É falso que exista um consenso sobre a Europa que se quer. Sobre a Europa tudo tem de estar em discussão. Até porque a Europa que se tem vindo a construir tem muito mais a ver com uma visão neo-liberal e capitalista do que com uma visão democrática, social, participada, de justiça social, ou seja, socialista!
A Europa neo-liberal tem-se afirmado sempre, à margem dos cidadãos europeus. E é preciso reconhecê-lo que o papel dos dirigentes socialistas do Partido Socialista Europeu tem sido muito pouco diferente do papel dos conservadores e direitistas.
Uma Europa democrática e social precisa da participação do movimento social, precisa de reconhecer como vital a participação do movimento social. Do movimento social formado pela participação dos cidadãos enquanto, dos trabalhadores e das suas diversas organizações, dos jovens e das suas iniciativas e organizações, dos reformados, dos agricultores, dos consumidores e, sobretudo, precisa de reconhecer todas as formas de auto-organização que visão propiciar uma intervenção mais activa de todos na política e no social.
A política não deve ser exclusiva dos políticos e/ou de especialistas. É uma visão da política que afasta, marginaliza, torna desinteressante aos olhos dos cidadãos a sua própria e vital intervenção.
O apelo à intervenção dos cidadãos deve ser feita na base de propostas políticas e sociais mobilizadoras e não na base da abstracção ou de propostas que têm a sua origem em foruns onde o cidadão não é nunca chamado a intervir.
Fixemos duas questões importantes:
* A Europa precisa de uma Constituição? Se precisa, precisará então de mobilizar os cidadãos para uma Assembleia Constituinte democrática e universalmente mandatada por sufrágio directo. O que tem vindo a aocntecer com o projecto Giscard D'Estaing é tudo menos democrático e mobilizador...
* A Europa precisa de um Salário Mínimo Europeu como forma de se eliminarem as graves diferenças existentes. É uma proposta avançada pelos socialistas franceses da tendência "Democratie & Socialisme" que subscrevo inteiramente e que merecia um debate sério.
São duas questões concretos que deveriam merecer a atenção do fórum "Europa é connosco", o qual deveria chamar para o debate não só políticos, especialistas e empresários, mas sobretudo, organizações sindicais, organizações de consumidores, organizações populares ... em suma, os representantes dos cidadãos que, no dia-a-dia, apanham com as consequências da Europa liberal e das suas políticas!
Ficam estas ideias...
Socialismo libertário, eco-socialismo, para uma alternativa democrática, socialista e anti-capitalista com dimensão internacional!
quinta-feira, maio 27, 2004
sábado, maio 22, 2004
PORTUGAL É UMA REPUBLICA: AINDA BEM!
Num momento em que a monarquia espanhola é alimentada com mais um balão de oxigénio dado pelo casamento do principe Filipe, é oportuno lembrar que Portugal é uma República.
Uma República com todos os seus defeitos é sempre muito melhor que uma Monarquia por melhor que esta seja.
E a nossa República surgida, em 1910, de um levantamento popular, renascida em 25 de Abril de 1974 com um impulso revolucionário democrático e com vontade de transformação socialista, é muitissimo melhor que a monarquia espanhola, a qual, ainda por cima, trás consigo o rasto do franquismo e de uma afirmação que não teve nada de nada democrático!
A ostentação do casamento do principe espanhol é, em si mesmo, mais um exemplo da incapacidade democrática e social da monarquia por mais caridade que distribua!
Ontem algumas centenas de jovens e cidadãos do Estado Espanhol lembraram que a República Espanhola foi espezinhada por um golpe facista, o de Franco, o qual "evoluiu" depois, precisamente para a actual monarquia!
Viva a República!
Uma República com todos os seus defeitos é sempre muito melhor que uma Monarquia por melhor que esta seja.
E a nossa República surgida, em 1910, de um levantamento popular, renascida em 25 de Abril de 1974 com um impulso revolucionário democrático e com vontade de transformação socialista, é muitissimo melhor que a monarquia espanhola, a qual, ainda por cima, trás consigo o rasto do franquismo e de uma afirmação que não teve nada de nada democrático!
A ostentação do casamento do principe espanhol é, em si mesmo, mais um exemplo da incapacidade democrática e social da monarquia por mais caridade que distribua!
Ontem algumas centenas de jovens e cidadãos do Estado Espanhol lembraram que a República Espanhola foi espezinhada por um golpe facista, o de Franco, o qual "evoluiu" depois, precisamente para a actual monarquia!
Viva a República!
sábado, maio 15, 2004
ELEIÇÕES EUROPEIAS: O PS PRECISA DE DEBATE DEMOCRÁTICO, NÃO PRECISA DE UNIDADES FICTÍCIAS!
Parece que alguns dirigentes do Partido Socialista teimam em fazer crer que a "unidade" é mais importante que o debate democrático ou que o debate pode comprometer a unidade dos socialistas e a vitória nas eleições europeias.
Por este andar, só se voltará a discutir problemas concretos, lá para 2006...
O Partido Socialista para demonstrar que tem capacidade para vencer eleições e é a base vital de uma alternativa de esquerda à direita, tem de demonstrar que sabe e pode intervir nos mais variados problemas independentemente da conjuntura, da origem e das consequências que esses problemas levantam.
O Partido Socialista não pode passar ao lado, como se nada estivesse a acontecer, das suspeitas de irregularidades/corrupção ao nível autarquico. E tem de assumir claramente uma posição independentemente de existirem entre os visados, militantes e dirigentes seus. E os primeiros a terem o direito de saber qual a posição do PS, são, uma vez mais, os militantes socialistas.
As eleições europeias não podem ser assumidas como uma espécie de guerra na qual o PS é uma espécie de exército sujeito a uma disciplina militar que identifica o debate como um sinónimo de enfraquecimento perante o inimigo...
O que tem vindo a acontecer de suspeitas sobre irregularidades graves ao nível da gestão camarária, merece que se organize um debate no seio do PS sobre o modelo de poder local democrático que os socialistas querem e, nesse modelo, qual a independencia que se deve manter face a qualquer lobby ao mesmo tempo que se promove uma activa participação cidadã, nomeadamente com o reconhecimento de novas formas de auto-organização democrática.
Os dirigentes do Partido Socialista não podem fazer como a avestruz, ignorando problemas que existem, que acontecem, que merecem comentários de tudo e de todos, como que pedindo que só se intervenha sobre eles depois das eleições europeias e na medida em que qualquer intervenção não venha a prejudicar, depois, a intervenção nas eleições autarquicas...
Dois exemplos: em Gondomar, a direcção distrital do PS, ao contrário do que pensa a concelhia, não toma posição clara sobre a Camara gerida pelo PSD de Valentim Loureiro; em Matosinhos, continua, à revelia da maioria dos militantes socialistas do concelho, uma acção do Presidente socialista da Câmara que só tem um objectivo que é sobrepor-se à concelhia democráticamente eleita para depois assegurar junto da direcção nacional uma posição de força de garanta a re-candidatura à Câmara...
São exemplos que demonstram que, apesar de todos os apelos a unidades algo administrativas e fictícias, fica por fazer uma intervenção clara sobre problemas concretos, incentivando-se a acção dos próprios militantes. É assim que se constroem autenticas unidades para a acção!
Por este andar, só se voltará a discutir problemas concretos, lá para 2006...
O Partido Socialista para demonstrar que tem capacidade para vencer eleições e é a base vital de uma alternativa de esquerda à direita, tem de demonstrar que sabe e pode intervir nos mais variados problemas independentemente da conjuntura, da origem e das consequências que esses problemas levantam.
O Partido Socialista não pode passar ao lado, como se nada estivesse a acontecer, das suspeitas de irregularidades/corrupção ao nível autarquico. E tem de assumir claramente uma posição independentemente de existirem entre os visados, militantes e dirigentes seus. E os primeiros a terem o direito de saber qual a posição do PS, são, uma vez mais, os militantes socialistas.
As eleições europeias não podem ser assumidas como uma espécie de guerra na qual o PS é uma espécie de exército sujeito a uma disciplina militar que identifica o debate como um sinónimo de enfraquecimento perante o inimigo...
O que tem vindo a acontecer de suspeitas sobre irregularidades graves ao nível da gestão camarária, merece que se organize um debate no seio do PS sobre o modelo de poder local democrático que os socialistas querem e, nesse modelo, qual a independencia que se deve manter face a qualquer lobby ao mesmo tempo que se promove uma activa participação cidadã, nomeadamente com o reconhecimento de novas formas de auto-organização democrática.
Os dirigentes do Partido Socialista não podem fazer como a avestruz, ignorando problemas que existem, que acontecem, que merecem comentários de tudo e de todos, como que pedindo que só se intervenha sobre eles depois das eleições europeias e na medida em que qualquer intervenção não venha a prejudicar, depois, a intervenção nas eleições autarquicas...
Dois exemplos: em Gondomar, a direcção distrital do PS, ao contrário do que pensa a concelhia, não toma posição clara sobre a Camara gerida pelo PSD de Valentim Loureiro; em Matosinhos, continua, à revelia da maioria dos militantes socialistas do concelho, uma acção do Presidente socialista da Câmara que só tem um objectivo que é sobrepor-se à concelhia democráticamente eleita para depois assegurar junto da direcção nacional uma posição de força de garanta a re-candidatura à Câmara...
São exemplos que demonstram que, apesar de todos os apelos a unidades algo administrativas e fictícias, fica por fazer uma intervenção clara sobre problemas concretos, incentivando-se a acção dos próprios militantes. É assim que se constroem autenticas unidades para a acção!
quarta-feira, maio 05, 2004
05 DE MAIO: MARX AINDA É ACTUAL!
Provavelmente já muito poucos socialistas se lembram dos tempos em que o PS descia às ruas e gritava "PARTIDO SOCIALISTA, PARTIDO MARXISTA"!
Também muito poucos (será mesmo assim?) dentro do PS se afirmarão como marxistas. O discurso oficial remete Marx para uma referência remota, distante.
Hoje, 05 de Maio, quando passa mais um aniversário do nascimento de Karl Marx, é um momento para poder reafirmar Marx como uma referência incontornável do socialismo.
Marx não é mais um filósofo, nem é tem nada de nada a ver com a aberração totalitária estalinista.
Marx é co-responsável por essa obra da acção socialista que foi/é o MANIFESTO COMUNISTA com uma consigna actual e verdadeiramente revolucionária nestes dias da globalização liberal: PROLETÁRIOS DE TODO O MUNDO:UNI-VOS
Como expressão dessa consigna, a criação da 1ª Internacional, foi a expressão da necessidade da organização internacional dos trabalhadores como forma de se poderem opor eficaz e alternativamente ao capitalismo.
Tudo muito actual, por mais exercícios de aprendizes de avestruz que alguns neo-socialistas tipo 3ª Via pretendam efectuar...
Redescobrir Marx em vez de o ignorar ou apelidar sem o conhecer, deveria ser um desafio para qualquer militante socialista. Seria também uma forma de afirmação socialista contra os ventos liberais que também atingem o interior do PS!
Também muito poucos (será mesmo assim?) dentro do PS se afirmarão como marxistas. O discurso oficial remete Marx para uma referência remota, distante.
Hoje, 05 de Maio, quando passa mais um aniversário do nascimento de Karl Marx, é um momento para poder reafirmar Marx como uma referência incontornável do socialismo.
Marx não é mais um filósofo, nem é tem nada de nada a ver com a aberração totalitária estalinista.
Marx é co-responsável por essa obra da acção socialista que foi/é o MANIFESTO COMUNISTA com uma consigna actual e verdadeiramente revolucionária nestes dias da globalização liberal: PROLETÁRIOS DE TODO O MUNDO:UNI-VOS
Como expressão dessa consigna, a criação da 1ª Internacional, foi a expressão da necessidade da organização internacional dos trabalhadores como forma de se poderem opor eficaz e alternativamente ao capitalismo.
Tudo muito actual, por mais exercícios de aprendizes de avestruz que alguns neo-socialistas tipo 3ª Via pretendam efectuar...
Redescobrir Marx em vez de o ignorar ou apelidar sem o conhecer, deveria ser um desafio para qualquer militante socialista. Seria também uma forma de afirmação socialista contra os ventos liberais que também atingem o interior do PS!
segunda-feira, maio 03, 2004
DEMOCRACIA & SOCIALISMO: Uma mudança de nome num blog com vontade de esquerda!
Este blog é um espaço da iniciativa de um militante socialista do Partido Socialista.
Mas com a intervenção na chamada blogosfera, tenho (re)descoberto que existe no Partido Socialista espaço humano e militante onde o querer socialista, o querer de esquerda, continua a ser um querer que não quer que o PS se desfigure e se normalize por entre os vícios crescentes de uma democracia cada vez mais distante de um Abril com 30 anos que foi Revolução. Revolução onde os militantes socialistas tiveram um papel activo na consolidação das conquistas revolucionárias e na prevenção contra desvios totalitários e esquerdistas. Os socialistas sempre souberam afirmar que a liberdade sem socialismo é uma formalidade e o socialismo sem liberdade uma caricatura e uma degeneração.
Este blog agora rebatizado como DEMOCRACIA & SOCIALISMO quer passar da iniciativa pessoal a um espaço colectivo de militantes do Partido Socialista que querem que o seu Partido se coloque à esquerda, se coloque no espaço dos movimentos sociais, participe nos debates das esquerdas, reafirme o socialismo - despido das suas caricaturas social-democratas e estalinistas - como a única alternativa global ao liberal-capitalismo globalizado.
Estas ideias e esta determinação política de esquerda, só por si, são já alavancas para lançar um debate entre socialistas e também um debate entre as esquerdas. Entre socialistas, na medida em que o PS está invadido por alguma gente que tem muito mais facilidade em falar de liberalismo e de social-democracia do que socialismo ou esquerda. Entre as esquerdas, porque há um projecto democrático e socialista que bebe a sua inspiração no património histórico das correntes marxistas, libertárias e socialistas anti-totalitárias que precisa, não de nichos separados das massas, não de pedestais intelectualmente "à parte", mas tem absoluta necessidade de estar onde os trabalhadores, os jovens, as pessoas estão!
Este blog é também um espaço que se abre ao debate de dentro para dentro e para fora do PS. Não é como alguns chamados "Clubes" de mediáticos socialistas que surgem de fora do PS para depois nada fazerem a não ser alguns fretes aos seus criadores ávidos de mais mediatismo e ... só isso!
Fixem este nome DEMOCRACIA & SOCIALISMO! E participem!
DEMOCRACIA & SOCIALISMO
Mas com a intervenção na chamada blogosfera, tenho (re)descoberto que existe no Partido Socialista espaço humano e militante onde o querer socialista, o querer de esquerda, continua a ser um querer que não quer que o PS se desfigure e se normalize por entre os vícios crescentes de uma democracia cada vez mais distante de um Abril com 30 anos que foi Revolução. Revolução onde os militantes socialistas tiveram um papel activo na consolidação das conquistas revolucionárias e na prevenção contra desvios totalitários e esquerdistas. Os socialistas sempre souberam afirmar que a liberdade sem socialismo é uma formalidade e o socialismo sem liberdade uma caricatura e uma degeneração.
Este blog agora rebatizado como DEMOCRACIA & SOCIALISMO quer passar da iniciativa pessoal a um espaço colectivo de militantes do Partido Socialista que querem que o seu Partido se coloque à esquerda, se coloque no espaço dos movimentos sociais, participe nos debates das esquerdas, reafirme o socialismo - despido das suas caricaturas social-democratas e estalinistas - como a única alternativa global ao liberal-capitalismo globalizado.
Estas ideias e esta determinação política de esquerda, só por si, são já alavancas para lançar um debate entre socialistas e também um debate entre as esquerdas. Entre socialistas, na medida em que o PS está invadido por alguma gente que tem muito mais facilidade em falar de liberalismo e de social-democracia do que socialismo ou esquerda. Entre as esquerdas, porque há um projecto democrático e socialista que bebe a sua inspiração no património histórico das correntes marxistas, libertárias e socialistas anti-totalitárias que precisa, não de nichos separados das massas, não de pedestais intelectualmente "à parte", mas tem absoluta necessidade de estar onde os trabalhadores, os jovens, as pessoas estão!
Este blog é também um espaço que se abre ao debate de dentro para dentro e para fora do PS. Não é como alguns chamados "Clubes" de mediáticos socialistas que surgem de fora do PS para depois nada fazerem a não ser alguns fretes aos seus criadores ávidos de mais mediatismo e ... só isso!
Fixem este nome DEMOCRACIA & SOCIALISMO! E participem!
DEMOCRACIA & SOCIALISMO
DEMOCRACIA & SOCIALISMO: Uma mudança de nome num blog com vontade de esquerda!
Este blog é um espaço da iniciativa de um militante socialista do Partido Socialista.
Mas com a intervenção na chamada blogosfera, tenho (re)descoberto que existe no Partido Socialista espaço humano e militante onde o querer socialista, o querer de esquerda, continua a ser um querer que não quer que o PS se desfigure e se normalize por entre os vícios crescentes de uma democracia cada vez mais distante de um Abril com 30 anos que foi Revolução. Revolução onde os militantes socialistas tiveram um papel activo na consolidação das conquistas revolucionárias e na prevenção contra desvios totalitários e esquerdistas. Os socialistas sempre souberam afirmar que a liberdade sem socialismo é uma formalidade e o socialismo sem liberdade uma caricatura e uma degeneração.
Este blog agora rebatizado como DEMOCRACIA & SOCIALISMO quer passar da iniciativa pessoal a um espaço colectivo de militantes do Partido Socialista que querem que o seu Partido se coloque à esquerda, se coloque no espaço dos movimentos sociais, participe nos debates das esquerdas, reafirme o socialismo - despido das suas caricaturas social-democratas e estalinistas - como a única alternativa global ao liberal-capitalismo globalizado.
Estas ideias e esta determinação política de esquerda, só por si, são já alavancas para lançar um debate entre socialistas e também um debate entre as esquerdas. Entre socialistas, na medida em que o PS está invadido por alguma gente que tem muito mais facilidade em falar de liberalismo e de social-democracia do que socialismo ou esquerda. Entre as esquerdas, porque há um projecto democrático e socialista q
Mas com a intervenção na chamada blogosfera, tenho (re)descoberto que existe no Partido Socialista espaço humano e militante onde o querer socialista, o querer de esquerda, continua a ser um querer que não quer que o PS se desfigure e se normalize por entre os vícios crescentes de uma democracia cada vez mais distante de um Abril com 30 anos que foi Revolução. Revolução onde os militantes socialistas tiveram um papel activo na consolidação das conquistas revolucionárias e na prevenção contra desvios totalitários e esquerdistas. Os socialistas sempre souberam afirmar que a liberdade sem socialismo é uma formalidade e o socialismo sem liberdade uma caricatura e uma degeneração.
Este blog agora rebatizado como DEMOCRACIA & SOCIALISMO quer passar da iniciativa pessoal a um espaço colectivo de militantes do Partido Socialista que querem que o seu Partido se coloque à esquerda, se coloque no espaço dos movimentos sociais, participe nos debates das esquerdas, reafirme o socialismo - despido das suas caricaturas social-democratas e estalinistas - como a única alternativa global ao liberal-capitalismo globalizado.
Estas ideias e esta determinação política de esquerda, só por si, são já alavancas para lançar um debate entre socialistas e também um debate entre as esquerdas. Entre socialistas, na medida em que o PS está invadido por alguma gente que tem muito mais facilidade em falar de liberalismo e de social-democracia do que socialismo ou esquerda. Entre as esquerdas, porque há um projecto democrático e socialista q
quarta-feira, abril 21, 2004
PS: ESTE PARTIDO NASCEU NA VÉSPERA E CRESCEU COM ABRIL!
O Partido Socialista é um partido que nasceu na véspera do 25 de Abril e cresceu e multiplicou-se com e na Revolução de Abril.
Multiplicou núcleos e secções de base nas lutas das ruas, das fábricas, das escolas, dos campos. Ergueu a bandeira do "NEM SOCIALISMO SEM LIBERDADE; NEM LIBERDADE SEM SOCIALISMO" e cresceu em ambiente de luta.
Afirmou-se como principal força política nas primeiras eleições livres e, desde sempre, como o principal partido das esquerdas portuguesas.
Afirmou-se sempre à esquerda, mesmo quando teve de lutar contra desvios totalitários ou contra esquerdismos que não levavam (como não levaram, a avaliar aquilo que são hoje, alguns dos seus protagonistas) a nada.
Nas manifestações, nas intervenções sociais, por todo o lado em que intervinham, os militantes do Partido Socialista falavam em DEMOCRACIA SOCIALISTA, falavam em PODER DEMOCRÁTICO DOS TRABALHADORES, falavam até em PARTIDO SOCIALISTA, PARTIDO MARXISTA!
Ser claramente de esquerda nunca foi obstáculo à afirmação social, política e eleitoral do Partido Socialista!
Comemorar os 30 anos de Abril é também redescobrir a memória e a intervenção de todos os militantes do Partido Socialista que o construiram como partido de esquerda, à esquerda e na esquerda para todos os cidadãos com vontade de mudança!
Em 2004, 30 anos depois de Abril, o Partido Socialista é ainda o principal partido entre as diversas esquerdas portuguesas. Mas, é preciso reconhecer, mesmo contra falsos e idiotas pragmatismos, que faz falta, é preciso, recuperar muito do ânimo, da militância e das convicções que fizeram do PS o partido referência dos cidadãos com vontade de mudança!
Nas batalhas eleitorais que se iniciarão este ano com as Europeias, na participação nos movimentos populares contra a guerra e pela Paz, na intervenção social, o Partido Socialista tem de voltar a ser MUITO MAIS que um partido enfiado nas quatro paredes do Parlamento.
Para cumprir e reafirmar Abril!
Multiplicou núcleos e secções de base nas lutas das ruas, das fábricas, das escolas, dos campos. Ergueu a bandeira do "NEM SOCIALISMO SEM LIBERDADE; NEM LIBERDADE SEM SOCIALISMO" e cresceu em ambiente de luta.
Afirmou-se como principal força política nas primeiras eleições livres e, desde sempre, como o principal partido das esquerdas portuguesas.
Afirmou-se sempre à esquerda, mesmo quando teve de lutar contra desvios totalitários ou contra esquerdismos que não levavam (como não levaram, a avaliar aquilo que são hoje, alguns dos seus protagonistas) a nada.
Nas manifestações, nas intervenções sociais, por todo o lado em que intervinham, os militantes do Partido Socialista falavam em DEMOCRACIA SOCIALISTA, falavam em PODER DEMOCRÁTICO DOS TRABALHADORES, falavam até em PARTIDO SOCIALISTA, PARTIDO MARXISTA!
Ser claramente de esquerda nunca foi obstáculo à afirmação social, política e eleitoral do Partido Socialista!
Comemorar os 30 anos de Abril é também redescobrir a memória e a intervenção de todos os militantes do Partido Socialista que o construiram como partido de esquerda, à esquerda e na esquerda para todos os cidadãos com vontade de mudança!
Em 2004, 30 anos depois de Abril, o Partido Socialista é ainda o principal partido entre as diversas esquerdas portuguesas. Mas, é preciso reconhecer, mesmo contra falsos e idiotas pragmatismos, que faz falta, é preciso, recuperar muito do ânimo, da militância e das convicções que fizeram do PS o partido referência dos cidadãos com vontade de mudança!
Nas batalhas eleitorais que se iniciarão este ano com as Europeias, na participação nos movimentos populares contra a guerra e pela Paz, na intervenção social, o Partido Socialista tem de voltar a ser MUITO MAIS que um partido enfiado nas quatro paredes do Parlamento.
Para cumprir e reafirmar Abril!
domingo, abril 18, 2004
FERRO RODRIGUES SEJA CLARO COMO É ZAPATERO!
Zapatero, o novo primeiro-ministro socialista de Espanha, não espera por 30 de Junho para retirar as tropas espanholas do Iraque. Será que é desta que o nosso Partido Socialista toma FINALMENTE uma posição inequívoca sobre a retirada da GNR do Iraque? Ou será que Ferro Rodrigues vai ter que reunir primeiro com Durão Barroso para tomar uma decisão depois?
O caos em que caiu o Iraque é da inteira responsabilidade de Bush e de quem o apoiou. De mais ninguém. Agora falam em ONU, mas quando tiveram que desencadear a guerra ignoram-na completamente!
Bush lançou o caos no Iraque e continua a dar apoio a Sharon, em Israel, para assassinar e impedir que judeus e palestinianos possam contruir um futuro de Paz.
O Partido Socialista e Ferro Rodrigues devem, de uma vez por todas, tomar uma posição clara a FAVOR DA RETIRADA DA GNR DO IRAQUE!
O caos em que caiu o Iraque é da inteira responsabilidade de Bush e de quem o apoiou. De mais ninguém. Agora falam em ONU, mas quando tiveram que desencadear a guerra ignoram-na completamente!
Bush lançou o caos no Iraque e continua a dar apoio a Sharon, em Israel, para assassinar e impedir que judeus e palestinianos possam contruir um futuro de Paz.
O Partido Socialista e Ferro Rodrigues devem, de uma vez por todas, tomar uma posição clara a FAVOR DA RETIRADA DA GNR DO IRAQUE!
sábado, abril 17, 2004
DE ACORDO COM MANUEL ALEGRE: PARA TRAVAR A CONTRA-REFORMA DA DIREITA!
"Se as forças da direita se coligam, por que é que as forças de esquerda não podem fazer acordos políticos depois das eleições para havar uma maioria parlamentar? É proibido?"
É MANUEL ALEGRE que questiona. E concordo plenamente com esta questão que trás subjacente a constatação de que a UNIDADE DA ESQUERDA (na sua plural diversidade!) é fundamental, vital , para se travar, interromper, barrar a contra-reforma que a direita vem lançando contra tudo o que signifique Revolução de Abril. Isso, REVOLUÇÃO não evolução que a direita e a burguesia nacional nunca tiveram capacidade para fazer!
É importante que 30 anos depois do 25 de Abril de 1974, as principais correntes e partidos da esquerda portuguesa saibam ultrapassar divergências infantis e de vício parlamentarista para lançarem as bases de uma alternativa política que restitua a esperança e a iniciativa aos milhares e milhares de portugueses que são alvos das políticas ultra-liberais e reacionárias do governo de Durão e Portas.
É legitimo que o PS apele ao voto no PS, que o PCP apele ao voto no PCP e que o BE apele ao voto no BE. Mas é fundamental que qualquer partido de esquerda saiba, descubra, tenha a humildade de constatar que, cada um, só por si, não são a esquerda. E toda a esquerda - partidos, militantes e correntes dispersas - é necessária para que as políticas de uma alternativa de esquerda representem, trinta anos depois, a redescoberta da Revolução de Abril!
Não, não é proibido, Manuel Alegre! É fundamental, é vital que a esquerda, toda a esquerda, saiba unir-se! Como os cidadãos de esquerda têm sabido unir-se, por exemplo, em todas as eleições presidenciais. Que as direcções das esquerdas saibam aprender com os cidadãos de esquerda. Saibam também aprender com os exemplos que chegam de Espanha e de França!
É MANUEL ALEGRE que questiona. E concordo plenamente com esta questão que trás subjacente a constatação de que a UNIDADE DA ESQUERDA (na sua plural diversidade!) é fundamental, vital , para se travar, interromper, barrar a contra-reforma que a direita vem lançando contra tudo o que signifique Revolução de Abril. Isso, REVOLUÇÃO não evolução que a direita e a burguesia nacional nunca tiveram capacidade para fazer!
É importante que 30 anos depois do 25 de Abril de 1974, as principais correntes e partidos da esquerda portuguesa saibam ultrapassar divergências infantis e de vício parlamentarista para lançarem as bases de uma alternativa política que restitua a esperança e a iniciativa aos milhares e milhares de portugueses que são alvos das políticas ultra-liberais e reacionárias do governo de Durão e Portas.
É legitimo que o PS apele ao voto no PS, que o PCP apele ao voto no PCP e que o BE apele ao voto no BE. Mas é fundamental que qualquer partido de esquerda saiba, descubra, tenha a humildade de constatar que, cada um, só por si, não são a esquerda. E toda a esquerda - partidos, militantes e correntes dispersas - é necessária para que as políticas de uma alternativa de esquerda representem, trinta anos depois, a redescoberta da Revolução de Abril!
Não, não é proibido, Manuel Alegre! É fundamental, é vital que a esquerda, toda a esquerda, saiba unir-se! Como os cidadãos de esquerda têm sabido unir-se, por exemplo, em todas as eleições presidenciais. Que as direcções das esquerdas saibam aprender com os cidadãos de esquerda. Saibam também aprender com os exemplos que chegam de Espanha e de França!
terça-feira, abril 13, 2004
UNIDADE + DEBATE: SERÁ QUE NÃO É POSSÍVEL??
Vêm aí as eleições europeias! Todos sabemos que o momento é para cerrar fileiras pela vitória do PS e pela derrota da direita. Mas, ao mesmo tempo que tal cerrar de fileiras é apregoado, surgem apelos estranhos a uma unidade partidária onde a diferença de opinião, a salutar divergência e o debate democrático são insinuados como sinónimos de divisão e de não unidade...
Não é assim, não pode ser assim!
Até porque o debate sobre a Europa não se esgotou na Convenção sobre esta matéria. O debate tem de continuar. Ou mellhor, o debate envolvendo os militantes nunca começou verdadeiramente.
Debate é condição para existir uma autentica unidade. Sem debate a unidade é algo artificial!
Será que todos sabem o que é "ser por uma Europa Social" ou "por uma Europa federal" ou contra ou favor de uma Constituição Europeia ou por uma Constituinte Europeia ... este debate, de facto, nunca existiu e vai continuar sem existir porque os nossos dirigentes preferem que tudo fique assim!
Não é assim, não pode ser assim!
Até porque o debate sobre a Europa não se esgotou na Convenção sobre esta matéria. O debate tem de continuar. Ou mellhor, o debate envolvendo os militantes nunca começou verdadeiramente.
Debate é condição para existir uma autentica unidade. Sem debate a unidade é algo artificial!
Será que todos sabem o que é "ser por uma Europa Social" ou "por uma Europa federal" ou contra ou favor de uma Constituição Europeia ou por uma Constituinte Europeia ... este debate, de facto, nunca existiu e vai continuar sem existir porque os nossos dirigentes preferem que tudo fique assim!
A POSTA ANTERIOR FOI incompletamente PUBLICADA NO ACÇÃO SOCIALISTA...
Mandei a posta "O debate interno no PS..." para o Acção Socialista e a direcção do orgão central do PS reservou-se o direito de ajustar o seu espaço. Publicou-o reduzido e amputado de algumas partes relevantes nomeadamente a menção a este blogue e a outra em que manifesto o meu posicionamento critico em relação à direcção do PS e ao seu sentido político.
É claro que a direcção do Acção Socialista tem todo o direito de ajustar a dimensão dos textos enviados ... não pode é retirar-lhes sentido político e despi-los da sua origem.
Já foi bom ter sido publicado, mesmo que uma parte? Penso que não! Porque para ser publicado assim ... qual é o objectivo?
É claro que a direcção do Acção Socialista tem todo o direito de ajustar a dimensão dos textos enviados ... não pode é retirar-lhes sentido político e despi-los da sua origem.
Já foi bom ter sido publicado, mesmo que uma parte? Penso que não! Porque para ser publicado assim ... qual é o objectivo?
quinta-feira, abril 01, 2004
O debate interno no PS: um espelho chamado Acção Socialista!
João Soares parece que descobriu agora que não há debate político no seio do Partido Socialista. Mas essa triste realidade existe desde há muito. Também já o repeti neste espaço. Não há debate e a vida interna no PS, nas suas secções e núcleos, acaba por se tornar enfadonha e desinteressante. Consequentemente não há lugar a qualquer renovação militante. A "renovação" que vai existindo (!) é baseada na troca dos mesmos, uma troca repetida até à exaustão!
O mais caricato é que essa falsa renovação faz-se a todos os níveis do PS. Nas secções, nas concelhias, nas federações e nos orgãos nacionais. Basta que cada um tente descobrir novos dirigentes que já não tenham sido dirigentes antigos ...
A renovação também não existe porque parece que o Partido se demite, sistemáticamente, de participar e de intervir activamente nos movimentos sociais, nas lutas laborais, na vida sindical ... A participação dos socialistas, com as suas próprias posições e identidade políticas, nos grandes debates e nos movimentos sociais só poderia trazer bons resultados quanto à renovação do PS e quanto a um maior protagonismo social e político. Mas não, parece que a actividade política se reduz ao Parlamento, a alguns debates para os mesmos, a uns quantos "Clubes" e a iniciativas sómente de impacto mediático para consumo eleitoral...
Tudo isto é reflectido, como um espelho, no Acção Socialista, o orgão oficial do Partido Socialista.
Distribuido sómente para militantes, o Acção Socialista é mesmo a imagem oficial do PS: os mesmos, debate zero, pouca ou nenhuma intervenção dos militantes, nenhumas notícias sobre a intervenção social dos socialistas ... enfim, uma pobreza política para quem se deveria assumir como alternativa à direita e não só como alternância, como parece revelar a realidade!
Por exemplo, enquanto os blogues oficiais, para-oficiais ou afectos a entidades próximas da linha oficial são divulgados, este, PS= S de Socialista, feito por um militante com posições diferentes das da linha oficial, não tem direito a qualquer referência, apesar do Acção Socialista nunca ser esquecido nos mails de divulgação deste blogue!
Um exemplo que, na minha opinião, acaba por ser um espelho de uma realidade que domina o PS e que é muito diferente dos debates que ocupam os militantes do PS Francês ou do PSOE ou do SPD (alemão).
A democracia interna deveria também ser visível nas páginas no orgão oficial. Isso também serviria para distinguir o PS doutros partidos à direita e à esquerda.
Parece é que os partidos excessivamente enredados num parlamentarismo cada vez menos representativo dos eleitores e dos cidadãos, tendem a tornar as suas realidades internas crescentemente burocratizadas, muito pouco democráticas e muito pouco transparentes.
A alternativa à direita que todos dizem querer, deveria também por actos que significassem mudança, renovação e maior democratização do Partido com mais responsabilidades na definição dessa alternativa de mais referenciado pelos cidadãos como o que mais responsabilidades terá numa futura governação com novas políticas de esquerda, democráticas e socialistas.
O mais caricato é que essa falsa renovação faz-se a todos os níveis do PS. Nas secções, nas concelhias, nas federações e nos orgãos nacionais. Basta que cada um tente descobrir novos dirigentes que já não tenham sido dirigentes antigos ...
A renovação também não existe porque parece que o Partido se demite, sistemáticamente, de participar e de intervir activamente nos movimentos sociais, nas lutas laborais, na vida sindical ... A participação dos socialistas, com as suas próprias posições e identidade políticas, nos grandes debates e nos movimentos sociais só poderia trazer bons resultados quanto à renovação do PS e quanto a um maior protagonismo social e político. Mas não, parece que a actividade política se reduz ao Parlamento, a alguns debates para os mesmos, a uns quantos "Clubes" e a iniciativas sómente de impacto mediático para consumo eleitoral...
Tudo isto é reflectido, como um espelho, no Acção Socialista, o orgão oficial do Partido Socialista.
Distribuido sómente para militantes, o Acção Socialista é mesmo a imagem oficial do PS: os mesmos, debate zero, pouca ou nenhuma intervenção dos militantes, nenhumas notícias sobre a intervenção social dos socialistas ... enfim, uma pobreza política para quem se deveria assumir como alternativa à direita e não só como alternância, como parece revelar a realidade!
Por exemplo, enquanto os blogues oficiais, para-oficiais ou afectos a entidades próximas da linha oficial são divulgados, este, PS= S de Socialista, feito por um militante com posições diferentes das da linha oficial, não tem direito a qualquer referência, apesar do Acção Socialista nunca ser esquecido nos mails de divulgação deste blogue!
Um exemplo que, na minha opinião, acaba por ser um espelho de uma realidade que domina o PS e que é muito diferente dos debates que ocupam os militantes do PS Francês ou do PSOE ou do SPD (alemão).
A democracia interna deveria também ser visível nas páginas no orgão oficial. Isso também serviria para distinguir o PS doutros partidos à direita e à esquerda.
Parece é que os partidos excessivamente enredados num parlamentarismo cada vez menos representativo dos eleitores e dos cidadãos, tendem a tornar as suas realidades internas crescentemente burocratizadas, muito pouco democráticas e muito pouco transparentes.
A alternativa à direita que todos dizem querer, deveria também por actos que significassem mudança, renovação e maior democratização do Partido com mais responsabilidades na definição dessa alternativa de mais referenciado pelos cidadãos como o que mais responsabilidades terá numa futura governação com novas políticas de esquerda, democráticas e socialistas.
O debate interno no PS: um espelho chamado Acção Socialista!
João Soares parece que descobriu agora que não há debate político no seio do Partido Socialista. Mas essa triste realidade existe desde há muito. Também já o repeti neste espaço. Não há debate e a vida interna no PS, nas suas secções e núcleos, acaba por se tornar enfadonha e desinteressante. Consequentemente não há lugar a qualquer renovação militante. A "renovação" que vai existindo (!) é baseada na troca dos mesmos, uma troca repetida até à exaustão!
O mais caricato é que essa falsa renovação faz-se a todos os níveis do PS. Nas secções, nas concelhias, nas federações e nos orgãos nacionais. Basta que cada um tente descobrir novos dirigentes que já não tenham sido dirigentes antigos ...
A renovação também não existe porque parece que o Partido se demite, sistemáticamente, de participar e de intervir activamente nos movimentos sociais, nas lutas laborais, na vida sindical ... A participação dos socialistas, com as suas próprias posições e identidade políticas, nos grandes debates e nos movimentos sociais só poderia trazer bons resultados quanto à renovação do PS e quanto a um maior protagonismo social e político. Mas não, parece que a actividade política se reduz ao Parlamento, a alguns debates para os mesmos, a uns quantos "Clubes" e a iniciativas sómente de impacto mediático para consumo eleitoral...
Tudo isto é reflectido, como um espelho, no Acção Socialista, o orgão oficial do Partido Socialista.
Distribuido sómente para militantes, o Acção Socialista é mesmo a imagem oficial do PS: os mesmos, debate zero, pouca ou nenhuma intervenção dos militantes, nenhumas notícias sobre a intervenção social dos socialistas ... enfim, uma pobreza política para quem se deveria assumir como alternativa à direita e não só como alternância, como parece revelar a realidade!
Por exemplo, enquanto os blogues oficiais, para-oficiais ou afectos a entidades próximas da linha oficial são divulgados, este, PS= S de Socialista, feito por um militante com posições diferentes das da linha oficial, não tem direito a qualquer referência, apesar do Acção Socialista nunca ser esquecido nos mails de divulgação deste blogue!
Um exemplo que, na minha opinião, acaba por ser um espelho de uma realidade que domina o PS e que é muito diferente dos debates que ocupam os militantes do PS Francês ou do PSOE ou do SPD (alemão).
Parece q
O mais caricato é que essa falsa renovação faz-se a todos os níveis do PS. Nas secções, nas concelhias, nas federações e nos orgãos nacionais. Basta que cada um tente descobrir novos dirigentes que já não tenham sido dirigentes antigos ...
A renovação também não existe porque parece que o Partido se demite, sistemáticamente, de participar e de intervir activamente nos movimentos sociais, nas lutas laborais, na vida sindical ... A participação dos socialistas, com as suas próprias posições e identidade políticas, nos grandes debates e nos movimentos sociais só poderia trazer bons resultados quanto à renovação do PS e quanto a um maior protagonismo social e político. Mas não, parece que a actividade política se reduz ao Parlamento, a alguns debates para os mesmos, a uns quantos "Clubes" e a iniciativas sómente de impacto mediático para consumo eleitoral...
Tudo isto é reflectido, como um espelho, no Acção Socialista, o orgão oficial do Partido Socialista.
Distribuido sómente para militantes, o Acção Socialista é mesmo a imagem oficial do PS: os mesmos, debate zero, pouca ou nenhuma intervenção dos militantes, nenhumas notícias sobre a intervenção social dos socialistas ... enfim, uma pobreza política para quem se deveria assumir como alternativa à direita e não só como alternância, como parece revelar a realidade!
Por exemplo, enquanto os blogues oficiais, para-oficiais ou afectos a entidades próximas da linha oficial são divulgados, este, PS= S de Socialista, feito por um militante com posições diferentes das da linha oficial, não tem direito a qualquer referência, apesar do Acção Socialista nunca ser esquecido nos mails de divulgação deste blogue!
Um exemplo que, na minha opinião, acaba por ser um espelho de uma realidade que domina o PS e que é muito diferente dos debates que ocupam os militantes do PS Francês ou do PSOE ou do SPD (alemão).
Parece q
segunda-feira, março 29, 2004
FRANÇA: APRENDER COM A VITÓRIA DA ESQUERDA!
A esquerda francesa obteve uma vitória histórica sobre a direita governamental e sobre a extrema-direita.
Depois de Espanha, agora foi em França. Parece que outros ventos sopram na Europa.
As eleições regionais francesas motivam algumas reflexões para o espaço português:
* A vitória é da esquerda e não só de um único partido da esquerda. O lider do PSF, François Hollande, considera mesmo que é preciso instituir um espaço de diálogo entre as diversas forças de esquerda que garanta, no pluralismo, a necessária unidade na acção para os momentos decisivos. Considera Hollande que sózinho o PSF não conseguiria triunfar. A vitória da esquerda é a vitória do esforço conjunto do PSF, do PCF e do Verdes!
* Depois de Espanha, a França ... será que estamos perante uma onda de mudança política na Europa ou perante um mero ciclo de alternância? Será que a esquerda socialista, social-democrata e trabalhista europeia vai desperdiçar, como já o fez, a oportunidade de por fim ao neo-liberalismo, implementando novas políticas sociais e económicas claramente de esquerda, promotoras da participação cidadã a todos os níveis nomeadamente para uma Constituição europeia mais democrática?
* Será que um resultado em Portugal como aquele que aconteceu em França, não deveria implicar um claro CARTÃO VERMELHO ao governo PSD/CDS? Será que o cumprimento da agenda eleitoral é mais importante que a vontade de mudança de todos aqueles que sofrem diáriamente as consequências da política liberal da direita?
* Quais as consequências em Portugal de um diálogo entre todas as principais correntes e partidos da esquerda, como o PS, o PCP e o Bloco de Esquerda? Será que a a alternativa à direita não pressupõe um diálogo convergente, na pluralidade, entre as principais forças de esquerda? Será que essa convergência não corresponde à vontade e ao sentir de todos aqueles que diáriamente sofrem os efeitos das políticas anti-sociais do governo de Durão Barroso?
Depois de Espanha, agora foi em França. Parece que outros ventos sopram na Europa.
As eleições regionais francesas motivam algumas reflexões para o espaço português:
* A vitória é da esquerda e não só de um único partido da esquerda. O lider do PSF, François Hollande, considera mesmo que é preciso instituir um espaço de diálogo entre as diversas forças de esquerda que garanta, no pluralismo, a necessária unidade na acção para os momentos decisivos. Considera Hollande que sózinho o PSF não conseguiria triunfar. A vitória da esquerda é a vitória do esforço conjunto do PSF, do PCF e do Verdes!
* Depois de Espanha, a França ... será que estamos perante uma onda de mudança política na Europa ou perante um mero ciclo de alternância? Será que a esquerda socialista, social-democrata e trabalhista europeia vai desperdiçar, como já o fez, a oportunidade de por fim ao neo-liberalismo, implementando novas políticas sociais e económicas claramente de esquerda, promotoras da participação cidadã a todos os níveis nomeadamente para uma Constituição europeia mais democrática?
* Será que um resultado em Portugal como aquele que aconteceu em França, não deveria implicar um claro CARTÃO VERMELHO ao governo PSD/CDS? Será que o cumprimento da agenda eleitoral é mais importante que a vontade de mudança de todos aqueles que sofrem diáriamente as consequências da política liberal da direita?
* Quais as consequências em Portugal de um diálogo entre todas as principais correntes e partidos da esquerda, como o PS, o PCP e o Bloco de Esquerda? Será que a a alternativa à direita não pressupõe um diálogo convergente, na pluralidade, entre as principais forças de esquerda? Será que essa convergência não corresponde à vontade e ao sentir de todos aqueles que diáriamente sofrem os efeitos das políticas anti-sociais do governo de Durão Barroso?
domingo, março 28, 2004
O TERRORISMO E A AL-QAEDA
Opinião de Rui Mota, militante do PS na secção da Senhora da Hora:
A Política norte americana de Bush, continua a acolher e a proteger as iniciativas verdadeiramente repressivas e atentatórias ao Direito
Internacional,levadas a efeito pelo seu executivo.
De facto,como se não bastasse o sofrimento do povo Palesteniano
exercido pelo exército israelita,cuja população de Israel se encontra dividida face a esta política implementada pela direita judaica e seus lobies,a criação de um verdadeiro muro da vergonha dividindo e criando verdadeiros guetos de exclusão,é digno dos tempos dos famosos gulags estalinistas e do extermínio nazi,fenómenos que no século XXI só são possíveis com o beneplácito de Bush e Blair e de forma tácita de Durão,ao arrepio da Carta das Nações,assistindo-se também à ocupação dos ferteis terrenos de produção e
cultivo palestinianos,uma vez que a depauperada economia israelita tem sido levada à exaustão pela política militar sionista.
Assistimos sistemáticamente às incursões do exército judaico por terras do Estado Palestino,que visam operaçães de extermínio cirúrgicos,como aconteceu na passada segunda-feira com o líder espiritual do Hamas. Apesar de uma ténue condenação da parte da União Europeia face a este acto miserável de Sharon, a verdade é que a U.E.não consegue afirmar-se a uma só voz de forma clara e inequívoca,configurando-se agora, depois dos atentados
de 11 de Março em Madrid,em instituir a figura europeia do Sr. Terrorismo e,ao contrário,contribuir para uma solução negociada para o problema do Médio Oriente e que muitos socialistas e sociais- democratas num passado recente viabilizaram cimeiras no sentido do real entendimento.
Não é claro para mim que o terrorismo de Bin Laden seja a fonte de todos os males que vêm ao Mundo,mas parte do problema até que não seja redefinida a política externa e interna norte americana para com os países Árabes, Africanos e do próprio continente Americano( veja-se o apoio da administração de Bush à oposição a Chavez...)vamos continuar a assistir a mais atentados,seguramente!
Portugal vai brevemente ser palco de dois eventos de mediatismo global com o Euro 2004, e o Rock in Rio/Lisboa!
O executivo de Durão/Portas materializa uma política atlantista e de cego seguidismo para com os E.U.A./Inglaterra!
Foi sem dúvida uma opção assumida por este governo e por mais que se esforcem em afirmar que os nossos serviços de protecção( secretos,militares e civis....)estão devidamente preparados para acontecimentos trágicos e sempre lamentáveis como os que sucederam em Madrid ( para não falar dos de 11 de Setembro em Nova York ) Durão mente!
Aliás, este governo é uma MENTIRA!
Aznar e o seu executivo perderam as eleições porque mentiram.Mas já há muito tempo que mentía (lembrem-se do Prestige....)
O P.S. tem que saber aproveitar e interpretar este movimento político ocorrido em Espanha e com as regionais que decorrem em França!
Durão mente ao Povo Português!É necessário ganhar as europeias para vencer o PSD/PP.
O Povo Português merece melhor e não esquece o 25 de Abril de 1974 que Durão quer apagar da História relativizando-o a um mero acontecimento,como se de um lapso se tratasse.
É preciso dizer basta!Portugal merece viver em paz!
É imperioso dar uma oportunidade à paz!
Rui Mota
Militante nr.73641
Srª da Hora.
A Política norte americana de Bush, continua a acolher e a proteger as iniciativas verdadeiramente repressivas e atentatórias ao Direito
Internacional,levadas a efeito pelo seu executivo.
De facto,como se não bastasse o sofrimento do povo Palesteniano
exercido pelo exército israelita,cuja população de Israel se encontra dividida face a esta política implementada pela direita judaica e seus lobies,a criação de um verdadeiro muro da vergonha dividindo e criando verdadeiros guetos de exclusão,é digno dos tempos dos famosos gulags estalinistas e do extermínio nazi,fenómenos que no século XXI só são possíveis com o beneplácito de Bush e Blair e de forma tácita de Durão,ao arrepio da Carta das Nações,assistindo-se também à ocupação dos ferteis terrenos de produção e
cultivo palestinianos,uma vez que a depauperada economia israelita tem sido levada à exaustão pela política militar sionista.
Assistimos sistemáticamente às incursões do exército judaico por terras do Estado Palestino,que visam operaçães de extermínio cirúrgicos,como aconteceu na passada segunda-feira com o líder espiritual do Hamas. Apesar de uma ténue condenação da parte da União Europeia face a este acto miserável de Sharon, a verdade é que a U.E.não consegue afirmar-se a uma só voz de forma clara e inequívoca,configurando-se agora, depois dos atentados
de 11 de Março em Madrid,em instituir a figura europeia do Sr. Terrorismo e,ao contrário,contribuir para uma solução negociada para o problema do Médio Oriente e que muitos socialistas e sociais- democratas num passado recente viabilizaram cimeiras no sentido do real entendimento.
Não é claro para mim que o terrorismo de Bin Laden seja a fonte de todos os males que vêm ao Mundo,mas parte do problema até que não seja redefinida a política externa e interna norte americana para com os países Árabes, Africanos e do próprio continente Americano( veja-se o apoio da administração de Bush à oposição a Chavez...)vamos continuar a assistir a mais atentados,seguramente!
Portugal vai brevemente ser palco de dois eventos de mediatismo global com o Euro 2004, e o Rock in Rio/Lisboa!
O executivo de Durão/Portas materializa uma política atlantista e de cego seguidismo para com os E.U.A./Inglaterra!
Foi sem dúvida uma opção assumida por este governo e por mais que se esforcem em afirmar que os nossos serviços de protecção( secretos,militares e civis....)estão devidamente preparados para acontecimentos trágicos e sempre lamentáveis como os que sucederam em Madrid ( para não falar dos de 11 de Setembro em Nova York ) Durão mente!
Aliás, este governo é uma MENTIRA!
Aznar e o seu executivo perderam as eleições porque mentiram.Mas já há muito tempo que mentía (lembrem-se do Prestige....)
O P.S. tem que saber aproveitar e interpretar este movimento político ocorrido em Espanha e com as regionais que decorrem em França!
Durão mente ao Povo Português!É necessário ganhar as europeias para vencer o PSD/PP.
O Povo Português merece melhor e não esquece o 25 de Abril de 1974 que Durão quer apagar da História relativizando-o a um mero acontecimento,como se de um lapso se tratasse.
É preciso dizer basta!Portugal merece viver em paz!
É imperioso dar uma oportunidade à paz!
Rui Mota
Militante nr.73641
Srª da Hora.
sábado, março 27, 2004
EUROPEIAS: OS MILITANTES DO PS SABEM QUE É PRECISO MOBILIZAR!
Não é preciso que nenhum dirigente lembre aquilo que qualquer militante socialista sente no dia dia-a-dia: é preciso mobilizar para derrotar a direita nas europeias!
Isto não obstante o processo que conduziu à formação da lista europeia do PS ter sido um processo no qual os militantes nunca foram chamados a participar e a manifestar a sua vontade.
Mas os militantes do PS, como sempre, revelam muito maior sentido de responsabilidade que as cenas tristes que alguns dirigentes do Partido protagonizam em muitos momentos. E o habitual tem sido, os dirigentes cozinharem as soluções e depois servirem-nas aos militantes como sendo as “melhores soluções” com uma argumentação que envolve sempre um cenário de grande dramatização.
Mas estamos todos mobilizados para vencer a direita. Tal como estamos mobilizados para que a alternativa que o PS protagoniza, uma vez vencedora, não volte a cometer os mesmos erros que já cometeu quando foi governo. Os erros crassos de ser, no governo, melhor executor de políticas de direita e de cedência aos lobbies económico-financeiros do que os governos da própria direita.
O Partido Socialista é um partido de esquerda e não um partido equidistante da esquerda e da direita que tende para um lado conforme a ocasião e a conjuntura!
A vitória do PS nas eleições europeias podem ter um significado duplamente importante: por um lado, um passo importante para acabar com o governo PSD/CDS em Portugal, por outro lado, pode ser parte de uma nova onda de esquerda e de esperança democrática na União Europeia contra os governo liberais e de direita que têm dominado.
Uma Europa com maioria de governos de esquerda e com uma maioria de esquerda no Parlamento Europeu, é também um passo para se avançar decisivamente para se conseguir no espaço europeu mais políticas sociais e também maior participação democrática dos cidadãos.
Uma Europa construída com participação democrática e social dos cidadãos é uma Europa diferente da que vamos tendo hoje em dia, em que até a Constituição Europeia é consequência de um cozinhado e não resultado da discussão e do trabalho democráticos de uma Constituinte Europeia democraticamente eleita. A Constituição Europeia que nos querem impingir NÃO SERVE porque não é democrática, não resultou da participação democrática dos cidadãos e não foi elaborada por nenhum órgão democraticamente eleito!
Uma Europa mais social e mais democrática é também uma Europa que respeita a vontade dos seus cidadãos e, como tal, não alinha com aventuras belicistas de invasões em nome de lutas anti-terroristas que não combatem terrorismo.
O Partido Socialista não pode estar a meio-gás nesta luta. Não pode reduzir o apelo à mobilização contra a direita somente a pensar nas contas políticas nacionais. É preciso saber concluir sobre o significado dos novos ventos de mudança que chegam de Espanha e de França. Até porque não pode vir a acontecer o que já aconteceu anteriormente: uma Europa com maioria de governos de Partidos Socialistas, Social-Democratas e Trabalhistas que depois não sabe dar seguimento ao anseio democrático de mudança que os elegeu!
Isto não obstante o processo que conduziu à formação da lista europeia do PS ter sido um processo no qual os militantes nunca foram chamados a participar e a manifestar a sua vontade.
Mas os militantes do PS, como sempre, revelam muito maior sentido de responsabilidade que as cenas tristes que alguns dirigentes do Partido protagonizam em muitos momentos. E o habitual tem sido, os dirigentes cozinharem as soluções e depois servirem-nas aos militantes como sendo as “melhores soluções” com uma argumentação que envolve sempre um cenário de grande dramatização.
Mas estamos todos mobilizados para vencer a direita. Tal como estamos mobilizados para que a alternativa que o PS protagoniza, uma vez vencedora, não volte a cometer os mesmos erros que já cometeu quando foi governo. Os erros crassos de ser, no governo, melhor executor de políticas de direita e de cedência aos lobbies económico-financeiros do que os governos da própria direita.
O Partido Socialista é um partido de esquerda e não um partido equidistante da esquerda e da direita que tende para um lado conforme a ocasião e a conjuntura!
A vitória do PS nas eleições europeias podem ter um significado duplamente importante: por um lado, um passo importante para acabar com o governo PSD/CDS em Portugal, por outro lado, pode ser parte de uma nova onda de esquerda e de esperança democrática na União Europeia contra os governo liberais e de direita que têm dominado.
Uma Europa com maioria de governos de esquerda e com uma maioria de esquerda no Parlamento Europeu, é também um passo para se avançar decisivamente para se conseguir no espaço europeu mais políticas sociais e também maior participação democrática dos cidadãos.
Uma Europa construída com participação democrática e social dos cidadãos é uma Europa diferente da que vamos tendo hoje em dia, em que até a Constituição Europeia é consequência de um cozinhado e não resultado da discussão e do trabalho democráticos de uma Constituinte Europeia democraticamente eleita. A Constituição Europeia que nos querem impingir NÃO SERVE porque não é democrática, não resultou da participação democrática dos cidadãos e não foi elaborada por nenhum órgão democraticamente eleito!
Uma Europa mais social e mais democrática é também uma Europa que respeita a vontade dos seus cidadãos e, como tal, não alinha com aventuras belicistas de invasões em nome de lutas anti-terroristas que não combatem terrorismo.
O Partido Socialista não pode estar a meio-gás nesta luta. Não pode reduzir o apelo à mobilização contra a direita somente a pensar nas contas políticas nacionais. É preciso saber concluir sobre o significado dos novos ventos de mudança que chegam de Espanha e de França. Até porque não pode vir a acontecer o que já aconteceu anteriormente: uma Europa com maioria de governos de Partidos Socialistas, Social-Democratas e Trabalhistas que depois não sabe dar seguimento ao anseio democrático de mudança que os elegeu!
segunda-feira, março 22, 2004
ESPANHA ... AGORA FRANÇA! LIÇÕES PARA OS SOCIALISTAS E A ESQUERDA!
A derrota de Aznar começou também quando o PSOE e Zapatero não tiveram medo de abalar as lógicas liberais que continuam a dominar as acções das principais potências mundiais e dos seus dirigentes, como Bush, Blair e Berlusconni.
Ideias e propostas claras deram a vitória ao PSOE e possibilitaram uma concentração importante de votos das esquerdas para a derrota da direita.
Agora em França, o PSF JUNTAMENTE com o PCF e os Verdes conseguiram um importante passo em frente para uma vitória no próximo Domingo, na 2ª volta das Regionais.
Em França, o PSF é um partido onde o debate entre tendências e correntes autonomas, dentro do Partido e não fora em "Clubes", como acontece em Portugal, desenvolve-se com naturalidade, contribuindo para um partido de militantes mais esclarecidos e intervenientes nas grandes questões da sociedade francesa.
Espanha e França, num momento em que o debate sobre as europeias toma forma, são dois bons exemplos para os socialistas portugueses pensarem para agirem.
Ideias e propostas claras deram a vitória ao PSOE e possibilitaram uma concentração importante de votos das esquerdas para a derrota da direita.
Agora em França, o PSF JUNTAMENTE com o PCF e os Verdes conseguiram um importante passo em frente para uma vitória no próximo Domingo, na 2ª volta das Regionais.
Em França, o PSF é um partido onde o debate entre tendências e correntes autonomas, dentro do Partido e não fora em "Clubes", como acontece em Portugal, desenvolve-se com naturalidade, contribuindo para um partido de militantes mais esclarecidos e intervenientes nas grandes questões da sociedade francesa.
Espanha e França, num momento em que o debate sobre as europeias toma forma, são dois bons exemplos para os socialistas portugueses pensarem para agirem.
domingo, março 21, 2004
20 de Março: onde estiveram os socialistas?
Pelo menos no Porto, na concentração e na manifestação que assinalaram o 1º ano da ocupação americana do Iraque não vi nenhum militante do PS.
Como sempre, estiveram presentes pessoas ligadas ao PCP, ao BE, ao ATTAC e a núcleos anarquistas. Estiveram presentes e deram-se a conhecer através de bandeiras partidárias e cartazes diversos. Sinceramente não percebo qual a razão que leva os socialistas a não intervirem activamente nestas iniciativas!?!
O 20 de Março de 2004 até tinha um significado muito especial para os socialistas. A muito recente vitória do PSOE tendo bem presente a oposição à guerra, poderia ajudado a mobilizar com visibilidade os socialistas. Mas não!
Aliás, sou de opinião que a direcção do PS, terá desperdiçado mais uma oportunidade para isolar a coligação de direita PSD/CDS na vespera das eleições europeias. É incompreensível a posição de Ferro Rodrigues e da direcção do PS sobre a presença da GNR no Iraque. Não se percebe porque não exigem a retirada da GNR do Iraque...
Mais uma vez a direcção do Partido Socialista cola todo o Partido a abstractas questões de Estado, as quais só contribuem para a permanencia da direita no Governo.
O Partido Socialista, com as suas próprias posições politicas, não pode estar alheado dos movimentos sociais. À semelhança do que fez a Juventude Socialista em Lisboa, a direcção do PS deveria ter apelado à participação dos militantes e simpatizantes nas manifestações contra a ocupação do Iraque, contra as guerras, pela Paz!
Por toda a Europa, os militantes dos Partidos Socialistas, Trabalhistas e Social-Democratas da Internacional Socialista participaram activamente nas diversas iniciativas que aconteceram no dia 20 de Março.
As manifestações de 20 de Março são também um momento de mobilização para, em Junho nas eleições europeias, os cidadãos europeus darem, com o seu voto, outra cor à Europa: mais social, mais democrática e que trave os desvarios neo-liberais!
Como sempre, estiveram presentes pessoas ligadas ao PCP, ao BE, ao ATTAC e a núcleos anarquistas. Estiveram presentes e deram-se a conhecer através de bandeiras partidárias e cartazes diversos. Sinceramente não percebo qual a razão que leva os socialistas a não intervirem activamente nestas iniciativas!?!
O 20 de Março de 2004 até tinha um significado muito especial para os socialistas. A muito recente vitória do PSOE tendo bem presente a oposição à guerra, poderia ajudado a mobilizar com visibilidade os socialistas. Mas não!
Aliás, sou de opinião que a direcção do PS, terá desperdiçado mais uma oportunidade para isolar a coligação de direita PSD/CDS na vespera das eleições europeias. É incompreensível a posição de Ferro Rodrigues e da direcção do PS sobre a presença da GNR no Iraque. Não se percebe porque não exigem a retirada da GNR do Iraque...
Mais uma vez a direcção do Partido Socialista cola todo o Partido a abstractas questões de Estado, as quais só contribuem para a permanencia da direita no Governo.
O Partido Socialista, com as suas próprias posições politicas, não pode estar alheado dos movimentos sociais. À semelhança do que fez a Juventude Socialista em Lisboa, a direcção do PS deveria ter apelado à participação dos militantes e simpatizantes nas manifestações contra a ocupação do Iraque, contra as guerras, pela Paz!
Por toda a Europa, os militantes dos Partidos Socialistas, Trabalhistas e Social-Democratas da Internacional Socialista participaram activamente nas diversas iniciativas que aconteceram no dia 20 de Março.
As manifestações de 20 de Março são também um momento de mobilização para, em Junho nas eleições europeias, os cidadãos europeus darem, com o seu voto, outra cor à Europa: mais social, mais democrática e que trave os desvarios neo-liberais!
sexta-feira, março 19, 2004
20 DE MARÇO: TODOS PELA PAZ, CONTRA AS GUERRAS!!
SERÁ QUE OS SOCIALISTAS NÃO DEVEM PARTICIPAR MASSIVAMENTE AS MANIFESTAÇÕES DE AMANHÃ?
SERÁ QUE AINDA HÁ ALGUMA DÚVIDA SOBRE O MUNDO QUE BUSH & BLAIR QUEREM?
SERÁ QUE A PAZ SE CONSEGUE COM GUERRAS E INVASÕES OU ANTES COM MAIS PARTICIPAÇÃO POPULAR, COM MAIS DEMOCRACIA EM TODOS OS PAÍSES E INTERNACIONALMENTE?
AMANHÃ, 20 DE MARÇO, DIGAMOS NÃO ÀS GUERRAS, NÃO ÀS INVASÕES, NÃO AOS TERRORISMOS! DIGAMOS SIM À DEMOCRACIA, SIM À PAZ!
SERÁ QUE AINDA HÁ ALGUMA DÚVIDA SOBRE O MUNDO QUE BUSH & BLAIR QUEREM?
SERÁ QUE A PAZ SE CONSEGUE COM GUERRAS E INVASÕES OU ANTES COM MAIS PARTICIPAÇÃO POPULAR, COM MAIS DEMOCRACIA EM TODOS OS PAÍSES E INTERNACIONALMENTE?
AMANHÃ, 20 DE MARÇO, DIGAMOS NÃO ÀS GUERRAS, NÃO ÀS INVASÕES, NÃO AOS TERRORISMOS! DIGAMOS SIM À DEMOCRACIA, SIM À PAZ!
domingo, março 14, 2004
PSOE : UMA VITÓRIA POPULAR CONTRA A GUERRA E O TERRORISMO!
A vitória do PSOE nas eleições gerais espanholas, realizadas hoje, são um claro ponto de viragem não só em Espanha, mas também, entre os aliados que sustentaram a invasão Bush & Blair do Iraque.
A vitória nacional do PSOE segue-se a uma outra vitória histórica na Catalunha. Na Catalunha e no Estado Espanhol, o PSOE e a esquerda, nomeadamente a Izquierda Unida (IU) e a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) podem marcar a viragem com a formação do primeiro governo de unidade de esquerda em Espanha desde o fim do franquismo.
Mas mais importante que o formalismo de um governo plural de esquerda será a capacidade desse governo implementar políticas de mudança que contribuam para se combater eficazmente o terrorismo, para se avançar numa solução que resulte da participação democrática e voluntária de todas as nacionalidades e regiões e, muito importante, que faça do Estado Espanhol um aliado dos povos e não um servente do imperial Bush!
A vitória do PSOE é também motivo de alento para os portugueses. Será possível derrotar Barroso & Portas como foi possível derrotar o seu aliado Aznar!
A vitória nacional do PSOE segue-se a uma outra vitória histórica na Catalunha. Na Catalunha e no Estado Espanhol, o PSOE e a esquerda, nomeadamente a Izquierda Unida (IU) e a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) podem marcar a viragem com a formação do primeiro governo de unidade de esquerda em Espanha desde o fim do franquismo.
Mas mais importante que o formalismo de um governo plural de esquerda será a capacidade desse governo implementar políticas de mudança que contribuam para se combater eficazmente o terrorismo, para se avançar numa solução que resulte da participação democrática e voluntária de todas as nacionalidades e regiões e, muito importante, que faça do Estado Espanhol um aliado dos povos e não um servente do imperial Bush!
A vitória do PSOE é também motivo de alento para os portugueses. Será possível derrotar Barroso & Portas como foi possível derrotar o seu aliado Aznar!
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