polarização mediática e artificial. No entanto, tudo isto não tem subjacente uma consciência concreta do que estamos a enfrentar. Indica o nível da crise da política, da sua falta de respostas perante os problemas humanos mais acutilantes, da falsidade das suas propostas, embora apareça como algo insuperável, como o menos mal, como o veículo para delegar nos aparelhos, no Estado, nas autarquias ou nos governos autonómos, assuntos que nos dizem directamente respeito, ou seja, partilha-se uma mesma lógica política que consideramos ter de a superar para se poder afirmar algo diferente.

Por outro lado, aos políticos e à política em geral, não lhes interessa o nível de abstenção, sempre e qaundo alcançam o quorum. Isto é algo de novo nos nossos dias. São as regras da democracia representativa. Além do mais, consideram sempre que "quem não vota, não pode falar". (...)

É preciso um esforço maior, mais decidido e afirmativo, para transformar uma desconformidade, uma inércia, um cansaço dos afazeres da política, independentemente do facto de se votar ou não votar. Um compromisso protagonista, individual e social, um esforço para afirmar e inventar novas regras e formas de conviver em sociedade, em comunidade. Aprender a governar-se, aprender a rebelar-se, a trabalhar por uma autodeterminação pessoal e social que nos torne melhores, que combata a delegação, que nos alimente a empatia face aos nossos semelhantes, aos seus problemas, aos seus sonhos. Implica um esforço maior, mas um esforço para algo melhor, mais humano, mais consciente, mais protagonista que nos dignifica e nos realiza. Pode ser um compromisso afirmativo de autodeterminação e revolução quotidiana de outros critérios, de outros valores que coloque as possibilidades de emancipação humana, nas pessoas e não nos poderes intermediários opressivos que governam "em nosso nome".

Outros temas abordados neste número de SL:

  • Líbano e Palestina: uma emergência humana;
  • Mulheres em luta: na Argentina e no Irão;
  • Ao lado das comunidades em luta, meeting internacional: 1º de Maio de comunhão humana;
  • Experiências de comunidade, o nosso projecto de comunhão humana. Dario Renzi, director de Utopia Socialista.
  • Aqui e agora: política urbanística e de Delphi a Vigo.
  • Maio de 1937: revolução e contra-revolução na Cataluna.

Pedidos de Socialismo Libertário, para periodicosl@yahoo.es
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sábado, junho 09, 2007

Pearl Jam and U2 - Rockin' In The Free World 111706

Os inesgotáveis PEARL JAM estiveram ontem a fechar o primeiro dia do Oeiras Alive. A banda de Seattle relembrou os melhores momentos da sua já longa vida de criação e poesia musical ... É bom ouver (!) os Pearl, a melhor banda da terra onde as ruas acolheram os protestos contra a globalização liberal ... e não faltou a lembrança de que Bush e o diabo andam muito próximos! Este "Rock'in in the free world" também esteve lá ... sem os U2 que não fizeram falta!

sexta-feira, junho 08, 2007

GENERAL SEM MEDO


8 de Junho de 1958, o Almirante Américo de Deus Rodrigues Tomás, candidato pela União Nacional, é eleito Presidente da República, derrotando o General Humberto Delgado.

O mote da campanha eleitoral, de Humberto Delgado, foi lançado pela célebre frase "Obviamente demito-o", numa conferência de imprensa no Café Chave D´Ouro em Lisboa, a 10 de Maio de 1958, em resposta a um jornalista da France Press que lhe pergunta qual o destino que daria a Salazar no caso de ganhar as eleições.

A vasta movimentação popular que se seguiu permitiu criar pela primeira vez em três décadas de ditadura uma dinâmica de unidade da oposição contra o regime salazarista. O carisma do "General sem medo" surgiu como um fenómeno inesperado, bem como a erupção de massas no processo eleitoral.

O facto da oposição estar proibida de inspeccionar o funcionamento das assembleia de voto, reforçou a acusação de ter havido fraude eleitoral.Os números oficiais deram quase 25% dos votos a Humberto Delgado, contra 75% do candidato oficial, Américo Tomás, não sendo possível ainda hoje apurar os resultados reais dada a amplitude da fraude.


SEM MEMÓRIA, NÃO HÁ FUTURO !

Posted by João Botelho.

quinta-feira, junho 07, 2007

terça-feira, junho 05, 2007

É ESTA A EUROPA DO NEO-LIBERALISMO ....

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, considerou, por entre um encolher de ombros, que os portugueses "terão" de fazer mais uns sacrificios, nomeadamente quanto ao que já pagam com o crédito à habitação, com mais um aumento das taxas de juro provocada pelo Banco Central europeu. Considera o ministro que aquele banco é uma instituição independente do poder político e, como tal, não há volta a dar e os governos nacionais não se podem meter ...

Ao mesmo tempo que o Banco Central europeu aumenta, mais uma vez, as taxas de juro, o FMI considera também que as taxas devem subir ... se um diz mata o outro diz esfola!...

Este exemplo que é real, espelha bem a Europa dos liberais, a Europa do neo-liberalismo: primeiro as instituições, depois as instituições, ... , muito depois as pessoas! Mas só na perspectiva de que os deveres (transformados em obrigações!) suplantem sempre os direitos ...

Porque é que o Banco Central europeu tem de ser "independente" do poder político? Quem o controla? Os liberais dirão ... o mercado! As pessoas sabem quem manda no mercado ... as empresas!

Veja-se bem com este exemplo, onde e quando é que os europeus controlam democráticamente as políticas da União Europeia ... não controlam nem elegem!

DIA INTERNACIONAL DE ACÇÃO DIRECTA PELA JUSTIÇA CLIMÁTICA (8 DE JUNHO)




Dia Internacional de Acção Directa pela Justiça Climática
( 8 de Junho).
Participem!








Contra as Alterações do Clima e o G8O espectro antagonista percorre a Europa: já começaram as mobilizações contra a elite mundial do G8Para acompanhar os protestos, as acções, os concertos, os debates e workshops, etc:

Em Portugal estão previstas várias acções.

A tua participação é importante e podes colaborar de várias formas - pintura, filmagem, representação, distribuição do nosso manifesto, interacção com a população, bicicletada e o mais que queiras sugerir!

No Porto:
O que vamos fazer?

Vamos simular um mercado de direitos de emissão («Outlet do Carbono») onde haverá figurantes a representar cada um dos líderes do G8 a tentar comprar direitos a outros países, ou seja, a «oferecer» gases de efeito de estufa (simbolizados por balões negros «negociados» com quem vai a passar na rua...).

Denunciar-se-á localmente um dos aspectos que mais gravemente está a contribuir para esta situação na zona do Porto : o abuso e favorecimento do automóvel privado a par com o desprezo e crescente mau trato dado aos transportes colectivos e aos seus utentes.
Onde o vamos fazer?

Entre o Castelo do Queijo e a marginal de Matosinhos. Quando? dia 8, sexta-feira, a partir das 15.00h Para colaborares e para mais informações contacta:

ou contacta os tls

936333332
966060499
919053035

Em Lisboa:
Entre a Rua Augusta e a Av. da Liberdade teremos no mesmo dia ( 8 de Junho) várias acções, de performance ou instalação de rua:

Na Rua Augusta vamos ter uma batalha pela justiça climática contra os líderes do G8:

um mapa mundo em que todas as pessoas impedem que o G8 encha o Mundo de gases poluentes, emissões que afectam sobretudo os países do hemisfério Sul.

Salvar o clima com justiça social contra a poluição dos mais ricos!

Aparece às 17h30 no início da R. Augusta (lado Rossio)

Não faltes!E não deixes de participar nos preparativos!

Passa palavra!

Para colaborares e para mais informações contacta: justica.climatica@gmail.com

Para acompanhares todos estes preparativos vai a:http://www.geoito2007.blogspot.com/
(mail enviado por Emilia Cerqueira)

Ainda há boas notícias....











A grelha de programas do RCP (Rádio Clube Português), tem uma excelente novidade : o regresso do programa Íntima Fracção, de Francisco Amaral.

Transmitido aos domingos das 24h às 2 da manhã.

Um dos mais antigos programas da rádio portuguesa volta assim a uma emissora grande, depois de ter sido transmitido na Antena 1, TSF e, ultimamente, na Rádio Universidade de Coimbra (RUC).
É possível fazer-se o download integral dos programas em formato mp3, no blogue próprio do programa.

Músicas, vozes e sons únicos !

As frequências:
Aveiro 94.4 - Beja 106.4 - Braga 92.9 - Coimbra 98.4 - Faro 106.1 - Leiria 96.4 - Lisboa 104.3 - Portalegre 106.7 - Portimão 107.1 - Porto 90.0 - Sabugal 94.8 - Santiago do Cacém 107.5 - Vila Real 97.4



Posted by João Botelho.

sexta-feira, junho 01, 2007