tribuna socialista

sábado, maio 07, 2005


O chamado "New" Labour de Tony Blair ganhou as eleições britânicas pela terceira vez consecutiva. Ganhou o "New" Labour em quem o insuspeito Financial Times tinha aconcelhado o voto por se tratar da "melhor alternativa de centro-direita". Nem mais!!

O amigo inseparável de Bush, o militarão da invasão do Iraque, o adorador da "economia de mercado", o que é comparável a Thatcher (segundo muitos em Inglaterra!!...), o que cometeu um verdadeiro golpe de estado no Labour Party dos trabalhadores, dos sindicatos e da "Clause Four", ..., foi este "New" Labour que ganhou.

Pela nossa parte, não estamos contentes com esta vitória. Não foi um socialista que ganhou. Foi a chamada "Terceira Via" que resolveu re-baptizar de "Novo" (New) um sistema, o capitalista, que os trabalhadores rejeitaram porque velho e sem saídas fundando, há mais de 100 anos, um partido - o Labour Party - para lutarem organizados pelo que era e ainda é realmente novo e alternativo, o socialismo!

Para muitos socialistas da nossa praça, que fazem da política uma espécie de jogo de futebol ou estendal de apostas, a vitória de Blair terá sido mais uma "grande vitória". Para nós NÃO FOI! Mas ... tal como os trabalhadores que votaram no Labour porque não conseguem votar nos conservadores ou nos liberais ou nos grupelhos que muito berram mas só isso, provavelmente teriamos votado Labour apelando às bases militantes e trabalhadores trabalhistas que derrotem Blair e os seus seguidores no interior do partido e reinstaurem a coragem política da luta pela democracia e o socialismo!Posted by Hello

1 comentário:

Unknown disse...

Toda a política dos países da União Europeia é envenenada pela questão da integração europeia.
No Reino Unido, onde salutarmente a União Europeia não é nada popular o cidadão encontra-se num dilema ao ir votar. Ou vota nos trabalhistas ou nos liberais democratas e encontra-se empurrado para o inferno europeu ou, se der prioridade a esta questão vê-se empurrado para grupelhos extremistas de direita ou, talvez, para os Conservadores, basicamente integracionistas (e até do PPE) mas que dão uma de euroceptico para captar votos.
O resultado foi um nível elevado de abstenções e uma quase derrota dos trabalhistas que, só não foi maior, porque o United Kingdom Independence Party ao concorrer em mais de quatrocentos circulos, embora não tivesse elegido nenhum deputado, reduziu os votos dos Conservadores fazendo-os perder mais de trinta lugares.
Enquanto não nos livrarmos desta questão da integração europeia não podemos discutir o que verdadeiramente interessa. O povo inglês deve ter sentido isso nestas eleições.