tribuna socialista

segunda-feira, abril 25, 2005


Segundo o JN (Jornal de Notícias) de hoje, 25 de Abril de 2005, os despedimentos colectivos até Março QUADRUPLICARAM.

O que dirão aqueles que querem fazer crer que não há solução fora da chamada "economia de mercado"? Do tal modelo económico assente nas empresas, i.e. na força decisória única dos empresários, i.e. do patronato. Do mesmo modelo económico que reconhece aos trabalhadores uma única função: produzir. Mas produzir enquanto so lucros dos empresários não estiverem ameaçados. Porque depois vêm os despedimentos. Que aumentaram quatro vezes mais em relação ao primeiro trimestre de 2004.

A notícia do JN merece ser lida, já que resume uma sucessão de dados impressionantes sobre um sistema que continua a não dar qualquer solução de vida digna para quem vive à custa do seu trabalho.

"As empresas com mais de 200 trabalhadores foram as grandes responsáveis. Na Região Norte, houve 94 despedimentos colectivos, 67 dos quais ocorridos em grandes empresas. Em Lisboa e Vale do Tejo, das 307 dispensas unilaterais, 155 ocorreram em grandes empresas. As duas regiões em causa representaram 95% do total de despedidos".

Outro dado a reter: "A rescisão por mútuo acordo diminuiu 12%: apenas 386 trabalhadores cessaram o seu contrato de forma amigável, contra 439 em 2004"

Da parte de um governo do PS EXIGEM-SE soluções radicalmente diferentes daquelas que foram impulsionadas pelos governos de direita com os resultados que estão à vista.

Essas soluções passam pela urgente revisão do actual Código Laboral, mas também pelo reconhecimento da iniciativa que deverá caber aos trabalhadores e às suas organizações na resolução de problemas em que são eles os grandes afectados.

Há que ter também a coragem política para se reconhecer que o liberalismo e o capitalismo, a chamada "economia de mercado", não são solução, para além de condenarem ao insucesso quaisquer medidas sociais que acabam por esbarrar com a oposição e o boicote de quem controla o actual modelo económico, os empresários & o patronato.

O 25 de Abril de 1974 também apontou um caminho socialista, convém não esquecer!

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