tribuna socialista

domingo, maio 22, 2005

ENTÃO QUE SAIA ! !


Então que saia!

Até se pode estar perante alguma especulação jornalística. Mas as recentes notícias sobre o "dramático" relatório Constâncio relativamente ao deficit, fazem prever a repetição de cenas já vistas noutras governações dos dirigentes do PS.

O que fica, resume-se nesta questão: SERÁ QUE OS SOCIALISTAS OLHAM PARA O DEFICIT DA MESMA FORMA QUE OLLHA A DIREITA?

Parece que estamos perante uma tremenda encenação para justificar a repetição das mesmas políticas da direita. Tudo resumido nas eternas preocupações (para os defensores de medidas neo-liberais) relativamente à "despesa pública". O que é dramático é que essas medidas sejam agora executadas por um governo de um partido que ganhou as últimas eleições com criticas às mesmissimas políticas que se preparam para ressuscitar.

Dentro do PS não se vê nem se sente qualquer debate sobre a governação. Nem mesmo da parte daqueles que, muito recentemente, criticavam a excessiva semelhança entre o PS e a direita.

A direcção do PS, MAIS UMA VEZ, tudo faz para desviar as atenções criticas das políticas de direita que o governo se prepara para impor contra a vontade popular. Para isso, resolve centrar as atenções dos militantes nos cozinhados em que caem as escolhas dos candidatos autarquicos em nome da "luta contra a direita" e para "mais uma vitória do PS". Os militantes, muito justamente, mobilizam-se, mas o certo é que, até nem deram por ela, nunca foram chamados a pronunciar-se democráticamente sobre quem seriam os melhores candidatos. Entretanto, a direcção socialista vai também evitando qualquer debate sobre outro tema importantíssimo: a chamada "Constituição" europeia. Dentro do PS só há lugar para os argumentos a favor do "sim", perante a sociedade preparam-se para misturar alhos com bugalhos fazendo coincidir as eleições autarquicas com o referendo sobre a dita "Constituição".

Perante isto e com tudo isto, é muito normal (!) que o primeiro-ministro Sócrates não fale, ande em silêncio ... Posted by Hello

1 comentário:

Unknown disse...

O problema não é ele sair ou ficar. o problema é muito mais vasto.
O problema é termos aderido ao Euro.
A única política a seguir dentro do Euro é sacrificarmo-nos pela Alemanha e pela França pois quando a economia destes países estiver boa nós sempre poderemos recolher algumas migalhinhas.
Aderimos ao Euro em 1 de Janeiro de 1999 e tivemos a introdução física da moeda em 1 de Janeiro de 2001.
O natural seria que agora, seis anos depois da adesão, fizessemos uma avaliação do processo. Correu bem? A economia portuguesa teve vantagens? Teve desvantagens?
Só com respostas a estas perguntas é que podemos tomar decisões para o futuro.
Mas não, ninguém fala disto. O Euro é mais sagrado que uma vaca sagrada!